sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 600.000,00



R$ 90 milhões: Triplex da década de 80 na orla do Leblon pode se tornar o apartamento mais caro à venda no Rio

Com uma área total superior a 1.500 m², o imóvel está no Edifício Ana Carolina, considerado um dos "Top 5" empreendimentos mais luxuosos do Rio. Seu valor ultrapassa o da cobertura da família Guinle, que é considerada o maior apartamento à venda da América Latina.

Como se já não bastasse o espanto do mercado imobiliário com a super cobertura luxuosa do Residencial TOM, comercializada a R$ 38 milhões, e que já recebeu seus primeiros moradores, bem próximo dali, ainda na orla do Leblon, um triplex da década de 80 está superando o valor do seu vizinho mais moderno, mostrando que o Leblon sempre pode marcar um novo recorde de alta cifra, podendo ser o responsável pela venda do possível apartamento mais caro comercializado atualmente na cidade.

O triplex do Edifício Ana Carolina, localizado na Avenida Delfim Moreira, está chamando a atenção do mercado com seu preço exorbitante de R$ 90 milhões. Com uma área total de mais de 1.500 m², o imóvel conta com seis quartos e cinco banheiros, piscina, terraço verde e até sauna, podendo ser um dos apartamentos mais caros à venda na história do bairro, que é conhecido por ter o metro quadrado mais valorizado do Rio.

Construído na década de 80 por Jorge Paulo Lehman, um dos magnatas do setor bancário, e pelo proprietário da Construtora Mauá, o Edifício Ana Carolina possui uma história curiosa. Ao contrário da maioria dos empreendimentos, nenhuma unidade foi ofertada ao mercado; todas as unidades foram destinadas a membros das famílias envolvidas na construção, tornando o imóvel uma “extrema raridade”, como destaca o anuncio do apartamento.

O triplex apresenta uma série de comodidades que impressionam. No primeiro andar, são três salas distintas, lavabo e um varandão com vista frontal para o mar. O segundo piso conta com uma área de lazer com piscina e sauna, além dos quatro quartos, sendo um deles uma suíte master. O terceiro andar abriga um terraço verde.

Ele é o destaque entre os melhores. O corretor de imóveis especializado em mercado de luxo, Paulo César Ximenes, o classifica como um dos 10 edifícios mais caros para se viver no Rio de Janeiro. “O valor de R$ 90 milhões é um preço justo. A dimensão deste imóvel pode ser comparada a outros ícones da Zona Sul, como o Cap Ferrat e o Juan Les Pins, mas com apenas um terço das unidades. Isso significa mais privacidade para os moradores, além de varandas significativamente maiores,” destaca Ximenes, que é diretor da Sérgio Castro Ouro.

Ele complementa: “O Edifício Ana Carolina não está apenas no TOP 10, mas no TOP 5. Pessoalmente, aprecio muito a planta desse prédio, que possui uma harmonia superior em comparação ao Juan Les Pins e ao Cap Ferrat.”

Comparação com o Mercado

O valor do triplex é mais que o dobro das coberturas disponíveis no Leblon, mesmo aquelas com vista para o mar e localizadas na orla. Além disso, supera o preço das maiores mansões nos condomínios mais nobres do Rio, como o Jardim Pernambuco e o Mansões. Para uma comparação ainda mais assustadora, o apartamento ganha da maior cobertura da América Latina. Um imóvel que está encalhado há anos, que já pertenceu à família Guinle, no Prédio Tucumã, na Praia do Flamengo, que possui 4 andares, 3.900 m² e está à venda por R$ 59 milhões.

O apartamento tem móveis modestos e acabamentos clássicos, como tábua corrida e mármore em banheiros. Para os futuros proprietários, os custos não param por aí: a taxa de condomínio é de mais de R$ 17 mil mensais, além de R$ 251 mil anuais de IPTU.

Diário do Rio, 11/out

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Cobertura Duplex, 5 Quartos, 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 7.500.000,00



De boate a residencial de luxo: O Encanto da Melt e seu legado no Leblon

Saiba como a famosa boate moldou a cultura noturna do Rio. Demolida, agora dará lugar a um novo capítulo na Zona Sul.

O nobre endereço que por anos abrigou a badalada boate Melt, fechada há mais de uma década, dará lugar a um residencial de alto padrão com 58 apartamentos. Eram vários predinhos juntos, unificados por dentro e que receberam por muitos anos jovens de todo o Rio para noitadas. Agora demolidos, o local receberá unidades residenciais com preços a partir de R$ 2 milhões e uma expectativa de Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 180 milhões: o novo projeto destaca a força renovada do mercado imobiliário do Rio de Janeiro, mais especialmente na incensada Zona Sul.

Sob a batuta da incorporadora Aros Inc., que tem se especializado em prédios com arquitetura contemporânea, o empreendimento, situado na Rua General San Martín (que muitos pronunciam em francês mas homenageia na verdade um general argentino, ou seja, é Martín, e não “Martan”), começa a ser anunciado. Para construir o novo edifício de sete andares, a empresa adquiriu também alguns imóveis vizinhos à antiga boate, formando um novo quarteirão no Leblon, especificamente na Rua Rita Ludolf, 47.

“O imóvel da Melt ficou muito tempo abandonado, o que trazia uma sensação de insegurança para os moradores. Compramos esse terreno icônico após uma disputa acirrada com outros players do mercado e, em seguida, começamos a negociar com os proprietários dos imóveis ao lado. Felizmente, conseguimos um acordo que fosse bom para todos. Agora, teremos um quarteirão totalmente revitalizado com a chegada do Stay Ludolf”, afirma Ricardo Affonseca, co-fundador e diretor-executivo da empresa.

O “Stay Ludolf” contará com 58 unidades, com preços a partir de R$ 2 milhões, e o financiamento será viabilizado pelo BTG Pactual. Além desse empreendimento, a empresa prevê lançar pelo menos mais cinco projetos de luxo na Zona Sul em 2025, com um VGV estimado em R$ 600 milhões, segundo informa a assessoria da empresa.

Localizado no coração do Leblon, a apenas 100 metros da praia e próximo a diversas opções de comércio e lazer, o novo endereço terá apartamentos compactos distribuídos em sete andares. As tipologias flexíveis pretendem atender a quem deseja investir ou morar, incluindo os famosos studios, as unidades gardens e coberturas lineares e duplex. O projeto visa atender à alta demanda por hospedagem de curta temporada na região. “Hoje muitos condomínios combatem a locação por curtos períodos. Isso vem impossibilitando que muitos investidores desta modalidade atuem. Para isso, empreendimentos como este, onde por fundamento o aluguel por temporada é liberado, estão surgindo e tem um público certo. Temos dezenas de clientes em carteira buscando imóveis onde tenham certeza que o condomínio não vai impedi-los de alugar via Airbnb, por exemplo”, explica o corretor Anderson Martins, diretor da filial da Sergio Castro Imóveis no Leblon, que fica a poucos metros da nova construção.

“O Leblon é mais que um bairro, é um símbolo de história e sofisticação, além de ser berço de uma comunidade vibrante e cosmopolita. As suas ruas arborizadas e a praia deslumbrante refletem o charme do Rio, oferecendo uma qualidade de vida incomparável aos moradores”, ressalta o co-fundador da incorporadora que comprou a velha Melt.

O lazer do local será através de um rooftop com espaços funcionais, área para yoga, piscina, sauna e um bar. O prédio também vai oferecer conveniências como garagem com serviço de manobrista, bicicletário, lavanderia, espaço para entregas e até pranchário de surf para os moradores. A segurança, segundo a empresa, será garantida por um controle perimetral, acesso restrito para pedestres e veículos, além de portaria com reconhecimento facial.

Os projetos de Arquitetura e Decoração das Áreas Comuns são assinados pela Cité Arquitetura, enquanto o design de Interiores ficou a cargo de Natália Lemos Arquitetura, que também criou o apartamento decorado que poderá ser visitado no estande do empreendimento.

O Encanto da Melt e seu legado no Leblon

Ícone dos anos 2000, a Boate Melt ofereceu uma experiência única, unindo boa música e um ambiente acolhedor que tornava as noites memoráveis. A preferida pelos jovens estrangeiros que visitavam o Rio, a boate atraía uma mistura de gringos e cariocas, permanecendo cheia durante muito tempo, celebrando aniversários, casamentos e risadas de grupos de amigos.

A alegria reinou naquele pedacinho do Leblon durante a passagem da Melt, onde juventude, beleza, música alta, bebidas e comidas conquistaram cada vez mais visitantes. Em comentários no site TripAdvisor, uma internauta compartilhou sua experiência em 2016. “Estive recentemente na Melt com amigos e me diverti muito. Durante a noite, duas bandas tocaram e, mesmo no Leblon, os preços não eram absurdos como costuma ser por ali”, afirma.

Com um repertório que ia do rock ao sertanejo, a Melt se tornou o ponto de encontro de jovens e adultos. Nas redes sociais, a boate gerava muitos comentários, especialmente durante o Carnaval, com seu baile e karaokê universitário. “Ir ao Rio e não dar uma passadinha no Melt é um pecado. Comida rápida e saborosa, com a arquitetura dos anos 50 como pano de fundo! Todo o cardápio é bem elaborado”, destacou uma frequentadora, relembrando os momentos de alegria.

O local também recebeu a festa de lançamento da marca Maybelline NY Brasil, com a presença do cantor Nego do Borel e da atriz Camila Queiroz. Além deles, participaram concorrentes do programa The Voice e o ator Bruno Gagliasso, que se arriscou como DJ. A Melt ainda revelou sucessos de grupos de carnaval, como o bloco “Me Esquece”, criado pelo dentista Fernando Lourenço Sérgio, que se tornou um dos eventos mais animados da folia carioca em 2011. As rodas de samba do bloco, aos domingos, fizeram sucesso durante todo o ano.

Toda quarta-feira, a Melt era o espaço certo para os amantes do sertanejo, reunindo milhares de pessoas. O último post nas redes sociais, datado de 22 de maio de 2017, anunciava uma promoção para a “Quarta Sertaneja”, sem que o público soubesse que aquela seria a última música a ecoar na boate: “Daqui a pouco tem a ÚLTIMA EDIÇÃO da Quarta Sertaneja da Melt Rio. Sim, a casa entra em obra e a festa vai dar uma descansadinha. No cardápio da festa: Karaokê Universitário, show com Rick Lima, DJ Paulinho e dose dupla”.

A boate contava com dois andares, recebendo todo tipo de público e sempre estampando os jornais, desde interdições pela prefeitura, como em 2009, até eventos clássicos da cidade maravilhosa.

Assim, toda festa tem seu fim. Toda boate um dia fecha, por mais querida que seja. Um artifício comum é mudar de nome para reviver a antiga glória, mas essa “roupagem nova” raramente funciona. Algumas casas duram poucos meses, a maioria, alguns anos, e poucas alcançam o status de fama, como a Melt. Contudo, a hora de todas elas sempre chega, por motivos variados: disputas judiciais, desapropriações, baixo retorno financeiro, desenvolvimento imobiliário ou simplesmente o cansaço dos sócios.

A Boate Melt ainda permanece na memória dos cariocas, simbolizando uma era de festas e momentos marcantes na cidade. Embora o local tenha fechado suas portas, seu legado continua a ecoar nas lembranças de quem viveu suas noites animadas, deixando espaço para novas histórias e experiências na vibrante cena carioca.

Diário do Rio, 10/out

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Apartamento 3 Quartos no Recreio dos Bandeirantes - R$ 800.000,00




Vendas de imóveis sobem 21,4% e lançamentos crescem 42% em agosto, revela Secovi-SP

A pesquisa do Secovi-SP mostrou ainda que os lançamentos tiveram um salto de 42% em agosto na comparação anual, para 9 mil unidades.

As vendas e os lançamentos de imóveis residenciais na cidade de São Paulo seguiram em alta em agosto, puxados pelo desempenho do Minha Casa Minha Vida (MCMV), segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (2), pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

Em agosto, 67% dos lançamentos e 59% das vendas foram de imóveis enquadrados no programa habitacional.

No total, as vendas de moradias novas em agosto cresceram 21,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a 9,7 mil unidades.

Já as vendas acumuladas nos últimos 12 meses até agosto aumentaram 26% em relação aos 12 meses aneriores, totalizando 92,5 mil unidades — patamar recorde no setor.

As vendas de moradias enquadradas no MCMV subiram 39% no período acumulado, indo a 48,7 mil unidades. Já as vendas de residências de médio e alto padrão tiveram alta de 15%, para 43,9 mil unidades.

A velocidade de vendas atingiu a marca de 15,3% em agosto. Ou seja, foram vendidos no mês 15,3% de todas as unidades lançadas e que constavam no estoque. Já no período de 12 meses, a velocidade de vendas atingiu a marca recorde de 61%.

A pesquisa do Secovi-SP mostrou ainda que os lançamentos tiveram um salto de 42% em agosto na comparação anual, para 9 mil unidades.

No acumulado em 12 meses, os lançamentos subiram 28%, para 90,8 mil unidades. Assim como nas vendas, os lançamentos foram puxados pelo MCMV. Os novos projetos lançados dentro do programa dispararam 88,6%, para 55,6 mil unidades. Nos outros mercados, os lançamentos recuaram 15%, para 35,3 mil unidades.

Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo encolheu 10,7% em um ano, chegando a 54,1 mil unidades em agosto. O levantamento considera apartamentos ainda na planta, em obras e os recém-entregues.

O estoque do MCMV é formado por 25,3 mil unidades, o equivalente a 47% do total. Nesse ritmo de vendas, o estoque seria totalmente esgotado em 6 meses se não houvesse novos projetos, estimou o Secovi. Nos demais mercados, o estoque soma 28,7 mil unidades, 53% do total, capaz de suportar 8 meses de vendas.

Os projetos do MCMV deslancharam desde que as novas regras do programa passaram a valer, há cerca de um ano.

Os ajustes proporcionaram aumento dos subsídios, corte nos juros dos financiamentos e ampliação do preço máximo dos imóveis elegíveis – que chegaram a R$ 350 mil — o que favoreceu o enquadramento de mais projetos dentro do programa.

Mais recentemente, houve corte de impostos para construtoras e atualização das faixas de renda dos beneficiários.

CNN Brasil, 09/out