segunda-feira, 21 de outubro de 2024

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Cai a vacância dos galpões e preço sobe 15% em um ano

Aumento de preço para locação de condomínios logísticos era esperado e deve continuar, segundo consultorias da área.

Os condomínios logísticos do país terminaram o terceiro trimestre com uma taxa de vacância média de 8,8%, segundo dados da consultoria imobiliária Colliers. É um recuo de meio ponto percentual em relação ao segundo trimestre deste ano e também sobre o mesmo período do ano passado.

A menor incidência de espaços livres coincide com um volume de absorção líquida, a diferença entre as novas áreas ocupadas e o que foi devolvido, estável em relação ao ano passado, e a um forte aumento do preço pedido pelas locações: houve alta de 15% no valor do aluguel na média nacional, para R$ 28 por metro quadrado, e de 20% no Estado de São Paulo, para R$ 30, onde a vacância é ainda menor do que a média brasileira, em 8,3%.

Paula Casarini, CEO da Colliers no Brasil, analisa que 2024 tem sido “um pouco melhor” do que o previsto pela empresa, e justifica o aumento nos valores de locação dos espaços de logística. “Existe muita pressão no preço dos terrenos, no custo de construção e o custo de capital também está mais caro, por causa da taxa de juros”, diz. “Não tem mais como deixar do mesmo jeito”.

O aumento do patamar de preços era aguardado pelos desenvolvedores e locadores de área. “Finalmente, depois de longo tempo, vemos um aumento real de preço, acima da inflação”, afirma Mauro Dias, presidente da GLP no Brasil, que constrói e administra galpões logísticos.

André Romano, gerente de industrial e logística da consultoria imobiliária JLL, acredita que o patamar de R$ 30 por metro quadrado será cada vez mais comum, o que pode gerar um novo mercado de galpões.

Ele analisa que parte dos inquilinos que estão hoje em galpões de alto padrão, de classe A, cujos preços estão subindo, não vai mais conseguir arcar com esse custo. São transportadoras pequenas, por exemplo, que hoje convivem com gigantes do setor.

Talvez esses inquilinos não precisem de um galpão tão qualificado, nem que esteja tão perto do consumidor. “O próximo passo é o desenvolvimento de novas propriedades de classe B”, afirma Romano, o que poderia ser explorado por proprietários institucionais, segundo ele, que já estão presentes entre os donos dos galpões de alto padrão.

Romano e Casarini concordam que o preço de locação ainda não chegou em um teto. Há espaço para novos aumentos, inclusive ainda neste ano.

O tipo de cliente que mais tem locado contribuiu para isso. São empresas de e-commerce, que tentam chegar mais perto do consumidor para acelerar a entrega. Quanto mais perto das cidades, mais caro o terreno, o desenvolvimento do galpão e a locação.

No terceiro trimestre, entre as maiores novas locações do país estão grandes do e-commerce: quatro galpões locados pelo Mercado Livre e dois pelo Magazine Luiza. O último estava “quieto”, lembra Romano, mas o Mercado Livre anunciou, em setembro, que vai dobrar seu número de centros de distribuição no país, de dez para 21. Para as consultorias, parte desse movimento já foi recebido pelo mercado. A GLP, por exemplo, fez uma locação de 110 mil metros quadrados para a empresa argentina neste ano, afirma Dias, em Guarulhos.

Para o fim de 2024 e para 2025, é esperado que a retomada de aumentos da Selic atrapalhe a captação de recursos por fundos de investimento imobiliário (FII), que são os maiores compradores de galpões. Faz parte do negócio de empresas desenvolvedoras, como a GLP, vendê-los após um período. É a “reciclagem”.

Dias comemora que 2024 tem sido bom para isso, já que os fundos conseguiram captar no começo do ano. No entanto, agora “o mercado deu uma segurada”, sem novas captações ou “follow-ons” (ofertas secundárias). Quem não conseguiu comprador pode ter que aguardar a próxima janela. “O mercado vai ter muito menos movimento do que teve em 2023 e neste ano”, prevê o executivo.

A Colliers trabalha com a projeção de que 2024 termine com vacância similar à do terceiro trimestre. Para o ano que vem, o valor deve ir de 7% a 9%, a depender do otimismo do mercado.

Valor Econômico, 21/out

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Os desafios da construção civil para se adaptar ao calor extremo

 

Estudo revela que mais de 48 mil brasileiros morreram, entre 2000 e 2018, devido ao calor extremo.

O calor extremo tem feito cidades superarem recordes históricos de temperatura devido às ondas de calor enfrentadas pelo país. Neste ano, o fenômeno climático se manifestou oito vezes até setembro. Meios para combater a crise ambiental foram debatidos por Ministros do Meio Ambiente do G20, na última quinta-feira, 3, no Rio de Janeiro, onde assinaram uma declaração para ampliar o enfrentamento aos desafios impostos.

De acordo com um estudo, publicado no início deste ano, realizado em conjunto com 12 cientistas brasileiros e portugueses vinculados a instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Lisboa, as ondas de calor mataram mais de 48 mil pessoas no Brasil entre 2000 e 2018, superando em mais de vinte vezes o número de mortes por deslizamentos de terra no período.

Devido às temperaturas extremas, cada vez mais cresce a demanda por ar-condicionados e ventiladores elétricos, devendo a demanda triplicar até 2050, conforme a Agência Internacional de Energia. A questão é que esses equipamentos, além de contribuírem com o aquecimento global, consomem atualmente 20% da eletricidade usada em edifícios ao redor do mundo, trazendo para a discussão o ramo da construção civil, onde o uso de estruturas sustentáveis, que emitam menos gases poluentes e protejam a população das ondas de calor, tem sido cada vez mais incorporadas em projetos.

“O setor da construção civil está cada vez mais atento às tendências do mercado, como a sustentabilidade e as inovações tecnológicas. É crucial compreender e responder às demandas do público para garantir o sucesso nos negócios e o bem-estar de todos”, diz Tatiana Fasolari, CEO do Grupo Fast.

Veja Negócios, 21/out

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

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Estudo aponta dados de desempenho na construção civil

O relatório aponta que o nível de atividade do setor em junho de 2024 alcançou 49,9 pontos, o maior patamar registrado nos últimos 12 meses, demonstrando estabilidade no mercado.

Conforme aponta o relatório Desempenho Econômico da Construção Civil, divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria em julho deste ano, o setor da construção civil no Brasil encerrou o primeiro semestre de 2024 com resultados sólidos. De acordo com os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o nível de atividade do setor em junho de 2024 alcançou 49,9 pontos, o maior patamar registrado nos últimos 12 meses, demonstrando estabilidade no mercado. O estudo também ressalta que este resultado é equivalente ao mesmo período de 2023, reforçando a manutenção das atividades no setor.

O relatório mostra que o mercado de trabalho formal da construção civil apresentou um desempenho maior nos primeiros cinco meses do ano. Segundo o Novo Caged, o setor foi responsável pela criação de 159.203 novos empregos com carteira assinada. Esse número representou o melhor resultado para o período nos últimos 12 anos, colocando a construção civil como um dos principais motores da geração de empregos no país. Ainda sobre o relatório e em relação à distribuição desses postos, a construção de edifícios foi responsável por 42,48% do total, enquanto os serviços especializados e as obras de infraestrutura contribuíram com 32,93% e 24,59%, respectivamente.

O estudo aponta que em termos salariais, o setor da construção civil também apresentou dados para análise. Conforme os dados do Novo Caged, o salário médio de admissão no setor em maio de 2024 foi de R$ 2.290,41, superando a média geral de todas as atividades econômicas, que foi de R$ 2.132,64. O relatório também destaca a atratividade do setor para os jovens: cerca de 45,09% das novas vagas foram preenchidas por trabalhadores entre 18 e 29 anos.

A publicação também informa que geograficamente, São Paulo e Minas Gerais lideraram a criação de empregos no setor da construção, com os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba despontando como os principais pólos de contratação. De acordo com o levantamento, somente Rondônia e Piauí apresentaram retração no mercado de trabalho do setor no período analisado.

José Antônio Valente, diretor da empresa de franquia de aluguel de equipamentos Franquia Trans Obra, afirmou que olhando para os resultados apresentados pelo relatório da CBIC, é possível perceber uma trajetória sólida e promissora para o setor da construção civil no Brasil. José Antônio continuou dizendo que a estabilidade no nível de atividade e o crescimento na geração de empregos indicam que o setor continua sendo um dos pilares da economia nacional, com um papel de destaque na criação de oportunidades formais de trabalho. “Com a crescente demanda por infraestrutura e edifícios, o cenário futuro sugere que o setor pode continuar impulsionando o crescimento econômico, especialmente com o foco em modernização tecnológica e qualificação de mão de obra. Entendo também que o setor de locação de equipamentos para construção civil deve estar em constante aprimoramento dos seus processos e na qualidade do seu atendimento, pois a locação de máquinas e equipamentos pode reduzir o custo de manutenção das empresas no setor da construção”.

Ainda sobre o relatório, é possível verificar que houve um aumento nos custos do setor, com o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) registrando um crescimento de 44,02% entre janeiro de 2020 e junho de 2024, acima da inflação oficial do país, que subiu 30,47% no mesmo período. O custo dos materiais de construção foi apontado no estudo como o de maior impacto em custos, com um aumento de 60,28%.

Perguntado sobre o estudo divulgado, José Antônio disse que é necessário que o setor da construção civil continue a investir em tecnologia e capacitação profissional, fatores que serão decisivos para assegurar sua competitividade a longo prazo. “Vejo que o setor também deve olhar de perto uma franquia de locação de equipamentos para construção civil para otimizar custos de manutenção e compra de equipamentos, visando maximizar recursos e alocar investimentos em outras áreas da empresa”.

Valor Econômico, 17/out