terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Cobertura Duplex no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.600.000,00



Haddad concede aval da União em empréstimo do Rio de US$ 135 milhões junto ao BIRD

Recursos serão destinados ao financiamento parcial do Projeto de Ajuste e Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro, no âmbito do Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal e do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, autorizou a concessão de aval da União em empréstimo de US$ 135,238 milhões a ser feito pelo município do Rio de Janeiro (RJ) junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

Segundo despacho do ministro, publicado no Diário Oficial da União (DOU), os recursos serão destinados ao financiamento parcial do "Projeto de Ajuste e Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro Sustentável", no âmbito do Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal e do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal.

O despacho informa ainda que o município atendeu todas as exigências previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e resolução do Senado, que trata dos requisitos mínimos para contratação da operação de crédito, bem como atendeu os requisitos constitucionais, legais e normativos necessários para obtenção da garantia da União.

“Tendo em vista o Parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e considerando o art. 6º do Decreto-Lei nº 1.312, de 15 de fevereiro de 1974, autorizo a garantia da União à operação de que se trata, condicionada à prévia formalização do contrato de contragarantia entre a União e o Ente”, informa o ministro em despacho.

Valor Online, 31/jan

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Terreno na Barra da Tijuca - R$ 10.000.000,00



Inflação do aluguel: IGP-M desacelera e fica em 0,21% em janeiro

Com o resultado, o índice acumula alta de 3,79% em 12 meses; desaceleração da alta veio com pressão menor ao produtor.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,21% em janeiro, informou nesta segunda-feira (30) o FGV IBRE. Com isso, o índice acumula alta de 3,79% em 12 meses.

É o segundo mês seguido de alta - em dezembro, o índice variou 0,45%. Em 2022, o IGP-M fechou em alta de 5,45%. Em janeiro de 2022, o índice teve variação de 1,82% e acumulava alta de 16,91% em 12 meses.

De acordo com André Braz, coordenador dos Índices de Preços, entre os componentes do IGP-M, o índice ao produtor segue registrando arrefecimento das pressões inflacionárias.

O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel' por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.

Entenda a composição do índice e o desempenho de cada um

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Veja abaixo os três componentes e como cada um influenciou o indicador:

- O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60% na composição do IGP-M e que apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,10% em janeiro, de uma alta de 0,47% no mês anterior. Destaques para combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de -2,26% para -5,05%, minério de ferro (16,32% para 9,26%), cana-de-açúcar (0,28% para -0,60%) e bovinos (1,55% para 0,65%). Em sentido oposto, destacam-se alimentos in natura (-0,29% para 2,64%), leite in natura (-4,75% para 0,22%), soja em grão (-1,52% para -0,92%) e milho em grão (-0,69% para 0,40%).

- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, subiu 0,61% em janeiro, após alta de 0,44% em dezembro. Destaques para cursos formais (0% para 4,55%), IPVA (0% para 1,06%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,25% para 0,32%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,69% para 1,38%), cigarros (-0,72% para -0,17%). Em sentido oposto, hortaliças e legumes (9,75% para 2,10%), tarifa de eletricidade residencial (1,27% para -0,94%) e roupas (1,01% para 0,24%).

- O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, acelerou 0,32% no período, ante 0,27% em dezembro, com materiais e equipamentos (0,37% para -0,26%), serviços (0,43% para 0,53%) e mão de obra (0,16% para 0,77%).

Marta Cavallini, G1, 30/jan

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Casa 4 Quartos na Barra da Tijuca - R$ 2.000.000,00



Confiança do comércio recua e atinge pior nível desde abril de 2022, diz CNC

Movimento reflete cenário de inflação e juros elevados e deve se traduzir em uma redução dos investimentos e das contratações.

O cenário de inflação elevada e juros altos continua a deteriorar a confiança dos empresários. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 119,0 pontos em janeiro – a segunda baixa consecutiva e o menor nível desde abril de 2022.

O número ainda representa uma queda de 3,6% em relação a dezembro e de 1,7% em comparação ao mesmo mês de 2022. Os dados ainda apontam para uma desaceleração mensal de todos os indicadores, com destaque para a redução mensal de 6,4% no índice de expectativas para o curto prazo.

Para o presidente da confederação, José Roberto Tadros, além dos preços mais altos e do encarecimento do crédito, o movimento ainda reflete uma desaceleração na criação de vagas do mercado de trabalho e a maior cautela do consumidor – que, por sua vez, é intensificada pelo alto nível de endividamento das famílias.

Ainda de acordo com o indicador, as expectativas para a economia caíram 9,8% em janeiro em relação a dezembro, a 125,7 pontos, enquanto as perspectivas para o comércio reduziram 6,2% na mesma base de comparação, a 139,0 pontos. Ambas as pontuações representam o menor patamar desde abril de 2021.

“Os comerciantes vêm apontando, há dois meses, deterioração rápida das expectativas sobre o desempenho da atividade econômica e do comércio no primeiro semestre deste ano”, disse a economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira.

Segundo a confederação, quase um terço (31,4%) dos varejistas acreditam em uma deterioração na economia (em novembro essa porcentagem era de 12,1%). Já aqueles que acreditam em uma piora nas vendas representam 23,7% dos varejistas (em novembro, o número era de 9,3%).

Redução de investimentos e menos contratações

A economista da CNC ainda destaca que a piora na percepção das condições atuais e das expectativas já começa a refletir no planejamento dos varejistas para este ano, levando comerciantes a “reavaliar investimentos na empresa e na recomposição dos estoques”.

Segundo o Icec, a intenção de investir no negócio registrou a 5ª queda consecutiva entre dezembro e janeiro (-3,9%), a 109,4 pontos.

O indicador ainda aponta que 42,4% dos comerciantes pretendem reduzir os investimentos – o maior percentual desde junho de 2022. O principal destaque ficou com o segmento de produtos duráveis, que registrou uma queda mensal de 5% em janeiro, a 103,4 pontos.

Ainda de acordo com a confederação, a deterioração da confiança dos empresários também deve ter reflexos nas vagas disponíveis no setor. Segundo o indicador, houve uma redução mensal de 6,7% na intenção de contratar novos funcionários, a 122,9 pontos. Na comparação anual, a queda foi de 10,4%.

Vale lembrar que o número de contratações no comércio já possui uma tendência sazonal de queda em janeiro, já que o mês tradicionalmente é um período de vendas menores. Além disso, Ferreira ainda reforça que a efetivação dos funcionários que tinham contratos temporários até dezembro também influencia uma redução na intenção de criação de novas vagas.

G1, 27/jan

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 895.000,00



Estrangeiros investem US$ 90 bilhões no Brasil em 2022, maior valor em dez anos

Informações foram divulgadas nesta quinta-feira pelo Banco Central. Ao mesmo tempo, rombo nas contas externas subiu 20% no ano passado, para US$ 55,6 bilhões.

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira totalizaram US$ 90,5 bilhões no ano de 2022, informou nesta quinta-feira (26) o Banco Central.

Trata-se do maior patamar para um ano fechado desde 2012 (US$ 92,5 bilhões), ou seja, em dez anos.

Em 2021, o ingresso de investimentos diretos totalizou US$ 46,4 bilhões. A série histórica do BC para esse indicador tem início em 1995.

A entrada de investimentos no país está relacionada com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) — apesar da desaceleração que vem sendo registrada por conta da alta dos juros básicos da economia.

Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5%. O resultado oficial para 2022 ainda não foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas a expectativa do mercado financeiro é de uma expansão de cerca de 3% no ano passado.

O ingresso de recursos por essa modalidade revela que os estrangeiros estão realizando investimentos produtivos no país, o que denota confiança na economia brasileira.

Contas externas

Ainda de acordo com o BC, as contas externas do país registraram um déficit de US$ 55,6 bilhões em todo ano passado, com aumento de 20% na comparação com 2021 (-US$ 46,3 bilhões).

Esse foi o maior rombo para um ano fechado desde 2019, quando somou US$ 68 bilhões. A série histórica do BC para esse indicador tem início em 1995.

O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

De acordo com o BC, o aumento no déficit das contas externas, em 2022, se deve uma piora na conta de serviços (mais gastos no exterior, incluindo viagens) e de rendas (aumento das remessas ao exterior pelas empresas).

O aumento do déficit das contas externas também está relacionado com o crescimento da economia brasileira. Com nível de atividade ainda positivo, há uma demanda maior por produtos e serviços do exterior.

Apesar do aumento no rombo das contas externas, os investimentos estrangeiros diretos na economia foram suficientes para "financiar" o resultado negativo.

Alexandro Martello, G1, 26/jan

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Casa 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 6.500.000,00



Ibovespa opera em queda em dia de feriado em SP, puxada pela Petrobras

No dia anterior, principal índice da bolsa de valores teve alta de 1,16%, a 113.028 pontos.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta quarta-feira (25), em dia de feriado em São Paulo, o que pode reduzir a liquidez. Mas investidores seguem acompanhando sinalizações sobre a política econômica do governo Lula e da política monetária nos EUA.

Às 11h, o Ibovespa caía 0,54%, a 112.417 pontos. Veja mais cotações.

A Petrobras era destaque de queda nesta quarta, com recuo ao redor de 4%. Já a Magazine Luiza subia quase 10%.

No dia anterior, o Ibovespa avançou 1,16%, a 113.028 pontos. Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular ganho de 2,87% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Na agenda corporativa, a Americanas ainda segue em foco. Na semana passada, a B3 informou a saída das ações da empresa de seus índices depois do anúncio da recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões. Apesar da exclusão dos índices acionários da B3, as ações da companhia continuarão a ser negociadas, mas sob o título de recuperação judicial. As ações subiam 6,25%, a R$ 0,85, nesta quarta. Antes do anúncio sobre a descoberta dos problemas contábeis, o papel valia R$ 12.

A lista de credores que a Americanas entregou na madrugada desta quarta-feira (25) à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro relaciona débitos totais de R$ 41,23 bilhões e 7.967 credores.

Com bancos, as maiores dívidas são as seguintes: Deustche Bank, R$ 5,20 bilhões; Bradesco, R$ 4,51 bilhões; BTG Pactual, R$ 3,5 bilhões; Itaú Unibanco, R$ 2,7 bilhões; Banco do Brasil, R$ 1,36 bilhão; Safra, R$ 2,53 bilhões; Santander, R$ 3,65 bilhões; Votorantim, R$ 3,29 bilhões; e Caixa Econômica Federal, R$ 501 milhões. Entre fornecedores, a fabricante de eletrônicos sul-coreana Samsung tem R$ 1,21 bilhão a receber.

Na terça-feira, a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em recursos da Americanas que estavam em poder do BTG Pactual. A decisão diz que os recursos “serão utilizados somente para a atividade fim e sob direta gestão dos administradores judiciais até o julgamento do mérito do mandado de segurança impetrado pelo BTG”.

Com isso, a Magazine Luiza vem tendo movimentos de alta nos últimos dias, refletindo a expectativa de que a companhia ganhe uma maior participação de mercado após os problemas da Americanas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca nesta quarta em Montevidéu, onde terá encontro com presidente uruguaio, Lecalle Pou.

No dia anterior, Lula afirmou que o BNDES voltará a financiar obras na América Latina, dentro das possibilidades financeiras do Brasil.

A Petrobras informou que o comitê de elegibilidade se reuniu na terça-feira para analisar a indicação de Jean Paul Prates para os cargos de conselheiro de administração e presidente da estatal. Essa é uma das etapas que o executivo precisa percorrer antes de ser confirmado no cargo.

O futuro presidente da Petrobras deve ter uma ação alinhada ao governo, e terá como desafio a paridade dos preços com o mercado internacional. Essa expectativa puxava o preço das ações da estatal nesta quarta.

Na terça-feira, a Petrobras anunciou aumento no preço da gasolina — valor passou de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, com acréscimo nominal de R$ 0,23 por litro, o que representa alta de 7,46%.

No cenário externo, a inflação global e temores de recessão econômica e suas consequências para a política econômica seguem como prioridade nos mercados internacionais.

Com pressão inflacionária e juros mais altos, a cautela permanece com o risco de recessão nos Estados Unidos, com o mercado aguardando novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que possam indicar o rumo das taxas de juros no país.

Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Assim, investidores migram para tais aplicações, em detrimento de ativos de risco como o mercado de ações e moedas do Brasil, o que pode desvalorizar o real frente o dólar.

G1, 25/jan

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Casa 4 Quartos, 2 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 3.600.000,00



Governo adia primeira reunião do ano do Conselho Monetário Nacional para fevereiro

Encontro estava marcado para esta quinta, mas foi cancelado devido à falta de pauta. Reunião ganhou relevância pela nova composição do conselho e temas que podem entrar em discussão.

O governo adiou para 16 de fevereiro a primeira reunião do ano do Conselho Monetário Nacional (CMN). O encontro estava marcado para acontecer nesta quinta-feira (26), mas foi cancelado.

"Não há deliberações a serem avaliadas e/ou aprovadas pelo CMN neste mês. A próxima reunião está prevista para 16/2", informou o Ministério da Fazenda, em nota.

Pela manhã, o Banco Central já havia indicado que a reunião seria cancelada. A última vez que isso ocorreu por falta de assuntos a serem votados foi em maio do ano passado.

Meta de inflação

A primeira reunião do ano do CMN ganhou relevância por dois fatores:

- A nova composição do conselho

- Os assuntos que poderão entrar em votação

O Conselho Monetário Nacional tem como função definir as diretrizes da política monetária e de crédito do país. É sua função, por exemplo, definir a meta de inflação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas à meta de inflação definida pelo CMN.

Para o presidente, uma meta baixa faz o Banco Central subir juros demasiadamente, o que inibe o crescimento da economia.

A meta de inflação deste ano é de 3,25% e para 2024 e 2025 foi estabelecida em 3%. Em todos os casos, há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O CMN tem até junho deste ano para fixar a meta de inflação para 2026 e para decidir se altera as metas estabelecidas para os anos anteriores.

Não é comum o conselho alterar metas já estabelecidas, mas pode fazer, caso assim decida.

Tradicionalmente, a reunião do CMN sobre a meta de inflação acontece em junho – prazo limite, segundo o decreto que trata do tema. Contudo, nada impede que o tema seja antecipado.

As reuniões ordinárias do CMN acontecem mensalmente, sempre na 3ª ou 4º quinta-feira do mês. Há, também, a possibilidade de reuniões extraordinárias.

Composição tradicional

Outra novidade do CMN deste ano é o retorno à sua composição tradicional.

No governo Bolsonaro, o conselho era formado pelo presidente do Banco Central, pelo ministro da Economia e pelo secretário especial do Tesouro e Orçamento. Com isso, acaba concentrando poderes nas mãos do ministro da Economia, já que o secretário especial era seu subordinado.

Agora, no governo Lula, o conselho volta à formação original, sendo composto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; pela ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Jéssica Sant'Ana, G1, 24/jan

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Cobertura Duplex, 5 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 4.000.000,00



Lula e Fernández defendem moeda comum sul-americana em artigo conjunto

Visita é considerada uma volta da relação estratégica entre os dois países e foco na integração econômica, inclusive com o desenvolvimento de uma moeda regional para uso comercial.

Um artigo assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto com o presidente argentino, Alberto Fernández, comemorou no domingo (22) a primeira visita do brasileiro a Buenos Aires desde sua eleição como uma volta da relação estratégica entre os dois países e o foco na integração econômica, inclusive com o desenvolvimento de uma moeda regional para uso comercial.

"Pretendemos superar barreiras às nossas trocas, simplificar e modernizar regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo os custos de operação e diminuindo a nossa vulnerabilidade externa", diz o texto, publicado no site argentino Perfil.

A ideia da moeda comum foi levantada originalmente em artigo escrito no ano passado por Fernando Haddad e Gabriel Galípolo --hoje ministro da Fazenda e secretário-executivo do ministério, respectivamente-- e chegou a ser citada por Lula durante a campanha.

A visita a Argentina é a primeira viagem internacional do presidente desde que tomou posse, cumprindo um rito brasileiro de privilegiar o maior parceiro comercial da região, depois de quatro anos de relações estremecidas durante o governo de Jair Bolsonaro.

A ida de Lula à Argentina também vai marcar o retorno do Brasil à Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), grupo que o país abandonou em 2019, por ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, que rechaçou participar do grupo regional em que estavam Cuba e Venezuela.

No texto, os dois presidentes ressaltam a necessidade de uma boa relação entre Argentina e Brasil para alavancar a integração regional.

Em meio à crise que atravessa o Mercosul --que, entre pressões brasileiras para mudanças em tarifas e tentativas do Uruguai de fazer acordos econômicos fora do bloco, passou os últimos quatro anos sem avanço--, os dois presidentes fazem uma defesa enfática do sistema e da necessidade dos acordos fechados em conjunto.

"Juntamente com os nossos sócios, queremos que o Mercosul constitua uma plataforma para a nossa efetiva integração ao mundo, por meio da negociação conjunta de acordos comerciais equilibrados e que atendam aos nossos objetivos estratégicos de desenvolvimento", escrevem os presidentes.

Recentemente o Uruguai anunciou a intenção de negociar um acordo comercial independente com a China e com a Aliança do Pacífico (bloco formado por Chile, Colômbia, México e Peru), o que é contra as regras do Mercosul. A iniciativa abriu uma crise direta entre os governos argentino e uruguaio, que Lula pretende ajudar a abater.

O governo brasileiro também não vê com bons olhos a iniciativa uruguaia, mas pretende negociar. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada também neste domingo, o chanceler Mauro Vieira deixa claro que um acordo independente do Uruguai "destruiria" o bloco, mas destaca que é possível negociar.

"Se você negociar fora, destrói a tarifa (externa comum, TEC). Temos que examinar, porque o Mercosul não é o mesmo da época da [sua] criação. Temos que ver as necessidades de cada um e as assimetrias que existem. Ver o que se pode fazer em termos de algum tipo de concessão", destacou.

Reuters, 23/jan

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Apartamento 3 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 1.900.000,00



Aluguel de microapartamentos rende mais do que o de imóveis maiores, mas ainda perde para Selic

Levantamento do QuintoAndar traça perfil de donos e inquilinos de apartamentos menores que 30 m². Enquanto compradores querem investir, inquilinos estão de olho na localização e na mobília.

A rentabilidade dos microapartamentos faz brilhar os olhos de quem quer investir em imóveis. Enquanto ela é de 0,54% ao mês nas unidades que têm menos de 30 m², vai caindo pouco a pouco à medida em que os cômodos aumentam — e chega a pouco mais de 0,3% ao mês para imóveis de 4 quartos ou mais.

Os dados são de um levantamento feito pela plataforma QuintoAndar em oito capitais: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Apesar de os apartamentos compactos serem mais atrativos para quem quer investir e viver de aluguel, seu retorno ainda é bem menor que aplicações ligadas à Selic (taxa básica de juros) ou mesmo outras modalidades de investimento.

A rentabilidade dos microapartamentos é de 6,6% ao ano. O rendimento anual do Tesouro Selic, por exemplo, é de 10,92%, já descontado o Imposto de Renda. E o do CDB (certificado de depósito bancário) de um banco grande, 8,19% de acordo com simulações feitas pela Yubb em agosto de 2022, quando o Banco Central aumentou a Selic para 13,75% ao ano.

Ainda no universo dos aluguéis, a rentabilidade dos bons fundos imobiliários também costuma ser maior.

Ainda assim, investimento

Para analisar o perfil de compradores e inquilinos, o QuintoAndar ouviu clientes de São Paulo. Mesmo com outros investimentos disponíveis, a esmagadora maioria (90%) dos proprietários ouvidos comprou seus microapartamentos pensando em alugá-los. E 7 em cada 10 têm mais de um imóvel do tipo alugado.

Na visão deles, é mais rápido alugar um apartamento pequeno do que os convencionais — muito em virtude do preço e localização, como revela o estudo.

E quanto mais apartamentos compactos esses proprietários têm, mais eles querem. Em todas as faixas (seja quem tem só um imóvel ou quem tem mais de 10), os donos de microapartamentos já estão fazendo as contas para comprar mais unidades.

Dentre os motivos elencados por eles para essa preferência, estão não só o preço mais baixo da unidade, mas também as condições de crédito. Isso porque a maioria deles é elegível para programas de incentivo de crédito, como o Minha Casa Minha Vida.

Além disso, quem compra um micro está de olho em estações de metrô, trem e ampla oferta de ônibus, além dos centros comerciais das cidades.

Outro dado interessante é que quem compra apartamentos para alugar é geralmente mais velho do que os inquilinos: 6 em cada 10 donos dessas unidades têm mais de 50 anos.

Quem mais aluga esse tipo de imóvel são jovens de 20 a 39 anos (75%) e que moram sozinhos (80%).

E o que busca quem mora

Os dados mostraram que o preço médio de aluguel dos micros varia entre R$ 650 a R$ 1.923 nas oito cidades pesquisadas. Já para apartamentos maiores, a média vai de R$ 1.249 a R$ 3.064.

O preço mais baixo em relação às unidades convencionais é um dos três principais motores da busca dos inquilinos ouvidos em São Paulo. Os outros dois pontos são: proximidade com o trabalho e imóveis mobiliados.

E tem muito microapartamento na praça?

Segundo Renée Silveira, diretora de incorporação da Plano&Plano, há dois perfis muito distintos dos moradores das unidades menores:

- Por um lado, um nicho de padrão médio/alto em apartamentos pequenos e muito bem localizados, em prédios totalmente equipados para atender a todas as necessidades. Essas pessoas, segundo ela, costumam consumir muito fora e dependem menos da casa.

- E, por outro, famílias de baixa renda beneficiárias de programas de facilitação de crédito, como o Minha Casa Minha Vida. Com um metro quadrado cada vez mais caro na cidade, metragens menores têm sido a saída das construtoras para continuarem a ofertar unidades em preços abaixo do teto do programa, ela diz.

A demanda por esses apartamentos passou por altos e baixos nos últimos anos. Ela vinha crescendo antes da pandemia, com lançamentos de até 10 m² em São Paulo, mas passou a sofrer um revés durante esse período, quando as famílias foram obrigadas a passar mais tempo em casa e passaram a valorizar imóveis maiores.

A pesquisa do QuintoAndar traz um dado que indica recuperação do setor, ainda que lenta. Segundo o estudo, a liquidez (que corresponde à rapidez com que os imóveis conseguem ser vendidos ou alugados) dos micros é maior do que a dos imóveis maiores, mas ainda não atingiu as mesmas marcas de antes da pandemia.

Segundo Renée, a demanda é maior em grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro. Um levantamento feito pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), a pedido da GloboNews, mostrou que os microapartamentos passaram de 0,8% para 22% do total de lançamentos imobiliários realizados na capital paulista entre os meses de janeiro e maio de 2022.

Apesar do protagonismo da capital paulista, a pesquisa revela que a porcentagem desses imóveis vem aumentando em outras capitais, com mais força em Fortaleza e no Distrito Federal. Nestas cidades, a cada 100 imóveis de 1 quarto lançados, 44 têm menos de 30 m².

Thaís Matos, G1, 20/jan

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Casa 4 Suítes no Itanhangá - R$ 4.900.000,00

 


Ibovespa abre em queda nesta quinta-feira, repercutindo falas de Lula e dados dos EUA

Na quarta-feira, o principal índice da bolsa subiu 0,71%, a 112.228 pontos.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em queda nesta quinta-feira (19), repercutindo falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de agentes do Federal Reserve, nos Estados Unidos.

Às 10h05, o índice caía 0,53%, aos 111.632 pontos.

Na quarta-feira, o índice havia registrado alta de 0,71%, aos 112.228 pontos. Com o resultado, o Ibovespa passou a acumular um ganho de 2,27% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O mercado segue repercutindo falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no campo econômico. Na quarta-feira (18), foi ao ar a primeira entrevista exclusiva com Lula desde sua eleição pela GloboNews. Entre outros assuntos, o presidente falou sobre questões econômicas amplamente abordadas pelo mercado financeiro.

Lula afirmou que a independência do Banco Central do Brasil é "bobagem" e que a atual meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), atrapalha o crescimento da economia.

Analistas do BTG Pactual destacam, ainda, falas do presidente sobre a necessidade da economia voltar a crescer, sobre estabelecer uma nova relação entre capital e trabalho e fortalecer a indústria de defesa.

Mais cedo, o petista reiterou em discurso após encontro com sindicalistas que pretende implementar a sua promessa de campanha de isentar o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e afirmou que reajustar o salário mínimo “é a melhor forma de fazer distribuição de renda neste país”.

O presidente defendeu também que não adianta o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescer se ele não for distribuído.

No exterior, o destaque do dia permanece com os Estados Unidos. Ontem, o Fed publicou o Livro Bege, um documento que traz informações sobre a economia nos 12 distritos do banco central. O órgão relatou que os preços desaceleraram na maioria dos distritos, ao passo que o mercado de trabalho apertado segue pressionando os salários nos EUA.

Na seara inflacionária, a avaliação geral é que os altos preços seguem impactando o poder de compra dos consumidores americanos mesmo após a desaceleração da inflação. Ainda assim, os gastos com consumo ganharam força impulsionados pelas compras durante o recesso de fim de ano.

Ao contrário da inflação, o mercado de trabalho ainda não mostra sinais de arrefecimento e permanece apertado, relata o documento. Desta forma, ainda há “elevada pressão salarial” no país.

O Livro Bege informa que o emprego continuou subindo na maioria dos 12 distritos do Fed e as empresas seguem com dificuldade para preencher vagas abertas, mesmo diante do aumento da oferta de trabalho em algumas regiões dos EUA.

Na sequência da divulgação, dirigentes do Fed discursaram e sinalizaram a necessidade do banco central de continuar adotando uma política monetária mais restritiva, com a manutenção dos juros em patamares elevados. Atualmente, as taxas americanas estão entre 4,25% e 4,50% ao ano e as expectativas são de novas altas.

G1, 19/jan

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte no Recreio dos Bandeirantes - R$ 460.000,00

 


Dólar x Inflação: entenda como a alta na moeda americana impacta a dinâmica de preços no Brasil

No último mês de 2022, os maiores avanços nos preços foram registrados em grupos que contam com muitos produtos importados e sofrem com a variação do dólar.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação avançou 0,62% em dezembro de 2022, levando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a uma alta acumulada de 5,79% no ano passado — é o segundo ano consecutivo de fechamento acima da meta estabelecida pelo Banco Central (BC).

E, dentro desse avanço, as principais contribuições vieram de produtos que sofrem, sobretudo, com a variação do dólar.

Em dezembro, o grupo que registrou a maior variação e o maior impacto no IPCA foi o de saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,60% no mês frente a novembro. Dentro do grupo, os produtos com maiores avanços foram os perfumes (9,02%), artigos de maquiagem (5,42%) e produtos para pele (3,85%). Na sequência, a segunda maior variação veio do grupo de vestuários, com alta de 1,52%.

Especialistas ouvidos pelo G1 explicam que estes são alguns dos grupos que mais sofrem com a variação do dólar, tendo em vista que boa parte dos itens que os compõem são importados.

Os impactos do dólar na inflação

De acordo com Tatiana Nogueira, economista da XP Investimentos, a influência da taxa de câmbio sobre os preços domésticos se dá por dois principais canais.

O primeiro é a importação de produtos — razão da pressão inflacionária nos grupos de vestuário e saúde e cuidados pessoais. Dentro deste canal, Tatiana ressalta que os efeitos da variação do dólar podem ser sentidos de duas formas.

"A (forma) mais direta é nos produtos que são importados, como nos vestuários, eletroeletrônicos e farmacêuticos, por exemplo. A segunda é pelos insumos, como peças específicas para montar um produto, caso de algumas peças para automóveis, ou insumos, como a resina plástica para fabricar garrafas pet", comenta a economista.

O segundo canal de influência é a equiparação dos preços praticados no Brasil com o mercado internacional.

Ou seja, para que não faltem produtos no Brasil (principalmente os essenciais), o preço de itens, que são produzidos no Brasil e exportados, sobe internamente para acompanhar a variação do dólar.

Como o produtor pode receber em dólares, o negócio fica mais lucrativo do que vender em reais. É o caso de milho, soja, petróleo e uma série de commodities produzidas por aqui.

Efeitos sobre itens essenciais

Fernando Giavarina, chefe de câmbio da Valor Investimentos, afirma que os efeitos da variação da taxa de câmbio na inflação sempre são mais expressivos quando os itens afetados são os produtos essenciais.

O especialista traz como exemplo o petróleo: quando há uma alta nos preços, uma cadeia de outros produtos tem impactos secundários, como a gasolina, plásticos e derivados, querosene de avião, passagens aéreas e diversos outros produtos e serviços que dependem da commodity como fonte de energia ou como transporte.

Outro produto que subiu bastante no último ano foi o trigo, aponta Giavarina. O Brasil não é autossuficiente em produção de trigo e precisa importar da Argentina. Em 2022, os preços da commodity dispararam por conta da guerra na Ucrânia, impactando os valores dos pães, massas, bolos, e diversos outros itens.

Há formas de combater a inflação pelo dólar?

A instituição responsável por adotar medidas de combate à inflação dentro de um país é o Banco Central. E a principal maneira pela qual os bancos centrais combatem a inflação é com a elevação das taxas de juros.

No caso do Brasil não é diferente. Depois de oito meses de juros nos menores patamares históricos, o BC passou a promover um ciclo de altas na Selic, a taxa básica de juros, em março de 2021, como forma de tentar frear o avanço dos preços. Atualmente, o ciclo de altas acabou, mas a taxa Selic segue em níveis elevados, a 13,75% ao ano.

Tatiana, da XP, destaca que a elevação das taxas no Brasil não tem um efeito imediato sobre a inflação exportada, descendente do dólar. No entanto, com essas taxas mais altas, a tendência é de uma valorização do real frente à moeda americana, em especial pela entrada de investimentos estrangeiros no país. Esse fluxo de dólares para dentro, faz a oferta de dólar subir e a cotação cair.

"O aumento dos juros também é uma estratégia para combater a alta do dólar, porque tende a atrair investidores para o Brasil com a rentabilidade dos ativos nacionais. Aumentando os juros aqui, também se reduz o incentivo de brasileiros enviarem dinheiro para fora com investimentos porque aqui os retornos estão mais atrativos", aponta Karp.

Tatiana afirma que, ao longo de 2023, os investimentos brasileiros podem continuar ganhando destaque por conta dos juros altos e da entrada de investidores nas ações de empresas ligadas às commodities — o que pode valorizar o real e, consequentemente, reduzir a inflação que vem do dólar. "Mas os riscos fiscais ainda podem pesar contra (o real) e o dólar pode não ir abaixo dos R$ 5", diz ela.

Além disso, com os juros mais altos, os processos de financiamento e tomada de crédito ficam mais caros e isso leva a uma redução no consumo doméstico. Assim, Daniel Karp explica que, mesmo com a alta no dólar, os empresários brasileiros tendem a segurar o repasse de preços porque a demanda está menos aquecida — e uma elevação no valor do produto pode desaquecer ainda mais o consumo.

Histórico da relação entre inflação e dólar no Brasil

A relação entre o preço do dólar e a inflação brasileira nem sempre foi como é hoje.

Bruno Mori, economista e sócio fundador da Sarfin, afirma que, antes da implementação do Plano Real (o plano econômico que criou o real e tirou o Brasil da era de hiperinflação), a economia brasileira era extremamente fechada, o que facilitava o descontrole inflacionário.

Ele explica que o comércio exterior era bastante restrito e possuía altas taxas, em uma política que buscava defender a indústria nacional. Um dos problemas de tal política, entretanto, é que a economia passa a ser "muito indexada", pontua o economista.

O especialista ressalta que os salários eram reajustados com base nos índices inflacionários e, consequentemente, os preços dos produtos também subiam, em um ciclo.

Neste contexto, o Plano Real, que equiparou a moeda brasileira ao dólar, entre outras medidas, abriu o comércio brasileiro para o exterior e os produtos importados chegaram custando menos que os nacionais — o que forçou os empresários a frearem os aumentos nos preços internamente, explica Mori.

Bruna Miato, G1, 18/jan

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

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Preço do aluguel residencial fecha 2022 com a maior alta em 11 anos, mostra FipeZap

Aumento de 16,55% nos novos contratos foi quase o triplo da inflação no ano, de 5,79%. Confira as cidades mais caras.

Os novos contratos de aluguéis residenciais ficaram, em média, 16,55% mais caros em 2022, segundo dados do Índice FipeZAP+, divulgados nesta terça-feira (17). Essa é a maior alta desde 2011, quando os preços avançaram 17,30%.

O aumento do ano passado foi quase o triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, que avançou 5,79% no ano. Com isso, a alta real dos novos aluguéis (descontada a inflação) foi de 10,76%.

Alta nas cidades

O FipeZAP acompanha o preço médio de locação de apartamentos prontos em 25 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na internet.

Com exceção de Pelotas (RS), que teve aumento de 2,37% – portanto, abaixo da inflação –, todos os municípios monitorados registraram alta real em 2022.

Entre as capitais monitoradas, os maiores avanços em 2022 foram em Goiânia (32,93%), Florianópolis (30,56%), Curitiba (24,47%) e Fortaleza (21,33%). São José (SC) lidera o ranking geral, com aumento de 42,41% no ano.

Confira o aumento nos preços por cidade em 2022 (alta nominal, sem descontar a inflação):

1. São José (SC): 42,41%

2. Goiânia (GO): 32,93%

3. Florianópolis (SC): 30,56%

4. Curitiba (PR): 24,47%

5. Barueri (SP): 23,27%

6. Fortaleza (CE): 21,33%

7. São José dos Campos (SP): 20,90%

8. Belo Horizonte (MG): 20,01%

9. Campinas (SP): 19,68%

10. Niterói (RJ): 18,44%

11. Rio de Janeiro (RJ): 17,93%

12. Ribeirão Preto (SP): 17,83%

13. Recife (PE): 17,07%

14. Salvador (BA): 16,56%

15. São José do Rio Preto (SP): 16,27%

16. Praia Grande (SP): 16,12%

17. São Paulo (SP): 14,63%

18. Santo André (SP): 12,43%

19. Santos (SP): 12,00%

20. Guarulhos (SP): 11,16%

21. Porto Alegre (RS): 11,14%

22. Joinville (SC): 10,98%

23. Brasília (DF): 9,15%

24. São Bernardo do Campo (SP): 8,32%

25. Pelotas (RS): 2,37%

Índice FipeZAP+: 16,55%

Preço do aluguel

O preço médio dos novos contratos de aluguéis, calculado para as 25 cidades, é de R$ 36,65 o metro quadrado, segundo dados de dezembro. Considerando essa base, o aluguel de um apartamento de 50 metros quadrados custa, em média, R$ 1.832.

A cidade mais cara da lista é Barueri (SP), onde o aluguel custa, em média, R$ 50,56 o metro quadrado. No caso de uma residência de 50 metros, o valor mensal é de, aproximadamente, R$ 2.528.

Quando consideradas as 11 capitais, São Paulo (SP) – que ocupa a segunda posição no ranking geral – lidera: R$ 45,50/m². Em seguida, estão Recife (R$ 41,68/m²) e Florianópolis (R$ 38,81/m²).

A cidade com o metro quadrado mais barato é Pelotas (RS), a R$ 16,16, em média.

Preço médio do aluguel por cidade (m²); dados de dezembro:

1. Barueri (SP): R$ 50,56

2. São Paulo (SP): R$ 45,50

3. Recife (PE): R$ 41,68

4. Santos (SP): R$ 38,96

5. Florianópolis (SC): R$ 38,81

6. Rio de Janeiro (RJ): R$ 37,78

7. Brasília (DF): R$ 37,11

8. São José (SC): R$ 34,72

9. São José dos Campos (SP): R$ 32,68

10. Praia Grande (SP): R$ 32,27

11. Belo Horizonte (MG): R$ 30,66

12. Santo André (SP): R$ 30,21

13. Salvador (BA): R$ 29,69

14. Curitiba (PR): R$ 29,62

15. Guarulhos (SP): R$ 29,52

16. Porto Alegre (RS): R$ 27,68

17. Campinas (SP): R$ 26,73

18. São Bernardo do Campo (SP): R$ 26,21

19. Goiânia (GO): R$ 26,09

20. Joinville (SC): R$ 25,16

21. Niterói (RJ): R$ 24,54

22. Fortaleza (CE): R$ 23,05

23. Ribeirão Preto (SP): R$ 20,48

24. São José do Rio Preto (SP): R$ 19,28

25. Pelotas (RS): R$ 16,16

Média ponderada: R$ 36,65

André Catto, G1, 17/jan