quinta-feira, 30 de abril de 2020

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Lagoa - R$ 900.000,00




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Construtoras recorrem a novas formas de negócios


O setor de incorporação vem buscando novas formas de estimular vendas de imóveis diante da queda da comercialização decorrente da piora do cenário pela pandemia de covid-19. Aumento das possibilidades virtuais para conhecimento dos produtos pelos clientes e fechamento online do negócio, retomada das campanhas de descontos e facilidades de pagamento, e até mesmo lançamentos pela internet fazem aporte das alternativas das quais as incorporadoras lançam mão neste ambiente de crise.

No dia 23, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) lançaram a campanha "Vem Morar", com benefício mínimo de R$ 3 mil das empresas aos clientes, sob forma de desconto no valor do imóvel ou, por exemplo, de pagamento pelas empresas de parcelas do condomínio.

Com duração de 60 dias, a iniciativa inclui incorporadoras que informarem interesse à Caixa Econômica Federal. Conforme o pacote anunciado pela Caixa em 9 de abril, os clientes terão seis meses de carência para pagar a primeira prestação.

A MRV Engenharia, maior incorporadora do país, é uma das que já aderiram ao "Vem Morar". Em seu site, a companhia informa que oferece descontos de até R$ 15 mil nos imóveis concluídos e semiprontos. Em janeiro, a MRV fez piloto de lançamento digital. A empresa, que lançou 19 empreendimentos nesse formato no primeiro trimestre, não informa os números de abril. Com a mudança do cenário, em março, a apresentação virtual de projetos foi acelerada.

A Direcional Engenharia, que assim como a MRV tem no Minha Casa, Minha Vida seu principal negócio, possui campanha online com possibilidade de quem fechar a compra de unidade até 31 de maio pagar a primeira parcela à incorporadora em agosto. A empresa vai aderir à campanha "Vem Morar". Para unidades voltadas às rendas média e alta, a Direcional oferece descontos até o fim de maio. No dia 18, a incorporadora fez seu primeiro lançamento virtual, um projeto da faixa de 1,5 do programa.

A Cyrela, com atuação principal no segmento de médio e alto padrão, aposta, além do tour virtual no apartamento decorado, na possibilidade de "live" para e resolução de dúvidas do contrato e discussões com o cliente.

Outra incorporadora com produtos direcionados para as rendas média e alta, a Mitre Realty já tinha adotado o sistema de contrato virtual. Com a crise, reforçou as ferramentas digitais para estimular vendas 100% online e a finalização de processos de comercialização iniciados antes do isolamento social. Há expectativa que, a partir de 11 de maio, as incorporadoras sejam autorizadas a agenda visitas de clientes aos estandes, na cidade São Paulo, o que tende a contribuir para a concretização dos negócios.

A TPA Empreendimentos, que atua principalmente na incorporação de imóveis compactos, tem campanha de venda de unidades no Centro da capital paulista com entrada a partir de R$ 1 mil e possibilidade de pagamento do valor restante do sinal em 30 dias. Com unidades a partir de R$ 249 mil, a iniciativa vai até 31 de maio.

Até domingo, a Lopes realiza seu 1º Salão Online de Imóveis, abrangendo 80 empreendimentos do Estado de São Paulo, com "preços e condições de pagamento super atrativos", segundo a maior rede de imobiliárias do país. A Lopes informou que, em função do fechamento dos estandes de vendas e do isolamento social, buscou novas formas de "se conectar com os clientes". Os interessados podem realizar tour virtual, visita virtual, negociação online e assinatura digital.

A Abyara São Paulo, empresa da rede de imobiliárias Brasil Brokers, está realizando o Abyinvest, um feirão online com foco em investidores "preocupados em preservar patrimônio", e o Abyara Casa Fácil, restrito a unidades do programa habitacional e integrado à campanha "Vem Morar". A Brasil Brokers tem em curso também iniciativas de venda de estoques de incorporadoras, com desconto, no Rio de Janeiro, em Niterói (RJ) e no interior de São Paulo.

A imobiliária Apê11, que cobra R$ 15 mil fixos na venda de imóveis independentemente do perfil da unidade, sentiu forte queda dos atendimentos, no início da quarentena, mas opera, atualmente, com 90% de sua capacidade normal. As visitas aos imóveis foram substituídas por interações virtuais, como vídeos feitos pelos proprietários. O patamar de visitações, que chegou a ter queda de 75%, no período de 22 a 28 de março, está 40% inferior ao normal. A startup atua na cidade de São Paulo.

Incorporadoras ouvidas pelo Valor informam que, após o início da crise, os bancos mantiveram os mesmos critérios de análise dos repasses dos recebíveis dos clientes. O repasse dos recebíveis dos clientes aos bancos ocorre na planta, no caso de unidades enquadradas no Minha Casa, Minha Vida, e, após a entrega das chaves, em se tratando de imóveis destinados à média e à alta renda. Segundo a MRV, o repasse para a Caixa prossegue normalmente.

De acordo com o superintendente financeiro da Trisul, José Sayeg, a companhia repassou 150 unidades em abril, número que o executivo considera "ótimo", mas que poderia ser ainda maior se os bancos não estivessem funcionando em sistema de "home office". "No começo da pandemia, os bancos estavam mais lentos por causa do contingente reduzido de pessoas, mas os repasses não deixaram de ocorrer", diz Sayeg.

O diretor financeiro e de relações com investidores da EZTec, Emilio Fugazza, também afirma que essas operações estão "ótimas", com os bancos "se esforçando bastante". Fugazza ressalta, porém, que falta as instituições financeiras diminuírem as taxas cobradas do financiamento imobiliário, acompanhando a redução da Selic para o menor patamar histórico. 

"Não podemos deixar de pensar que o comprador espera que esta queda se reflita também no financiamento imobiliário", diz o executivo da EZTec. A empresa está testando alternativas para estimular vendas, mas ainda não divulga suas estratégias.



Valor Econômico, Chiara Quintão, 30/abr

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Casa Triplex, 3 Quartos (Suíte) em Jacarepaguá - R$ 500.000,00




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Venda de imóveis será incentivada por juros baixos, diz setor imobiliário


A venda e compra de imóveis em todo o país deve retomar o ritmo de crescimento até o final do ano. Apesar de o cenário ser ainda muito incerto em relação ao retorno da atividade econômica, especialistas do setor imobiliário se mostram otimistas e acreditam que a crise não deve penalizar fortemente o setor. 

Basilio Jafet, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), afirma que não ainda não é possível mensurar o impacto da pandemia de coronavírus (covid-19) no setor.

Mensalmente, o Secovi-SP divulga uma pesquisa sobre as vendas de novas unidades residenciais na capital paulista. Os dados de março ainda não foram apresentados, mas é esperado que o resultado seja bem inferior aos dados de janeiro e fevereiro deste ano. "A compra de um imóvel é uma enorme responsabilidade. As visitas as unidades caíram 70%, o que é supercompreensível. Ninguém compra um imóvel sem poder visitar." 

Se as visitas físicas caíram, a busca online por imóveis registraram um aumento expressivo. No Imovelweb, site de compra e aluguel de imóveis, houve um aumento na busca por imóveis de 68% nesta última semana de abril, frente ao mesmo período de março. 

Para Tiago Galdino, diretor financeiro do Imovelweb, este aumento não significa que negócio será fechado rapidamente, mas é um forte indicador no processo do ciclo da compra de um imóvel.  "Nas primeiras semanas de março, houve uma queda de 33% nas buscas de imóveis no portal porque ninguém saiba o que iria acontecer. Já em abril, nota-se um início de recuperação." 

Juro e estoque baixos

A possível recuperação do setor imobiliário se deve principalmente pela taxa de juros estar no menor patamar da história. Com a Selic em 3,75% ao ano, as taxas de financiamentos imobiliários variam de 6,5% ao ano até 8% ao ano nos grandes bancos, o que é considerado bem atrativo ao consumidor. 

A Caixa também anunciou uma carência de seis meses (180 dias) para o início do pagamento das prestações de financiamento de imóveis novos para todas as linhas de crédito habitacional do banco. "Quem está empregado e já pensava comprar o imóvel, a oportunidade é agora. Se a Selic subir, o juro do financiamento imobiliário sobe também", acrescenta Galdino.

Somado a isso, atualmente, o mercado imobiliário apresenta um estoque baixo de imóveis. Em São Paulo, por exemplo, em fevereiro, o número de imóveis em estoque (aqueles que não foram vendidos até três anos após o lançamento) era de 30.750. Em dezembro do ano passado, o estoque era de 34.019. 

Com a oferta baixa de imóveis, a expectativa é que não haja queda no preço do metro quadrado, Além disso, Jafet acrescenta que incorporadoras estão capitalizadas e com menos dívidas. "Os lançamentos foram postergados e os custos que envolvem a construção de um imóvel subiram nos últimos dois anos."



Exame online, Karla Mamona, 28/abr

terça-feira, 28 de abril de 2020

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 520.000,00




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Pesquisa aponta alta no aluguel de imóveis do Rio, antes da crise do Coronavírus


O Rio de Janeiro registrou aumento de 1,9% no valor de locação dos seus imóveis no primeiro trimestre de 2020, isto é, antes das medidas de isolamento social provocadas pela pandemia da Covid-19. É o que aponta um estudo realizado pelo Imovelweb, um dos três mais conceituados portais de imóveis do país; o site traz todo tipo de informações sobre o mercado imobiliário assim como anúncios de imóveis para locação e venda. Especialistas do mercado imobiliário informam, porém, que após a pandemia a queda nos negócios foi "vertiginosa".

Após alta de 1,1% no mês de março, o aluguel médio de um imóvel padrão (65m², 2 dormitórios e 1 vaga de garagem) na cidade maravilhosa ficou no patamar de R$ 1.764,00/mês. Contudo, em todo o ano de 2019 foi observada uma queda de 1%.

Como já é de praxe, a região mais cara para alugar imóveis na cidade é a Zona Sul, com média de R$ 2.603,00/mês. Em seguida vem o Centro (R$ 1.965,00/mês) e, completando o pódio, Barra da Tijuca e Baixada de Jacarepaguá (R$ 1.408,00/mês). Os valores de aluguel mais acessíveis estão nas Zonas Oeste e Norte, nas regiões da Grande Bangu e do Grande Méier, com valores médios de aluguel em torno de R$ 956,00/mês, R$ 999,00/mês e R$ 1.194,00/mês, respectivamente.

Para Wilton Alves, da Sergio Castro Imóveis, os números não causaram surpresa. "Vínhamos notando antes da pandemia um aumento na procura de imóveis para aluguel nestas regiões, e uma subida de preços. A Zona Sul liderando em valorização, e Santa Teresa, Gamboa e Laranjeiras liderando no número de negócios concluídos em nossa carteira residencial. Infelizmente o caso é oposto agora: a queda vertiginosa na procura de imóveis ocasionou uma queda de preços, que provavelmente vai se demonstrar na pesquisa do próximo trimestre", lamentou o veterano executivo de administração de imóveis.

No quesito valorização, o levantamento mostrou que, nos últimos 12 meses, o bairro com o maior aumento no valor do aluguel foi o Catete, na Zona Sul (R$ 2.696,00/mês), com índice de 14%. Seguido de Cachambi, na Zona Norte (R$ 1.320,00/mês) e Santa Teresa, no Centro (R$ 2.246,00/mês), que registraram crescimento de 13%. Especialistas atribuem o fato à queda nos índices de violência em Santa Teresa, bairro que recebeu diversos novos negócios nos últimos meses antes da pandemia.

Por outro lado, o Engenho de Dentro, na Zona Norte (R$ 1.206,00/mês), foi o que mais sofreu queda no preço médio de locação, no mesmo período, tendo uma desvalorização de 19%. Vargem Grande (R$ 1.367,00/mês) e Camorim (R$ 1.578,00/mês), ambos na Zona Oeste, aparecem em seguida, com baixa de 13%.

Veja os bairros onde estão os alugueis mais caros e baratos na cidade do Rio

A pesquisa se baseia na rentabilidade imobiliária, fator que avalia se o investimento feito na compra do imóvel terá um retorno rápido ou mais demorado. No mês de março, a média da rentabilidade anual da cidade do Rio ficou em 4,4%, sendo necessários 22,6 anos de aluguel para rever o valor aplicado na aquisição do imóvel. Tempo 4,5% menor que há um ano.

Os bairros de Senador Vasconcelos, na Zona Norte (7,4%), Santo Cristo, no Centro, (7,4%), e Vila Valqueire, na Zona Oeste (6,3%), foram apontados como os mais atrativos do Rio. Gávea (3,0%), Lagoa (3,1%) e Jardim Botânico (3,2%), na Zona Sul, são os locais com a rentabilidade mais baixa.

Após uma leve alta no mês de janeiro, o valor médio do m² voltou cair, e apresentou, em março, uma desvalorização de 0,9%, ficando no patamar de R$ 7.655,00/m². Porém, o primeiro trimestre do ano revela uma queda 0,7% no preço dos imóveis da cidade do Rio de Janeiro. Enquanto nos últimos 12 meses a baixa foi de 3,9%.

A Zona Sul apresenta o m² mais caro da cidade, com média de R$ 12.917,00/m². Seguido de Centro (R$ 6.332,00/m²) e Grande Tijuca (R$ 6.112,00/m²). Do outro lado da tabela, zonas Oeste (R$ 3.146,00/m²), Grande Bangu (R$ 3.174,00/m²) e Norte (R$ 3.767,00/m²) são as mais econômicas.

O estudo, realizado mensalmente, também aponta como foi a evolução do m² no último ano. Os bairros que se destacaram com os maiores índices de alta foram: Encantado (18%), Bento Ribeiro (15%) e Gamboa (14%), apresentando médias de R$ 4.728,00/m², R$ 4.301,00/m² e R$ 4.751,00/m², respectivamente. Já Inhaúma (R$ 3.777,00/m²), Rocinha (R$ 9.749,00/m²) e Cacuia (R$ 4.532,00/m²) foram as áreas mais desvalorizadas nesses últimos 12 meses, com quedas de 19%, 16% e 14%, nesta mesma ordem.



Diário do Rio, Altair Alves, 27/abr

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Sala Comercial no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.100,00




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Pandemia ameaça derrubar PIB da construção em 10%


O PIB da construção deve levar um tombo que pode chegar a 10% neste ano, após uma tentativa de retomada em 2019, quando cresceu 1,6%. Nos cinco anos anteriores, de 2014 a 2018, período que combinou profunda recessão e lenta retomada da economia, o setor registrou queda de 30%.

Agora, os efeitos da recessão provocada pela pandemia de covid-19 - como desemprego, queda de renda e restrição de crédito - devem afundar os números da construção mais uma vez, em especial os relativos ao mercado imobiliário, o segmento responsável pela retomada que se iniciava.

Antes a expectativa era de um crescimento entre 2% e 4% para 2020, puxado pelo mercado imobiliário, por causa da queda dos juros e do aumento do crédito, fatores que superariam o fato de o governo não ter recursos para investir na área de infraestrutura. "Agora a incerteza supera o benefício da queda da Selic", diz Pessoa. 

Outro fator ainda não mensurado, mas que pode influenciar na retração do setor, segundo Pessoa, é a grande destruição de riqueza no mercado financeiro nas últimas semanas, de pessoas que estavam investindo em ações, por exemplo. O quadro político volátil também não ajuda. O economista cita como exemplo a coletiva para anunciar investimentos em infraestrutura sem a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), os segmentos chamados autoconstrução e autogestão, obras de reformas tocadas por famílias, assim como as pequenas empresas do setor, são os que devem sofrer mais. Cerca de 48% do PIB da construção vêm dessas obras e de pequenas empreiteiras. Para elas devem pesar o aumento do desemprego e a forte queda de renda provocada pela pandemia.

Segundo Ana Maria, com exceção de alguns Estados onde o setor teve que parar por causa das medidas de isolamento, as obras que estavam em andamento continuam a ser tocadas. "O problema são as obras que estão para começar. A demanda também será um problema", diz a economista, observando a grande insegurança entre consumidores e investidores. Ela cita a queda recorde no indicador de confiança do setor medido pelo Ibre em abril.

"Na infraestrutura, a incerteza também não ajuda nas concessões", diz. Na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou que o cronograma de projetos do governo vai ser mantido, que as obras públicas já previstas no Orçamento vão ser viabilizadas. Mas é pouco, avalia. "Esse cenário claramente interrompe um ciclo de retomada da construção".

O Ibre/FGV estima queda de 7,2% no PIB da construção em 2020 e recuo de 3,4% no PIB total. Todas as estimativas nesse momento são muito preliminares, mas o baque deve ser grande. 
O estrago vai ser considerável. E, depois, não vai ser uma recuperação rápida. Daí o investimento público ser fundamental", diz.

Nesse ponto, Igor Rocha, diretor de planejamento e economia da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), afirma que seria fundamental o setor público ter projetos qualificados de infraestrutura, obras multiplicadoras de receita, produtividade e empregos. "É preciso investir maciçamente nisso. São obras como portos, aeroportos, programas habitacionais, hospitais". Segundo o economista, a cada R$ 1 bilhão investido na área 20 mil empregos são criados.

Na área de concessões, Rocha avalia que os melhores projetos já foram leiloados, os que sobraram neste momento são pouco atrativos. "E concessão não é anticíclica. O apetite de investidores secou, em especial os internacionais", diz ele.

Assim, a política fiscal, segundo Rocha, deveria ser usada para elevar o investimento em infraestrutura, num momento em que o setor privado está contraído e o consumo das famílias, outro vetor de crescimento da economia, será duramente afetado. O impacto positivo gerado ao longo do tempo em termos de receitas ajudaria a manter controlada a dívida pública. No fiscal, o que importa é a curva de endividamento, e não a fotografia do momento em si.

Os bancos públicos também poderiam atuar fomentando esse tipo de investimento. "Os bancos públicos não atuam como antes. O BNDES está muito focado em micro e pequenas empresas", diz.



Valor Econômico, Ana Conceição, 27/abr

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Apartamento 3 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 550.000,00




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Construção sofre mais


Redução da demanda e paralisação das atividades são os principais fatores que contribuem para que empresários sintam com força os efeitos negativos da crise do novo coronavírus nos seus negócios, aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). 

Responsável pelas tradicionais sondagens mensais de confiança junto a consumidores e setores produtivos, o Ibre incluiu no seu levantamento de abril perguntas adicionais para medir os impactos da pandemia. Foram consultados 1.731 consumidores e 2.987 empresas até 17 de abril. 

Grande parte das companhias disse perceber os reflexos negativos causados pela crise, mas o impacto negativo ou muito negativo registrou relato maior (94,3%) no setor de construção. Em seguida estão as empresas prestadoras de serviços (91,7%), principalmente aquelas ligadas a alojamento, serviços de transporte rodoviário e obras de acabamento. 

No comércio, os segmentos mais impactados também são veículos, tecidos, vestuário, calçados, móveis e eletrodomésticos, com mais de 90% das empresas desses grupos afirmando que são afetadas negativamente. Entre as exceções, relatam reflexos positivos segmentos de alimentos, fabricação de produtos alimentícios, supermercados, fabricação de produtos farmacêuticos e de plástico e serviços da construção ligados a hidráulica, ventilação ou refrigeração.



Valor Econômico, Brasil, 23/abr

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 840.000,00




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Bancos negociam alternativa de socorro a construtoras


Os bancos avaliam alternativas para socorrer, individualmente, as construtoras que foram afetadas pelo fechamento de estandes de vendas e restrições às obras na crise do novo coronavírus. A discussão está na Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Os bancos privados consideram alternativas como antecipar recursos para obras e flexibilizar as vistorias nos canteiros neste período. Essas medidas podem injetar um fôlego no setor, uma vez que o crédito contratado para construção normalmente só é liberado após a verificação do andamento das obras. 

Apesar da disposição em negociar, os bancos privados descartam a formatação de um pacote amplo de apoio nos mesmos moldes do anunciado dias atrás pela Caixa Econômica Federal. 

Não convidadas. As construtoras ficarão de fora da lista de setores que receberão o socorro de bilhões de reais que está sendo discutido pelo consórcio que engloba os maiores bancos do País e é encabeçado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O entendimento é de que o setor de construção civil tem condições de suportar a crise e que poderá retomar futuramente a venda dos imóveis parados no estoque.

Vamos com calma. A leitura dos bancos é a de que não adianta ter uma visão top-down, ou seja, de cima para baixo para todos os setores econômicos que precisam de apoio nesta crise. No caso das construtoras, cada uma tem uma série de empreendimentos organizados em sociedades de propósito específicos (SPEs), com características individuais em termos de lucro, endividamento, caixa e compromissos.

Vestindo a camisa. Além disso, as linhas de crédito para o mercado imobiliário estão concentradas na Caixa - que já adotou medidas de ajuda, diferente de outros setores. O banco, que detém 70% deste mercado, já anunciou R$ 43 bilhões para apoiar o setor na travessia da turbulência causada pela pandemia. Esses recursos estão sendo liberados na forma de antecipação de 20% dos recursos para obras e carência de seis meses nas contratações de novos empréstimos. Como contrapartida, as construtoras se comprometeram a não demitir.



O Estado de S. Paulo, Coluna do Broadcast, 22/abr

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Apartamento 4 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 1.490.000,00




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Fintechs buscam ampliar oferta de crédito com facilitação de garantias


Fintechs estão ampliando a oferta de crédito para atender a uma demanda de pessoas e empresas que enfrentam a crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus. Segundo a ABCD (Associação Brasileira do Crédito Digital), o segmento pode triplicar a oferta de linhas em 2020 ante 2019 e atingir R$ 10 bilhões em novos créditos concedidos. 

Mas um dos desafios para quem vai pedir qualquer financiamento em banco é a apresentação de garantias. Segundo levantamento do Sebrae, feito no começo deste mês de abril, 60% das pequenas empresas que procuraram ajuda dos bancos e instituições financeiras tiveram o crédito negado. Por isso, as novas empresas financeiras têm desenvolvido soluções que permitam às pessoas físicas e micro e pequenas empresas a obtenção de crédito com algum tipo de garantia.

A Pontte, por exemplo, fintech de crédito focada em empréstimo com garantia de imóvel (home equity) e crédito imobiliário, remodelou a política para facilitar a pessoas e empresas o acesso a recursos em meio à crise do covid-19. 

Entre as mudanças nas políticas da instituição, diz Marcelo Lubliner, CEO da fintech investida pela Mauá Capital, a taxa mínima dos empréstimos caiu de 0,99% ao mês para 0,85% ao mês, o prazo de pagamento foi elevado de 180 meses para 240 meses, o valor mínimo contratado cedeu de R$ 50 mil para R$ 30 mil e o valor mínimo do imóvel usado para garantia também diminui, de R$ 300 mil para R$ 200 mil. 

Já de acordo com a de acordo com a Bom Pra Crédito - marketplace de crédito on-line que une quem precisa tomar empréstimo com quem concede empréstimo - o aumento pela procura por crédito aumentou 15% desde o anúncio de isolamento total por conta da pandemia do coronavírus, aponta Felipe Lemos, diretor de crédito da fintech. 

Esse é o mesmo cenário traçado pela co-fundador e CEO da Money Money Invest, Marcos Travassos, cuja plataforma levanta recursos junto a investidores para oferecer linhas de crédito a micro e pequenos empresários que demandam empréstimos da ordem de R$ 50 mil a R$ 500 mil. 

"O Brasil tem hoje mais de 5,3 milhões de micros, pequenas e médias empresas com restrição de crédito. Isso dificulta a obtenção de crédito", afirma um membro da ABFintech (Associação Brasileira das Fintechs), Elber Laranja, também executivo da Antecipa Fácil, fintech que antecipa recursos para pequenos empresários do setor industrial a partir da garantia dada pelas encomendas feitas por grandes companhias.



UOL, Economia, 20/abr

terça-feira, 21 de abril de 2020

Cobertura 2 Quartos em Vila Isabel - R$ 450.000,00




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Pandemia faz Rio repensar sua ocupação


"Não havia nessa ocasião uma só família, por assim dizer, que não tivesse dores e lágrimas, uma rua que não fosse um hospital." Assim o médico José Pereira Rego, o Barão do Lavradio, descreveu o flagelo da febre amarela no Rio em 1850, que deixou 4.160 mortos. Era a primeira epidemia em larga escala de sucessivos abalos que assolariam a então capital do Império, que, até 1870, contabilizou outras 39 crises, com surtos variados, da cólera ao sarampo.

A crença de que a topografia da cidade e suas péssimas condições sanitárias favoreciam as doenças esteve entre as justificativas para obras e reformas urbanas - a mais conhecida delas o "bota-abaixo" de Pereira Passos, a partir de 1903 - que dão os traços da metrópole atual. Mas que, segundo arquitetos e urbanistas, pouco ou nada ajudaram a solucionar problemas que perduram e deixam os cariocas ainda mais aflitos diante do coronavírus. 

A questão da moradia popular, dizem os especialistas, é um desses dilemas que exigem soluções num mundo pós-pandemia. E nesse futuro com mudanças, as casas de favelas devem ser postas no centro de projetos de urbanização, afirma o arquiteto e urbanista Washington Fajardo. Para ele, o temor de como a Covid-19 avançará em áreas com habitações sem saneamento nem ventilação adequada corrobora a urgência de retomar o foco nas comunidades, como ocorreu nos anos 1990 com o programa Favela-Bairro. 

- A diferença é que deveria ser um amplo programa habitacional, com investimento público, subsídio e microcrédito para reformas nas moradias. Já temos uma lei, de 2008, para assessoria técnica e obras nas residências das pessoas. No entanto, ações do tipo são hoje melhor realizadas pelo terceiro setor do que pelos governos - destaca Fajardo.

Ele ressalta que a ideia não significa uma visão "romantizada" das favelas. O urbanista defende medidas para a retirada de domicílios de áreas de risco e contenção do crescimento desordenado das comunidades. Ao passo que, com vista a uma ocupação mais racional da cidade, aponta como saídas a construção de habitações populares nos bairros e um censo que revele quantos são e onde estão, por exemplo, os imóveis ociosos.

- É uma vergonha termos uma área como o Porto Maravilha até agora sem moradias sociais e ruas como a do Livramento num processo de precarização - diz Fajardo.- Estudos indicam, inclusive, que há um aumento no número de cortiços no Centro do Rio

PACTO POR ÁGUA E ESGOTO

Justamente essas habitações coletivas tinham sido um dos principais alvos do bota-abaixo no início do século XX. Inspirado nas intervenções de Georges Haussmann em Paris, o prefeito Pereira Passos buscava uma europeização do antigo Distrito Federal. "O Rio civiliza-se" era o lema da época, quando foram alargadas e abertas avenidas como a Beira-Mar e a Central (atual Rio Branco). Eram transformações, no entanto, que também se legitimavam em argumentos higienistas, numa cidade acometida por epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola. 

Pesquisadores apontam que, na verdade, aconteceram duas reformas paralelas: a do prefeito e outra, federal, do governo Rodrigues Alves, que modernizou o porto, implantou um programa de saneamento e levou a cabo ações de saúde comandadas pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz. Uma delas, a imunização obrigatória contra a varíola, em 1904, gerou tanta polêmica que culminou na Revolta da Vacina. Enquanto toda essa metamorfose era empreendida, porém, a derrubada de cortiços e estalagens expulsava as camadas mais pobres do Centro em direção aos subúrbios e a morros em processo de ocupação, como o da Providência e o São Carlos. 

Salvo poucas vilas operárias, parcamente se pensou em alternativas e condições de moradia para essa população. Erro repetido ao longo da história do Rio que, para o arquiteto e urbanista Sérgio Magalhães, não pode ser reproduzido quando a pandemia da Covid-19 passar.

Ele lembra que, com a expansão da cidade a cargo, muitas vezes, dos esforços apenas das famílias, chegou-se à situação atual: moradias sem abastecimento de água regular ou em emaranhados tão insalubres onde doenças como a tuberculose ainda fazem vítimas. 

- Espero que, depois do coronavírus, o rumo da História possa mudar de direção em busca por equidade. Se o Brasil for minimamente inteligente, após a pandemia vai criar empregos na melhoria das cidades, como forma até de recuperar a economia. Deve ser feito um pacto pela universalização da água e do saneamento básico - afirma Magalhães, apostando que o assunto terá protagonismo no Congresso Mundial de Arquitetura do Rio, adiado para 2021.

TAREFA CIVILIZATÓRIA

Coordenador do Observatório das Metrópoles do Ippur/UFRJ, Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro também tem esperança de que o Rio saia da pandemia melhor para todos.

- Não há solução que não seja coletiva. Os problemas da favela são de todos. E construir um habitat popular é uma questão não só ética e moral, mas uma tarefa civilizatória da sociedade - afirma, lembrando outro período histórico no qual uma necessidade semelhante se impôs. -Países europeus e os Estados Unidos saíram diferentes da Segunda Guerra Mundial, com políticas de proteção social e um sistema público de serviços.



O Globo, Rafael Galdo, 19/abr