quinta-feira, 30 de junho de 2022

Sala Comercial no O2 Corporate & Offices na Barra da Tijuca - R$ 995.000,00 - R$ 2.000,00



Ibovespa opera em forte queda com temores sobre crescimento global

Na quarta-feira, o principal índice da bolsa caiu 0,96%, a 99.622 pontos.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em forte queda nesta quinta-feira (30), contaminada pelo mau humor dos mercados no exterior, em meio aos temores de recessão global, e com os agentes financeiros monitorando o andamento da PEC dos Combustíveis em Brasília.

Às 10h11, o Ibovespa caía 1,68%, a 97.943 pontos. Veja mais cotações.

No dia anterior, o indicador fechou em queda de 0,96%, a 99.622 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular queda de 10,53% no mês e de 4,96% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

No Brasil, o foco continuava sobre a tramitação da PEC dos Combustíveis no Congresso, que recentemente reacendeu temores fiscais por aumentar os gastos públicos às vésperas das eleições.

O senador Fernando Bezerra Coelho MDB-PE), relator da proposta, anunciou nesta quarta-feira (29) ter abandonado o texto original e informou que recorrerá a outro projeto para propor um pacote social com medidas estimadas em R$ 38,7 bilhões.

O texto da PEC dos Combustíveis previa compensação a estados que desonerassem os combustíveis. A nova proposta de Bezerra prevê ampliar o Auxílio Brasil e conceder um "voucher" a caminhoneiros.

O Banco Central admitiu que a meta de inflação será descumprida pelo segundo ano seguido em 2022. De acordo com a instituição, a probabilidade de a inflação superar o teto da meta neste ano passou de 88%, em março, para 100% em junho. Para 2023, o Banco Central estimou que a probabilidade de superar o teto do sistema de metas avançou de 12% para 29%. Em 2022, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% no trimestre encerrado em maio, com a falta de trabalho atinge 10,6 milhões de brasileiros.

No exterior, o foco permanece nos temores de uma recessão global, com os investidores em busca de pistas sobre a trajetória da política monetária nos EUA após várias autoridades do Federal Reserve (Fed) defenderem aumentos mais rápidos dos juros para reduzir a inflação elevada.

Porém, dados divulgados nesta quinta mostram que os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em maio em meio à escassez de veículos motorizados, enquanto preços mais altos forçaram cortes nas compras de outros bens, outro sinal de que a recuperação do crescimento econômico no início do segundo trimestre está perdendo força. Já a inflação manteve tendência ascendente em maio, com o índice PCE subindo 0,6% no mês passado e 6,3% nos 12 meses até maio.

O consumo mais lento provavelmente será bem recebido pelo Fed, que está procurando domar a inflação através de um aperto agressivo da política monetária. O banco central dos EUA este mês aumentou sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual, maior alta desde 1994.

G1, 30/jun

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Casa 11 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 25.000.000,00 - R$ 75.000,00

 


IGP-M: inflação do aluguel fica em 0,59% em junho e desacelera para 10,70% em 12 meses

 

Mesmo com alta nos preços do diesel (6,96%), leite (4,40%) e automóveis (2,31%), índice ao produtor seguiu em desaceleração, mostra pesquisa da FGV.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,59% em junho, após ter registrado alta de 0,52% em maio, informou nesta quarta-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o índice passou a acumular alta de 8,16% no ano e de 10,70% em 12 meses, contra 10,72% em 12 meses até maio, se mantendo abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado uma prévia da inflação oficial do país.

O dado veio abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com analistas de avanço de 0,69%.

Em junho do ano passado, o índice havia subido 0,60% e acumulava alta de 35,75% em 12 meses.

O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel' por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.

Apesar da alta maior nos preços ao consumidor terem acelerado, houve desaceleração nos preços ao produtor, que possuem o maior peso na composição do IPG-M.

Entenda a composição do índice

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O indicador é composto por 3 componentes:

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, variou 0,30% em junho, ante 0,45% em maio. A taxa das Matérias-Primas Brutas caiu 0,52% em junho, ante queda de 0,58% em maio, com destaque para minério de ferro (-4,71% para -0,32%), milho em grão (-3,62% para -1,21%) e mandioca/aipim (-7,72% para -4,24%);

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, subiu 0,71% em junho, ante 0,35% em maio. A principal pressão partiu do grupo Habitação (-2,57% para 0,65%), com destaque para a tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -13,71% em maio para -0,34% em junho;

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, ficou em 2,81% em junho, ante 1,49% em maio. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (1,67% para 1,58%), Serviços (0,92% para 0,50%) e Mão de Obra (1,43% para 4,37%).

G1, 06/jun

terça-feira, 28 de junho de 2022

Casa 5 Quartos, 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 5.500.000,00

 


Economistas dizem que zerar impostos sobre combustíveis neste ano pressionará inflação em 2023

Tributos federais sobre diesel e gás de cozinha já foram zerados, e Congresso aprovou zerar impostos sobre gasolina e álcool. BC já prevê inflação acima do centro da meta em 2023.

Economistas ouvidos pelo G1 afirmam que as medidas do governo federal e do Congresso Nacional para zerar impostos e tributos federais sobre combustíveis até o fim deste ano podem até conter a inflação em 2022, mas devem pressionar os preços em 2023.

Em março, por exemplo, o Congresso aprovou — e Bolsonaro sancionou — a lei que zerou até o fim deste ano os tributos federais sobre diesel e gás de cozinha.

Além disso, também foi sancionada a lei que limita o ICMS, um imposto estadual, sobre vários itens, entre os quais combustíveis. O texto zera, neste ano, os impostos federais sobre gasolina, álcool e Gás Natural Veicular (CNV). Em todos os casos, os impostos voltam a subir em 2023.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) já definiu que a meta de inflação para 2023 é de 3,25%. A meta será considerada cumprida se oscilar de 1,75% a 4,75%.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, porém, admitiu na semana passada que a inflação em 2023 vai ficar acima do centro da meta, isto é, acima de 3,25%, mas acrescentou que a instituição adotará medidas para tentar deixar a inflação abaixo de 4%.

O Brasil estourou o teto da meta de inflação em 2021, e o Banco Central já prevê estourar o teto da meta de novo em 2022. Isso porque a meta central é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. Porém, a projeção do próprio Banco Central é que fique em 8,8%.

Pressão 'continuará existindo'

A Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado, diz que as medidas podem reduzir a inflação em 2022 em 2,8 pontos percentuais, passando de 8,6% para 5,8%. No entanto, ainda na avaliação da IFI, a pressão sobre os preços 'continuará existindo'.

Por esse cenário, calcula o órgão, a inflação em 2023 possa chegar a 5,2%, isto é, acima do teto da meta pelo terceiro ano consecutivo.

"Os projetos não garantem [queda dos preços], pois a pressão continuará existindo", declarou Daniel Couri, diretor-executivo interino da IFI, lembrando que, desde 2016, no governo Michel Temer (MDB), a Petrobras segue o critério de preços internacionais.

Na mesma linha, Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, diz que zerar tributos sobre combustíveis pode gerar "alívio" na inflação no curto prazo, mas a partir de janeiro de 2023 os preços voltarão a subir.

"No médio prazo, essa medida tem impactos diretos sobre a inflação. Como o projeto se encerra em dezembro de 2022, em janeiro de 2023, os preços dos combustíveis voltarão a subir. Com a perda de arrecadação e compensação aos estados, o cenário fiscal tende a se deteriorar", avaliou.

Para Sung, ainda é "muito cedo" para dizer que a inflação ficará acima do teto da meta em 2023, mas que haverá, sim, a "transferência" da inflação deste ano para o próximo.

"E essa transferência da inflação de 2022 para 2023 é um fator extra que gera instabilidade", acrescentou.

Impacto na inflação em 2023

Luis Otavio de Souza Leal, economista-chefe do banco Alfa, afirma que o projeto aprovado pelo Congresso pode reduzir a inflação em 1,5 ponto percentual em 2022, caindo de 8,5% para 7%, mas gerando alta de 0,4 ponto percentual em 2023, subindo, então, de 4,2% para 4,6%.

O analista avaliou que não dá pra dizer, ainda, que o teto não será ultrapassado em 2023.

"Acho que a trégua maior vem dos bens industriais. Os gargalos não sejam resolvidos nos próximos meses, pelo menos serão minimizados e, mais importante, o crescimento mundial vai desacelerar forte com os principais BCs subindo os juros", declarou.

O que diz o Banco Central

De acordo com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central informou que estima inflação de 4% para 2023.

Considerado a tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, se ficar em 4%, a inflação, definida em 3,25%, será considerada cumprida no ano que vem.

Questionado pelo G1, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição ainda não divulgou um cálculo preciso do impacto das medidas tributárias, no próximo ano, pois foram aprovadas recentemente pelo Congresso.

Mesmo assim, o BC informou que busca uma inflação abaixo de 4% no próximo ano. Por conta disso, anunciou que será necessário elevar mais os juros, e, também, mantê-los altos por mais tempo.

"Nossa estratégia não foi uma resposta em relação às medidas [tributárias]. Analisamos o cenário, a expectativa de inflação, as surpresas e as dinâmicas [inflacionárias] de curto e médio prazos. O combinado do que foi feito [elevação da Selic e indicação de juros altos por mais tempo] não é uma resposta a um fator ou outro", declarou Campos Neto.

Inflação e eleições

A contenção de preços de combustíveis em ano eleitoral já aconteceu em 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) disputou a reeleição e venceu a disputa.

Naquele ano, a inflação foi de 6,41%, mas, em 2015, após os preços terem sido liberados, subiu para 10,67%, maior patamar em 13 anos.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, também tem pressionado a empresa a não reajustar preços dos combustíveis até a eleição de outubro, como mostrou a colunista do G1 Ana Flor.

Bolsonaro também criticado a empresa, afirmando que a Petrobras "não colabora com nada". Ele também classificou o lucro registrado pela estatal como um "estupro".

No fim de maio, Bolsonaro anunciou nova troca no comando da Petrobras, terceira substituição desde 2019 e a segunda nos últimos 40 dias.

Recentemente, o ex-presidente Lula, pré-candidato do PT à Presidência, afirmou que a proposta do governo Jair Bolsonaro de reduzir o ICMS de combustíveis não vai diminuir o preço para os consumidores.

Disse ainda que Bolsonaro deveria ter "coragem" para determinar que a Petrobras pare de repassar a alta internacional dos preços para os consumidores.

Alexandro Martello, G1, 28/jun

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Cobertura Duplex, 2 Quartos, 1 Suíte no Recreio dos Bandeirantes - R$ 780.000,00



Com inflação acumulada em 12%, presidente do BC diz em Portugal que 'pior momento' já passou

IPCA somou 12% em doze meses na prévia de junho, conforme divulgação do IBGE. Em evento em Lisboa, Roberto Campos Neto também afirmou que países preferiram redução de tributos e transferência aos vulneráveis para conter efeitos da alta da energia e combustíveis.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta segunda-feira (27) que o "pior momento" da inflação no Brasil já passou.

A declaração foi dada durante o X Fórum Jurídico de Lisboa, promovido pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e pela Fundação Getulio Vargas.

"A gente ainda tem no Brasil um componente de aceleração de inflação. Os últimos dois números foram, acho que pela primeira vez, dentro da expectativa", declarou.

Ele se referiu à divulgação do IPCA, considerado a inflação oficial do país, de maio, quando o índice desacelerou para 0,47%, e também a prévia de junho, quando o indicador ficou em 0,69%. Em doze meses, a alta foi de 12,04%, abaixo dos 12,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Na semana passada, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC estimou uma inflação de 8,8% para 2022, de 4% para 2023 e de 2,7% para 2024. Com isso, projetou um estouro da meta de inflação pelo segundo ano seguido em 2022. No ano passado, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.

Em Lisboa, Campos Neto também observou que há algumas medidas "desenhadas pelo governo" que terão impacto na inflação, como as mudanças nos preços dos combustíveis.

Segundo analistas, ao baixar tributos neste ano, e elevá-los em 2023, as alterações nos impostos pressionam os preços em 2023 - o que pode levar a um novo descumprimento da meta. "A gente precisa entender o efeito no processo inflacionário, ainda não está claro", declarou.

Alta dos juros

O presidente do Banco Central também afirmou que, enquanto as outras nações estão em claro processo de elevação dos juros para conter a inflação, o Brasil "já está muito perto de ter feito o trabalho todo".

"O Brasil fez o processo [de subir os juros] antecipado. Acreditamos que a nossa ferramenta é capaz de frear esse processo inflacionário, e vai frear esse processo inflacionário. E a gente acha que grande parte do trabalho já foi feito", disse Campos Neto.

Recentemente, o BC subiu a taxa Selic para 13,25% ao ano. Foi o décimo primeiro aumento seguido na taxa básica de juros da economia, que atingiu o maior patamar desde dezembro de 2016.

A instituição também indicou, na semana passada, que que “antevê” um novo aumento na taxa Selic em sua próxima reunião, no início de agosto, de igual ou menor magnitude. Com isso, sinaliza uma alta de 0,5 ponto percentual, ou menos.

Alexandro Martello, G1, 27/jun

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Casa 5 Quartos na Barra da Tijuca - R$ 2.800.000,00



Dólar opera em queda, mas acima de R$ 5,20

Na quinta-feira (23), a moeda norte-americana fechou em alta de 1,02%, a R$ 5,2292 - maior patamar desde 11 de fevereiro.

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (24), em meio a temores de que juros mais altos nas principais economias levem a uma recessão global, além do cenário doméstico agravado por receios políticos e fiscais.

Às 9h22, a moeda norte-americana caía 0,29%, vendida a R$ 5,2141. Veja mais cotações.

Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 1,02%, a R$ 5,2292 – maior patamar de fechamento desde 11 de fevereiro (R$ 5,2414). Com o resultado, passou a acumular alta de 10,05% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de 6,20% frente ao real.

O que está mexendo com os mercados?

Lá fora, os mercados seguem pressionados pelas preocupações crescentes de que políticas monetárias mais rígidas e a inflação crescente aumentam as chances de uma recessão global.

Entre as commodities, os preços do petróleo tinham alta, com o barril de Brent se mantendo acima de US$ 110. Já os contratos futuros do minério de ferro subiram 1% na China após uma queda recorde de 10 sessões.

Os sinais de desaceleração do crescimento econômico diminuíam as expectativas sobre o quanto o Federal Reserve (BC dos EUA) aumentará os juros para conter a inflação.

Temores de que o aperto agressivo por parte dos principais bancos centrais causará uma retração econômica acentuada têm afetado os mercados financeiros neste mês. A atividade empresarial dos EUA desacelerou consideravelmente em junho, levando os investidores a reduzir as apostas sobre o pico dos juros e a antecipar suas apostas sobre o momento de cortes.

Na agenda doméstica, o IBGE divulgou a prévia da inflação de junho, que ficou em 0,69%, acima da taxa de 0,59% registrada em maio. No ano, acumula alta de 5,65% e, em 12 meses, de 12,04%.

A FGV mostrou que a confiança do consumidor avançou 3,5 pontos em junho, para 79 pontos. Apesar da melhora, o termômetro ainda segue abaixo do patamar de 1 ano atrás.

Na véspera, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que a meta de inflação para 2025 será de 3%. A tolerância para a meta ser considerada cumprida é de 1,5 ponto percentual. Com isso, a meta será considerada cumprida em 2025 se ficar entre 1,5% e 4,5%. Em nota, o CMN afirmou que a fixação da meta reduz incertezas e pode aumentar investimentos, pois aumenta a "capacidade de planejamento das famílias, das empresas e do governo".

As iniciativas do governo de criar um auxílio aos caminhoneiros e ampliar o vale-gás a famílias de baixa renda levantava temores sobre qual será o impacto nos cofres públicos, num momento de aperto nas contas da União.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, o projeto que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

G1, 24/jun

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte em São Conrado - R$ 1.150.000,00 - R$ 3.100,00



Conselho Monetário define meta de inflação de 3% para 2025

Inflação oficial é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Tolerância para meta ser considerada cumprida é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu nesta quinta-feira (23) que a meta de inflação para 2025 será de 3%

A inflação oficial do país é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). E a meta deve ser perseguida pelo Banco Central, que aumenta ou diminui a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Atualmente, o juro básico está em 13,25% ao ano, o maior patamar desde 2016.

A tolerância para a meta ser considerada formalmente cumprida é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Com isso, a meta será considerada cumprida em 2025 se ficar entre 1,5% e 4,5%.

Em nota, o Conselho Monetário Nacional afirmou que a fixação da meta em 3% para 2025 reduz incertezas e pode aumentar investimentos, pois aumenta a "capacidade de planejamento das famílias, das empresas e do governo".

Ainda, segundo o CNM, a meta será atingida em 2025: "o processo de consolidação fiscal propicia as condições necessárias para que a meta seja atingida", diz o comunicado.

Situação atual

Este ano, a meta de inflação definida foi de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%. No entanto, o Banco Central já admitiu que o índice deste ano deve estourar o teto da meta. A projeção do próprio BC, prevista no Boletim Focus, é que fique em 8,8%.

Nesta quinta-feira (23), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a inflação em 2023 também deve ficar acima do centro da meta, mas que a instituição atuará para tentar mantê-la abaixo de 4%.

Quando a meta de inflação não é cumprida, o presidente do Banco Central tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

Histórico das metas

Entre 2005 e 2018, a meta de inflação foi mantida em 4,5%. A partir de 2019, o CMN vinha reduzindo em 0,25 ponto percentual a cada ano. O objetivo é direcionar o Brasil para um nível de inflação mais próximo do observado entre os principais países emergentes.

Hoje, o conselho decidiu que a meta para 2025 será a mesma adotada para 2024.

CMN

O Conselho Monetário Nacional tem como função definir as diretrizes da política monetária e de crédito do país.

Integram o conselho: o presidente do Banco Central; o ministro da Economia; e o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia.

Cabe ao conselho decidir, por exemplo:

Meta para a inflação;

Diretrizes para o câmbio;

Normas para funcionamento das instituições financeiras.

As diretrizes estabelecidas pelo CMN precisam ser seguidas pelas instituições financeiras do país. Compete ao Banco Central garantir o cumprimento dessas diretrizes e normas.

Ana Paula Castro e Jéssica Sant'Ana, TV Globo, 23/jun

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Casa 3 Suítes em Natal no Rio Grande do Norte - R$ 950.000,00

 


Ibovespa opera em queda e segue abaixo dos 99 mil pontos

Na terça-feira, o principal índice da bolsa fechou em queda de 0,17%, a 99.684 pontos.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta quarta-feira (22), pressionada pelo clima negativo no exterior em razão de receios com a atividade global.

Às 10h18, o indicador caía 1,22%, a 98.470 pontos. Veja mais cotações.

No dia anterior, a Bolsa fechou em queda de 0,17%, a 99.684 pontos – menor pontuação desde 4 de novembro de 2020 (97.866 pontos). Com o resultado, passou a acumular queda de 10,48% no mês e de 4,90% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

No exterior, o foco permanece na trajetória das taxas de juros para conter a inflação e nos temores de recessão global.

Os temores de uma recessão global têm avançado nos últimos dias, diante da continuidade do processo de aperto monetário nas principais economias do mundo. Segundo os economistas do Citi, os bancos centrais "enfrentam um desafio assustador" ao tentarem reduzir a inflação.

As commodities tinham forte queda nesta quarta-feira. Os preços do petróleo operam em queda de mais de 5% e o do minério de ferro recuou para mínima de 16 semanas.

Por aqui, o foco segue nas discussões sobre medidas para conter a alta dos preços dos combustíveis e nas incertezas sobre o futuro da política de preços da Petrobras. A companhia informou que o Comitê de Elegibilidade da companhia vai se reunir na sexta-feira (24) para analisar a indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência da estatal.

G1, 22/jun

Cobertura 4 Quartos, 2 Suítes no Jardim Oceânico na Barra da Tijuca - R$ 6.000.000,00

 



'Fui demitida com 35 colegas por vídeo': as demissões em massa por startups brasileiras

Sem recursos em meio à alta global de juros, empresas novatas demitem às centenas. Funcionários se sentem desrespeitados pela forma como muitas dispensas coletivas estão sendo conduzidas.

"Era uma empresa bem bacana. A cultura deles era o que chamava mais a atenção. O acesso aos líderes era muito fácil, os benefícios eram bem bons também."

"O único problema era que as mudanças eram muito rápidas, e não eram comunicadas. Um dos valores da empresa era a transparência, mas isso era só no papel. Quando aconteciam as mudanças, a gente era sempre pego de surpresa. Foi exatamente isso que aconteceu com as demissões", conta uma trabalhadora demitida recentemente de uma startup de serviços residenciais.

"Marcaram de última hora uma reunião por vídeo com 36 funcionários. Foi onde eles comunicaram a demissão em massa de todo mundo", diz a ex-funcionária, que optou pelo anonimato.

Segundo ela, o dono da empresa explicou que um grande investimento esperado não aconteceu e, por conta disso, e das mudanças do mercado, a empresa estava mudando seu modelo de negócios.

"É inevitável que você se sinta injustiçada, diminuída, por conta da situação. Ninguém pôde falar nada, porque os microfones foram bloqueados. Então a gente só pôde ouvir e aceitar tudo que estava acontecendo. Faltou transparência e empatia."

A demissão relatada pela trabalhadora é uma de centenas que têm sido feitas nos últimos meses pelas startups brasileiras, em uma onda que afeta também outros países.

Entre as empresas novatas que demitiram em massa recentemente no país estão Facily, Kavak, Vtex, Favo, QuintoAndar, Loft, Olist, Mercado Bitcoin, Zak, Bitso, TGroup, Sami e Sanar. Todas dispensaram dezenas, e em alguns casos até centenas, de funcionários ao longo do primeiro semestre de 2022.

Os trabalhadores demitidos dizem compreender o cenário macroeconômico, as dificuldades enfrentadas pelas empresas e a natureza volátil de negócios novos e inovadores. Mas criticam a forma considerada desrespeitosa como muitas dessas demissões coletivas têm sido conduzidas.

O caso da funcionária demitida por vídeo e em grupo não é isolado.

A startup Zak, de gestão de restaurantes, por exemplo, anunciou para seus funcionários em 13 de maio, em uma reunião por vídeo, que um investidor havia voltado atrás num aporte de recursos e que, por conta disso, a empresa iria demitir 40% do quadro.

Na sequência, os que seriam demitidos receberam convites para reuniões de 20 pessoas, onde os gestores oficializaram as demissões, relatam ex-funcionários.

"Tinha gente que começou na segunda-feira e foi demitida na sexta. E eles estavam fazendo recrutamento ativo, trazendo pessoas de outras empresas. Eu mesma estava em uma empresa há mais de um ano e fui abordada por um recrutador da Zak. Fiquei pouco mais de 30 dias e aconteceu essa demissão em massa", conta uma funcionária demitida que também optou pelo anonimato.

Procurada pela BBC News Brasil, a Zak afirmou em nota que vem sofrendo as consequências de um cenário macroeconômico adverso. "Estamos comprometidos a apoiar todos os colaboradores afetados e reiteramos que esta decisão foi tomada com extremo cuidado e ponderação, e como último recurso", completou a empresa.

Juros em alta e fuga de investidores

Felipe Matos, presidente da Abstartups (Associação Brasileira de Startups), destaca que a onda de demissões coletivas em startups é um fenômeno global, resultado do aumento das taxas de juros pelos governos para combater a inflação.

Além de impactar o balanço entre risco e retorno dos investimentos, a alta de juros também afeta o valor das empresas ("valuation", no jargão de mercado em inglês). Isso porque esse valor é estimado calculando o fluxo de caixa futuro da empresa, descontada a taxa de juros. Assim, quanto maiores os juros, menor a avaliação das companhias.

O aumento dos juros também implica em desaceleração da atividade econômica, já que fica mais caro para famílias e empresas tomarem empréstimos para consumir e investir. Com isso, a própria geração de caixa das empresas é prejudicada e muitos planos de crescimento precisam ser revistos.

"É basicamente por isso que temos visto essa onda de demissões", diz o representante. "Ninguém sabe exatamente quanto tempo esse ciclo vai durar, nem o quão profundo ele será, se viveremos uma crise maior. É difícil prever, mas as empresas estão se preparando, congelando investimentos e conservando caixa para atravessar essa fase em que se espera que haverá menos capital disponível."

Para Matos, o desconforto de trabalhadores com a forma como algumas demissões em massa têm sido conduzidas está relacionado à própria natureza da demissão coletiva por questões econômicas ou de reestruturação das empresas.

"É um problema de qualquer demissão em volume. Uma coisa é demitir alguém por questão de performance, em que a pessoa recebe um feedback [retorno], existe uma avaliação. Essa é uma demissão que está dentro do esperado. Quando vem uma crise e a empresa precisa cortar, muitas vezes ela corta pessoas que têm um bom desempenho. Isso sempre vai causar desconforto."

'Me senti descartado, foi humilhante'

Desconforto é pouco para descrever o que sentiu o carioca Vinicius Mota ao ser demitido da Kavak, startup de revenda de carros usados.

"Me senti usado e descartado. Ser mandado embora é normal, todo contrato uma hora chega ao fim. Mas a forma como foi conduzido foi humilhante. Não só para mim, mas para 90% dos colaboradores", diz o técnico em manutenção automotiva de 28 anos.

Mota, que trabalhou por cinco meses como inspetor de qualidade na Kavak até ser demitido, conta que os funcionários já vinham percebendo uma queda de movimento nas vendas, mas eram repetidamente assegurados pela gerência de que estava tudo bem e dentro do planejado.

Em 6 de maio, a empresa inclusive realizou um grande evento no Rio de Janeiro, reunindo toda a equipe com um farto café da manhã e assegurando que ninguém seria demitido, relata.

Os cerca de 50 funcionários reunidos dentro da loja tiveram que aguardar por quase uma hora, cercados por seguranças, sendo impedidos de bater o ponto, tomar café ou ir ao banheiro sem acompanhamento, lembra o técnico em manutenção.

Objetos e carros haviam sido retirados da loja, o que fez os trabalhadores — a maioria de operação e vindos de bairros populares do Rio — sentissem que havia um temor de que eles pudessem roubar ou destruir algo, embora naquele momento ainda fossem funcionários da empresa.

Por fim, os funcionários foram divididos em grupos de 12 a 15 pessoas e a demissão feita através da leitura — por gerentes que não eram os gestores diretos dos demitidos — de uma carta formal, que dizia que a estratégia da empresa havia mudado.

Estima-se que a empresa tenha demitido 300 pessoas no Rio e em São Paulo nesse último mês, mas a Kavak não confirma o número oficial. Procurada pela BBC News Brasil, a assessoria de imprensa da empresa respondeu em nota que "a Kavak prefere não comentar".

Mota conta que alguns colegas pensam em entrar com processo contra a empresa por assédio moral no momento da demissão. Ele se concentra na busca por um novo emprego, mas quer agora ficar longe de startups. "Prefiro passar longe, como profissional eu não confio mais", afirma.

O que diz a legislação sobre demissões coletivas

Ricardo Calcini, professor de direito do trabalho na FMU, observa que, após a reforma trabalhista de 2017, a demissão individual e a coletiva passaram a ser consideradas equivalentes, sendo dispensada autorização prévia por parte do sindicato profissional.

Em 8 de junho deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) ratificou esse entendimento, mas estabeleceu que os sindicatos devem ser comunicados sobre dispensas coletivas.

Nas startups, que são empresas jovens, com alta rotatividade e onde os trabalhadores em geral não estão ligados a sindicatos, Calcini avalia que acaba prevalecendo o texto da reforma trabalhista.

"Sem representatividade [sindical], com número reduzido de funcionários e um giro grande, quando o Supremo fala que tem que comunicar o sindicato, para as startups ficou algo vazio", afirma.

O especialista lembra que os dispensados em demissões coletivas têm todos os direitos normais de uma demissão: aviso prévio de 30 dias indenizado, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), liberação das guias para saque do FGTS e saldo de salário.

Quanto à possibilidade de ir à Justiça por situações abusivas no momento da demissão, Calcini afirma que é preciso avaliar caso a caso.

'Responsabilidade emocional'

Marina Proença, cofundadora da Favo, startup de venda direta de produtos de supermercado para a classe C, passou pela experiência da demissão coletiva neste início de junho, mas na outra ponta.

Com a decisão da empresa de encerrar atividades no Brasil e focar no negócio peruano, a empreendedora demitiu em um dia 171 funcionários diretos e comunicou a suspensão da operação brasileira aos mais de 7 mil representantes comerciais e 40 motoristas parceiros.

As conversas foram feitas por vídeo, pois a empresa não tem escritório, e tiveram duração de 5 a 10 minutos cada, com espaço para os demitidos falaram o que quisessem. Alguns grupos pediram para ter conversas mais longas posteriormente.

Aos funcionários diretos, o plano de saúde e o vale alimentação foram estendidos por alguns meses e os computadores e celulares, oferecidos para compra por valores reduzidos.

Para os representantes comerciais com situação de renda mais crítica, foi criado um plano de "desmame" com a manutenção da operação reduzida por mais 30 dias. A empresa também tenta ajudar na recolocação de funcionários, representantes comerciais e motoristas, inclusive através de parcerias com empresas concorrentes.

A empresa criou ainda uma lista oficial de talentos para apresentar seus funcionários a possíveis novos contratantes. A lista foi publicada no site Layoffs Brasil, criado pelo carioca João Gabriel Santos, de 21 anos, para ajudar na recolocação dos demitidos em massa por startups.

"Eu fiquei com muito medo, tanto de fazer as demissões, como de avisar os vendedores. Porque é muito triste, as pessoas doam muito do seu afeto. Mas combinamos de ser extremamente transparentes, apesar da dor", diz a fundadora.

É possível demitir em massa de maneira humanizada?

Para Rafael Souto, especialista em recursos humanos e presidente da Produtive, consultoria especializada em recolocação no mercado de trabalho, a demissão não deve ser encarada pelas empresas como um evento isolado, mas como um processo, que requer preparo dos gestores.

"A demissão pode ser feita por vídeo, mas não pode de forma alguma ser feita de forma coletiva", diz o consultor.

Segundo Solto, a comunicação individualizada é importante também para que a pessoa seja orientada adequadamente sobre os próximos passos — como a entrega de documentos necessários ao processo de demissão —, que devem ser apresentados em uma sequência organizada.

Quanto a benefícios adicionais ao mínimo legal estabelecido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o consultor explica que eles podem ser de três tipos: bônus em dinheiro; extensão de benefícios como plano de saúde, vale alimentação e auxílio educação; e apoio à recolocação.

"A demissão tem vários envolvidos: o desligado, os familiares, a sociedade e os empregados que ficam", diz Souto.

BBC, 21/jun

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Apartamento 1 Suíte próximo à praia da Barra da Tijuca



Saiba quem é Fernando Borges, que assume interinamente a presidência da Petrobras

Diretor executivo de Exploração e Produção da companhia foi escolhido para comandar a empresa até que novo presidente seja nomeado. José Mauro Coelho pediu demissão após cerca de um mês sofrendo pressão do governo.

A Petrobras será comandada, interinamente, pelo atual diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges. A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (20) pouco depois de anunciada a saída de José Mauro Coelho, que pediu demissão da Presidência e do Conselho de Administração da estatal.

Conforme comunicado da Petrobras protocolado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Borges ficará no comando da companhia até que seja eleito e empossado um novo presidente na estatal.

O provável substituto de Coelho é Caio Paes de Andrade, secretário de Desburocratização do Ministério da Economia. Ele foi indicado ao cargo pelo pelo governo há um mês, mas a troca esbarrou nos trâmites legais definidos para a substituição.

Funcionário de carreira, Fernando Borges trabalha na Petrobras há quase 40 anos, tendo ocupado diversas funções gerenciais na área de Exploração e Produção, incluindo a Gerência Executiva de Libra e a Gerência Executiva de Relacionamento Externo.

Entre 2016 e março de 2020, Borges também atuou como Diretor no Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e desde abril de 2016 exerce, por indicação da Petrobras, a função de Diretor da Associação Brasileira de Empresas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás (ABEP).

Presidência da Petrobras no governo Bolsonaro

A Presidência da Petrobras ficou vaga no começo da manhã, quando foi formalizada a saída de José Mauro Coelho, que pediu demissão do cargo após cerca de um mês de constante pressão do governo. Ele foi o terceiro executivo a deixar a presidência da estatal no governo de Jair Bolsonaro

Coelho, que tomou posse em 14 de abril, comandou a Petrobras por 68 dias - foi o 2º menor tempo de gestão da estatal desde o fim da ditadura militar - e foi o terceiro executivo na Presidência da Companhia no governo Jair Bolsonaro.

A saída dele era aguardada desde o dia 23 de maio, quando o Ministério de Minas e Energia anunciou que seria realizada a terceira troca no comando da empresa. Na ocasião, a pasta alegou que "diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos".

Os dois executivos que antecederam José Mauro na presidência da Petrobras - Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna - também deixaram o comando da estatal diante pressão do próprio governo por conta da alta de preços dos combustíveis.

A política de preços da Petrobras segue a mesma adotada em 2016 pelo governo Michel Temer. Ela é submetida ao critério de paridade internacional, o que significa que os preços dos combustíveis levam em consideração a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e, também, as oscilações do dólar.

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, cobrou dos três executivos nomeados por ele para o comando da Petrobrasque os preços dos combustíveis fossem contidos. Já de olho na reeleição, ele elevou o tom das críticas e chamou de "estupro" o lucro da estatal e pressionou a empresa a não aplicar reajustes.

Daniel Silveira, G1, 20/jun

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Cobertura 3 Quartos, 2 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 2.800.000,00



TikTok faz migração de dados de usuários para a Oracle, diz agência

Movimentação acontece após quase dois anos de a companhia americana aparecer como interessada na compra do app desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva que proibia 'transações' com a chinesa ByteDance.

O TikTok fez a migração completa dos dados dos usuários norte-americanos nos Estados Unidos para a Oracle, informou a agência Reuters nesta sexta-feira (17).

Há quase dois anos, a companhia americana apareceu como uma das interessadas na compra de parte do app desde que o então presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva que proibia "transações" com a chinesa ByteDance, desenvolvedora do TikTok, ameaçando banir a rede social do país caso ela não fosse vendida.

O governo Trump dizia que as empresas ameaçam a segurança nacional e poderiam passar os dados dos usuários para a China — algo que o país e as companhias negam.

Segundo a agência Reuters, a Casa Branca ainda não fez nenhum comentário sobre a movimentação.

Em 2020, quando a Oracle se mostrou interessada na ação, Trump disse aos repórteres na Casa Branca que daria sua "bênção" ao negócio, que atenderia às suas preocupações com a segurança nacional. O TikTok tem mais de 100 milhões de usuários no país, e autoridades americanas haviam expressado preocupação com a captação e uso de dados pela China.

"A segurança será 100%. Conceitualmente, é um bom negócio para os Estados Unidos", afirmou Trump na época. "Dei minha bênção ao acordo."

Quem é a Oracle

Pouco conhecida entre os consumidores, a Oracle atua em soluções corporativas.

Fundada em 1970, ela é referência no gerenciamento de bancos de dados e servidores para empresas, escolas e governos – incluindo o dos EUA.

A empresa também atua na infraestrutura de servidores na nuvem e na área de inteligência artificial.

Avaliada em US$ 180 bilhões, ela é concorrente de gigantes como Microsoft e Amazon no segmento de servidores na nuvem, e de companhias como SAP e Salesforce na área de bancos de dados.

No anúncio da "parceria tecnológica" entre ByteDance e a Oracle, a companhia americana afirmou que seria uma "provedora confiável de tecnologia" para o TikTok.

G1, 17/jun

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Cobertura Duplex, 3 Quartos, 1 Suíte próximo à praia da Barra da Tijuca - R$ 2.640.000,00



Setor público deixa de ser maior contratante de obras de infraestrutura no país, diz IBGE

Em 2020, setor privado alcançou sua maior participação nas obras de construção realizadas no país.

A indústria da construção no Brasil sofreu mudanças estruturais na última década, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alteração mais expressiva foi a perda de participação do setor público no segmento de infraestrutura.

Os dados são de 2020 e fazem parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção, que chega à sua 30ª edição. Segundo o levantamento, o setor privado alcançou, naquele ano, sua maior participação no setor como um todo, respondendo por 70,2% de toda as obras realizadas no país – em 2011, esse percentual era de 61,5%.

O setor privado ganhou participação nos três segmentos da construção, sendo o avanço mais expressivo na comparação com 2011 foi observado no segmento de infraestrutra – passou de 42,1% para 50%.

Ou seja, em dez anos o setor público perdeu 7,9 pontos percentuais (p.p.) de participação no segmento de infraestrutura, deixando de ser o seu maior contratante.

Setor público e privado responderam, em 2020, por metade, cada um, das obras de infraestrutura no país. Até então, somente em 2015, quando o país estava tomado de obras em razão das olimpíadas, as empresas privadas haviam superado o governo na contratação de obras de infraestrutura.

O setor privado ganhou participação, também, nos outros dois segmentos do setor, o de Construção de edifícios (passou de 75,6% em 2011 para 82% em 2020) e o de Serviços especializados para construção (passou de 78% para 79,4% no período).

“Historicamente, Construção de Edifícios e Serviços especializados para a construção são mais focados no setor privado, e o setor público é mais presente em obras de infraestrutura, mas, mesmo neste segmento, o setor privado tem crescido em participação”, apontou o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.

Outra mudança estrutural observada no setor ao longo da última década ocorreu na chamada concentração de mercado. Em 2011, as oito maiores empresas da construção representavam 11,0% do total do setor, enquanto em 2020 passaram a responder por 4,8%, uma redução de 6,2 p.p.

A redução da concentração de mercado foi observada nos segmentos de infraestrutura – recuou de 25,3% para 10% - e de construção de edifícios – caiu de 8,7% para 7%. Já o segmento de Serviços especializados para construção apresentou um aumento da concentração, passando de 4,7% para 7,2%.

Pouco impacto negativo da pandemia

Ao comparar os resultados da indústria da construção de 2020 com os de 2019, observa-se que o setor passou a ter mais empresas e a ocupar mais trabalhadores. Esses dados evidenciam que o setor não sofreu tantos prejuízos quanto o setor de serviços, por exemplo, que levou tombo histórico naquele ano.

“Apesar dos efeitos gerais negativos da pandemia, o setor de construção teve um desempenho diverso. Decretos federais, estaduais e municipais incluíram a construção no rol de atividades essenciais, possibilitando a continuidade das obras durante a pandemia. Políticas públicas de estímulo à economia e de subsídios para a manutenção de empregos podem ter minimizado os efeitos da crise”, resume Miranda.

A indústria da construção chegou ao final de 2020 com cerca de 131,8 mil empresas ativas, aproximadamente 6,7 mil a mais que em 2019 – em relação a 2019, o que corresponde a um aumento de 5,3%,3%. Na comparação com 2011, o número de empresas ativas aumentou em 41,2%.

Cerca de 2 milhões de pessoas trabalhavam na construção em 2020, aproximadamente 71,8 mil a mais que no ano anterior, o que corresponde a um aumento de 3,8% no período.

Dentre os três segmentos do setor, o de infraestrutura foi o que registrou maior aumento percentual na ocupação (10,9%) na comparação com 2019, enquanto de construção de edifícios, por sua vez, viu o número de ocupados crescer 4,9%. Já o segmento de serviços especializados da construção registrou queda de 3,3% no número de pessoal ocupado.

Ainda na análise entre os três segmentos do setor, o de infraestrutura foi o que mais pagou em volume de salários, respondendo por 37,1% do total, enquanto a fatia de Construção de edifícios ficou em 32,3%. Já a remuneração dos Serviços especializados para construção ficou com 30,6%.

Nível salarial é o menor da série

A despeito do aumento do número de empresas e de trabalhadores ocupados, o setor de construção registrou, em 2020, o nível salarial mais baixo da série histórica da pesquisa.

Entre 2019 e 2020, o salário médio mensal da indústria da Construção passou de 2,3 para 2,2 salários mínimos. Obras de infraestrutura teve a maior remuneração (2,6 s.m.); enquanto Construção de edifícios e Serviços especializados para construção pagaram 2,0 s.m., em média, em 2020.

“O ano de 2020 teve os menores salários da série histórica”, enfatizou o analista da pesquisa.

Dados Regionais

A região Sudeste continua sendo a principal em número de pessoal ocupado e em valor de incorporações, obras e/ou serviços.

“Por unidade da federação, de 2011 a 2020, o principal destaque é Rondônia cuja participação caiu de 27,6% para 6,9%, devido ao fim das obras das grandes hidroelétricas do Rio Madeira. Já Pará (de 33.9% para 52,3%) e Amazonas (de 19,7% para 23,9%) ganham participação”, ressalta Miranda.

Na Região Nordeste, o destaque foi a perda de participação de Pernambuco, de 25,7% para 16,0%. No Sudeste, São Paulo continua sendo a principal UF, com participação de 55,5%, que se manteve estável.

“Mas houve uma perda forte de participação do Rio de Janeiro, que deixou de ser o segundo maior estado da região, caindo de 21,6% para 14,6% e perdendo a posição para Minas Gerais (25,6%)”, completou o pesquisador.

Na Região Sul, não houve mudança estrutural; enquanto no Centro-Oeste, houve perda de participação de Brasília, de 32,9% para 26,9%, e ganhos de participação de 15,6% para 22,7% em Mato Grosso e de 35,9% para 37,4% em Goiás.

Daniel Silveira, G1, 15/jun