sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Hotelaria Premiada


Mais do que reconhecimento, os prêmios internacionais na área da sustentabilidades corporativa ajudam a identificar as empresas que estão na vanguarda em seus respectivos setores. É o caso da Windsor Atlantica Hotel, cadeia hoteleira carioca, a primeira do Brasil a receber o prêmio Global Chemical Leasing Award, que conta com o suporte da Unido, agência da ONU para o Desenvolvimento industrial. O prêmio levou em conta a utilização e o descarte de produtos químicos usados pela rede hoteleira.



IstoÉ Dinheiro, 30/out

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Região da Barra da Tijuca ganhará novos modelos de empreendimentos


A Barra da Tijuca vai ganhar uma nova modalidade de empreendimento, reunindo no mesmo local hotel, salas comerciais e lojas. Além disso, as unidades hoteleiras não param de chegar à cidade. A maioria dos empreendimentos deve ser entregue antes das Olimpíadas, sendo uma boa opção para quem planeja investir e garantir renda mensal.

Um deles é o Vogue Square, da construtora Calçada na Barra da Tijuca, que será construído em terreno de 33 mil metros quadrados (a área pertencia ao empresário Eike Batista). O complexo com hotel terá 222 suítes, 368 salas comerciais e centro comercial com 107 lojas, além de espaço gastronômico assinado por Ricardo Amaral. O novo conceito terá ainda o Espaço Vogue Eventos, academia Bodytech e oito quadras oficiais de tênis.

Polo de negócios

"A Barra da Tijuca é hoje um grande polo de negócios,com uma expansão imobiliária consolidada e moradores de alta renda, com um dos PIBs (Produto Interno Bruto) mais altos do país. Nos últimos anos, a região atraiu diversas empresas nacionais e multinacionais que se instalaram e ajudaram a consolidar seu desenvolvimento", diz João Paulo Matos, diretor presidente da Calçada.

Para Sandro Sawala, diretor da Sawala, a opção é interessante porque minimiza o tempo gasto no trânsito, além de trazer mais comodidade e qualidade de vida.

"Sem contar o retorno financeiro para quem investe em unidades hoteleiras. Temos percebido que este perfil de empreendimento atrai também os pequenos poupadores", lembra.

Mais opções para investir na cidade

Outras regiões também se destacam na cidade e são alternativas para reforçar o orçamento. Entre elas estão a Incortel com o Best Western, no Arpoador, o Holiday Inn, da Odebrecht no Porto Maravilha, e o Soft Inn Rio Business, da STX na Rua do Resende, também no Centro.

Segundo Cecília Zon, diretora da Incortel, o investimento nas unidades hoteleiras é mais vantajoso que as aplicações populares, como poupança e renda fixa. "O retorno com este tipo de investimento pode ser superior a 1% ao mês, quando o hotel está estabilizado, sendo mais vantajoso que a poupança, por exemplo, que rende em torno de 0,5% ao mês", afirma Cecília.


O Dia Online, 28/out

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Lançamentos de imóveis na cidade do Rio crescem 8% em agosto ante 2013



Os lançamentos imobiliários na cidade do Rio de Janeiro cresceram 8 por cento em agosto na comparação anual, para 1.473 unidades, de acordo com dados da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi) divulgados nesta segunda-feira.

De acordo com a entidade, o resultado confirma uma estimativa de melhora no segundo semestre, após desaceleração nos seis primeiros meses do ano.

"Já tínhamos previsto que a retomada aconteceria no segundo semestre. O mês de agosto já comprova nossas previsões e registramos crescimento", disse em nota o presidente da Ademi, João Paulo Rio Tinto de Matos.

De acordo com a Ademi, em agosto foram lançadas 1.326 unidades residenciais e 147 comerciais, nas zonas Norte e Oeste, que sofrem influência das obras de infraestrutura por conta dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Em São Paulo, maior mercado imobiliário do país, os lançamentos caíram 30,4 por cento em agosto na comparação anual, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp) divulgados no início de outubro pelo Secovi, sindicato de habitação.

No acumulado do ano até agosto, o mercado imobiliário carioca registrou crescimento de 1,1 por cento com relação ao mesmo período de 2013, ante estimativa de avanço de 5 por cento em 2014. No período, foram lançadas 10.087 unidades, sendo 7.717 residenciais e 2.370 comerciais.



Reuters, 27/out

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Vidigal é cada vez mais cobiçado por estrangeiros e até cariocas


Com uma das mais belas vistas do Rio, o Vidigal virou a favela queridinha de brasileiros e estrangeiros, que procuram cada vez mais a comunidade para viver ou fazer negócios. O sucesso é tão grande, que tem alimentado boatos de que o ex-jogador David Beckham e a cantora Rihanna também já compraram imóveis no morro. Além de famosos, a favela encantou o administrador Felipe Cerqueira, morador do Leblon, que decidiu comprar quatro casas pequenas e transformá-las num imóvel só, de dois andares e 305 metros quadrados - mas não para se mudar para lá.

- Passo parte da semana no Rio e o restante em São Paulo - conta. - Decidi construir a casa para receber os amigos de São Paulo quando eles vierem ao Rio. Fiz questão de contratar apenas moradores do Vidigal para construir o imóvel. O primeiro evento da casa será a festa do réveillon deste ano.

O presidente da Associação de Moradores do Vidigal, Marcelo da Silva, confirma a mudança no perfil da comunidade:
novas, de classe média, estrangeiros, gente que não foi criada aqui.
- Essa mudança acontece há alguns anos, mas ficou, sim, mais forte depois da pacificação. É difícil precisar, mas acredito que hoje 30% da comunidade seja de pessoas

Segundo Jonas Barcellos, um dos donos da imobiliária Bella Vista, que funciona dentro da comunidade, o alto do morro já é todo dominado por estrangeiros.

- Lá encontramos franceses, espanhóis, alemães. O Vidigal, de uma maneira geral, está atraindo a classe média. E o pessoal mais humilde ou que vendeu as casas para esses novos moradores está voltando para a terrinha (Nordeste). Ou então se mudando para outros locais do Rio, mais afastados - disse.

O designer gráfico alemão André Kooler é um representante do novo perfil de morador do Vidigal. Cansado de pagar caro para viver no Alto Leblon, ele decidiu subir o morro há quatro anos:

- Moro numa casa de 75 metros quadrados com dois quartos, duas salas, dois banheiros e cozinha. Pagava um aluguel de R$ 500, mas este ano ele foi reajustado para R$ 1.200. O aumento é grande, mas ainda é melhor que pagar os quase R$ 2 mil que eu desembolsava no Leblon.

O namoro com a comunidade começa logo na primeira visita. Foi o caso do comissário de bordo francês Denies Testard, que foi semana passada ao Vidigal. Depois de experimentar um prato de feijão regado a caipirinha, diante da paisagem de tirar o fôlego, ele declarou seu amor instantâneo pela cidade e disse que já cogita alçar voos maiores na comunidade.

- Não é a minha primeira vez no Rio, mas é a primeira oportunidade que tenho de ver a cidade daqui de cima. Subi de moto, foi uma aventura. Entendo o interesse de quem vem morar aqui. Quem sabe um dia também não me aventuro a me mudar para cá? - comenta.

Tanto sucesso tem seu preço: o custo de vida ficou mais alto, o que tem expulsado antigos moradores. Um desses casos de migração foi o do sogro de Roberto Lamindo Nascimento, dono da Casa da Tapioca, um dos points do Vidigal.

- Ele conseguiu vender sua antiga casa aqui por R$ 150 mil e não pensou duas vezes: foi embora - conta Roberto. - Aqui é muito bonito, mas as pessoas esquecem que a gente enfrenta problemas de infraestrutura. As ruas são muito estreitas, faltam água e luz praticamente toda semana, especialmente na parte mais alta do morro. A gente tem que se virar. Então quem pode sai daqui, sim.

Quem em breve também sairá é a manicure Débora Brandão. Em fevereiro, ela deixará o Vidigal com o marido e a filha. Seu novo endereço será em Duque de Caxias. Culpa do custo de vida.

- Tudo está mais caro - diz ela. - O pão que antes custava R$ 0,20 agora está R$ 0,50. O bujão de gás que custava R$ 45 agora sai a R$ 60. Mas o maior problema é o aluguel. Eu pagava R$ 300 (por um quarto e sala) e agora estou pagando quase R$ 800. Não dá mais para aguentar.

Segundo o cientista social e professor da Uerj Paulo Jorge Ribeiro, o Vidigal passa por um processo de gentrificação (renovação de áreas pobres, com a chegada de moradores de classe média e valorização imobiliária, que acaba afastando antigos habitantes):

- Isso aconteceu em grandes centros do mundo, como Nova York. A pacificação tem esse lado também, de levar segurança às classes média e alta da sociedade. Com isso, aquele espaço da comunidade passa a interessar, a sofrer com a especulação imobiliária, e o Vidigal está localizado na Zona Sul. Assim, as pessoas mais humildes são praticamente expulsas de lá, ficam longe do trabalho, vão ser obrigadas a perder mais tempo no transporte público. Não existe apoio do poder público a essas pessoas. Esse processo é bem parecido com o que fez Pereira Passos (prefeito que promoveu uma grande reforma urbana na cidade no início do século XX).

Já acostumado a ver antigos amigos mudando de endereço, João Ricardo de Mattos, o Dinho da Oficina, lamenta a nova realidade:

- Antigamente, a gente sabia quem era todo mundo aqui. Agora, não. É tanto rosto desconhecido. Tem muito estrangeiro aqui. No fim de semana, sempre tem festa, e bem cara. O pessoal da comunidade não vai.

METRO QUADRADO \ R$ 7 MIL

Segundo o vice-presidente do Sindicato de Habitação do Rio, Leonardo Schneider, o metro quadrado do Vidigal custa hoje entre R$ 5 mil e R$ 7 mil:

- O valor é alto para uma comunidade. Em Campo Grande, por exemplo, custa R$ 6.500. O Vidigal é a favela com mais glamour do Rio, a mais procurada por estrangeiros. A tendência é que, a longo prazo, se transforme mesmo num bairro de classe média.

Os valores dos imóveis na favela já refletem essa realidade.

- Se o imóvel tiver uma vista bonita, o preço aumenta ainda mais - diz Jonas Barcellos. - A gente encontra aqui casas de R$ 60 mil até R$ 4 milhões.



O Globo, Gabriela Lapagesse, 26/out

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Gafisa cria quiz sobre novo empreendimento para interagir com famílias


A Gafisa está interagindo com famílias em restaurantes e bares convidando-as a responderem a um quiz por meio de um iPad. As perguntas se referem ao empreendimento Family Square Osasco. Além do quiz, as famílias podem tirar uma foto e ganhar um voucher, que, quando levado ao estande, será trocado por um porta-retrato com a foto. Durante uma semana, o terreno também recebeu um food truck. A idealização é da agência de Marketing promocional Mattis.



Mundo Marketing, 24/out

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Uma cobertura de R$ 1 bilhão


Andar pelo Principado de Mônaco, ao sul da França, é respirar luxo. Não à toa, um em cada três residentes no microestado governado pelo príncipe Albert II, herdeiro da família Grimaldi, que desde o século 13 comanda o lugar, é milionário. Do alto da montanha, na entrada do vilarejo de 36 mil habitantes, é possível avistar dezenas de iates atracados nas marinas da Côte D'Azur. Descendo as ruas curvilíneas, repletas de possantes da Ferrari e Porsche, cassinos, hotéis e restaurantes sofisticados completam o cenário. Durante o dia, o clima praiano dá o tom e o vestuário até aceita a casualidade dos turistas curiosos.

Mas, pela noite, restam apenas homens e mulheres com trajes sociais recém-desfilados nas passarelas da Armani, Gucci e Versace circulando pelas ruas da região em busca de glamour e agito social. A pouco mais de um quilômetro da Place du Casino, onde fica o tradicional Cassino Monte-Carlo, está a Tour Odéon, residência de luxo em fase de finalização que detém a cobertura mais cara à venda do mundo. Apesar de salgado, o preço - nada menos que R$ 1 bilhão - não deve assustar os potenciais clientes. O agente imobiliário Edward de Mallet Morgan, da Knight Frank, empresa inglesa responsável pela comercialização dos apartamentos, revelou ao jornal inglês The Guardian que está em busca do topo da pirâmide social.

"O tipo de pessoa que já tem uma dúzia de propriedades espalhadas pelo mundo: uma casa de campo, um apartamento na metrópole, um chalé nas montanhas, uma ilha no Caribe e quem sabe até uma cabana de luxo na África?", diz o agente. "Um bilionário da Rússia ou um petroleiro do Azerbaijão, por exemplo." Para agradar a esse super-rico, a cobertura oferece em seus 3,3 mil m² e cinco andares sua própria academia, sauna, jacuzzi, spa, adega, cinema, biblioteca, sala de jogos, bar, boate e até mesmo uma piscina de borda infinita com toboágua.

São quatro quartos para hóspedes e um principal do tamanho de duas quadras de tênis, ou seja, mais de 500 m². Há também três quartos para empregados e quatro cozinhas dignas de um restaurante de alta gastronomia - afinal, para tomar conta da residência é preciso um staff de peso. Tudo, claro, feito com os materiais mais nobres encontrados no mercado, com muita madeira de lei, mármore e janelas envidraçadas do chão ao teto que permitem uma visão 360º de Mônaco. A cobertura inclui também serviço de concierge 24 horas e motorista. O alto preço, segundo a imobiliária Knight Frank, tem muito a ver também com a localização da Tour Odéon.

Desde que a Suíça perdeu o status de paraíso fiscal, ao quebrar o sigilo de transações financeiras, Mônaco tem sido bastante procurado por bilionários em busca de proteção às suas fortunas. Idealizada pela construtora Marzocco, a torre de 170 metros de altura originalmente deveria ser apenas uma villa. "Não tínhamos a intenção de erguer uma torre dessa magnitude, mas o projeto acabou ganhando maiores proporções", diz Daniele Marzocco, um dos diretores da companhia. Os vizinhos, segundo jornais locais, não gostaram do novo prédio, que faz sombra a suas residências e foge do padrão estético dos arredores.



IstoÉ Dinheiro, 22/out

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

‘Navio’ em Laranjeiras à espera de novo dono


Exemplar da arquitetura moderna, o prédio, inspirado no formato de um navio, onde por 31 anos funcionou o consulado da Alemanha, em Laranjeiras, está à espera de um comprador desde dezembro do ano passado, quando a representação diplomática se mudou para o Centro. Agora, o cônsul-geral da Alemanha no Rio, Harald Klein, decidiu contratar uma corretora para agilizar a venda do imóvel, que é protegido pela Apac da região e fica num terreno de três mil metros quadrados. O valor, no entanto, não foi revelado.

Projetado pelo escritório alemão Schmidt & van Dorp, o prédio, que fica na Rua Presidente Carlos de Campos 417, perto do Palácio Guanabara, começou a ser erguido em 1956. A obra ficou pronta três anos depois, sendo a primeira embaixada da República Federal da Alemanha construída após a Segunda Guerra Mundial. Em 1972, a embaixada foi transferida para Brasília, cedendo o espaço ao consulado da Alemanha e a uma filial do DAAD, o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico.

CASA DA EUROPA

O prédio revela, nos detalhes, o formato de um navio. A cobertura do imóvel pode ser comparada a uma ponte de comando. Na parte central, as extremidades levemente afuniladas também lembram uma embarcação.

O consulado da Alemanha funciona, atualmente, no mesmo prédio do consulado francês, na Avenida Presidente Antônio Carlos 58, no Centro. Por causa da mudança, o edifício do Teatro Maison de France, inaugurado em 1956 pelo presidente Juscelino Kubitschek, passou a se chamar Casa da Europa. Foi a primeira vez no mundo que as representações dos dois países se juntaram num mesmo imóvel.


O Globo, 22/out

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Tranquilidade e facilidades atraem moradores para a Ponta da Areia


São poucos os imóveis disponíveis no bairro Ponta da Areia, que por sua vez, quando surgem, são rapidamente são alugados. A proximidade do Centro e, principalmente, a tranquilidade que o bairro oferece fazem com que os imóveis do local fiquem vários anos ocupados. Tantas vantagens conferem ao bairro uma valorização expressiva, com preços de aluguéis similares ao do Centro. E para quem deseja morar nesse bairro, considerado como privilegiado por seus moradores, especialistas aconselham muita pesquisa e disponibilidade para esperar.

A maior vantagem do bairro é a proximidade do Centro com a possibilidade de ainda estar em um ambiente residencial, explica Fábio Donizeti, gerente de negócios da Grupo Imóveis Assessoria Imobiliária. Ele afirma também que as ofertas por moradia no local são poucas, porém, quando surgem, esses imóveis são rapidamente alugados.

"São, na grande maioria, casas antigas, com dois quartos. Por isso, a conservação é um fator que pesa no valor do aluguel. O preço da locação atualmente fica entre R$ 1.5 mil e R$ 2 mil para um sobrado, sendo que imóveis no andar térreo, com varandas, são ainda mais valorizados, podendo ultrapassar R$ 2,3 mil mensais", ressalta.

Fábio explica ainda que o bairro conta com uma estrutura básica de comércio e serviços, para atender questões mais imediatas, uma vez que os moradores podem contar com a diversidade de ofertas do Centro. Apesar de alguns trabalhadores de estaleiros também morarem na região, o gerente afirma que a grande maioria dos imóveis é ocupada por famílias.

"Os moradores na verdade são, na grande maioria, proprietários que residem há bastante tempo no bairro, mas é claro que quem trabalha nas proximidades também se interessa em estar ali, como é o caso da Zona Portuária. Outro grande atrativo da Ponta da Areia para muitas pessoas é a localização, que tem facilidade de acesso aos grandes centros", destaca.

Para o corretor da Fuzão Imóveis, Alex Sandro Nunes, a pouca oferta de imóveis é consequência do bairro ser habitado por famílias, satisfeitas com o estilo de vida que o local oferece, e que, por isso, permanecem por muito tempo nos imóveis. 

"A procura é grande, e para conseguir um imóvel em Ponta da Areia é preciso procurar muito pelas imobiliárias, pois é um bairro muito bom e por conta disso, disputado. Disponibilizamos em torno de dois imóveis por mês. E mesmo com a pouca oferta, as pessoas estão sempre procurando", afirma.

A presença de órgão públicos e de uma unidade da Polícia Federal com vigilância à noite, segundo Alex, contribuem para que Ponta da Areia permaneça um bairro tranquilo. Tantas vantagens já trazem valorização ao bairro, e, de acordo com o corretor, os preços cobrados por aluguéis, em muitos casos, já se comparam aos cobrados no Centro.

"Quem mora no bairro consegue evitar os problemas de trânsito, e fugir um pouco da violência. Como é um bairro onde a maioria das pessoas se conhece, qualquer movimentação suspeita logo é percebida. Houve também uma valorização. Atualmente é cobrado, em média, R$ 1,2 mil por 75 metros quadrados, com mais R$ 300 de taxas. Um valor que equivale ao cobrado no Centro", avalia.

Para o supervisor comercial Pablo Possas, de 25 anos, o bairro Ponta da Areia é mais que um ambiente familiar: é a casa de sua família inteira. Morador da localidade desde que nasceu, ele afirma que seus parentes ocupam aproximadamente oito residências na vizinhança.

"Minha família quase toda mora no bairro. Pais, tios e primos, mora todo mundo próximo. Apreciamos o clima acolhedor e as facilidades que a localização do bairro oferece. Eu, por exemplo, gasto apenas cinco minutos andando até o meu trabalho", conta.

Pablo afirma também que, apesar de o bairro estar tão próximo ao Centro, conserva uma atmosfera aconchegante e de segurança, o que proporciona qualidade de vida para quem reside nele.

"Já existem muitos moradores dos estaleiros que só moram em Ponta da Areia durante a semana, mas as famílias ainda prevalecem como maioria. Por aqui as crianças ainda brincam nas ruas e na praça até tarde da noite, e os vizinhos confraternizam juntos suas alegrias", finaliza.



O Fluminense, Habitação, 19/out

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Luxo de outros tempos: Dakota carioca guarda charme de um nobre Flamengo


As reações variam do estranhamento à admiração, mas não há quem passe pela Praia do Flamengo sem perder alguns instantes absorvendo os detalhes do edifício escuro, com base de granito, colunas e arcos, que se destaca na esquina com a Rua Ferreira Viana. Em estilo eclético, a construção de 12 andares foi inaugurada em 1931, numa época em que o Aterro do Flamengo ainda não existia e o chique era viver em casarões. Mas a monumentalidade e o luxo do edifício acabaram contribuindo para uma mudança de mentalidade entre as classes mais abastadas sobre o significado de morar bem.

Encomendada pelo banqueiro e bem-sucedido industrial do ramo têxtil, o comendador português Gervásio dos Santos Seabra, a construção do prédio surpreendeu a cidade na época. Ele era casado com a italiana Assunta Grimaldi Seabra, que queria erguer um edifício ao estilo da Primeira Renascença, uma maneira grandiosa de aproximar a matriarca de suas origens.

- Dona Assunta era descendente de nobres, parente do príncipe Rainier, de Mônaco, e exigiu que as obras seguissem os moldes europeus. Foi então contratado o arquiteto italiano Mario Vodret - conta Maria Araujo, autora de "Palais Seabra/Edifício Seabra", publicação bilíngue de 2011, que conta a história do prédio e da família.

As obras começaram em 1930, e o prédio foi executado pela empresa J.A.Costa & Cia. Em sua construção foi usado pela primeira vez o granito nacional, mas boa parte do material empregado foi importada.

- Embora suas linhas sigam o estilo Primeira Renascença, o prédio tinha detalhes modernos para a época. Foi o primeiro do Flamengo a ter incinerador de lixo - diz.

Se do lado de fora o prédio tem elementos arquitetônicos que colaboram para o aspecto sombrio, lembrando o edifício Dakota, em Nova York, no interior a delicadeza e a riqueza de detalhes impressionam. O hall divide-se em duas alas, com escadarias de mármore italiano de degraus amplos, e nas paredes há desenhos geométricos com aplicações em ouro. Lustres e arandelas em ferro batido dão um toque aristocrático aos ambientes.

- Dos 12 andares, os três últimos eram reservados à família Seabra, uma cobertura tríplex de dois mil metros quadrados. Para manter a privacidade, havia uma entrada exclusiva, na Rua Ferreira Viana, e um elevador privativo. No térreo, lojas, quartos de empregados e quatro vagas para carros também eram da família - conta a autora.

HERDEIROS VENDERAM COBERTURA EM 2012

Há cerca de dois anos, os andares nobres foram vendidos pelos herdeiros por cerca de R$ 7 milhões. Atualmente, a cobertura está em obras. Segundo moradores, a planta será modificada, e o imóvel, dividido. O local é tombado pela prefeitura desde 1995.

- No restante do prédio, temos quatro apartamentos por andar, num total de 38 unidades, entre 160 e 400 metros quadrados - diz Manuel Ruy da Silva, que trabalhou por mais de 40 anos com Nelson e Roberto, filhos de Assunta e Gervásio, e herdou um apartamento, onde montou seu escritório.



O Globo, 19/out

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Jardim Suspenso de Sydney


Uma das sete maravilhas na Antiguidade, o Jardim Suspenso da Babilônia continua inspirando arquitetos e designers até hoje. Mas ninguém conseguiu reproduzir com tanta maestria essa obra quanto o arquiteto francês Jean Nouvel, responsável pelo One Central Park East, localizado em Sydney, a mais importante cidade da Austrália. Apontado como uma das edificações mais sustentáveis do planeta pela consultoria britânica Emporis, o complexo tem na fachada 250 espécies de plantas nativas da região. Suas duas torres, sendo a maior delas de 117 metros de altura, abrigam escritórios, área de compras e residências, que são abastecidos, em parte, por sistemas de captação de energia solar e de água da chuva. Para comprar um do apartamentos é preciso desembolsar, pelo menos, US$ 2 milhões.



Istoé Dinheiro, Sustentabilidade, 16/out

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Mercado imobiliário deve retomar aquecimento depois das eleições


"O mercado deve voltar a se estabilizar apenas depois das eleições, já entrando em 2015", enfatiza Rogério Santos, diretor da Realton, especialista com 26 anos de mercado imobiliário.

Ainda segundo ele, de qualquer forma, é uma boa hora para adquirir um imóvel: a tendência é a incerteza do mercado acabar logo depois do resultado das eleições e acontecer uma retomada do aquecimento.

- Independente do governo que entrar, pegará o país em um ano delicado, em que viemos de uma decepção coletiva, que foi a copa do mundo, e uma expectativa grande de que as mudanças do novo governo não afetem o poder de compra adquirido nos últimos anos, e que deve permanecer - reforça.

Rogério ainda lembra que repete-se, este ano, um aumento no interesse por imóveis nos EUA, especialmente em Miami, segunda casa dos brasileiros de classe alta.

- Estamos percebendo uma alta de 32% na procura por imóveis de lá se comparado ao quadrimestre passado, e 18% de comparado ao mesmo período do ano passado - explica.
 
Flórida: brasileiros celebram valorização de 100% em seis anos

Brasileiros que compraram imóveis na Flórida após a crise de 2008 estão rindo à toa. A valorização desde então superou os 100% em dólar em alguns casos, fora a variação cambial do período, segundo Antonio Bardy, consultor que atua nesse e fundador da assessoria imobiliária BluBrick.

Grande parte dos que adquiriram bens à época voltou a investir no ramo, e atraiu outros interessados.

Além da valorização e proteção patrimonial, a rentabilidade das casas de temporada - e a possibilidade de desfrutar delas - atrai investidores não só do Brasil, mas do mundo todo à Flórida, em especial à cidade de Orlando. A procura dos brasileiros por esse tipo de investimento dobrou nos últimos anos, correspondendo a 80% das vendas da BluBrick em 2014.

A demanda desse grupo tem sido majoritariamente (90%) por empreendimentos novos que custam, em média, US$ 300 mil. As áreas de Davenport, Kissimmee e Champions Gate, próximas ao complexo do Walt Disney World, são as mais requisitadas, segundo a BluBrick.

- Estamos falando de casas que têm entre três e dez quartos, amplo jardim e piscina, localizadas em condomínios com inúmeras benfeitorias - explica Bardy.

O valor do aluguel de um imóvel de seis dormitórios, por exemplo, é de cerca de US$ 270 por dia, e a taxa de ocupação varia de 45% a 80% ao ano, com locações que vão de três dias a dois meses.

Os preços atrativos e as baixas taxas de financiamento - que vão de 4,5% a 8.5% ao ano - transformaram o brasileiro no terceiro maior comprador estrangeiro de imóveis da Flórida, segundo a NAR (sigla em inglês para a Associação Americana de Corretagem). Segundo o especialista da BluBrick, ainda há espaço para investimentos no setor.

- Diferentemente do Brasil, em que o mercado já está saturado, a curva imobiliária dos EUA não chegou ao ápice - analisa.

Porém, como nem todos os condomínios de Orlando permitem a locação por temporada, a dica é procurar uma corretora especializada no assunto antes de comprar um imóvel por lá. A BluBrick presta assessoria imobiliária completa para brasileiros que querem investir em terras americanas, auxiliando desde a procura pela casa e documentação até a vistoria e entrega do empreendimento, além de oferecer serviço de administração. Em 2015 a empresa espera um aumento de 50% em suas vendas, apostando na demanda de brasileiros.



Monitor Mercantil, 16/out

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Selo verde conquista espaço


Com ar moderno e aparência muitas vezes futurista, os edifícios com certificação ambiental consolidaram sua presença nas metrópoles brasileiras. Isso ficou evidente com a realização da Copa do Mundo de 2014: sete dos 12 estádios construídos ou reformados para o Mundial receberam a certificação Leed de construção sustentável. O selo, sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental, foi criado nos Estados Unidos e está presente em 156 países - e o Brasil é o terceiro país no mundo com mais empreendimentos certificados, só perdendo para Estados Unidos e China.

Outro selo que vem ganhando es-paço é o Aqua-HQE, certificação de origem francesa concedida no Brasil pela Fundação Vanzolini, ligada à Universidade de São Paulo (USP). Ambas as certificações preconizam o uso de tecnologias de construção que promovem economia de recursos, como água e energia elétrica, além de materiais de construção com reduzido impacto ambiental e sistemas inteligentes de automação.

Hoje, existem 903 empreendimentos em processo de obtenção do selo Leed no Brasil, e outros 192 estão certificados. O Leed chegou ao país em 2007 e se espalhou entre os escritórios corporativos, edifícios comerciais, indústrias e centros de distribuição e logística. A certificação Aqua está presente em 305 empreendimentos, a maior parte edifícios residenciais, mas também é ostentada por prédios comerciais, escritórios, escolas, hotéis, shopping centers e loteamentos.

Vários fatores explicam o boom dos prédios verdes no Brasil. Um deles é a significativa redução dos custos em construir de forma sustentável. Em 2007, quando o Leed certificou o primeiro empreendimento - uma agência bancária do Santander em Cotia, na Grande São Paulo -, os custos adicionais da obra chegava a 30% em relação a uma obra convencional. As tecnologias empregadas na agência, como painéis fotovoltaicos para geração de energia, tijolos fabricados com materiais reciclados e estações de tratamento de efluentes, eram pouco utilizadas no país e os fornecedores, escassos.

Hoje o quadro mudou: o trabalho de sensibilização para o tema realizado pelas próprias entidades certificadoras despertou o interesse de arquitetos, engenheiros e empresas para as vantagens de se construir de modo sustentável, como a redução de custos operacionais, especialmente água e energia, ao longo da vida útil da edificação. Uma cadeia de produtos e serviços voltados à construção sustentável foi se consolidando, o que contribuiu para reduzir a custos dos materiais e tecnologias.

Novas certificações internacionais estão chegando, como a britânica Breeam e a DGNB, da Sociedade Alemã de Construção Sustentável, o que deve aquecer mais o mercado.

"Atualmente, o custo adicional médio de se construir um edifício com padrões de sustentabilidade gira em torno de 5% a 10%, se começarmos na etapa do projeto", afirma Sérgio Mendes, diretor de gestão de projetos, obras e sustentabilidade da consultoria imobiliária Cushman&Wakefield.

Neste ano, outros fatores au-mentaram o interesse pelos prédios verdes: a certificação das arenas esportivas, que deu visibilidade ao tema, e uma instrução normativa do Ministério do Planejamento, em vigor desde 4 de agosto, que tornou obrigatória a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence) na classificação A, de mais econômica, para edificações públicas federais.

"Há um conjunto de razões que contribuem para o aumento da demanda por edifícios certificados. Há prefeituras, como as do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, oferecendo incentivos fiscais para prédios eficientes. Além disso, cresce a percepção de que é preciso estar preparado para enfrentar períodos de crise hídrica e energética, como tem mostrado a redução da oferta de água em São Paulo", diz Maria Carolina Fujihara, arquiteta do GBC Brasil, entidade responsável pelas certificações Leed no país.

A demanda pelo selo Leed começou com os escritórios corporativos de multinacionais e se espalhou pela indústria, shopping centers, hospitais e prédios comerciais. Agora, o GBC Brasil quer abocanhar o mercado de imóveis residenciais: em agosto, foi lançado o Referencial GBC Brasil Casa, uma adaptação do selo Leed for Homes, do mercado americano, para casas e condomínios residenciais. Três condomínios buscam a certificação-piloto, em São Paulo, Goiânia e Chapecó (SC).

Enquanto o Leed busca aumentar sua penetração em construções residenciais, nessa seara o selo Aqua-HQE reina soberano no Brasil. Lançado em 2008, pela Fundação Van- zolini, que adaptou o selo francês Démarche HQE, ele está presente em 308 empreendimentos, incluindo dez mil unidades habitacionais.

Para obter a certificação, é preciso cumprir 14 critérios, que abordam temas como uso de água, energia, conforto (térmico, acústico, visual) para o usuário, canteiro de obras com baixo impacto ambiental e qualidade sanitária dos ambientes. "A filosofia da certificação, desde seu início, tem sido causar uma mu-dança para melhor no mercado. E a resposta tem sido positiva, porque a demanda pelo selo só cresce", diz Manuel Carlos Reis Martins, diretor- executivo do Aqua-HQE.

Há empresas que optaram por certificar todos os empreendimentos residenciais com o selo. E o caso da construtora e incorporadora Even, que começou a buscar soluções de sustentabilidade para seus edifícios em 2006 e acabou optando pela proposta do Aqua-HQE. Em 2012, a empresa foi certificada como Empreendedor Aqua, o que significa que os novos lançamentos residenciais terão o selo ambiental- 36 empreendimentos em São Paulo desde então. Os residenciais lançados no Rio de Janeiro a partir de 2014 também virão com o selo.

Embora as famílias busquem melhor preço e localização na hora de comprar um imóvel, a sustentabilidade tem sido uma estratégia para agregar valor aos empreendimentos. "A demanda por apartamentos com selo verde tende a crescer à medida que os benefícios forem sendo percebidos. Na ponta do lápis, um empreendimento certificado consome 27% menos água e 39% menos energia nas áreas comuns", diz Sílvio Gava, diretor-executivo de sustentabilidade da Even.



Valor Econômico, Setorial Construção Civil, 14/out

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Mercado de imóveis do Rio pisa no freio e registra descontos entre 10% e 20%


Um ano de muitos eventos, preços atingindo o teto e crescimento da oferta de imóveis no mercado do Rio estão levando imobiliárias e construtoras a estarem mais abertas para negociar. E isso pode significar descontos entre 10% e 20% no preço final da compra, seja de novos ou usados. Para Rogério Quintanilha, gerente-geral de vendas da Apsa, o setor no Rio de Janeiro não se beneficiou tanto quanto esperava com a realização dos eventos esportivos, nem com a indústria de extração de óleo e gás.
 
- O consumidor está aumentando o tempo de análise de compra. As Olimpíadas continuam movimentado a cidade em termos de renda, mas quem compra imóvel começa a ter uma visão de médio e longo prazos. Há uma percepção de aumento do desemprego, então, o endividamento extenso faz com que pessoas pensem mais. O processo eleitoral também afeta. Alguns esperam o resultado para decidir sobre a compra. O mercado veio com expectativa muito grande de aumento e estes valores ficaram muito acima da realidade. Agora, as negociações levam a redução de preços entre 10% e 20%.

Na linha de que a questão do preço varia conforme a oferta e procura, o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), João Paulo Matos, explica, entretanto, que, mesmo com negociações mais flexíveis, pode haver regiões mais supervalorizadas ou superofertadas. Em seu ponto de vista, 2014 tem sido um ano atípico, por conta dos vários eventos que a capital recebe, o que resulta em um desaquecimento.

- O mercado veio crescendo muito forte nos anos anteriores e, agora, se deparou com vários eventos atípicos: carnaval em março, feriados em abril, Copa do Mundo e eleições. Tudo isso fez com que o mercado ficasse mais devagar. Claro, afeta o setor e pode levar as construtoras a darem descontos. Mas o setor vai voltar ao ritmo após as eleições - aposta Matos.

Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio) e presidente da Apsa, concorda: diz que desaquecimento não significa queda de preços direta generalizada, mas, sim, uma possibilidade maior de negociação, que pode resultar nestes descontos:

- Chegamos a um patamar de preço máximo. Nos últimos 12 meses, percebe-se a acomodação. Os preços não caíram, mas há uma maior flexibilidade. Como tem mais ofertas que demanda no mercado, as pessoas estão analisando mais. As construtoras passaram a ter mais estoque e a fazer mais promoções com imóveis na planta. É a lei de oferta e demanda que regula o mercado.

A acomodação já vem sendo observada nos últimos resultados do Índice FipeZap, que calcula o valor médio do metro quadrado anunciado de 16 cidades brasileiras. Segundo economista da Fipe, Bruno Oliva, as variações mensais do último FipeZap de Rio e São Paulo, ambos de 0,4%, apresentam uma tendência de acomodação no país, que deve continuar. Oliva ressalta, entretanto, que os preços não vão cair de uma hora para outra:

- É um esfriamento natural, após o forte aquecimento que o mercado teve.



O Globo online, Morar Bem, 14/out

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Foi dada a largada para a Semana Design Rio


Tradicional espaço de apostas e corridas de cavalo, o Jockey Club voltará a ser o grande endereço do design na cidade entre os dias 5 e 9 de novembro, quando acontece a segunda edição da Semana Design Rio, promovida pelo GLOBO. Com uma programação que inclui debates, oficinas, exposições e bate-papos, o evento este ano ocupará uma tribuna mais espaçosa. Durante os cinco dias de encontros e troca de ideias, o público vai conferir as últimas tendências e descobrir que no Rio, para onde quer que se olhe, há design de qualidade. O evento tem participação especial da H. Stern, patrocínio de Fabrimar, Firjan, Sebrae e Even. E apoio de Coca-Cola, Tok& Stok e CasaShopping.

Quem for ao Jockey poderá visitar a exposição "Rio + Design", uma seleção de projetos dos mais criativos profissionais do estado. São mais de 100 peças, selecionadas pelo Conselho Consultivo de Design, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado. Entre os designers, estão nomes como Eduardo Baroni, Bernardo Senna, Fernando Jaeger, Indio da Costa, EM2 Design, Lattoog Design, Studio Zanini, Oficina Ethos e Redondo Estratégia + Design.

- A Semana Design Rio oferecerá ao carioca o que de melhor se produz de produtos e soluções inovadoras, além de revelar novos talentos, com o concurso em que estudantes de design podem apresentar soluções criativas para a cidade. Nesta segunda edição, a Semana está ampliada e mais completa, inserindo-se definitivamente no calendário de eventos do Rio e reforçando o compromisso do GLOBO com ações que valorizem a nossa cidade - diz Sandra Sanches, diretora-executiva do GLOBO.

A cenografia do evento, mais uma vez, terá a assinatura do escritório Indio da Costa. E este ano, além do efeito das cordas suspensas em tom laranja - que viraram marca do evento - a equipe resolveu construir uma passarela que guiará o público pelas atrações.

- A ideia é valorizar a área externa. As palestras vão acontecer em cima da tribuna, para que todos possam apreciar aquela vista das corridas. Além disso, teremos um deck, que convida o público a visitar os espaços, onde acontecerão algumas atividades. Haverá ainda uma lojinha de design e um lounge - explica Rafaela Macedo, uma das diretoras do escritório Indio da Costa.

PAINÉIS DE DEBATES

Palestrantes nacionais e internacionais vão participar de mesas- redondas e contar suas experiências nos painéis de debates. Ricardo Leite, da Crama Design Estratégico, dividirá com a plateia a história de criação da marca comemorativa dos 450 anos do Rio de Janeiro:

- Vamos explicar o processo criativo, os bastidores, até a chegada do momento de criação. Poderíamos ter criado uma marca que enaltecesse a cidade em si, mas preferimos criar algo que enaltecesse o jeito carioca de ser. Será o primeiro grande evento de design em que a marca vai estar interagindo com o público.

A cada dia o design será discutido sob uma ótica. Na quarta, dia 5, a temática será Design e Comunicação; na quinta, Design e Inovação; na sexta, Design e Estratégia; no sábado, será a vez de debater o Design e a Cidade, e no domingo, o Design Social. Entre os palestrantes internacionais, já estão confirmados o inglês Chris Moody, da Wolf Olins; a búlgara Borina Andrieu, diretora da Motte & Associés S.A., e a holandesa Ingrid Van Der Wacht.



O Globo, 12/out

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Prefeitura começará a multar prédios que não fizeram autovistoria no Rio


Quem ainda não fez a autovistoria predial obrigatória tem uma pequena chance de escapar das punições que serão aplicadas pela Prefeitura do Rio. A partir do dia 18 de outubro, a Casa Civil começará a emitir as multas para os condomínios e proprietários que até agora não enviaram os laudos feitos por engenheiros ou arquitetos sobre a condição dos imóveis para a Secretaria Municipal de Urbanismo. A multa para quem não fez a autovistoria é de cinco vezes o valor de referência (VR) do IPTU.

De acordo com dados da Secretaria de Casa Civil as multas não devem ser poucas. Quatro meses após o prazo legal para a realização da autovistoria - encerrado no dia 30 de junho - apenas 23.241 prédios de cerca de 270 mil existentes na cidade enviaram o laudo. Até junho cerca de 16,5 mil tinham entregado o documento.

E o que não falta é obra pelos edifícios da cidade. De acordo com os documentos que chegaram à prefeitura, apenas 9.182 estavam em perfeitas condições. Os outros 14.059 apresentaram necessidades de algum tipo de reparo. Seja por falha em acabamento, reboco caindo, infiltração em paredes, problemas de manutenção e segurança ou utros danos estruturais. É o laudo particular que identifica o problema e determina o tempo necessário para a obra.

A fiscalização da prefeitura feita por amostragem já começou. Em setembro, a Casa Civil emitiu 355 notificações para imóveis - em sua maioria residenciais - que até gora não entregaram o laudo. Há prédios que precisam de obras em Botafogo, Barra da Tijuca, Campo Grande, Cascadura, Catete, Centro, Copacabana, Flamengo, Jacarepaguá, Madureira, Méier, Taquara e Tijuca. Esses prédios tiveram um mês de prazo para enviar o laudo particular e assim evitar o pagamento das multas.

A punição dói no bolso dos condôminos e proprietários, já que se repete mensalmente até que o laudo da autovistoria seja encaminhado à Secretaria Municipal de Urbanismo. E tem de fazer a obras, se ela for necessária. Do contrário, a multa persiste.

Só estão fora da obrigação da autovistoria as unidades residenciais unifamiliares ou bifamiliares. Ou ainda os que obtiveram o habite-se nos últimos cinco anos. Imóveis de dois pavimentos e área total construída de menos de mil metros quadrados e ou situadas em Área de Especial Interesse Social também não precisam fazer a vistoria.

A lei que obriga a vistoria foi criada depois que três prédios desabaram na Avenida Treze de Maio, no Centro, matando 22 pessoas. Ela determina que as vistorias técnicas sejam feitas em intervalos de cinco anos, para verificar a conservação, estabilidade e segurança dos prédios.



G1, 10/out

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Governo cria registro único de compra e venda de imóvel


O Ministério da Fazenda explicou que a Medida Provisória 656, publicada nesta quarta-feira, 8, no Diário Oficial, criou a concentração dos atos de matrícula para imóveis. Segundo Paulo Rogério Caffarelli, secretário-executivo da pasta, todas as informações de compra e venda de um imóvel terão um registro único, semelhante ao Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Com a medida, o Ministério espera aumentar a segurança jurídica dos negócios, desburocratizar as operações de compra e venda e a facilitar a concessão de crédito.

Letra Imobiliária Garantida

A MP 656 criou também a Letra Imobiliária Garantida (LIG), um instrumento que será emitido exclusivamente por instituição financeira sob forma escritural. A LIG é um título de crédito nominativo, transferível e de livre negociação. Ela estará vinculada à carteira de garantias, que pode conter créditos imobiliários e títulos de emissão do Tesouro Nacional, instrumentos derivativos e outros ativos.

Caffarelli explicou que o instrumento beneficia o investidor que não quer correr o risco banco, já que, em caso de falência da instituição emissora, os ativos estão apartados do patrimônio da instituição. "Há ainda a isenção de IR sobre os rendimentos para pessoas físicas residentes no Brasil e para pessoas físicas e jurídicas estrangeiras."



DCI, 09/out