quinta-feira, 31 de julho de 2014

Obra de implantação do VLT pode fazer rodízio de carros ser adotado no Centro


As obras de implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) no Centro e na Zona Portuária poderão levar à adoção de um rodízio de carros durante as intervenções. O prefeito Eduardo Paes começou a discutir o assunto nesta quarta-feira, numa reunião com técnicos das áreas de transportes e obras, como adiantou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO. A prefeitura está preocupada com a mobilidade na região, já prejudicada pelas obras do Porto Maravilha e pela demolição do Elevado da Perimetral. A ideia é primeiro esgotar alternativas, como a adoção de desvios, interdições parciais de ruas e trabalho noturno. O rodízio seria o último recurso e só seria adotado, se necessário, a partir de janeiro.

Segundo o secretário municipal de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Jorge Arraes, dois terços das ruas a serem usadas pelo VLT ficam na Zona Portuária. No Centro, as vias que vão integrar o trajeto do bonde são a Praça da República, as ruas da Constituição e Sete de Setembro e a Avenida Rio Branco. A preocupação maior recai sobre essas vias.

- O rodízio seria uma medida extrema. Teremos várias frentes de obras sendo instaladas até dezembro. O pico do trabalho será em abril. Vamos estudar alternativas - explica Arraes.

A prefeitura está preocupada com a mobilidade na região, já prejudicada pelas obras do Porto Maravilha e pela demolição do Elevado da Perimetral. 

Divididas em nove etapas, as obras do VLT já começaram por um antigo túnel sob o Morro da Providência. Aberto no tempo do Império, para fazer a ligação ferroviária do Porto com a Central, ele estava desativado há décadas. Durante as obras de revitalização da Zona Portuária, o túnel foi limpo e teve a galeria recuperada. Agora, operários do consórcio do VLT abrem a calha onde serão instalados os trilhos.

O canteiro do VLT no túnel ferroviário ocupa hoje a área da Vila Olímpica da Gamboa. Os equipamentos esportivos estão sendo remanejados dentro do próprio terreno, para permitir também a construção do futuro centro de operações do bonde moderno.

As obras deverão ganhar as ruas em setembro. A Avenida Binário e as ruas General Luiz Mendes de Morais e Santo Cristo, próximas à Rodoviária Novo Rio, serão as primeiras a receber os trilhos.

Segundo o secretário de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Jorge Arraes, nessas avenidas - que se tornaram opção de circulação para o Centro, com a derrubada da Perimetral - o trabalho mais pesado será noturno, para não atrapalhar o trânsito.

LINHA ATÉ O AEROPORTO SANTOS DUMONT

Até dezembro, a prefeitura pretende abrir gradativamente frentes de obras nas avenidas Rio Branco, Beira-Mar e Rodrigues Alves, nas ruas Sete de Setembro e da Constituição, nas praças da República e Mauá, entre outras vias.

Os trilhos do VLT começam a chegar em agosto. Eles estão sendo fabricados na França pela Alstom, mesma fornecedora dos bondes. O VLT terá seis linhas. A previsão é que a primeira esteja pronta para testes em dezembro de 2015. Ela ligará a rodoviária ao Aeroporto Santos Dumont, passando pela Zona Portuária e pelo túnel ferroviário. A partir desse ponto, a linha atravessa a Presidente Vargas e segue por Praça da República, ruas da Constituição, Sete de Setembro, avenidas Rio Branco e Beira-Mar, até chegar ao Santos Dumont.



O Globo, Isabela Bastos, 31/jul

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Obras no megatúnel Rio-Petrópolis avançam a todo vapor


A luz no fim do megatúnel da Rio-Petrópolis só deve surgir no final de 2015, quando terminarem as explosões na rocha, mas as obras que fazem parte da construção da nova subida da Serra de Petrópolis já estão a todo vapor. Na localidade de Duarte da Silveira foram escavados 260 metros, de um total de 4.640 metros. Isso representa o dobro da galeria do Túnel Rebouças no trecho entre o Cosme Velho e a Lagoa, com 2.040 metros, o que o tornará o maior túnel rodoviário contínuo do Brasil. O segundo mais extenso tem 3.146 metros e fica na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, inaugurada em 2002. Parte da BR-040, a nova subida encurtará em cinco quilômetros a ida até a cidade serrana. Sua conclusão está prevista para junho de 2016.

As obras estão orçadas em cerca R$ 1 bilhão, sendo que R$ 290 milhões serão pagos pela Concer, empresa que administra o trecho da BR-040 entre Rio de Janeiro e Juiz de Fora, e o restante, pelo governo federal. Só o megatúnel custará R$ 400 milhões.

O projeto inclui a duplicação de 15 quilômetros da atual pista de descida desde Xerém até a entrada do túnel, onde será construída uma bifurcação. A atual subida, aberta em 1928, será transformada numa estrada-parque, voltada para turismo ecológico, educação ambiental e lazer. A construção da nova pista de subida é uma obrigação contratual estabelecida pelo Programa de Exploração da Rodovia (PER). O prazo de concessão da rodovia é de 25 anos e expira em 2021.

PROJETO PRESERVA MATA

A nova estrada provocou uma intervenção profunda na área de Mata Atlântica, mas a obra obteve todas as licenças ambientais necessárias, inclusive do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o presidente da Concer, Pedro Jonsson, a construção do megatúnel surgiu como a opção de menor impacto ambiental entre os estudos realizados, porque ao se fazer a escavação na rocha a vegetação da cobertura é preservada.

Jonsson afirma que toda a tecnologia usada para a construção do túnel é a mesma empregada atualmente em países europeus. Técnicos da Concer viajaram para alguns países, como a Itália, com o objetivo de pesquisar e trazer para esta obra os mais modernos equipamentos. Segundo o engenheiro Leonardo Kumata, um dos responsáveis pelos trabalhos, apesar de seu comprimento, o túnel não causará uma sensação claustrofóbica.

- O túnel terá exaustores em toda a extensão, controlados por computador. O concreto usado no revestimento é especial, com fibras antichamas. E serão construídas galerias subterrâneas, que poderão escoar as pessoas em caso de acidentes - disse o engenheiro.

O monitoramento do túnel será feito por câmeras e a sala de controle ficará localizada ou nas proximidades do megatúnel ou na sede da Concer, na Rodovia Washington Luís.

As explosões na rocha são diárias. Uma capelinha encravada na entrada do túnel com a imagem de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros e de todos que trabalham com fogo e explosões, protege os trabalhadores, conhecidos como tuneleiros. Outras duas estátuas da santa serão instaladas na via durante a obras.

CAPACIDADE ESGOTADA

Construída em 1928, a atual subida da serra está com sua capacidade de tráfego esgotada desde 2010, segundo estudo feito pelo poder concedente.

O trecho de 180,4 quilômetros administrado pela Concer liga os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e o volume de tráfego cresce a cada ano: em 2012, atingiu a marca de 31,2 milhões de veículos. O trecho de subida da rodovia recebe em média 20 mil veículos diariamente, segundo a Concer. Muitos deles são caminhões e carretas que dificultam o fluxo de tráfego por causa do traçado sinuoso e da falta de acostamento da via.

Frequentemente, a Concer vem realizando operações especiais de reversão de pista na descida, para que carretas de grandes dimensões possam trafegar durante as madrugadas, período de menor movimento. A rodovia é uma importante rota de escoamento da produção, segundo aponta a Confederação Nacional de Transporte. E a previsão é que o volume de tráfego continue crescendo em função de grandes eventos, como as Olimpíadas de 2016.

A atual pista de subida também ficará sob a administração da concessionária, com foco no atendimento à comunidade que vive às suas margens. Está prevista a implantação de mão dupla, mas ainda está em estudo se será construído algum bloqueio para impedir o uso da rodovia por quem seguir para Petrópolis. Segundo a Concer, se a passagem for permitida, haverá cobrança de pedágio no alto da serra.



O Globo, Célia Costa, 30/jul

terça-feira, 29 de julho de 2014

Mercado imobiliário cresce 1% no Rio


O mercado imobiliário do Rio de Janeiro cresceu 1% no primeiro semestre do ano, em comparação ao mesmo período de 2013, de acordo com levantamento da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi).

"Apesar de termos tido um semestre com muitos feriados e Copa do Mundo, com decréscimo de 1% no lançamento de imóveis residenciais, acho que o resultado foi bastante animador, superando o que a gente esperava", avaliou o presidente da Ademi, João Paulo Rio Tinto de Matos. Entre janeiro e junho deste ano, o número de lançamentos na capital fluminense chegou a 8.112.

Dos 26 bairros cariocas onde ocorreram lançamentos de unidades habitacionais no primeiro semestre, a Tijuca, na zona norte da cidade, mostrou a maior alta: 204% em relação a igual semestre de 2013. Foram 255 unidades lançadas, contra 84 no acumulado de janeiro a junho do ano passado.

Matos apontou que a implantação de unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e a melhoria da mobilidade urbana viabilizaram os empreendimentos em várias regiões do Rio. "Tem uma série de empreendimentos que só foram possíveis porque as regiões estavam pacificadas. A Tijuca é um grande exemplo disso. Só se tornou um bairro desejado a partir do momento em que houve a pacificação". 

Segundo ele, o Mundial de futebol não contribuiu para elevar os preços dos imóveis no Rio. "A Copa não tem essa capacidade de fazer subir o preço dos imóveis para venda. Para locação, até pode ser, porque houve uma demanda muito grande. Mas, para venda, não."

A Ademi trabalha com expectativa de expansão no ano de 5%. "A economia continua estabilizada. Apesar de a inflação ter subido um pouco, isso não se reflete no custo dos imóveis, nem no custo do financiamento imobiliário. Também não se reflete no ponto de vista de você ter mais ou menos crédito para a aquisição de imóvel", disse o presidente da entidade.



O Fluminense, 27/jul

quarta-feira, 23 de julho de 2014

BRT Transcarioca começa a funcionar integrado com trens a partir deste sábado


A partir do próximo sábado, o BRT Transcarioca passará a funcionar integrado com os trens da SuperVia, com a abertura de seis novas estações. Inicialmente, o trecho Alvorada-Madureira funcionará das 10h às 15h, fora do horário do rush. Mas o serviço será estendido progressivamente, até operar 24 horas por dia. O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, estimou, nesta terça-feira, que, com a implantação do novo trecho, o usuário que fizer a integração com os trens da SuperVia poderá percorrer o trajeto entre a Barra e o Centro em menos de uma hora (sem contar o tempo de espera e o deslocamento entre as plataformas). Isso porque o tempo de viagem do Transcarioca no serviço expresso Alvorada-Madureira é estimado em 35 minutos, enquanto o deslocamento de trem entre Madureira e a Central, também no serviço expresso, é de 20 minutos.

- O tempo total de viagem é de 55 minutos. Hoje, para fazer o mesmo percurso entre a Barra e o Centro, de carro, geralmente o motorista gasta muito mais tempo - afirmou Sansão.

As estações que vão abrir serão Ipase, Praça Seca, Capitão Menezes, Pinto Teles, Campinho e Paulo da Portela. Quando a ligação Alvorada-Madureira estiver funcionando 24 horas por dia, serão extintos os serviços de ônibus locais e expresso entre Barra e Tanque, absorvidos pelo novo trecho. As mudanças não vão alterar a rotina do serviço semiexpresso Barra-Galeão (que tem integração com o metrô em Vicente de Carvalho).

O secretário acrescentou que, num primeiro momento, não serão eliminadas linhas convencionais que fazem percursos idênticos entre Barra e Madureira, para que os usuários se acostumem com as mudanças. A expectativa é que o serviço funcione 24 horas em 20 dias.

PREVISÃO DE 200 MIL USUÁRIOS POR DIA

Nesta primeira fase, os ônibus circularão a intervalos de cinco minutos, alterando os dois serviços e atendendo 29 estações. No novo serviço expresso, os coletivos vão parar apenas em sete estações. O BRT Transcarioca tem sido usado por 60 mil usuários por dia. Quando os novos serviços estiveram funcionando 24 horas, a previsão é chegar a 200 mil por dia. Ainda não há previsão para a abertura de 18 estações, todas na Zona Norte.



O Globo, Luiz Ernesto Magalhães, 23/jul

terça-feira, 22 de julho de 2014

Lançamento de imóvel no Rio aumentou 15%


Na contramão do restante do país, onde os lançamentos desaceleram para a desova de estoques, Rio de Janeiro apresentou aumento de 15% nas vendas de imóveis novos nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com janeiro a maio de 2013.

No entanto, de acordo com os dados da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), as construtoras e incorporadoras estão trocando os lançamentos na Zona Sul pelas Zonas Oeste e Norte e o Centro.

"Em junho, vai ser igual ou menor do que no ano passado", prevê o presidente da Ademi, João Paulo Rio Tinto de Matos.

O incremento do mercado carioca ocorre num momento em que os lançamentos na cidade de São Paulo desabaram 14%, segundo o sindicato paulista da habitação.

Para Matos, no Rio, a melhora na segurança e as obras de infra-estrutura e de mobilidade urbana para as Olimpíadas ajudaram no incremento dos negócios. Ele acrescentou que projetos para áreas de petróleo e gás também têm atraído mais moradores para a cidade. Além disso, embora continue em alta, o preço do metro quadrado no Rio tem subido menos.

De acordo com a Ademi-RJ,. a Zona Oeste, que inclui a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, é a área com mais espaços disponíveis na cidade. E onde são encontrados grandes condomínios residenciais e bairros planejados. Com isso, os lançamentos de imóveis residenciais na região cresceram 72%, entre janeiro e maio, na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.



Monitor Mercantil, 21/jul

segunda-feira, 21 de julho de 2014

As árvores da cidade


O Rio, que tem cerca de 600 mil árvores em suas ruas, vai ganhar um Plano Diretor de arborização. A ideia é criar regras para o plantio e a poda, além de detalhar as espécies. "Belo Horizonte e Porto Alegre já possuem um Plano Diretor de arborização. O Rio também tem que ter", defende Maria de Lourdes Alves, diretora de arborização da Parques e Jardins. "Em Paris, ele é tão completo que há normas específicas só para as golas das árvores". 

Muitas peculiaridades

Maria de Lourdes adianta que o Rio, por suas características, terá um plano bem detalhado. "É uma cidade com muitas peculiaridades, não podemos ter as mesmas especificações para Copacabana e Belford Roxo, por exemplo. Até o clima é diferente", conta. "Também teremos um capítulo só sobre árvores notáveis, como as figueiras da Visconde Albuquerque, no Leblon, e as palmeiras da Rua Paissandu, no Flamengo.



O Globo, Gente Boa, 21/jul

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Casa Cor na Barra


O maior evento de decoração da cidade, o Casa Cor este ano vai se instalar no novo prédio do Casa Shopping. Os 50 ambientes serão montados numa área de cerca de 4 mil metros quadrados. É a segunda vez consecutiva que Patricia Quentel e Patricia Mayer escolhem a Barra para sediar a mostra.



O Globo, Gente Boa, 18/jul

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Imóvel: momento é bom para negociar, dizem especialistas


Está difícil vender imóveis. Por isso, o mercado passa por um momento de queda de preços no País. É o que dizem especialistas no setor, que acreditam que o consumidor deve usar esta situação a seu favor ao fechar um financiamento.

O preço médio dos imóveis subiu menos do que a inflação no primeiro semestre deste ano. De acordo com o índice FipeZap Ampilado, da Fundação Instituto de pesquisas Econômicas (Fipe), a variação do preço médio do metro quadrado nas 16 cidades que compõem o indicador foi de 3,49% de janeiro a junho. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 3,75% no primeiro semestre deste ano. Houve, portanto, uma queda real no valor dos imóveis na primeira metade de 2014.

"O volume de negociação tem caído e o Brasil vem de um processo em que os preços subiram mais do que o razoável", diz Samy Dana, professor de economia da Fundação Getulio Vargas. "Está difícil vender imóveis porque os preços não baixaram suficientemente."

De acordo com Tonico Dias, fundador da imobiliária online Imóvelbid, este é o melhor momento dos últimos anos para o consumidor que está à procura de um imóvel, já que os estoques das incorporadoras estão relativamente altos e a evolução dos preços deve permanecer estável, sem se desgarrar da inflação num período de um ano e meio.

"O setor teve um aumento muito forte entre 2007 e 2013. O que vemos agora é um ajuste, não vai subir muito nem descer tanto [em relação à inflação]", afirma Dias. Para Samy Dana, a inflação imobiliária deve seguir numa tendência de baixa em função da alta exagerada dos últimos anos. "Devemos assistir a um aumento menor do que a inflação, os preços precisam cair para ficar em equilíbrio. Assim, há mais espaço para descontos".

Opções de compra

Segundo Tonico Dias, uma dificuldade que o consumidor pode enfrentar neste momento é a liberação de crédito para financiamento pelos bancos, já que a economia do País convive com um cenário de juros altos - a Selic, taxa básica de juros, está no patamar de 11% ao ano -, mas ainda há espaço para negociação dos preços.

A melhor opção, para Dias, é negociar com uma incorporadora de capital aberto que tenha muitos financiamentos, porque o mercado não tem tido muita movimentação. A empresa tem um custo de cerca de 20% ao ano para segurar um imóvel pronto, o que pode ser um prejuízo se não houver comprador. "Neste momento, a necessidade de quem quer vender é maior do que de quem quer comprar. É necessário barganhar, algumas empresas liberam descontos de até 30% no imóvel pronto", afirma.

Segundo Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, o mercado de imóveis está mais propício para compras e há perspectiva de mais queda dos preços nos próximos meses.

Para ele, o momento pode ser ainda mais vantajoso para quem costuma pagar aluguel, pela substituição da mensalidade por uma prestação de algo que, após quitado, será do consumidor.

Quem não tem pressa pode guardar o valor da prestação do financiamento, em qualquer tipo de investimento conservador, e, num período de sete ou oito anos, fazer a compra à vista, sugere Domingos. "É preciso entender que, com o dinheiro aplicado, os juros trabalham a seu favor, enquanto que, no financiamento, se paga juros."

Neste momento, quem for comprar um imóvel para investimento deve pensar bem na decisão, diz Domingos, já que as projeções indicam que nos próximos anos a rentabilidade não deve ser alta como vinha sendo, em função da estabilização dos preços.


Terra, 16/jul

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Arquitetura: riqueza dos países, além do futebol


Nestes dias de Copa, os brasileiros puderam conhecer um pouco mais de outras culturas. O Morar Bem decidiu mostrar, então, as principais características arquitetônicas dos países que chegaram às semifinais. Até porque, rivalidade, só 110 campo, certo?

Nossa vizinha Argentina, por exemplo, é muito conhecida por suas construções antigas bem preservadas, entretanto, imóveis com um estilo mais clean e contemporâneo vão criando uma nova cara na arquitetura no país.

Esta mistura também é presente no Brasil, onde o estilo colonial se funde com o Modernismo, criando uma identidade heterogênea na arquitetura.

Já do lado de lá do Atlântico, em Amsterdã, Holanda, os edifícios são de linhas retas, mas com detalhes marcantes que os tomam especiais: os telhados irregulares, muito vidro e tijolo aparente.

E a Alemanha bate um bolão não só em campo, como em suas construções. As casas estilo enxaimel são bem conhecidas, porém, é o Bauhaus que se destaca, uma escola que revolucionou os métodos construtivos a partir do século XX. Até hoje, uma das maiores contribuições para a arquitetura mundial, onde o uso de pilares, aço e vidro ganham força.



O Globo, Raphaela Ribas, 13/jul

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Edifício em formato da flor-de-lótus


O Lotus Building é uma construção em Wujin, na China, que vai além da beleza (diga-se, aliás, bem expressiva) e arrisca na arquitetura. Inspirada na flor-de-lótus, um dos símbolos da cultura chinesa, o edifício se parece com uma flor semiaberta e na parte externa é envolto por estruturas gigantes em formato de pétalas, que são colocadas em várias camadas e podem ficar abertas ou fechadas.

Outro detalhe que compõe e agrega no design é a iluminação, cuja combinação de luzes e de mosaicos coloridos nos azulejos das paredes criam um efeito degradê entre o branco e o rosa. O prédio, projetado pelo estúdio australiano de design Studio505, fica sobre um lago. Dentro do prédio, há um lustre de 23m de comprimento suspenso no centro do edifício, representando a parte interna da flor.

O formato em que o prédio foi construído tem também a finalidade de minimizar o uso de energia. O projeto mistura ventilação natural e no edifício foram instalados mais de 2,5 mil pilhas geotérmicas, que são impulsionadas pela água do próprio lago.



O Globo online, Morar Bem, 11/jul

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Projeto permite que deficientes visuais conheçam arquitetura no RS


Um projeto criado dentro do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), na Região Sul do Rio Grande do Sul, saiu das salas de aula e passou a ajudar deficientes visuais a conhecerem um dos traços mais marcantes da cidade: a arquitetura. O projeto Modela Pelotas transforma em miniaturas, elementos do patrimônio histórico da cidade (veja o vídeo ao lado).

O trabalho é realizado dentro do labortaório de gráfica digital do curso de Arquitetura e Urbanismo, através de uma máquina que imprime desenhos tridimensionais em um tipo de plástico colorido. "A partir dessas novas tecnologias de impressão 3D a gente consegue fazer uma interação entre o físico e o virtual. Traz toda uma perspectiva e também de compreensão efetiva das formas", explica a professora do curso, Adriane Borda.

Para os alunos, a ideia facilitou o aprendizado em sala de aula. "Você começa a perceber melhor os detalhes arquitetônicos ou coisas que ficam muito abstratas numa aula de teoria", afirma a estudante Mônica Veiga.

A ideia, que nasceu tendo como referência os prédios históricos de Pelotas, ricos em detalhes arquitetônicos, deu tão certo que saiu dos muros da universidade e ganhou uma exposição aberta ao público. Através das miniaturas, outras pessoas podem ter a experiência de sentir as formas no desenho da cidade. Até quem não pode ver, passa a "enxergar".

Na exposição, montada no Campus Anglo da UFPel, os modelos táteis são acompanhados de uma foto com áudio-descrição e legenda em braile. Dessa maneira, deficientes visuais podem ter uma compreensão diferenciada do que muitas vezes passa despercebido pela população.

"Ele mostra todas as formas de percepção, é um museu totalmente acessível. A gente sai satisfeito e se sente, realmente, um cidadão", declara o professor Leopoldo Monteiro, que conferiu de perto o trabalho.



G1, 10/jul

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Casa da semana: propriedade que pertenceu a Walt Disney é vendida por US$ 74 milhões


A propriedade que pertenceu a Walt Disney, chamada de Carolwood Estate, em Los Angeles, Califórnia, foi vendida recentemente por US$ 74 milhões (R$ 162 milhões) para um comprador internacional não revelado, segundo o Wall Street Journal. Mas antes que você ache alto o valor, saiba que está abaixo do pedido inicialmente, US$ 90 milhões, há cerca de um ano.

Atualmente, a mansão, totalmente diferente da construção em que Disney morou, tem 35 mil metros quadrados, oito quartos e 17 banheiros, incluindo entre outras curiosidades, piscina, adega, sala de cinema, dois quartos do pânico e um campo de tênis. Há ainda um trilho de trem com um túnel subterrâneo (que o próprio Disney mandou construir), que ficou conhecido como "Carolwood Pacific Railroad" e que, segundo a Forbes, serviria como parte da inspiração para criar a Disneylândia, o primeiro de seus parques temáticos de mesmo nome.

Acervo O GLOBO: o império de Walt Disney após sua morte, em 1966

Após a morte de sua mulher, Lillian Disney, a propriedade foi comprada, na década de 1990, por US$ 8,5 milhões pelo investidor Gabriel Brener, executivo-chefe da empresa de investimento privado Brener International Group e co-proprietário do time de futebol Houston Dynamo. Brener derrubou a casa e adquiriu mais terras ao redor e, tempos depois, construiu esta bela mansão que se vê agora e que acaba de ser arrematada.

Apesar da propriedade de Walt Dinsey não ser exatamente como o original, ainda é bem conhecida como o seu mundo e alguns elementos trazem esta memória afetiva e histórica, como o túnel subterrâneo que apesar de não funcionar mais, permanece escondido discretamente entre o paisagismo, cuja entrada de pedra tem a data "1950" no topo - ano em que a ferrovia começou a operar.



O Globo online, Morar Bem, 02/jul

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Banco imobiliário


Existem duas maneiras de aumentar o caixa da prefeitura. A mais óbvia se dá pela elevação de impostos, recurso ao qual o próprio Eduardo Paes já recorreu algumas vezes. Em ano eleitoral, no entanto, essa alternativa não é interessante, mesmo que ele não esteja diretamente envolvido na disputa nas urnas. Sobrou, então, a outra opção: a venda de patrimônio público. No início do mês, o gabinete do prefeito enviou para a apreciação dos vereadores uma lista de dezenove imóveis espalhados pela cidade que, numa estimativa conservadora, podem render 400 milhões de reais aos cofres municipais. Uma verba que cairia bem em qualquer situação, mas que vale como chuva no deserto quando o governo municipal se vê às voltas com os compromissos extraordinários assumidos para a realização dos Jogos Olímpicos, que já batem na casa dos 4 bilhões de reais. "Muitos desses terrenos estavam tendo uso inadequado, isso quando tinham alguma utilidade. Buscamos a melhor solução para a prefeitura e para a própria cidade", afirma o secretário de Concessões e Parcerias Públi­co-Privadas do município, Jorge Arraes.

Na lista há uma amplitude de endereços de características diversas (veja o quadro). Desde espaços nos bairros mais nobres da cidade, como um centro operacional da Comlurb no Leblon, até um depósito de quase 16 000 metros quadrados utilizado hoje para guardar contêineres na Vila do João, favela integrante do Complexo da Maré. Na Barra da Tijuca, quatro grandes terrenos doados pela iniciativa privada como contrapartida para a construção de condomínios e shoppings também devem mudar de mãos. A região portuária e arredores, que passam por uma extensa requalificação imobiliária, aparecem na lista com um depósito de carros rebocados, dois estacionamentos e um posto de gasolina desativado. Mas, de longe, o item que deve render a maior quantia é o prédio da Procuradoria-Geral do Município, cujo preço, estimado por especialistas, está na faixa de 75 milhões de reais. São 24 andares na esquina da Rua Sete de Setembro com a Travessa do Ouvidor, área das mais movimentadas do Centro, conhecida pela escassez de espaços disponíveis. 

Há um entrave, no entanto, que emperra o processo. A votação da lei que permite a venda dos terrenos já foi adiada duas vezes a pedido de vereadores da oposição. Para aprovarem o projeto, eles querem uma estimativa da quantia que deve entrar nos cofres municipais, bem como saber o destino dessa fortuna. Por sua vez, a prefeitura não revela o valor que espera arrecadar, para não influenciar as propostas. Por meio de nota, informa apenas que "a verba não tem carimbo, vai para o Tesouro". Ou seja: pode ter qualquer destinação. Não é a primeira vez que a proposta bate na Câmara e volta. Em março, um projeto de lei para alienar 21 imóveis encontrou resistências no Legislativo por conter terrenos destinados à construção de escolas, hospitais e até um lote localizado dentro de um condomínio residencial. A solução foi retirar seis áreas do pacote e substituí-las por outras quatro, totalizando os dezenove pontos atuais. Chama atenção não a iniciativa em si, mas a quantidade de itens reunidos. No ano passado, por exemplo, foram negociados nesse mesmo modelo apenas quatro endereços que pertenciam à esfera municipal. "Não tenho nada contra a venda de bens municipais, isso faz parte da dinâmica da administração da cidade", aponta o vereador Carlo Caiado. "O que não pode haver é falta de transparência, com a Câmara e a população sem saber o destino do dinheiro e o que vai ser feito desses terrenos." Que o melhor para o Rio prevaleça.



Veja Rio, Felipe Carneiro, 02/jul

terça-feira, 1 de julho de 2014

Cidadezinha americana é posta à venda por R$ 880 mil


Já sonhou em ser dono da sua própria cidade? Por cerca de R$ 880 mil (US$ 400 mil) é possível transformar esse desejo em realidade. É que o proprietário da cidadezinha de Swett, em Dakota do Sul, nos Estados Unidos, resolveu se desfazer da "propriedade", como informa o site Rapid City Journal.

Swett fica a 616 quilômetros de Denver, no Colorado, e tem um bar, três trailers, uma única casa e 6,16 hectares de área de pasto. Lance Benson, que é o único dono da cidade e tem um negócio na área de viagens, diz que decidiu colocar Swett à venda para poder se dedicar ao seu negócio principal.

- Eu detesto ter que me livrar da cidade. Mas, se eu não vendê-la neste primeiro ano, provavelmente vou desistir da venda - disse Benson ao site Rapid City Journal.

Assim como muitas cidades rurais nos Estados Unidos, Swett encolheu muito no último século devido à migração para os grandes centros urbanos. Por volta de 1940, chegou a ser residência de 40 pessoas e a ter uma agência dos correios e uma mercearia - hoje, a população da cidade resume-se a duas pessoas: Benson, que comprou a cidade em 1998, e sua nova mulher. Ele chegou a passar a cidade para o nome da ex-mulher, mas acabou reclamando a posse em 2012.

Apesar da pouca gente que vive por lá, o bar de Swett - a Sweet Tavern - continua atraindo um público cativo de cowboys e trabalhadores rurais. E o que os moradores da região esperam é que, mesmo que a cidade seja vendida, esse charme rural não seja perdido.



O Globo online, Morar Bem, 01/jul