quarta-feira, 30 de abril de 2014

Varandas conquistam compradores


Cada vez mais requisitada, a varanda está se tornando essencial para quem deseja comprar um imóvel. Em apartamentos, ela é ainda mais cobiçada, exatamente por trazer a sensação de conforto e de amplitude ao lar. Segundo o diretor operacional da imobiliária Julio Bogoricin, Helio Brito, pessoas que procuram por novos empreendimentos exigem o cômodo, que valoriza o imóvel em torno de 20% do preço total.

"Para as pessoas que fazem questão de comprar um imóvel novo, a varanda é uma área de lazer no próprio apartamento, portanto, de primordial importância, pela sensação de liberdade que ela proporciona. Estes apartamentos têm grande procura e geralmente são vendidos com mais rapidez", explica Helio. 

Brito conta que, dependendo do tamanho, as varandas podem ser transformadas em espaços gourmet, com churrasqueiras a gás e mesinhas com cadeiras para receber convidados. 

"Elas possibilitam o cultivo de plantas ornamentais em ambiente aberto, permitem a colocação de espreguiçadeiras para momentos de meditação e relaxamento, e até a instalação de banheiras ofurô", diz ele.

O diretor da construtora Joama, Vitor Hugo Amaral, ressalta que o desejo das pessoas de ter mais espaço, especialmente para quem opta por viver em apartamentos, é o que faz da varanda da um agregador de valor ao imóvel.

"É um diferencial. Principalmente em nosso mercado, devido ao clima que temos em nossa região, a varanda é um ambiente que proporciona mais interação com o lado de fora e traz a experiência de expansão de um ambiente, similar ao que temos nas casas com quintais e jardins", afirma Vitor.

Deck charmoso - A analista de projetos culturais, Priscila Marques, de 32 anos, mora em uma casa de três quartos em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. Ela procurou o imóvel ideal por mais de seis meses, e diz que a varanda com deck, com vista para o quintal e a piscina, foram cruciais para a escolha do seu lar.

"A casa não tinha uma frente muito interessante. Inicialmente eu não gostei dela, mas entrando no imóvel e chegando à varanda, que na época dava vista total para a mata, além do quintal com piscina, percebi que era ali que eu tinha de morar. O deck é coberto, com tela de proteção e portões. Deixo alguns brinquedos da Manuela, minha filha de dois anos. É onde ela recebe um solzinho da manhã, e brinca, sem necessariamente ter que ir até o quintal, que fica em outro nível da casa", comenta. 

Priscila conta que, no período da gravidez, trocou a residência por um apartamento em Icaraí, sem varanda, para facilitar o acesso a médicos e outras necessidades. Mas não se adaptou.

"Senti falta de ter um espaço aberto e de visão. Tínhamos que descer, ou seja, sair do apartamento para isto. Não foi uma boa solução. Apesar de estar mais distante e ter pago mais caro no imóvel, a varanda compensa", constata. 

Hierarquia - Outros fatores importantes para a venda de um imóvel são a localização, a área do imóvel, número de quartos e suítes, número de vagas e a posição em relação ao sol, como informado pela construtora Joama.

"Naturalmente as unidades que têm varanda são vendidas primeiro, mesmo sendo comercializadas por um valor mais alto. Acredito que a hierarquia nas vendas dentro de um mesmo empreendimento se dê nesta ordem: unidades que tenham a melhor vista, unidades em pavimentos mais altos, com vista mais privilegiada. São itens procurados independentemente do imóvel conter ou não varanda", enumera Amaral.

Ele acrescenta que as características técnicas do imóvel, como área total, número de quartos, quantos desses quartos são suítes, número de vagas de garagem, se o imóvel recebe sol da manhã ou da tarde, infraestrutura e lazer oferecidos no empreendimento, além do padrão de acabamento a ser aplicado, também valorizam o imóvel.



O Fluminense, Íris Marini, 27/abr

terça-feira, 29 de abril de 2014

Obras de ampliação do Elevado do Joá começam até o fim do semestre


A Fundação Geo-Rio ficará responsável pela fiscalização das obras. Com a implantação do projeto, a capacidade de tráfego entre São Conrado e Barra da Tijuca aumentará em 35%.

O novo Joá terá duas pistas paralelas às existentes, com cinco quilômetros de extensão cada uma. Caso haja necessidade, essas pistas poderão ser operadas como faixas reversíveis. O projeto também prevê uma ciclovia contígua às faixas de rolamento do elevado, do lado do mar. O trecho terá potencial para se transformar em atraente ponto turístico. A ciclovia do Joá será interligada com outra via para bicicletas, ao longo da Avenida Niemeyer, cuja licitação para a construção está em curso.

O estudo para a implantação do novo Joá foi apresentado, em agosto do ano passado, pela Secretaria municipal de Obras ao Comitê Olímpico Internacional (COI), como uma das soluções viárias para as Olimpíadas de 2016. As novas ciclovias vão permitir aos ciclistas pedalar da Praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, até o Aterro do Flamengo.

Vias passaram por reforma

A prefeitura iniciou em 4 de abril as obras de recuperação estrutural do Elevado do Joá, que precederam a duplicação da via, anteriormente condenada em um estudo feito pela Fundação Coppetec, da UFRJ, encomendado pela própria prefeitura. O Joá foi erguido na década de 1970, em estrutura de concreto armado em forma dentada, na qual se apoiam as pistas e as vigas de sustentação.

Mas o projeto do elevado não previu a instalação de uma galeria de serviço, que permitisse avaliar o estado de conservação de toda a extensão dos dentes de apoio. Ao todo, são 1.996 dentes, sendo que a Coppetec só conseguiu vistoriar 840 (42,1%). Na inspeção, constatou que cerca de 10% das estruturas observadas estavam comprometidas e havia sinais de corrosão nas vigas. A Secretaria municipal de Obras contestou o laudo e optou por uma uma solução alternativa, aprovada pela Coppetec: instalar vigas metálicas, que passaram a suportar a estrutura no lugar dos dentes de apoio. Foram investidos R$ 66,5 milhões, além dos R$ 9,3 milhões em obras, ensaios preventivos e o relatório técnico, da Coppetec, entre 2009 e 2012.

A construtora Odebrecht ganhou a licitação para realizar as obras de ampliação do Elevado do Joá. De acordo com publicação no Diário Oficial desta segunda-feira, a empresa apresentou o menor preço para a execução do projeto: R$ 457,9 milhões. Segundo a Secretaria municipal de Obras, os trabalhos serão iniciados até o fim deste semestre, embora a data ainda não esteja definida. A estimativa é que as intervenções estejam concluídas em 24 meses, e que não haja necessidade de interdições das faixas de rolamento existentes durante a realização dos serviços. O Elevado do Joá será duplicado e ganhará dois novos túneis paralelos aos existentes.



O Globo, Alessandro Lobianco, 29/abr

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Minicasa, alternativa de moradia ecológica


Parecem casas de bonecas, mas são moradias de gente de verdade. As minicasas, que costumam ter entre 10 e 40 metros quadrados, já se transformaram numa 'filosofia de vida' em países como os Estados Unidos. Seus habitantes querem viver de forma sustentável: com o mínimo necessário, dando um basta ao consumo desenfreado; gerando pouco l i xo e com baixo gasto de energia. A moda vem crescendo tanto entre os norte-americanos que, em julho, estreia na rede de televisão A&E o reality show ' Tiny House Nation' ('Nação das Microcasas').

Na internet, cada vez mais surgem sites e blogs de adeptos das minicasas, além de fabricantes, arquitetos e designers que debatem o tema. "Não é muito norte-americano, porque viver num lugar pequeno significa consumir menos", diz Jay Shafer, 46 anos, co-fundador da Sociedade das Casas Pequenas. "Viver numa microcasa faz com que você escolha o que é preciso para ser feliz e se livre de todo o resto", ensina o dono da Tumbleweed Tiny House Company, empresa que desenha e constrói casinhas aproveitando cada centímetro quadrado do espaço. Sua própria casa, de 27 metros quadrados.

"A maior parte das pessoas interessadas em microcasas não tem qualquer experiência com construção", afirmou à rede BBC Ryan Mitchell, 30 anos, dono da empresa The Tiny Life. Ele organizou, no início deste mês, a primeira Conferência de Minicasas, na cidade americana de Charlotte, na Carolina do Norte.

Segundo ele, 'construir pequeno' não significa 'construir mais fácil'. A conferência de Mitchell, numa reserva ambiental, teve ingressos esgotados. Segundo uma das palestrantes, Dee Williams, 51, muito mudou desde que ela construiu sua casa de 7,8 metros quadrados, em 2004, e criou a companhia Portland Alternative Dwellings, que oferece consultoria sobre o assunto.

Na época, ela estudou em livros de construção e pediu conselhos a carpinteiros, além de ter procurado nos classificados anúncios de madeira recuperada e claraboias, que ajudam a aproveitar mais a luz natural. De lá para cá, várias fontes de consulta sobre casas pequenas surgiram, especialmente plantas e guias de construção na internet, além de numerosos vídeos no YouTube, com instruções sobre praticamente tudo, desde a instalação da fiação elétrica ao corte de vigas.

TIMIDEZ NO BRASIL

No Brasil, o movimento é tímido. Segundo a arquiteta Sharise Gulin, o motivo é cultural, já que é sinal de status ter um casarão. "As pessoas esquecem que um bom design, aplicado adequadamente em espaços pequenos, pode ser um luxo", disse Sharise à Gazeta do Povo, de Curitiba, no Paraná, onde fica uma das poucas empresas com projetos na área. A Delta Containers fornece contêineres para uso residencial. Uma de suas clientes, a instrutora de pilates Domicela Stanczyk, vive num espaço de 30 metros quadrados, com quarto com cama de casal, banheiro, sala e cozinha. "Meu espaço é extremamente funcional. Tenho tudo o que preciso", disse à Gazeta.



O Dia, Vida & Meio Ambiente, 27/abr

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Paes promete transformar reserva de Marapendi em parque até 2016


O prefeito Eduardo Paes prometeu concluir a transformação da reserva de Marapendi, entre a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, num Parque Ambiental até 2016. Segundo ele, este será um dos marcos da realização dos Jogos Olímpicos na cidade. A declaração foi dada na noite desta quinta-feira por Paes, durante um hangout (uma entrevista on-line) sobre os preparativos para o evento. Com uma área de 1,6 milhão de metros quadrados, o Parque Nelson Mandela será maior que o Parque do Flamengo.

Em dezembro de 2013, a Câmara dos Vereadores autorizou a prefeitura a realizar uma Operação Urbana Consorciada para viabilizar a implantação do parque. Os proprietários de imóveis na reserva serão indenizados com a transferência do chamado potencial construtivo desses imóveis para outros terrenos da Barra. O prazo para finalizar a criação do parque foi anunciado quando Paes voltou a defender mudanças nas regras de construção feitas na APA de Marapendi, em 2012, que estão viabilizando a implantação do campo de golfe olímpico público, na Avenida das Américas.

Paes também garantiu que, apesar das preocupações manifestadas por representantes de federações esportivas internacionais, todas as instalações serão entregues no prazo. Ele, no entanto, argumentou que é preciso haver equilíbrio entre os interesses de dirigentes esportivos e da cidade para evitar que, após a realização do evento, os equipamentos esportivos virem elefantes brancos.

- O diálogo com o COI é o melhor possível. O importante é que o evento deixe um legado importante para a cidade. E isso vai acontecer. Três novos corredores de BRTs estão sendo implantados e o projeto do Porto Olímpico foi viabilizado. Ao contrário dos Jogos Pan-Americanos, o Rio tem um legado Olímpico assegurado - acrescentou.

Paes disse ainda que não recebeu uma resposta do COI a respeito da transferência da vila de mídia não credenciada. Ele propôs ao comitê que a instalação não fique na Zona Portuária, como era previsto inicialmente, mas em um projeto do Minha Casa, Minha Vida em Curicica.



O Globo, Luiz Ernesto Magalhães, 25/abr

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Metro quadrado em Madri, mais barato do que Ipanema


O preço do metro quadrado em Ipanema, bairro mais caro do Brasil, segundo o Índice FipeZap, estimado em 21.963 reais (7.075 euros), supera o valor pago por um imóvel nas ruas mais caras de Madri - Velázquez, Ortega y Gasset, Serrano e Almagro -, cujo metro quadrado varia entre 6.260 e 5.934 euros.
 
A capital, no entanto, não lidera o ranking dos dez endereços mais caros da Espanha, divulgado hoje pelo idealista.com, um dos sites imobiliários mais visitados do país, que tem como principais acionistas os bancos basco BBK e catalão Caixa de Catalunya.

Os apartamentos mais valorizados são os que têm vistas para a Playa de la Concha, no Paseo de Miraconcha, em São Sebastião, no País Basco: 9.453 euros.  Em segundo e terceiro lugar estão Paseo García Faría (também de frente para o mar) e o Paseo de Gracia, ambos em Barcelona, por 7.303 e 6.954 euros consecutivamente.

Madri ocupa, justamente, os lugares 4º, 5º, 6º e 7º, fechando o ranking com o Paseo de Pintor Rosales em 10ª posição, por  5.450 euros.

O metro quadrado em Bilbao, no Paseo de Uribitarte, paralelo ao rio Nervión (coroado com o Museu Guggenheim), ronda 5.723 euros e é o 8º endereço mais caro da Espanha. Barcelona volta ao ranking em 9ª colocação com os imóveis do Carrer de Sentmenat avaliados por 5.598 euros, o metro quadrado.



O Globo online, 23/abr

terça-feira, 22 de abril de 2014

Rio ganha primeiro residencial com selo Aqua-HQE


O Rio vai ganhar seu primeiro empreendimento estritamente residencial com o selo Aqua-HQE. É o RG Personal Residences que terá as obras iniciadas nos próximos meses, mas já recebeu o selo na fase de planejamento. A intenção é garantir a certificação nas outras duas fases avaliadas pela Fundação Vanzolini, que concede o selo: projeto e construção.

Ainda não dá para dizer que todas as 586 unidades do RG Personal Residences serão sustentáveis. Mas, o prédio da construtora Even traz boas novidades para um mercado ainda carente.

- O Aqua tem um sistema de gestão que exige a correta inserção do edifício no contexto urbano, o uso de materiais que reduzam gastos de manutenção e um canteiro de obras que respeita meio ambiente, vizinhos e trabalhadores, além de conforto acústico e térmico - explica Flávia Afraia, gerente-geral de sustentabilidade da Even.

Para isso, os seis blocos do empreendimento ganharão depósitos centrais de lixo para armazenamento e gestão dos resíduos. Há a previsão para a instalação de células fotovoltaicas para o aquecimento da água. Nos apartamentos, as esquadrias serão maiores do que as exigidas legalmente, para que haja maior ventilação e iluminação naturais, e as cozinhas mais espaçosas, com bancadas maiores, que possibilitarão a instalação de equipamentos para armazenagem e triagem do lixo.

O RG segue o mesmo padrão do True Chácara Klabin, residencial paulista já entregue que recebeu a certificação nas três fases. Estudos realizados no prédio estimam que a economia de energia chegue a 22% e, a de água, a 40%.

Sustentável

Unidades de prédio no Recreio terão esquadrias maiores para entrada de luz e ventilação naturais, como exige a certificação Aqua-HOE

Hoje, há 109 empreendimentos residenciais com selo Aqua-HQE no país.



O Globo, 20/abr

sexta-feira, 4 de abril de 2014

No Rio, foco nas Olimpíadas


A maior parte dos investimentos em infraestrutura previstos no calendário do Rio de Janeiro vão ocorrer ao longo dos próximos dois anos. Na capital fluminense, o foco das obras de mobilidade urbana e mesmo da estratégia de expansão da rede hoteleira não é a Copa do Mundo, mas a Olimpíada de 2016.

Mesmo o Maracanã não é exceção. Ao custo de R$ 1,2 bilão, o estádio foi concluído de acordo com as exigências da Fifa para sediar a final da Copa em maio de 2013. A arena e seu entorno, porém, deve voltar a sofrer intervenções para os Jogos Olímpicos.

O setor hoteleiro também deve continuar crescendo após a Copa. No torneio, o Rio terá 38 mil quartos de hotel, 14 mil a mais do que tinha há quatro anos. Em dois anos, porém, a cidade deve ganhar oito mil novos quartos para atender à demanda da Olimpíada.

Na área de mobilidade urbana só duas das quatro linhas expressas de ônibus (BRTs) devem estar prontas antes da Copa. A primeira delas, a TransOeste, com investimento de R$ 900 milhões, foi concluída em março. Até a Copa também a TransCarioca, que ligará a Barra da Tijuca ao aeroporto internacional do Galeão ao custo de R$ 1,7 bilhão, deve ser concluída.

Já a linha expressa TransOlímpica, com R$ 1,5 bilhão de orçamento, é prevista para dezembro de 2015. A TransBrasil, orçada em R$ 1,5 bilhão, teve o calendário atrasado depois que a Justiça suspendeu a licitação da obra. A extensão do metrô até a Barra da Tijuca só ficará pronta em 2016.

Na quarta-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, disse que o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, está pronto para receber os turistas da Copa apesar do que chamou de "problemas pontuais". O Galeão passa por reformas que custaram R$ 800 milhões ao poder público.

O maior projeto de revitalização urbana do Brasil, o Porto Maravilha, que prevê a reforma de uma área de 5 milhões de m2 ao lado do Centro da cidade, é um exemplo do foco que a prefeitura dá aos Jogos Olímpicos. Para entregar a região revitalizada em 2016, estão sendo demolidos os 5,5 km da via às vésperas da Copa.

O próprio prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), admite seu interesse maior na Olimpíada, uma festa mais identificada com sua gestão e na qual o Rio não terá que dividir as atenções com outras cidades.



Valor Econômico, Guilherme Seródio, 04/abr

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Crédito imobiliário alcança pelo segundo mês consecutivo o melhor resultado em 20 anos


De acordo com balanço da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgado na última segunda-feira (31), o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança somou R$ 8,8 bilhões em fevereiro, configurando, assim, o melhor resultado para o mês de fevereiro nos últimos 20 anos. O mesmo recorde foi estabelecido em janeiro deste ano. Assim, em comparação com o segundo mês de 2013, o volume ficou 52% maior.
 
Ao todo, no acumulado de 2014, os financiamentos atingiram R$ 17 bilhões em aquisições e construção de imóveis, um volume 36% maior do que no mesmo período do ano passado.
Outro índice que cresceu muito, de acordo com o levantamento, foi o volume de empréstimos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que alcançou R$ 113,7 bilhões, superando em 35% o apurado nos 12 meses anteriores e estabelecendo também um novo recorde.
 
Segundo o balanço, com relação aos financiamentos, em fevereiro, foram emprestados recursos para aquisições e construções de 46,4 mil imóveis, número 58% maior em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado.
 
Ao todo, em 2014, já foram financiadas 86 mil unidades, volume 33% maior que em igual período do ano passado. Já nos últimos 12 meses, foram financiados 551,1 mil imóveis.
 
Resultando em uma captação líquida pelo 24º mês consecutivo, os depósitos em cadernetas de poupança do SBPE, segundo a pesquisa, superaram os saques em fevereiro em R$ 1,9 bilhão.



Construção e Mercado, 03/abr

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Crédito para imóveis cresce 52% em 12 meses


O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 8,8 bilhões em fevereiro, melhor resultado para esse mês nos últimos 20 anos. Em relação a igual período do ano passado, o crescimento foi de 52%. O dado foi divulgado ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

No entanto, os depósitos de poupança, que servem de "funding" para essas operações de crédito, subiram bem menos. A elevação, também segundo a Abecip, foi de 20% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2013. O saldo superou R$ 474 bilhões, em fevereiro, com elevação de 20% em relação ao saldo de igual período de 2013.   Desde janeiro de 2000 até o fim do mês passado, foram contratados R$ 452,3 bilhões sem financiamentos imobiliários com recursos da poupança ou seja, menos do que o saldo no dia 28 de fevereiro. Considerando que uma parte desses contratos já venceu e boa parte das prestações já foram pagas, o saldo da poupança ainda supera com folga o estoque de financiamentos.   

Os empréstimos se aceleraram a partir de 2007. Os depósitos em cadernetas de poupança superaram os saques, em fevereiro, em R$ 1,9 bilhão. Com isso, a captação líquida foi positiva pelo 24º mês consecutivo, informou a entidade. "O resultado da poupança em fevereiro foi levemente superior ao apurado no mesmo mês do ano passado, recordando-se que os depósitos de poupança bateram sucessivos recordes em 2013", diz a entidade.   

De acordo com a Abecip, se o fôlego dos poupadores desacelera, o dos mutuários, não. No primeiro bimestre, foram financiados R$ 17 bilhões para aquisição e construção, 36% mais do que em igual período de 2013. Considerando o acumulado em 12 meses até fevereiro, o volume de empréstimos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com recursos das cadernetas e poupança, alcançou o montante de R$ 113,7 bilhões, superando em 35% o apurado nos 12 meses precedentes e estabelecendo um novo recorde. 

Em fevereiro, foram emprestados recursos para aquisições e construções de 46,4 mil imóveis, um aumento de 58% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse número também foi o maior para um mês de fevereiro, nos últimos 20 anos. Nos primeiros dois meses de 2014, foram financiadas 86 mil unidades, 33% mais que em igual período de 2013. Nos 12 meses de março de 2013 a fevereiro de 2014, foram financiados 551,1 mil imóveis.



Brasil Econômico, Léa de Luca, 01/abr

terça-feira, 1 de abril de 2014

Multiuso: a aposta na qualidade de vida


Grandes congestionamentos no trânsito cada vez mais comuns nos centros urbanos chegam a consumir até 25% do tempo das pessoas. De acordo com último estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o carioca gasta em média 40 minutos no trânsito de casa para o trabalho, dependendo do trajeto. Trabalhar próximo ao local de moradia tornou-se um importante ganho de qualidade de vida. 

De olho nessa nova realidade da cidade, as incorporadoras vêm apostando no lançamento de empreendimentos multiuso. Também conhecidos como mixed-use, unem em um mesmo local trabalho, serviços, lazer e moradia. Acompanhando o ritmo de expansão imobiliária do Rio, esses empreendimentos ganharam velocidade de venda.

Áreas como Porto, região da Barra da Tijuca, Niterói e Itaboraí registram um crescimento significativo de lançamentos. Com isso, o multiuso está atraindo também investidores, que veem nele uma forma de conseguir renda com aluguel ou lucro com uma revenda, já que boa parte dos lançamentos está em regiões com grande potencial de valorização. 

"Muito comum em metrópoles como Nova York, Londres e Tóquio, o multiuso tornou-se um imperativo nas grandes cidades porque facilita o deslocamento. A mobilidade urbana gera qualidade de vida e qualidade de vida gera valorização", destaca Cláudio Hermolin, Diretor Regional da PDG Rio, que lançou ano passado no Recreio o primeiro business disctrict do Rio, o The City. Outro fator de atratividade para os investidores é a formação de um público consumidor cativo para os lojistas e profissionais liberais: 

"A integração de lojas, salas e apartamentos é um diferencial que gera demanda interna. As salas atraem profissionais que, por sua vez, consomem nas lojas. Além disso, o público do residencial com serviços garante o movimento nos horários em que a maioria dos escritórios não funciona", explica Marcelo Oliveira, Diretor de Incorporação da Dominus, primeira empresa a lançar, em 2011, um mixed-use na cidade, o Link Office, Mall & Stay. O sucesso na venda levou ao lançamento este ano de outro multiuso, o Neolink Office, Mall & Stay, na Barra da Tijuca. 

A crescente demanda já levou algumas empresas a inovar no conceito. O UPTOWN, da SIG Engenharia, traz uma "cidade" dentro da Barra da Tijuca. Haverá shopping, centro empresarial e warehouses capazes de abrigar espaços versáteis como gráficas, laboratórios e pequenas fábricas. O complexo tem infraestrutura completa com ruas, serviços de correios, bancos, fábricas, restaurantes etc., tudo funcionando dentro do mesmo espaço. "A ambientação foi pensada exatamente para que os freqüentadores tenham a sensação de estar dentro de um minibairro, com bancas de flores, orelhões, caixas de correio, sinalização de pedestre e placas de rua", explica Erica Chiesse, gerente de incorporação da SIG Engenharia.

Também em Jacarepaguá este tipo de empreendimento vem ganhando espaço. Somente na Taquara há dois complexos comerciais: o Mix Mall & Business, da MDL, e o Fontana di Successo, da Mega 18 Construtora. 

Nos últimos dez anos a Zona Oeste vem liderando o ranking de crescimento imobiliário no Rio. De acordo com a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI), em 2013 a região representou mais de 60% do total de lançamentos. O grande número de imóveis aumenta a demanda por comércio e serviços e a necessidade de mobilidade urbana torna o Multiuso um negócio atrativo.



O Globo, Suplemento Imóveis, 31/mar