quarta-feira, 31 de março de 2021

Apartamento 4 Suítes na Península na Barra da Tijuca - R$ 2.800.000,00



Auxílio Emergencial: veja o calendário de pagamentos da nova rodada

Pagamento começa em 6 de abril e será feito em quatro parcelas; valor será de R$ 250 por família, com valores diferenciados para aquelas comandadas por mulheres que criam filhos sozinhas. Pessoas sozinhas vão receber R$ 150.

A nova rodada do Auxílio Emergencial será paga a partir de 6 de abril para os trabalhadores que fazem parte do Cadastro Único e para os que se inscreveram por meio do site e do aplicativo do programa. Para os beneficiários do Bolsa Família, os pagamentos começam em 16 de abril.

Cadastro Único e inscritos via app e site

Os pagamentos para este público começam em 6 de abril. Os pagamentos seguem mais uma vez as datas de nascimento dos beneficiários.

Os pagamentos serão feitos por meio de conta poupança digital da Caixa, que pode ser movimentada pelo Caixa TEM. Mais uma vez, será liberada primeiro a movimentação digital e, posteriormente, os saques.

Bolsa família

Já para os trabalhadores que fazem parte do Bolsa Família, os pagamentos começam em 16 de abril e seguirão o calendário já estabelecido para o benefício – sempre nos últimos dez dias úteis de cada mês.

Para este público, os pagamentos serão feitos da mesma forma que é pago o Bolsa Família.

Como saber se terei direito?

Os trabalhadores poderão consultar, a partir de 1º de abril, se receberão a nova rodada do Auxílio Emergencial.

A consulta poderá ser feita no site da Dataprev, empresa estatal responsável por processar os pedidos.

O beneficiário deverá informar o CPF, nome completo, nome da mãe e data de nascimento.

Parcelas

Serão pagas aos trabalhadores 4 parcelas com valor médio do benefício de R$ 250 – que vai variar de R$ 150 a R$ 375 conforme o perfil do beneficiário e a composição de cada família.

Famílias vão receber R$ 250;

Uma família monoparental, dirigida por uma mulher, vai receber R$ 375;

Pessoas que moram sozinhas vão receber R$ 150.

Quem recebe

Pelas novas regras, o auxílio só será pago a famílias com renda total de até três salários mínimos por mês, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. Segundo o governo, o benefício deverá ser pago a 45,6 milhões de famílias.

Para quem está no Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso. A pessoa receberá o benefício com maior valor, seja a parcela paga no âmbito do programa, seja o valor do Auxílio Emergencial.

Não serão abertas novas inscrições para o pagamento do benefício A seleção será feita a partir dos beneficiários inscritos no programa original, excluindo aqueles que não se encaixarem nas novas regras do programa. Com isso, o número de beneficiários deve ser reduzido de 68 milhões para 46,6 milhões.

G1, 31/mar

terça-feira, 30 de março de 2021

Cobertura Duplex na Península na Barra da Tijuca - R$ 1.747.000,00



IGP-M: inflação do aluguel tem maior taxa para março desde 1994

Indicador ficou em 2,94% este mês. No acumulado em 12 meses, alta é a maior desde 2003.

Pressionado pelo aumentos dos combustíveis, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a alta para 2,94% em março, após avançar 2,53% em fevereiro, segundo divulgou nesta terça-feira (30) a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é a maior para meses de março desde 1994 , ano da implantação do real. Naquele ano, o IGP-M ficou em 45,71% em março.

Com este resultado, o indicador acumula alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses. Trata-se da maior taxa para 12 meses desde maio de 2003 (31,53%).

Em março de 2020, o índice havia subido 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses.

O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel', por servir de parâmetro para o reajuste da maioria dos contratos de locação residencial. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários e matérias-primas.

Composição do índice

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 3,56% em março, ante 3,28% em fevereiro. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 4,67% em fevereiro para 6,33% em março;

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, saltou para 0,98% em março, contra 0,35% em fevereiro;

Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, subiu 2% em março, ante 1,07% no mês anterior.

O que mais pesou no varejo e no atacado

Segundo a pesquisa, o preço médio da gasolina aumentou 11,33% em março para consumidores e 23,81% para os produtores. Veja abaixo os itens que mais pressionaram o IGP-M em março:

Maiores pressões de altas no IPA

Óleo Diesel: 25,87%

Gasolina automotiva: 23,81%

Minério de ferro: 2,68%

Soja (em grão): 1,93%

Adubos ou fertilizantes: 14,32%

Maiores pressões de altas no IPC

Gasolina: 11,33%

Etanol: 16,64%

Gás de bujão: 4,23%

Plano e seguro de saúde: 0,83%

Aluguel residencial: 0,88%

Maiores pressões de altas no INCC

Vergalhões e arames de aço ao carbono: 19,39%

Tubos e conexões de PVC: 7,62%

Tubos e conexões de ferro e aço: 5,64%

Elevador: 2,89%

Esquadrias de alumínio: 3,24%

O IGP-M tem registrado variações bem acima da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A meta central de inflação do governo para este ano é de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021. A expectativa do mercado para o IPCA deste ano passou de 4,71% para 4,81%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

Darlan Alvarenga, G1, 30/mar

segunda-feira, 29 de março de 2021

Apartamento 3 Quartos, 1 Suíte no Jardim Oceânico na Barra da Tijuca - R$ 1.900.000,00

 


Mercado eleva previsão de inflação para 4,81% em 2021 e vê alta menor do PIB

 

Esta foi a décima segunda alta seguida na expectativa de inflação medida pelo boletim Focus. Economistas reduziram para 3,18% estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto.

Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2021 pela décima segunda semana seguida e também passaram a projetar um crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB).

As informações estão no boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano passou de 4,71% para 4,81%.

Com o novo aumento, a expectativa de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Para 2022, o mercado financeiro manteve em 3,51% a previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Expansão da economia

Sobre o comportamento da economia brasileira em 2021, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,22% para 3,18% na semana passada. Foi a quarta queda seguida do indicador.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2022, o mercado baixou de 2,39% para 2,34% a estimativa de expansão do PIB.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia de Covid-19, que tem afetado o nível de atividade da economia mundial.

Taxa básica de juros

O mercado financeiro também manteve em 5% ao ano a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, no fim de 2021. Com isso, o mercado segue prevendo alta dos juros no decorrer de 2021.

Na semana retrasada, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia foi aumentada pelo BC para 2,75% ao ano.

Para o fechamento de 2022, os economistas do mercado financeiro mantiveram expectativa para a taxa Selic em 6% ao ano, o que pressupõe alta do juro básico também no próximo ano.

Outras estimativas

Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,30 para R$ 5,33. Para o fechamento de 2022, avançou de R$ 5,25 para R$ 5,26 por dólar.

Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 permaneceu em US$ 55 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado avançou de US$ 50 bilhões para US$ 50,5 bilhões de superávit.

Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 55 bilhões. Para 2022, a estimativa subiu de US$ 60 bilhões para US$ 64,4 bilhões.

Alexandro Martello, G1, 29/mar

sexta-feira, 26 de março de 2021

Cobertura Duplex na Península na Barra da Tijuca - R$ 2.300.000,00



Navio encalhado no Canal de Suez: por que incidente pode piorar crise econômica global

Se o bloqueio causado pelo navio Ever Given se prolongar no tempo, poderá haver consequências em todo o mundo.

O Canal de Suez, no Egito, é uma das principais travessias marítimas do mundo para o transporte de mercadorias e matérias-primas.

Desde terça-feira, a passagem pelo canal está bloqueada pelo cargueiro Ever Given, que encalhou devido a uma falha técnica e gera preocupação em todo mundo por bloquear a passagem dos demais navios.

"Se o Canal de Suez permanecer bloqueado por mais 3 ou 5 dias, isso começará a ter ramificações globais muito sérias", disse Niels Madsen, vice-presidente de produtos e operações da consultoria dinamarquesa Sea-Intelligence, à agência Reuters.

Mas por que isso é importante para o comércio em todo o mundo, incluindo o Brasil?

1. Um elo crucial para unir Oriente e Ocidente

O Canal de Suez é um canal navegável de 193 quilômetros localizado no Egito que conecta o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.

Inaugurada em 1869, é uma das principais artérias econômicas do mundo, já que por ela passa mais de 12% do comércio mundial, segundo dados da Autoridade do Canal de Suez.

Tráfego marítimo no Canal de Suez entre 20 e 24 de março

Seu valor está no fato de oferecer aos navios de carga uma rota entre a Ásia, o Oriente Médio e a Europa sem ter que contornar o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África.

Isso permite que os navios economizem quase 9 mil quilômetros em cada sentido, reduzindo a distância em 43%, segundo dados do World Maritime Transport Council (WSC), instituição que representa as principais empresas de transporte marítimo de carga.

2. Um valor diário de mais de R$ 50 bilhões

A fila de navios que esperam para cruzar o canal na quarta-feira inclui mais de 40 navios de carga, transportando alimentos básicos, desde grãos e cereais até os chamados produtos "secos" como cimento, e 24 navios-tanque, de acordo com dados da consultoria Lloyd's List Intelligence.

Havia também oito navios transportando gado e um caminhão-pipa, de acordo com a Bloomberg.

O Canal de Suez é um dos chamados "pontos de estrangulamento" do planeta, conforme definido pela Agência de Energia dos Estados Unidos (EIA, por sua sigla em inglês), "essencial para a segurança energética global" e no abastecimento de matérias-primas e mercadoria.

Na verdade, quase 19 mil navios passam pelo canal a cada ano, transportando milhões de toneladas de mercadorias.

3. Vital para cadeias de abastecimento

O canal é vital para as cadeias de suprimentos em todo o mundo, dizem os analistas, portanto, bloqueá-lo pode ter consequências significativas.

O primeiro problema pode ser encontrado no congestionamento dos portos, diz Lars Jensen, analista da consultoria Sea Intelligence.

"Em outras palavras, isso aumenta o risco de que veremos congestionamentos nos portos europeus dentro de uma semana", prevê.

Em que isso pode significar? Que o fornecimento de "basicamente tudo o que se vê nas lojas" pode ser "afetado", disse o consultor à rede NBC.

4. Impacto nos preços do petróleo e outras commodities

Na opinião de Salvatore R. Mercogliano, especialista em assuntos marítimos e professor de história da Universidade Campbell, da Carolina do Norte (EUA), o bloqueio pode ter "enormes ramificações para o comércio mundial".

"A cada dia que fecha o canal, os navios porta-contêineres e petroleiros não entregam alimentos, combustíveis e produtos manufaturados para a Europa e nenhuma mercadoria é exportada da Europa para o Extremo Oriente", analisa em conversa com a BBC.

O Canal de Suez é "particularmente importante como meio de transporte de petróleo e gás natural liquefeito, permitindo que remessas cheguem do Oriente Médio à Europa", diz Theo Leggett, correspondente de negócios da BBC.

Na verdade, 5.163 petroleiros passaram pelo canal no ano passado, de acordo com dados oficiais do canal, movimentando quase dois milhões de barris de petróleo por dia, estima o Lloyd's List Intelligence.

Devido à sua importância e às incertezas geradas, os preços mundiais do petróleo subiram mais de 6% na quarta-feira após a suspensão do tráfego no canal, embora tenham caído ligeiramente novamente na quinta-feira.

Os mercados, portanto, ainda aguardam o desenvolvimento dos eventos:

"Obviamente, quanto mais tempo durar essa interrupção, mais provável será que os refinadores e compradores tenham de recorrer ao mercado à vista para garantir o abastecimento de outro lugar", diz o departamento de estudos do banco ING.

O tempo será a chave para medir o impacto ao longo do tempo, de acordo com analistas.

"O efeito provavelmente será fraco e transitório. Mas se o bloqueio durar mais do que alguns dias, isso pode impactar no preço e de forma mais duradoura", diz Bjornar Tonhaugen, da Rystad gabinete, para a agência AFP.

E o resto dos produtos e mercadorias?

"São milhões de dólares em commodities nos outros navios e, se o canal não for desobstruído rapidamente, eles buscarão outras rotas, o que significa mais tempo, mais combustível e mais custos que podem ser repassados ​​aos consumidores", disse Ian Woods, advogado de comércio marítimo da firma londrina Clyde & Co, em entrevista para a NBC.

Enquanto analistas e mercados observam ansiosamente a resolução do incidente, há vozes que já alertam para as lições que podem ser extraídas dele.

"É um cenário de pesadelo", disse Leggett, da BBC.

"O incidente mostrou o que pode dar errado quando a nova geração de grandes navios, como o Ever Given, tem que passar por estreitos canais", observa ele.

Embora algumas partes do canal tenham sido expandidas como parte de um grande programa de modernização em meados da última década, "continua difícil de navegar", diz ele, e podem ocorrer acidentes no futuro com consequências ainda mais graves.

BBC, 26/mar

quinta-feira, 25 de março de 2021

Apartamento 1 Quarto em Copacabana - R$ 480.000,00



Preço de commodities como soja e milho deve se manter alto e até subir, diz ministra da Agricultura

Tereza Cristina afirmou que governo se preocupa especialmente com aumento desses dois itens agrícolas, que podem impactar preço de carne, leite e ovos.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira (25) que há uma tendência de manutenção dos altos preços de commodities agrícolas como milho e soja.

"Nós não enxergamos que os preços das commodities internacionais cairão. Ou se manterão ao nível que temos hoje, ou podem até se elevar. O aumento das importações pela China e a taxa de câmbio no Brasil tem favorecido fortemente as exportações”, afirmou durante reunião da Comissão de Agricultura do Senado.

Tereza Cristina destacou que o governo se preocupa especialmente com a alta no preço do milho e da soja, que tem forte impacto nos preços de carnes, ovos e leite.

A alta no mercado externo impacta o preço interno, o que acaba gerando uma alta da inflação desses alimentos nas gôndolas dos supermercados brasileiros.

Desde o ano passado, o preço dos alimentos vem pressionando a inflação. Em 2020, a inflação oficial foi de 4,52% – maior índice anual desde 2016. Os gêneros alimentícios foram os "vilões" da inflação no último ano, com alta acumulada de 14,09% de janeiro a dezembro.

Milho

A ministra da Agricultura afirmou que o Brasil precisa elevar sua produção de milho. O cereal tem impacto direto na produção de carnes, ovos e leites já que o produto é usado como alimento para animais.

Segundo Tereza Cristina, a China está recuperando o nível de produção de carne suína e, por isso, elevou muito a importação de milho.

Apesar do aumento da demanda internacional, a ministra afirmou ao Senado que não prevê nenhum problema de abastecimento, mas sim, um choque de demanda que pode apertar os estoques.

O Brasil, destacou a ministra, deve produzir 23,5 milhões de toneladas na safra de verão e 84,6 milhões de toneladas na safra de inverno. Atualmente, explicou, o país exporta cerca de 33% da produção.

Outras altas

Soja: a taxa de câmbio e a forte demanda chinesa têm elevado a exportação brasileira. Além disso, há um aumento no consumo interno do produto por causa do aumento na produção de proteína animal.

Carne bovina: a ministra afirmou que a alta no preço da carne bovina está relacionada ao baixo preço do boi nos anos anteriores, o que levou ao abate de matrizes e redução da oferta de bezerros. Além disso, no ano passado houve uma queda no abate de animais e um aumento na exportação, puxada pela alta do dólar.

Carne suína: a alta do preço está relacionada ao aumento do preço da ração e ao crescimento da demanda, principalmente da China.

Laís Lis, G1, 25/mar

quarta-feira, 24 de março de 2021

Casa 3 Quartos no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.850.000,00



Carrefour Brasil anuncia compra do Grupo BIG

Negócio está avaliado em R$ 7,5 bilhões. Grupo BIG é o terceiro maior varejista de alimentos do Brasil e possui 387 lojas no país.

O Grupo Carrefour Brasil anunciou nesta quarta-feira (24) que fechou acordo para comprar a totalidade das ações do Grupo Big Brasil (ex-Wamart Brasil) por R$ 7,5 bilhões.

O Grupo Big pertence desde 2018 à sociedade formada entre a empresa de investimentos Advent International e o Walmart.

Em comunicado, a rede de origem francesa disse que a aquisição do Grupo BIG "expandirá a presença do Carrefour Brasil em regiões onde tem penetração limitada, como o Nordeste e Sul do país, e que oferecem forte potencial de crescimento".

Com a aquisição, o Carrefour Brasil passará a administrar a bandeira Sam's Club, através de um contrato de licenciamento com o Walmart.

Potencial do negócio

Segundo o comunicado, o Grupo BIG detém ativo imobiliário de 181 lojas próprias (47% do total) e 38 propriedades adicionais, totalizando aproximadamente R$ 7 bilhões de valor imobiliário. O Carrefour Brasil possui atualmente 489 lojas no Brasil.

O Carrefour Brasil estima um potencial de contribuição adicional líquida ao Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,7 bilhão por ano, três anos após a conclusão da operação.

Termos do acordo

A aquisição será feita em 70% com dinheiro, e 30%, por meio de ações de nova emissão do Carrefour Brasil.

No âmbito da incorporação de ações, cada ação ordinária de emissão do Grupo Big será substituída por ações do Carrefour Brasil, sendo emitido um total de 116.822.430 papéis, que não poderão ser transferidos pelos vendedores por até 6 meses.

O Carrefour Brasil concordou em realizar um adiantamento de R$ 900 milhões, que será deduzido do montante total final da operação quando for concluída.

Assim que concluída a operação, o Grupo Carrefour irá deter 67,7% de participação do Grupo Carrefour Brasil (ante 71,6% hoje) e a Península Participações terá 7,2%, enquanto a Advent e o Walmart, através de entidades afiliadas, terão juntos 5,6%, destaca a Reuters.

Conversão de bandeiras

A conclusão do negócio depende de aprovação dos acionistas do Carrefour Brasil e de avaliação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a expectativa do Carrefour é obter o aval do regulador até 2022.

"O Grupo Carrefour Brasil planeja otimizar a rede de lojas convertendo as unidades Maxxi para a bandeira Atacadão. A Companhia também espera converter parte das lojas BIG e BIG Bompreço para as bandeiras Atacadão ou Sam’s Club. As demais lojas serão convertidas para a bandeira de hipermercado Carrefour", diz o comunicado.

O Carrefour está presente em 130 países, com mais de 13.000 lojas. O grupo emprega 320.000 pessoas no mundo, No ano passado, a empresa registrou volume de negócios de 78,6 bilhões de euros (92,8 bilhões de dólares).

G1, 24/mar

terça-feira, 23 de março de 2021

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte no condomínio Novo Leblon na Barra da Tijuca - R$ 2.800,00



Financiamento imobiliário deve crescer em 2021, mas terá últimos meses de juros baixos; confira taxas

Expectativa é que montante financiado chegue a R$ 157 bilhões este ano, segundo a Abecip. Com a alta da Selic, no entanto, taxas podem voltar a dois dígitos já no ano que vem.

O volume de financiamentos imobiliários deve continuar crescendo em 2021, após ter batido recorde em 2020. A expectativa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é que o montante financiado chegue a R$ 157 bilhões este ano – uma alta de 27% em relação a 2020.

Para quem está planejando comprar a casa própria, nem o aumento da Selic – que passou de 2% para 2,75% ao ano na quarta-feira (17) –, deve mudar esse cenário de forma imediata. Especialistas afirmam que este é o momento ideal para financiar um imóvel, já que as taxas devem voltar ao patamar de dois dígitos por volta do ano que vem — uma vez que a curva de juros futuros está apontando para cima.

Na avaliação da executiva, além dos juros mais atrativos, o setor foi beneficiado também pela demanda dos brasileiros por imóveis maiores, com espaço de lazer e cômodo para home office.

"E para facilitar os consumidores, há opções de financiamentos com correção pelo IPCA, taxas pré-fixadas, fixas e pela poupança. O brasileiro hoje tem novas opções para comprar a casa própria", acrescentou.

O financiamento imobiliário é uma das linhas de crédito que tendem a ser mais afetadas pelo aumento da Selic, avaliou o economista Reginaldo Nogueira, diretor-geral do Ibmec São Paulo.

"Neste primeiro momento, o efeito tende a ser moderado, mas o mais importante é a tendência. Como a Selic deve continuar aumentando nos próximos meses, essa linha vai se tornar mais cara", explicou.

Na avaliação de Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), enquanto o setor imobiliário oferecer taxas abaixo de dois dígitos, ainda vai haver aumento de apetite dos brasileiros por imóveis.

De acordo com a entidade, as incorporadoras comercializaram 119.911 unidades em 2020, volume 26,1% superior ao registrado em 2019.

Sandro Gamba, diretor de negócios imobiliários do Santander Brasil, concorda com França, da Abrainc: os juros baixos estimulam a compra e a venda de imóveis e também investimentos ligados ao setor imobiliário.

Ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) indique novas altas da Selic, Gamba aconselha o cliente a avaliar o produto financeiro como um todo, não só a taxa de juros, uma vez que os financiamentos chegam a durar até 30 anos.

"Hoje, a expectativa indica aumento de juros. Desta forma, o momento atual é mais propício para financiar do que o futuro. Se você tiver dinheiro e encontrar o imóvel que tanto deseja, essa é a hora", disse ele.

Patrícia Basilio, G1, 23/mar

segunda-feira, 22 de março de 2021

Sala Comercial no centro empresarial Città América na Barra da Tijuca - R$ 4.000,00



Importação de soja do Brasil pela China cai em janeiro e fevereiro por atraso em cargas

 

Em 2021, embarques para a China caíram 80%. No início do ano, o país comprou apenas 1,03 milhão de toneladas do Brasil, no mesmo período de 2020 este número era de 5,14 milhões de toneladas.

As importações de soja do Brasil pela China caíram significativamente nos dois primeiros meses de 2021 quando na comparação com mesmo período do ano anterior, com a chuva atrasando embarques do maior exportador global.

A China, maior compradora global da oleaginosa, importou 1,03 milhão de toneladas do Brasil em janeiro e fevereiro, recuo de quase 80% frente às 5,14 milhões de toneladas no ano anterior, segundo a Administração Geral de Alfândegas.

Os embarques dos Estados Unidos para a China em janeiro e fevereiro totalizaram 11,9 milhões de toneladas, quase o dobro do volume do ano anterior, de 6,1 milhões.

A China ampliou as compras de produtos agrícolas norte-americanos, incluindo soja, após os dois países terem assinado um acordo comercial inicial em janeiro de 2020.

As importações chinesas de soja nos dois primeiros meses de 2021 caíram 0,8%, para 13,41 milhões de toneladas.

O apetite chinês pela oleaginosa deve seguir aumentando graças a boas margens de processamento de uma demanda saudável do setor de criação de suínos, que tem se recuperado.

Novos casos de peste suína africana nos últimos meses, no entanto, lançaram dúvidas sobre a produção de carne suína do país e geraram preocupações sobre a demanda por farelo de soja, a mais importante proteína utilizada para produzir ração animal.

Reuters, 22/mar

sexta-feira, 19 de março de 2021

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte no Grajaú - R$ 740.000,00



Petrobras reduz preço da gasolina pela primeira vez no ano

Desde janeiro, o preço já havia subido seis vezes. Preço do litro nas refinarias será de R$ 2,69; diesel não sofre alteração.

A Petrobras vai reduzir o preço da gasolina nas refinarias a partir deste sábado (20), informou a companhia nesta sexta-feira (20). É a primeira queda no preço do combustível este ano – desde janeiro, já havia subido seis vezes.

O preço médio de venda da gasolina passará a ser de R$ 2,69 por litro, queda de R$ 0,14 (-5,28%). O preço do diesel não será alterado e permanece em R$ 2,86 por litro.

Com a mudança, a gasolina passa a acumular alta de 46,19% desde o início do ano, enquanto o diesel subiu 41,6%.

Em dezembro, o litro da gasolina custava em média R$ 1,84. Já o do diesel saía a R$ 2,02.

Troca de comando

As sucessivas altas nos combustíveis este ano irritaram o presidente Jair Bolsonaro, que indicou o general Joaquim Silva e Luna para substituir o atual presidente Roberto Castello Branco do comando da estatal, como mostra o vídeo abaixo. O mandato de Castello Branco, no entanto, termina em 20 de março, e ele segue no cargo.

A troca provocou um forte forte abalo nas ações da companhia, que chegou a perder R$ 75 bilhões em valor de mercado em um só dia.

Lucro recorde

A Petrobras encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro recorde de R$ 7 bilhões, apesar do momento de crise. Segundo a Economatica, o resultado é tanto recorde nominal entre as empresas brasileiras como também quando se ajustam os valores dos maiores lucros da história pela inflação.

G1, 19/mar

quinta-feira, 18 de março de 2021

Cobertura 4 Suítes no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.150.000,00


 

http://www.mercadoimoveis.com/imovel/13401/cobertura-4-su%C3%ADtes/cobertura,-4-quartos-%28su%C3%ADtes%29,-recreio,-venda/recreio-dos-bandeirantes

Alta da Selic: o que muda no seu dia a dia com os juros a 2,75%?

Banco Central iniciou ciclo de altas da taxa básica de juros depois de seis anos. Isso gera impacto na inflação, no custo de financiamentos e na rentabilidade de investimentos.

Após seis anos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira (17) a taxa básica de juros da economia em 0,75 ponto percentual. Com o aumento dos juros básicos da economia, o BC espera que a inflação termine 2021 dentro da meta, de 3,75%.

Os efeitos da alta dos juros, no entanto, vão além do alívio na pressão inflacionária. Para os brasileiros, a elevação da taxa de juros também gera impactos diretos em diversos fatores, como no valor do crédito, no consumo da população, nos investimentos e em financiamentos imobiliários.

Como fica mais caro investir, uma alta de juros impacta também a geração de empregos, de renda, além de uma elevação nas contas públicas, com multiplicador maior na dívida pública do país.

Confira os principais efeitos abaixo:

Inflação

O primeiro objetivo do BC ao aumentar os juros é tentar conter o avanço da inflação. Em geral, quando sobem os juros, é reduzido o estímulo à economia. Isso acontece porque financiamentos ficam mais caros e investimentos financeiros passam a render mais, por exemplo. Passa a ser mais vantajoso guardar do que rodar o dinheiro – e com menos demanda, os preços dos produtos tendem a cair, reduzindo a inflação.

Durante a pandemia, uma porção de estímulos monetários foi concedida ao redor do mundo. Esse dinheiro despejado incentiva a população a gastar mais, gerando pressão natural na inflação pelo lado da demanda. No Brasil, isso ocorreu em parte com o Auxílio Emergencial, que estimulou o consumo internamente.

Dólar

O que causou, de fato, uma pressão na inflação foi a desvalorização do real. Com a moeda mais fraca, produtos brasileiros comercializados em dólar ficaram mais atrativos no mercado global, gerando desabastecimento interno. Os preços no Brasil, principalmente no atacado, subiram.

Com a alta nos juros, o BC tenta atrair investimentos externos que fugiram do país e colocar o câmbio de volta em patamares mais comportados.

No Brasil, no entanto, como país emergente e com riscos fiscais no horizonte, uma taxa de juro de 2% é pouco atrativa comparada a mercados mais seguros. Assim, os analistas esperam uma queda do dólar no curto prazo, mas sem efeitos duradouros.

Investimentos

A taxa Selic é usada como referencial de rentabilidade nos investimentos. Quem possui títulos de renda fixa – como poupança, CDBs, LCIs LCAs e Tesouro Selic –, deve ter maiores ganhos com a alta da Selic.

Em geral, aplicações em renda variável – caso de ações e fundos imobiliários – teriam efeito contrário e perderiam atratividade em tempos de alta de juros. Acontece que a Selic, mesmo a 2,75%, permanece em patamares muito baixos para o histórico brasileiro.

Com a inflação em 12 meses acumulada em 5,20%, não há ganho real nas aplicações financeiras que paguem taxas próximas à Selic. Isso mantém a atratividade de investimentos mais arriscados e diminui a saída da bolsa de valores e fundos de investimento.

Mesmo levando isso em consideração, especialistas continuam indicando os títulos do Tesouro Selic e os fundos DI, que acompanham a taxa básica de juros, como veículo de reserva financeira. Também são aconselhados os CDBs de liquidez diária que rendem próximo ao CDI. Todos possibilitam retirada a qualquer momento e sem grande perda pela flutuação do título.

Financiamentos e empréstimos

Sempre que há aumento da taxa Selic, acontece também um reajuste completo nos juros cobradas em financiamentos e empréstimos. Mas, novamente, como o patamar de 2,75% ainda é considerado baixo pelo mercado, as flutuações não devem ser tão grandes.

Em entrevista ao G1, a presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Cristiane Portella, diz que o aumento não deve fazer com que os brasileiros desistam dos planos de comprar imóveis. Os financiamentos imobiliários chegaram a R$ 123,9 bilhões em 2020, um aumento de 58% em relação a 2019.

O caso dos imóveis é particular, contudo. Além de quem viu oportunidade de juros baixos para comprar a casa própria, as vendas foram também muito estimuladas pela transferência de aplicações financeiras para investimento em imóveis, já que a rentabilidade dos títulos baixou.

Hoje, mais do que a variação dos juros, o que pode reverter os números de bens financiados é a própria crise econômica. O fim do Auxílio Emergencial e a taxa de desemprego ainda atingindo 13,9 milhões de brasileiros reduzem a renda disponível e a confiança para dívidas longas. Resultado que já se mostrava, por exemplo, na venda de veículos novos, que caíram 26,16% em 2020.

Cheque especial e cartão de crédito

Os juros de empréstimos pessoais não mudam apenas quando o BC decide fazer ajustes na taxa Selic. Quem concede as linhas de crédito trabalha com expectativas. Dessa forma, as taxas vinham subindo nos últimos meses, simplesmente pela percepção do mercado de que a Selic subiria.

No início de março, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) registrou a terceira alta seguida das taxas de empréstimos pessoais, após oito meses de queda até novembro de 2020.

Todas as seis linhas de crédito para pessoas físicas pesquisadas aumentaram as taxas de juros no mês (cartão de crédito, cheque especial, juros do comércio, financiamento de veículos, empréstimo pessoal em bancos e financeiras).

A maior foi a do cartão de crédito: houve uma elevação de 1,34%, passando a taxa de 11,19% ao mês (257,10% ao ano) em janeiro para 11,34% ao mês (262,92% ao ano) em fevereiro – a maior desde março de 2020 (11,36% ao mês – 263,71% ao ano). Veja mais aqui.

Emprego e renda

A alta dos juros tende a ter efeito negativo sobre a geração de empregos. Isso porque o crédito mais caro 'esfria' a economia: além de influenciar uma redução no consumo, também encarece o investimento das empresas. Se as vendas e a produção não crescem, as empresas, em geral, reduzem suas contratações.

O mesmo acontece com a renda: menos dinheiro girando é menos dinheiro no bolso do trabalhador.

G1, 18/mar

quarta-feira, 17 de março de 2021

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Uber vai conceder direitos trabalhistas a todos seus motoristas no Reino Unido

Decisão ocorre após empresa perder batalha trabalhista na Suprema Corte britânica. Mais de 70 mil motoristas terão direito a salário mínimo e férias remuneradas, algo inédito no mundo.

O Uber anunciou nesta terça-feira (16) que vai conceder direitos trabalhistas para todos seus mais de 70 mil motoristas cadastrados no Reino Unido. A decisão ocorre após a gigante da tecnologia perder batalha na Suprema Corte britânica em fevereiro.

A partir desta quarta-feira (17), os motoristas terão direito a salário mínimo e férias remuneradas, algo inédito no mundo para a empresa.

Em fevereiro, o Uber afirmou que decisão da Justiça não se aplicaria a todos os atuais motoristas no Reino Unido, mas acabou mudando seu posicionamento.

"Isso segue a recente decisão da Suprema Corte do Reino Unido, que fornece um caminho mais claro para um modelo que dá aos motoristas os direitos da condição de trabalhador enquanto continua a deixá-los trabalhar com flexibilidade", disse o Uber, nesta terça.

Como foi o processo contra o Uber no Reino Unido?
Em uma ação aberta por dois motoristas, um tribunal de trabalho de Londres decidiu em 2016 que a companhia exercia controle significativo sobre eles e que por isso eles não deveriam ser considerados como autônomos.

A empresa recorreu e em 2018 a Justiça reafirmou o vínculo trabalhista entre Uber e motoristas no Reino Unido.

Em julgamento de apelação em fevereiro de 2021, a Suprema Corte manteve a decisão e determinando que um grupo de motoristas têm direito a benefícios trabalhistas, como o salário mínimo.

Motoristas serão trabalhadores ou funcionários?

A Suprema Corte britânica decidiu que os motoristas podem ser considerados "trabalhadores" e, portanto, receber os benefícios sociais correspondentes.

A lei britânica distingue o estatuto de "trabalhadores", que podem receber um salário mínimo e outros benefícios, do estatuto de "funcionários" em sentido estrito, que têm um contrato de trabalho adequado.

O que os motoristas vão receber?

Os motoristas de Uber no Reino Unido receberão pelo menos o salário mínimo, terão direito a férias remuneradas e a um plano de pensões para o qual a empresa contribuirá.

O salário mínimo é de 8,72 libras (US$ 12,12) por hora no Reino Unido e deve subir para 8,91 libras em abril, de acordo com informações da France Presse.

Um motorista de Uber ganha, em média, 17 libras por hora em Londres e 14 libras por hora no resto do país.

Existem processos semelhantes em outros locais?

O Uber enfrenta processos parecidos nos Estados Unidos e até no Brasil.

Veja, na íntegra, posicionamento do Uber sobre processos no Brasil:

"Nos últimos anos, as diversas instâncias da Justiça do Trabalho vêm construindo sólida jurisprudência confirmando o fato de não haver relação de emprego entre a Uber e os motoristas parceiros, apontando a inexistência de onerosidade, habitualidade, pessoalidade e subordinação, requisitos que configurariam o vínculo empregatício.

Em todo o país, já são mais de 800 decisões de Tribunais Regionais e Varas do Trabalho neste sentido, sendo que não há nenhuma decisão consolidada que determine o registro de motorista parceiro como funcionário da Uber.

Os motoristas parceiros não são empregados e nem prestam serviço à Uber: eles são profissionais independentes que contratam a tecnologia de intermediação digital oferecida pela empresa por meio do aplicativo.

Os motoristas escolhem livremente os dias e horários de uso do aplicativo, se aceitam ou não viagens e, mesmo depois disso, ainda existe a possibilidade de cancelamento.

Não existem metas a serem cumpridas, não se exige número mínimo de viagens, não existe chefe para supervisionar o serviço, não há obrigação de exclusividade na contratação da empresa e não existe determinação de cumprimento de jornada mínima.

No último dia 2/3, pela terceira vez, o TST confirmou que não existe vínculo de emprego entre a Uber e os motoristas parceiros. De forma unânime, a 4ª Turma do Tribunal negou provimento ao recurso de um motorista independente que tentava reverter decisão do TRT-MG que já não havia reconhecido o pedido de vínculo empregatício.

O relator do processo, ministro Ives Gandra, considerou que os motoristas parceiros que utilizam a plataforma da Uber para gerar renda têm autonomia e flexibilidade, requisitos incompatíveis com o vínculo, já que existe "autonomia ampla do motorista para escolher dia, horário e forma de trabalhar, podendo desligar o aplicativo a qualquer momento e pelo tempo que entender necessário, sem nenhuma vinculação a metas determinadas pela Uber".

Entendimento semelhante já foi adotado em outros dois julgamentos do TST em 2020, em fevereiro e em setembro, e também pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 2019."

G1, 17/mar

terça-feira, 16 de março de 2021

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NFT: como funciona o registro de coleções digitais que já valem milhões de dólares

Sistema opera como selo único para identificar e vender objetos físicos ou virtuais. Tecnologia cria novo mercado milionário de arte, como no caso de obra digital leiloada por R$ 389 milhões.

Se já era difícil entender as obras de arte contemporânea, agora o público pode coçar a cabeça também ao contemplar uma nova forma de negociar estes trabalhos.

Quem acompanha o mercado da cultura toma um susto por dia com os preços milionários de obras digitais. O combustível deste comércio turbinado tem três letras: NFT - "non fungible token" em inglês, ou token não-fungível. É uma espécie de selo de autenticidade digital.

O selo pode ser usado para itens físicos ou digitais (vídeos, fotos, gifs, códigos, áudios...). Com isso, colecionadores pagaram:

US$ 69 milhões (R$ 382 milhões) por imagens do artista Beeple;

US$ 2 milhões (R$ 11 milhões) por edições especiais do novo disco da banda Kings of Leon;

US$ 208 mil (R$ 1,1 milhão) por um vídeo de uma jogada de LeBron James, entre outros.

Calma. O preço pode ser inacessível, mas a tecnologia, no fim das contas, é compreensível. Entenda a novidade em perguntas e respostas:

O que é NFT?

A palavra-chave dos tais "tokens não-fungíveis" é justo essa que a gente não entende. Está lá no dicionário: fungível é uma coisa que pode ser substituída por outra da mesma espécie. Portanto, o "não-fungível" é único. NFT é um selo digital associado a um item que garante a sua autenticidade.

Por exemplo: em 2017, os artistas Matt Hall e John Watkinson criaram uma série de ilustrações de personagens chamados CryptoPunks. Cada imagem é associada a um NFT, que eles registram e colocam à venda. O comprador se torna o único dono da imagem.

Antes de detalhar a tecnologia, o primeiro passo é entender o motivo de alguém querer ser dono de uma obra digital. Afinal, outras pessoas ainda podem baixar pela internet e copiar o arquivo infinitamente.

O segredo é comparar a colecionadores de obras de arte. Qualquer pessoa pode baixar para o seu computador ou celular uma imagem de "Guernica", de Picasso, ou a "Mona Lisa", de Da Vinci. Mas só uma pessoa pode ter o status e o prazer de ser a dona do quadro.

O NFT leva essa escassez - possibilidade única de propriedade - para a obra digital. Assim, cada um dos mais de 10 mil CryptoPunks, primeira série de obras que usou a tecnologia, vale hoje em média US$ 30 mil (R$ 167 milhões), e suas vendas já movimentaram US$ 90 milhões (R$ 501 milhões).

Compreendida a tara psicológica de colecionadores digitais que se jogam no NFT, é hora de voltar ao mecanismo tecnológico. O registro e a venda de NFTs usa blockchain...

E o que é blockchain?

Essa o G1 já explicou. Blockchain é uma espécie de grande “livro contábil” digital que computa vários tipos de transações e tem registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores.

Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa.

Este sistema é formado por uma “cadeia de blocos”. Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode conferir as movimentações registradas nela.

Todas as transações que acontecem na blockchain são reunidas em blocos. Cada bloco é ligado ao anterior por um elo, um código chamado "hash". Juntos, eles formam uma "corrente de blocos", ou "blockchain". Os responsáveis por montar a "blockchain", no caso das criptomoedas, são os chamados mineradores.

Ou seja: a blockchain é perfeita para registrar esses tokens únicos que são associados a itens físicos ou digitais e depois comercializados, os NFTs. Aliás, a maior parte das negociações usa criptomoedas, como o bitcoin - mas dá para comprar e vender NFTs com moedas tradicionais também.

Quais são os principais negócios com NFTs até agora?

Todo dia um negócio maluco e milionário com NFT aparece no mundo da arte. Veja alguns dos mais comentados recentemente:

A banda americana Kings of Leon, que já passou do seu auge artístico e comercial, conseguiu renovar sua imagem e sua conta bancária graças ao NFT. Eles lançaram versões "VIP" do novo álbum "When you see yourself", que incluem, além das músicas, entradas vitalícias em shows e artes exclusivas. Até agora, arrecadaram US$ 2 milhões (R$ 11 milhões).

A cantora Grimes, mulher do empresário Elon Musk, fez no início de fevereiro um leilão com dez obras de arte digitais, e arrecadou cerca de US$ 6 milhões (R$ 33 milhões).

A tradicional casa de leilões Christie's realizou uma venda por US$ 69 milhões (R$ 382 milhões) de uma obra de Mike Winkelmann, conhecido como Beeple. É uma colagem de 5 mil imagens digitais que ele criou diariamente desde 2007.

O CEO do Twitter, Jack Dorsey, registrou seu primeiro tuíte em NFT e vendeu a posse por US$ 2,5 milhões (R$ 13,9 milhões) em um leilão de caridade.

A plataforma Top Shot vende trechos de vídeos de jogos de basquete, chamados "momentos", como um trecho de dez segundos de uma jogada de LeBron James por US$ 208 mil (R$ 1,1 milhão).

No início de março, uma empresa de tecnologia queimou um painel de Banksy e vendeu o vídeo que mostra a obra queimando em NFT por US$ 380 mil (R$ 2,1 milhões).

Quais são os dois lados da moeda no NFT?

Entusiastas do NFT apontam a chance de artistas furarem a fila de intermediários de olho em fatias dos seus lucros. Por exemplo, músicos que dominam o sistema podem driblar gravadoras, distribuidoras, revendedores de ingressos...

Em vez dos milésimos de centavos que eles ganham a cada play em suas obras em streaming, eles podem vender material exclusivo ou limitado direto para os fãs, como Kings of Leon e Grimes.

Já os céticos dessa tecnologia citam a incrível quantidade de energia elétrica que é gasta para fazer as transações com blockchain.

Só os bitcoins consomem anualmente mais energia do que toda a Argentina, apontou um levantamento da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. O NFT tambem exige um alto gasto de energia com os muitos cálculos feitos em computadores para verificar as transações.

Além disso, há o risco de, empolgado pela novidade, o entusiasta do NFT acabe entrando em uma bolha financeira, um investimento não recomendado e com "riscos imponderáveis", como alertam os céticos dos bitcoins.

Rodrigo Ortega, G1, 16/mar