sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Casa 4 Quartos, 2 Suítes no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.750.000,00



Conselho do governo e de estados decide 'congelar' ICMS sobre combustíveis por 90 dias

Segundo representante dos estados, medida é 'insuficiente' para impedir novos reajustes dos combustíveis. Atualmente, o chamado 'preço médio ponderado ao consumidor final' é reajustado a cada 15 dias.

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelo governo e representantes dos estados, aprovou nesta sexta-feira (29) o congelamento por 90 dias do chamado "preço médio ponderado ao consumidor final". É sobre esse preço médio que incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual cobrado nas vendas de combustíveis.

A medida ocorre em meio à forte alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela disparada do dólar - fatores levados em conta pela Petrobras para calcular o preço do nas refinarias.

Nesta semana, a Petrobras anunciou um novo reajuste no preço da gasolina e do diesel para as suas distribuidoras. O aumento foi de 7,04% para o litro de gasolina nas refinarias e de 9,15% para o diesel.

Segundo o governo, o objetivo do congelamento do preço médio ponderado, sobre o qual incide o ICMS, é tentar manter os preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022.

A medida, segundo os representantes dos estados, "visa reduzir o impacto dos aumentos impostos pela Petrobras e dar tempo para se pensar em uma saída para os reajustes consecutivos".

Como funciona

Pelo modelo atual, que deixa de vigorar até o fim de janeiro, cada estado define o chamado "preço médio ponderado ao consumidor final" a cada 15 dias.

Como tem mudança a cada 15 dias, todo aumento de preço nas refinarias altera o preço médio e eleva o ICMS.

Com o congelamento do preço médio ponderado por 90 dias, os aumentos da Petrobras anunciados até janeiro não serão considerados na base de cálculo do ICMS — atenuando o impacto dos reajustes dos combustíveis nas refinarias.

Medida não impede novos reajustes de combustíveis

Entretanto, esse congelamento do preço médio ponderado não impedirá que eventuais reajustes anunciados pela Petrobras nas refinarias sejam repassados aos preços dos combustíveis na bomba.

A empresa, que registrou lucro de R$ 31,1 bilhões no terceiro trimestre, continuará reajustando os combustíveis com base no preço internacional do petróleo e da taxa de câmbio (dólar).

Como o ICMS não é o único fator que encarece o preço na bomba, mudança dos outros fatores pode continuar elevando o preço para o consumidor final.

O presidente do presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles, argumentou que decisão de hoje é insuficiente para impedir novos reajustes.

Projeto sobre ICMS no Congresso

A decisão do governo e dos estados, de congelar por 90 dias o preço médio ponderado ao consumidor final", sobre o qual incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas vendas de combustíveis aconteceu após a Câmara dos Deputados ter aprovado um projeto que muda o cálculo da tributação dos combustíveis para tentar baixar o preço cobrado ao consumidor final. Para ter validade, o texto ainda precisa passar pelo Senado.

Representantes dos governos estaduais apontaram, porém, que a essa nova regra, se for aprovada pelo Congresso, provocará danos à arrecadação local. O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda Estaduais (Comsefaz) calculou que a nova sistemática reduziria em R$ 24 bilhões as finanças dos estados – o que, consequentemente, significa perda de R$ 6 bilhões aos municípios.

Alexandro Martello, G1, 29/out

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Casa 3 Suítes em Natal no Rio Grande do Norte - R$ 950.000,00



IGP-M: inflação do aluguel sobe 0,64% em outubro e acumula avanço de 21,73% em 12 meses

Diesel foi destaque de alta entre os preços ao produtor. No ano, IGP-M acumula taxa de 16,74%, bem acima da inflação oficial do país medida pelo IPCA.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,64% em outubro, após ter registrado deflação de 0,64% em setembro, informou nesta quinta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas.

Com o resultado, a "inflação do aluguel" passou a acumular alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses, o que representa uma desaceleração frente a setembro, quando acumulou taxa de 24,86% em 12 meses.

O resultado de outubro ficou acima da mediana das estimativas de 24 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de alta de 0,33%.

Na segunda-feira (25), a Petrobras anunciou um novo reajuste, de 9,15% no diesel e de 7,04% na gasolina.

O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel' por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.

Desde 2020, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. O IBGE divulgou nesta semana que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou a alta para 1,20% em outubro, atingindo um avanço de 10,34% em 12 meses.

Composição do IGP-M em outubro

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 0,53% em outubro, após queda de 1,21% em setembro, com destaque para o grupo Bens Intermediários que teve alta de 2,65% ante avanço de 1,66% no mês anterior. O principal vilão foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 0,02% para 5,29%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, variou 1,05% em outubro, ante 1,19% em setembro. A principal pressão partiu do grupo Habitação (2,00% para 1,04%), com destaque para as altas nos preços da tarifa de eletricidade residencial (2,90%), passagem aérea (22,84%) e tomate (22,93%).

O Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, subiu 0,80% em outubro, ante 0,56% em setembro.

Darlan Alvarenga, G1, 28/out

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Casa 6 Quartos na Barra da Tijuca - R$ 3.200.000,00



BC deve acelerar ritmo e elevar juros nesta quarta ao maior nível em quatro anos, prevê mercado

Decisão do governo de flexibilizar o teto de gastos gerou reação negativa e deve motivar aceleração do ritmo de alta dos juros. Analistas já vislumbram estagflação no próximo ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve acelerar o ritmo de alta dos juros nesta quarta-feira (27), segundo estimativa do mercado financeiro. A decisão será anunciada após as 18h.

A expectativa da maior parte dos economistas, coletada em pesquisa realizada pelo BC na semana passada, é de que a taxa básica seja elevada dos atuais 6,25% para 7,5% ao ano, ou seja, um aumento de 1,25 ponto percentual.

Confirmada essa alta, a taxa Selic atingirá o maior patamar em quatro anos — em outubro de 2017, antes de cair para 7,5%, estava em 8,25% ao ano.

Parte dos economistas, entretanto, já aposta em uma elevação ainda maior: de 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano.

Após a divulgação da prévia da inflação de outubro, que mostrou aceleração, alguns bancos passaram a estimar um aumento até maior do que 1,5 ponto no encontro do Copom desta semana.

Com isso, o juro passará a ficar maior do que o registrado no início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019 (6,5% ao ano).

Nos dois últimos encontros do Copom, em agosto e setembro, o elevação dos juros foi de um ponto percentual. Para este mês, havia uma indicação do BC de que esse ritmo de alta seria mantido.

Porém, o mercado passou a prever uma elevação maior após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter admitido na semana passada "furar" o teto de gastos (mecanismo que limita o aumento da maior parte das despesas à inflação do ano anterior).

Guedes tem dito que as mudanças no teto de gastos têm por objetivo ampliar a proteção social, por meio do Auxílio Brasil, programa social sucessor do Bolsa Família.

Mas analistas têm indicado que seria possível incrementar o programa sem estourar o limite para despesas, utilizando, por exemplo, recursos destinados às emendas parlamentares.

De acordo com relatório assinado pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, as notícias sobre a alta dos gastos aumentaram as dúvidas sobre o futuro do teto de gastos no Brasil.

"Sem uma âncora fiscal crível, a tarefa do Banco Central de manter a inflação na meta se torna mais difícil", avaliou.

Na última semana, o mercado passou a prever juros mais altos também no futuro.

Para o fim de 2021, a expectativa dos analistas passou de 8,25% para 8,75% ao ano e, para o fechamento de 2022, os economistas do mercado financeiro subiram a expectativa para a taxa Selic de 8,75% para 9,5% ao ano.

Como a taxa Selic é definida

O principal instrumento do Banco Central para conter a propagação da alta de preços é a taxa básica de juros, que é definida com base no sistema de metas de inflação.

Normalmente, quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic, e a reduz quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas.

Para 2021, a meta central de inflação é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.

Neste momento, o BC já está olhando para a meta de inflação de 2022 para definir os juros. No próximo ano, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Inflação

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, ficou em 1,16%. Esta foi a maior taxa para um mês de agosto desde o início do plano real, em 1994. Em 12 meses, a inflação atingiu o patamar de dois dígitos: 10,25%, a mais alta desde fevereiro de 2016.

De acordo com levantamento do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV), mais da metade da inflação, neste ano, é resultado da disparada dos combustíveis, energia e carne. Esses estão entre os itens que mais têm pesado no bolso do brasileiro e na inflação.

O mercado financeiro estima que a inflação medida pelo IPCA somará 8,96% neste ano, mais do que o dobro da meta central (7,5%) e acima do teto de 5,25% do sistema de metas. Para 2022, a previsão de inflação do mercado está em 4,40%, acima da meta central mas ainda dentro do intervalo de tolerância.

Estagflação

Com o aumento do chamado "risco fiscal" — as incertezas sobre as contas públicas no futuro — e o reflexo disso na economia (alta do dólar, da inflação e, consequentemente, das taxas de juros bancárias), analistas vislumbram a possibilidade de estagflação na economia brasileira no próximo ano.

Esse fenômeno se caracteriza por estagnação na economia, ou seja, sem crescimento do nível de atividade, ou até mesmo retração, associada ao aumento do desemprego e da inflação.

"Aumentou a possibilidade de ter estagflação ano que vem, mas não é ainda uma certeza", avaliou Luis Otavio de Souza Leal, economista-chefe do banco Alfa.

Segundo ele, a confirmação desse cenário vai depender do quanto o BC terá de elevar os juros e do desempenho da economia no quatro trimestre deste ano (que gera um efeito estatístico para 2022). Leal estimou uma alta de 4,5% para a inflação no próximo ano.

Em relatório, o Itaú estimou que o Copom terá de elevar os juros para até 11,25% ao ano nos primeiros meses de 2022, o que levará a atividade econômica para um "recuo moderado" — um tombo de 0,5% para o PIB em 2022.

"Um real mais fraco [dólar a R$ 5,50 no fim de 2021 e 2022] aumentará as pressões inflacionárias, mas o controle de danos do BCB deve limitar um contágio maior, com a inflação recuando para 4,3% em 2022, de 9% em 2021", acrescentou, no documento.

Consequências da alta dos juros

De acordo com economistas, o aumento do juro básico da economia, tem vários reflexos na economia. Veja abaixo os principais:

A elevação da taxa de juros, o aumento do juro básico da economia, já está resultando em taxas bancárias mais elevadas e a tendência é de que novos aumentos também sejam repassados aos clientes. Em setembro, a taxa média dos bancos foi a maior desde abril de 2020. Além do juro básico, o aumento do IOF anunciado pelo governo também impacta o custo final dos empréstimos.

O aumento da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos, impactando, assim, o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Economistas estão baixando há semanas a previsão de crescimento da atividade econômica em 2022.

O aumento da taxa básica da economia gera uma despesa adicional com juros da dívida pública. Gabriel Leal de Barros, da RPS Capital, calculou que o ciclo de alta da Selic de 2% ao ano, em março de 2021, para 7,5% ao ano, se confirmada, geraria uma despesa adicional de quase de R$ 180 bilhões com juros da dívida (se mantida em 12 meses).

Aplicações financeiras em renda fixa, como a caderneta de poupança, tendem a render um pouco mais. Com o juro básico em 7,5% ao ano mais taxa referencial (TR), por exemplo, a poupança passará a render 5,25% ao ano, contra 4,375% ao ano, mais TR (com taxa Selic em 6,25% ao ano). Mesmo assim, o rendimento da poupança segue perdendo da inflação.

Alexandro Martello, G1, 27/out

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Cobertura 4 Quartos, 2 Suítes no Jardim Oceânico na Barra da Tijuca - R$ 6.000.000,00



Expectativa de aumento da Selic faz dólar ter forte queda e fechar a R$ 5,55

Nesta segunda-feira (25), a moeda dos EUA recuou 1,27%, a R$ 5,5566.

O dólar fechou em queda de 1,27%, cotado a R$ 5,5566, nesta segunda-feira (25).

O recuo na sessão ocorreu em meio a expectativas de alta ainda maior na taxa básica de juros nesta semana, após as manobras do governo federal para driblar o teto de gastos elevarem os temores de descontrole fiscal no país.

O movimento do dia foi também foi influenciado pelo viés positivo para a tomada de risco no exterior, bem como algum alívio com relação à permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo.

Com o resultado desta segunda, a moeda norte-americana tem alta mensal de 2,04%. No ano, o avanço é de 7,12%. Veja mais cotações.

Já o Ibovespa subiu 2,28%, a 108.715 pontos, após uma semana de forte queda.

Mercado passa a prever alta maior dos juros

A semana começou com mais instituições financeiras prevendo aceleração no ritmo de aumento dos juros, à medida que investidores veem desancoragem das perspectivas inflacionárias em meio à desvalorização cambial e ao cenário geral de incerteza.

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs furar o teto de gastos (mecanismo que limite o aumento da maior parte das despesas à inflação do ano anterior) para viabilizar o novo programa social do governo, o Auxílio Brasil.

Na visão do mercado, as manobras para furar do teto dos gastos colocam ainda mais pressão no dólar e no Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decide nesta quarta-feira (27) a nova taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,25% ao ano.

Mas casas como o Itaú e a XP já apostam em um aperto monetário ainda maior, de 1,50 ponto percentual.

"O BC vem dizendo que havia uma simetria pra cima nos balanços de inflação. Ele dizia que a projeção que fazia tinha uma simetria pra cima por conta do risco fiscal e que se as despesas fossem aumentadas, aumentando a pressão de demanda, as projeções de inflação seriam mais altas. Na semana passada, a sinalização foi que a política fiscal vai ser expansionista, e se ela é assim a política monetária tem que ser contracionista. Como o risco fiscal se materializou", avaliou o economista-chefe da XP, Caio Megale.

O mercado financeiro também elevou de 8,25% para 8,75% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. E, para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro subiram a expectativa para a taxa Selic de 8,75% para 9,5% ao ano, segundo a pesquisa Focus.

Piora das expectativas para inflação e PIB

A explosão da dívida pública e o risco de um descontrole da situação fiscal é apontado por analistas e investidores como um dos principais fatores de incerteza doméstica, podendo inclusive inviabilizar uma retomada sustentada da economia brasileira.

O mercado passou a projetar uma inflação de 8,96% em 2021. Para 2022, a estimativa para o IPCA subiu de 4,17% para 4,18%. Já a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB), caiu de 5,01% para 4,97% em 2021. Para 2022, o mercado baixou a previsão de alta de crescimento da economia de 1,50% para 1,40%.

Para o dólar, projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45. Para o fim de 2022, avançou de R$ 5,25 para R$ 5,45 por dólar.

Já a XP revisou sua projeção de taxa de câmbio para R$ 5,7 por dólar em 2021 e 2022.

"Apesar das mesmas projeções para o final deste e do próximo ano, acreditamos que a taxa de câmbio apresentará muita volatilidade, especialmente com a aproximação das eleições", destacou em nota a XP.

G1, 26/out

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Apartamento 1 Suíte na praia da Barra da Tijuca - R$ 860.000,00



Juro bancário sobe em setembro e retoma nível de 30% ao ano, maior desde abril de 2020

Taxa considera operações pactuadas livremente pelos bancos, sem contar crédito habitacional, rural e do BNDES. Aumento está relacionado com alta da Selic.

Os juros bancários médios com recursos livres (sem contar habitacional, rural e BNDES) de pessoas físicas e empresas, subiram de 29,8% ao ano, em agosto, para 30,6% ao ano em setembro, informou nesta segunda-feira (25) o Banco Central.

Esse é o maior patamar desde abril do ano passado, quando estava em 31,3% ao ano.

De acordo com os números do BC, a alta dos juros bancários médios é reflexo do aumento da Selic, que passou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para os atuais 6,25% ao ano com o objetivo de tentar conter as pressões inflacionárias.

A expectativa do mercado é que o juro básico suba mais, atingindo 8,75% ao ano no fim de 2021 e 9,5% no fechamento de 2022.

A taxa média de juros cobrada nas operações com empresas subiu de 16,2% ao ano, em agosto, para 17,1% ao ano em setembro - a maior desde janeiro de 2020 (17,6% ao ano);

Os juros médios nas operações com pessoas físicas, informou o BC, avançou de 40,8% ao ano em agosto para 41,3% ao ano em setembro. Esse é o maior nível desde abril deste ano, quando somou 41,4% ao ano;

No cheque especial das pessoas físicas, a taxa subiu de 125,1% ao ano em agosto para 128,6% ao ano em setembro, a maior desde março de 2020 (130,6% ao ano). Nessa linha de crédito, o BC adotou um teto para os juros;

Nas operações com cartão de crédito rotativo, os juros bancários cobrados das pessoas físicas subiram de 335,8% ao ano, em agosto, para 339,5% ao ano em setembro, o maior patamar desde agosto de 2017 (392,3% ao ano), ou seja em quatro anos. Com isso, a taxa segue em patamar proibitivo.

O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Essa é uma das linhas de crédito mais caras do mercado e, segundo analistas, deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.

Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o objetivo do aumento do juro básico da economia pelo Comitê de Política Monetária (Copom) é fazer com que, justamente, essa elevação seja replicada pelos bancos nas linhas de crédito para pessoas físicas e empresas - com o objetivo de desaquecer a economia e limitar a propagação da inflação.

"O objetivo da politica monetária, quando faz aumento ou redução de juros, é que isso se transmita da taxa de juros básica para as demais taxas de juros da economia. Em termos macroeconômicos, o ciclo de política monetária [definição do juro básico pelo BC] é o fator relevante agora [para alta dos juros bancários]", disse ele.

Crédito volta a subir

De acordo com dados do BC, as concessões de empréstimos bancários voltaram a subir em setembro, após terem registrado queda em agosto.

No mês passado, as novas concessões de empréstimos subiram 3,11%. O cálculo foi feito após ajuste sazonal, uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.

De acordo com o BC, as concessões somaram R$ 432 bilhões em setembro deste ano, o que é o maior patamar de toda a série histórica, que tem início em março de 2011.

Já o volume total do crédito ofertado pelos bancos, segundo a instituição, subiu 2% em setembro, para R$ 4,428 trilhões, na comparação com R$ 4,340 trilhões em agosto. Houve expansão de 2,3% na carteira de pessoas jurídicas e aumento de 1,9% na de pessoas físicas.

Para todo este ano, o Banco Central estima uma expansão de 12,6% no crédito bancário. Em 2020, impulsionado por linhas emergenciais de crédito para o combate aos efeitos da pandemia, o crédito bancário teve alta de 15,5%.

Inadimplência e endividamento

A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito ficou estável em setembro, em 2,3%. Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência subiu de 2,9% em agosto para 3% no mês passado e, no caso das empresas, recuou de 1,5% para 1,4%.

O Banco Central também divulgou nesta segunda estatísticas sobre o endividamento das famílias com bancos. Neste caso, os novos números são referentes a julho.

Segundo o BC, o endividamento registrou pequena queda naquele mês, ao somar 59,2% da renda acumulada nos doze meses anteriores, contra 59,6% em junho.

Em janeiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19, o endividamento das famílias estava em 48,9%. 

Em janeiro deste ano, já havia avançado para 57,1%.

Alexandro Martello, G1, 25/out

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Cobertura 3 Quartos, 2 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 2.800.000,00



Dólar chega R$ 5,71 e acumula alta de 10% no ano

Na quinta-feira (21), a moeda dos EUA saltou 1,92% e fechou a R$ 5,6651.

O dólar é negociado novamente em alta nesta sexta-feira (21), em meio aos temores de piora do cenário fiscal do país após as manobras do governo para driblar o teto de gastos e da debandada de secretários do Ministério da Economia.

Às 11h11, a moeda norte-americana subia 0,55%, cotada a R$ 5,6965. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 5,7180 – uma alta de mais de 10% no acumulado do ano. Veja mais cotações.

A alta parece ter perdido um pouco da força com a notícia de que o presidente Bolsonaro teria dado sinal vermelho para a sondagem de nomes para substituir o ministro da Economia Paulo Guedes.

Já a Bovespa opera em queda, na contramão dos mercados externos.

A exemplo da véspera, o Banco Central ainda não anunciou ofertas líquidas de dólar para esta sessão.

Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 1,92%, a R$ 5,6651 – maior cotação desde 14 de abril e a maior valorização diária da moeda desde 8 de setembro. Com o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular avanço de 4,03% no mês e de 9,21% no ano.

Furo do teto de gastos

Na noite desta quinta-feira, a comissão especial criada na Câmara para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios aprovou uma mudança no teto de gastos para viabilizar o Auxílio Brasil, programa social que deve substituir o Bolsa Família. O texto agora segue para o plenário.

A proposta de furar o teto para bancar o programa social repercutiu negativamente no mercado, elevando os temores de piora do quadro fiscal e de descontrole dos gastos públicos para financiar medidas vistas como populistas.

Em meio ao retorno de ameaças de greve de caminhoneiros em razão da alta dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro também anunciou que o governo vai oferecer uma ajuda de R$ 400 a cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar o aumento do preço do diesel, sem informar de onde vai tirar os recursos nem a partir de quando o benefício será pago.

Após a equipe econômica ter sido atropelada pela ala política do governo Bolsonaro na discussão sobre a fonte de financiamento do novo programa social do governo, quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão dos cargos nesta quinta-feira.

A explosão da dívida pública e o risco de um descontrole da situação fiscal é apontado por analistas e investidores como um dos principais fatores de incerteza doméstica, podendo inclusive inviabilizar uma retomada sustentada da economia brasileira.

Na visão do mercado, as manobras para furar do teto dos gastos colocam ainda mais pressão no dólar e para o Banco Central elevar a taxa básica de juros, atualmente em 6,25% ao ano. "Isso compromete a expansão do PIB em 2022. Para as classes de renda baixa, o efeito parece ser de dar com uma mão e tirar com a outra, considerando inflação ascendente e desemprego elevado", acrescentou Bandeira.

G1, 22/out

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Cobertura Duplex, 3 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 2.640.000,00



Dólar dispara após Guedes falar em 'licença' para furar teto de gastos

Na quarta-feira (20), moeda dos EUA fechou em queda de 0,65%, vendida a R$ 5,5583.

O dólar opera em forte alta nesta quinta-feira (21), após o ministro Paulo Guedes confirmar que o governo pagará R$ 400 de Auxílio Brasil até dezembro de 2022 e falar em "licença" para furar o teto de gastos para financiar o benefício.

Às 10h14, a moeda norte-americana saltava 1,69%, vendida a R$ 5,652. Na maior cotação do dia até o momento, chegou a R$ 5,6750, renovando máximas que não eram atingidas desde meados de abril. Veja mais cotações.

Já o dólar turismo era negociado na casa de R$ 5,93; nas casas de câmbio, chega a superar R$ 6,20 nas compras da moeda em cartão pré-pago.

Já a Bovespa opera em queda de mais de 1% em meio aos temores de descontrole fiscal.

O Banco Central não anunciou venda líquida de dólares – seja na forma de swap cambial, seja de moeda física – para esta quinta, mas dada a disparada do dólar agentes financeiros não descartam que o Bacen intervenha de surpresa no mercado.

Na terça-feira, as notícias sobre as intenções do governo de pagar parte do Auxílio Brasil fora do teto de gastos já tinham azedado o humor dos mercados, provocando queda na bolsa, elevação dos juros futuros e aumento do dólar frente ao real.

Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 0,65%, a R$ 5,5583, após ter atingido R$ 5,5944 na terça-feira. Com o resultado da véspera, passou a acumular alta de 2,07% no mês e de 7,15% no ano.

Furo do teto de gastos

A fala do ministro Paulo Guedes dizendo que o governo estuda alternativas para viabilizar o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil foi interpretada pelo mercado como o fim do teto de gastos, indicando uma derrota da equipe econômica na batalha contra planos de romper o teto de gastos.

Tido como âncora fiscal do Brasil, o teto de gastos está em vigor desde 2016 e não permite o crescimento das despesas do governo acima da inflação do ano anterior, com o objetivo de reduzir o endividamento público e evitar um descontrole dos gastos públicos.

"Temos a regra fiscal e ela está sendo desmontada. Esse 'waiver' que o ministro pediu ontem é o fim do teto de gastos", afirmou o economista e especialista em contas públicas Guilherme Tinoco, em entrevista à GloboNews (veja vídeo mais acima).

O ministro disse que o governo avalia se o benefício temporário que irá vitaminar o novo Bolsa Família será pago fora do teto, o que demandaria uma licença, chamada pelo ministro de "waiver" (perdão), para um gasto de cerca de R$ 30 bilhões, ou se haverá opção por uma mudança na regra constitucional do teto de gastos para acomodá-lo.

Guedes defendeu que o governo busca ser "reformista e popular" e "não "populista", em meio a críticas generalizadas de que a burla ao teto de gastos seria uma medida eleitoreira e que não representaria uma mudança efetiva para o Bolsa Família.

“O fato de expoentes da oposição ao governo federal defenderem valores mais elevados do programa de sustentação de renda, a exemplo do sugerido pelo ex-presidente Lula, de R$ 600 mensais de benefício, deve ser considerado como fator adicional de risco para o mercado, pois pode fomentar ainda mais a pressão de políticos do Centrão por valores mais altos do Auxílio Brasil”, disse o departamento de Economia da Renascença DTVM, em relatório diário.

Por que a crise fiscal do Brasil assusta?

O Brasil é considerado um país com elevado grau de endividamento para uma economia emergente. No passado, por exemplo, a piora da situação fiscal fez com que o Brasil perdesse o grau de investimento pelas principais agência de classificação de risco.

A explosão da dívida pública e o risco de um descontrole da situação fiscal é apontado por analistas e investidores como um dos principais fatores de incerteza doméstica, podendo inclusive inviabilizar uma retomada sustentada da economia brasileira.

O problema não é novo. Desde 2014, o Brasil tem gastado mais do que arrecada com impostos, o que gera o chamado déficit primário e amplia o endividamento. Mas com a pandemia as despesas do governo dispararam e a situação se agravou, reacendendo a discussão sobre a urgência de medidas de ajuste fiscal.

Além da forte desvalorização do real frente ao dólar em 2020, a percepção de maior risco fiscal fica mais evidente na recente subida nas taxas de juros de títulos públicos de prazo mais longo. Ou seja: diante de um maior risco de não receber o dinheiro de volta, o mercado está cobrando mais caro para financiar a dívida do governo.

Nos juros futuros, o nível de tensão era bastante visível nos preços nesta quinta-feira. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subia de 7,66% no ajuste anterior para 7,91% e a do DI para janeiro de 2023 saltava de 9,91% para 10,42%.

G1, 21/out

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Cobertura 4 Quartos, 3 Suítes no Jardim Oceânico na Barra da Tijuca - R$ 2.300.000,00

 


Com alta de mais de 100% em um ano, cotação do Bitcoin bate novo recorde

 

Valor da criptomoeda passou de US$ 66 mil nesta quarta-feira.

O bitcoin bateu novo recorde nesta quarta-feira (20): por volta das 11h horas (horário de Brasília), a criptomoeda atingiu US$ 66.283,96 – o recorde anterior havia sido de US$ 64.888,99, atingido em abril deste ano, segundo a Coindesk.

Em um ano, a valorização da moeda chegou a 122%.

Desde terça-feira, os investidores têm a opção de aplicar em bitcoins na bolsa de Nova York, através de um fundo ETF que será indexado à evolução da popular criptomoeda pela primeira vez no mercado nova-iorquino.

Os compradores esperam que este novo produto financeiro permita que atores financeiros mais tradicionais participem do mercado. Desde 2013, a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA tem rejeitado consistentemente vários pedidos para criar esses fundos negociados na bolsa e que replicam o preço do bitcoin.

Os órgãos reguladores permanecem ambivalentes sobre um setor descentralizado e desmaterializado, criado do zero por pessoas anônimas há 13 anos.

G1, 20/out

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Cobertura 4 Quartos, 2 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 3.060.000,00



Não é igual no mundo todo: inflação no Brasil deve fechar ano maior que a de 83% dos países

Levantamento do Ibre/FGV, com base em relatório do FMI, aponta que disparada dos preços foi mais intensa aqui do que no restante do mundo; explicação, segundo economistas, está na desvalorização do real frente ao dólar devido à crise institucional e às incertezas fiscais.

A inflação é um problema global – mas não é igual no mundo todo. No Brasil, ela deve encerrar o ano maior que a de 83% dos países, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Os dados utilizados pelo estudo do Ibre foram colhidos do último relatório "World Economic Outlook", elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgado na semana passada – e que alertou para os riscos da alta generalizada de preços.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem afirmado que a alta da inflação é um fenômeno global, e que o Brasil não estaria fora do 'padrão'.

Os dados mostram, no entanto, que o patamar de inflação por aqui supera – em muito – o visto na maior parte do exterior. E, segundo o diretor do Banco Central Bruno Serra, está em um "nível muito elevado" até para o Brasil, acostumado com pressão sobre os preços.

Estimativas

A estimativa do FMI é a que a inflação brasileira encerre o ano em 7,9% – no acumulado de 12 meses até setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,25%. Se a projeção do fundo se confirmar, o Brasil vai registrar uma inflação bem acima da apurada entre os países emergentes (5,8%) e também da média mundial (4,8%).

Todos os anos, nos meses de abril e outubro, o FMI atualiza as suas projeções para diversos indicadores macroeconômicos, como inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e investimento, para um grupo de quase 200 países.

O levantamento deixa evidente que a piora da inflação tem sido mais intensa no Brasil que no restante do mundo. No relatório de outubro do ano passado, por exemplo, a previsão era que a nossa economia teria uma inflação maior que a de 57% dos países. No relatório de abril, esse patamar subiu para 70%. E agora está em 83%.

A previsão do FMI para a inflação brasileira pode ser considerada conservadora. No relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, os analistas consultados estimam um IPCA de 8,69% para 2021. Nesse cenário, a alta de preços no Brasil supera a de 86% das nações.

Inflação é problema global

Quase todos os países passaram a lidar com uma alta de preços mais intensa neste ano.

Com a retomada da economia, depois de superada a fase mais aguda da pandemia, a cotação das commodities subiu e se somou ao desarranjo nas cadeias de produção – a crise sanitária paralisou ou reduziu a produção em muitos setores industriais. Essa interrupção provocou uma escassez de produtos, pressionando os custos em todo o mundo.

A piora do quadro inflacionário em todo o mundo fica evidente no aumento das projeções do FMI - entre os relatórios de outubro de 2020 e deste ano. Aqui, também fica claro que a disparada da inflação no Brasil foi mais intensa do que no restante dos países.

Por que no Brasil é pior?

Desde o ano passado, a inflação brasileira passou a ser pressionada pela alta dos preços dos alimentos, resultado justamente da valorização das commodities.

Em tese, a alta das commodities deveria fazer com que o real se valorizasse em relação ao dólar, ajudando no combate à inflação. Isso porque o Brasil é um grande exportador de produtos básicos, como soja e milho. Portanto, a entrada de dólares no país deveria fortalecer a moeda brasileira. Mas esse cenário não tem se confirmado: o real segue desvalorizado diante das incertezas nas áreas fiscal e política.

O Brasil ainda lida com uma forte alta dos preços dos combustíveis e da energia elétrica. Em agosto, o governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram a criação da bandeira tarifária "escassez hídrica", a mais cara desde a criação do sistema de bandeiras, em 2015.

O objetivo é compensar o custo do uso das termelétricas na geração de energia no país, em razão da ausência de chuvas, que vem reduzindo o potencial das hidrelétricas.

Juros em alta e crescimento em queda

Com a inflação em dois dígitos, o Banco Central tem sido obrigado a subir a taxa básica de juros (Selic) para tentar conter a escalada dos preços.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic subiu 1 ponto percentual e alcançou 6,25%. Os analistas avaliam que mais aumentos devem vir pela frente. No relatório Focus, a previsão é que os juros encerrem o ano a 8,25%.

"O Banco Central está subindo os juros de 1 ponto percentual em 1 ponto. É uma alta forte. E ele está dizendo que vai (subir) até onde precisar", afirma Figueiredo. "Aos números de hoje, a Selic deve ficar entre 8,5% e 8,75%."

Quando o BC sobe os juros, ele quer esfriar a economia, retardando o consumo das famílias e o investimento das empresas, com o objetivo de conter a escalada dos preços. Na prática, todo esse movimento da política monetária faz com que a economia cresça menos. Não à toa, já há economistas projetando um avanço do PIB abaixo de 1% em 2022.

"O efeito colateral desse aumento de juros é exatamente ter um crescimento econômico menor. Você está convencendo os agentes econômicos a adiar o investimento, que é fundamental para ter geração de emprego. E está tentando convencer as famílias a não comprar carro, apartamento, a não viajar", acrescenta.

Bianca Lima e Luiz Guilherme Gerbelli, GloboNews e G1, 19/out

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Cobertura 3 Suítes no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.160.000,00



Amazon planeja contratar 150.000 trabalhadores temporários nos EUA

Grupo oferece um salário médio de US$ 18 por hora para os novos funcionários. Além disso, pagará bônus de até US$ 3.000 na hora da contratação.

A gigante das vendas online Amazon planeja contratar 150.000 trabalhadores para o fim do ano, além dos 165.000 anunciados em setembro, segundo um comunicado publicado nesta segunda-feira (18).

Com fortes bônus para atrair os trabalhadores em um mercado de trabalho com problemas de oferta de mão de obra, o grupo oferece um salário médio de US$ 18 por hora para os novos funcionários. Além disso, pagará bônus de até US$ 3.000 na hora da contratação.

A Amazon busca enfrentar o pico da atividade durante a temporada de festas de fim de ano, disse o grupo. Os empregos são voltados para as seções de embalagem.

A Amazon, que se beneficiou do boom das vendas online durante a pandemia, contratou 500.000 pessoas em 2020 e contava com 1,3 milhão de empregados no mundo no final do ano passado.

France Presse, 18/out

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Casa 6 Quartos, 5 Suítes no Itanhangá - R$ 1.300.000,00



Setor de serviços cresce 0,5% em agosto e tem 5ª alta seguida

 

Com resultado, setor atinge maior nível em quase 6 anos, mas ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico de 2014. Maiores altas no mês foram registradas nos serviços de alojamento e alimentação, e no transporte aéreo.

O volume de serviços prestados no Brasil avançou 0,5% em agosto, na comparação com julho, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da quinta alta mensal seguida.

Já na comparação com agosto de 2020, o crescimento foi de 16,7%.

A alta do mês foi puxada pelo avanço dos serviços de alojamento e alimentação (4,5%), e de transporte aéreo (7,4%).

Com o resultado, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia, alcançando o nível mais elevado desde novembro de 2015.

O resultado veio dentro do esperado. A mediana das estimativas de 20 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data apontava taxa de crescimento de 0,5% em agosto. As projeções variam de estabilidade a alta de 2,2%.

Avanço da vacinação e maior mobilidade

Segundo o IBGE, a recuperação do setor tem sido impulsionada pela redução das perdas dos serviços de caráter mais presencial em função do avanço da vacinação e aumento da mobilidade da população.

“O setor de serviços mantém sua trajetória de recuperação em agosto, sobretudo nos serviços considerados não presenciais, mas também nos presenciais, com o avanço da vacinação e o aumento da mobilidade das pessoas. Desde junho do ano passado, o setor acumula 14 taxas positivas e somente uma negativa, registrada em março, quando algumas atividades consideradas não essenciais foram fechadas por determinação de governos locais em meio ao avanço da segunda onda do coronavírus”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Embora seja a quinta taxa positiva consecutiva, a magnitude de crescimento desacelerou pelo quarto mês seguido. Segundo o gerente da pesquisa, “isso ocorre em função da base de comparação alta que foi construída a partir de junho do ano passado” depois das grandes perdas que o setor sofreu nos primeiros meses de pandemia.

Alta recorde no acumulado em 12 meses

No acumulado do ano, o setor tem alta de 11,5% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, o avanço é de 5,1% em agosto – a maior taxa de crescimento para 1 ano da série histórica da pesquisa, iniciada em dezembro de 2012.

A média móvel trimestral chegou a 1,1% no trimestre encerrado em agosto, frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória ascendente desde julho de 2020.

Veja o resultado dos subgrupos de cada grande atividade:

Serviços prestados às famílias: 4,1%

Serviços de alojamento e alimentação: 4,5%

Outros serviços prestados às famílias: -0,3%

Serviços de informação e comunicação: 1,2%

Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): 1,2%

Telecomunicações: 0%

Serviços de Tecnologia da Informação: 2%

Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: 2,1%

Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,4%

Serviços técnico-profissionais: -6,8%

Serviços administrativos e complementares: 0,4%

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,1%

Transporte terrestre: -0,1%

Transporte aquaviário: -2,3%

Transporte aéreo: 7,4%

Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,2%

Outros serviços: 1,5%

Destaques do mês

O avanço do volume de serviços, observado na passagem de julho para agosto foi acompanhado por quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para informação e comunicação (1,2%), transportes (1,1%) e serviços prestados às famílias (4,1%).

Os serviços de tecnologia da informação apresentam o maior crescimento, operando em patamar 32,8% acima do que era observado em fevereiro de 2020. Esse grupo reúne as atividades de desenvolvimento e licenciamento de softwares, portais e provedores de conteúdo e ferramentas de buscas na internet.

Segundo o pesquisador, a renda é o principal limitador do crescimento das atividades de caráter mais presencial, ligadas sobretudo aos serviços prestados às famílias.

Serviços profissionais têm queda e voltam a ficar abaixo do nível pré-pandemia

A única queda no mês foi no resultado dos serviços profissionais, administrativos e complementares, que recuaram 0,4% em agosto, depois de três altas mensais consecutivas. Com esse resultado negativo, o segmento voltou a ficar 0,2% abaixo do patamar pré-pandemia, se juntando aos serviços prestados às famílias.

“Esse recuo de 0,4% é uma acomodação do ritmo de crescimento. A pressão negativa veio das atividades jurídicas, atividades técnicas relacionadas à arquitetura e engenharia e soluções de pagamentos eletrônicos”, observou o gerente da pesquisa.

As atividades turísticas tiveram avanço de 4,6% em agosto, na quarta taxa positiva seguida. O indicador de turismo, entretanto, ainda se encontra 20,8% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado.

Piora das expectativas

O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira. Ele foi também o mais atingido pela pandemia, dadas as restrições de funcionamento impostas pelas medidas para conter o avanço da Covid-19, sobretudo aos estabelecimentos com atendimento presencial.

Apesar da recuperação do setor de serviços, a atividade econômica tem perdido fôlego nos últimos meses em meio a um cenário de incerteza elevada diante da escalada da inflação, do agravamento da crise hídrica e de deterioração das expectativas para o desempenho da economia em 2022.

As vendas do comércio varejista caíram 3,1% em agosto, na comparação com julho, revertendo os ganhos do mês anterior. Já a produção industrial recuou 0,7% em agosto, na terceira retração mensal consecutiva.

A confiança do setor de serviços recuou em setembro, após cinco meses seguidos de alta, sinalizando que os empresários ligaram o "sinal de alerta" sobre o cenário mais desafiador para os próximos meses.

A expectativa do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2021está atualmente em 5,04%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, após tombo de 4,1% em 2020. Para 2022, a média das projeções baixou para 1,54%.

Já a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país no ano, subiu para 8,59%. Para 2022, a projeção está em 4,17%.

Daniel Silveira e Darlan Alvarenga, G1