segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 600.000,00



Contas públicas têm superávit de R$ 10,7 bi em setembro e dívida é a menor desde março de 2020


Houve piora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando saldo positivo somou R$ 12,9 bilhões. Dívida bruta tem queda em setembro e atinge 77,1% do PIB.

As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 10,7 bilhões em setembro, informou o Banco Central nesta segunda-feira (31).

O superávit primário acontece quando as receitas com impostos ficam acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há déficit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.

Ao mesmo tempo, a dívida pública registrou queda pelo terceiro mês seguido e atingiu o menor patamar desde março de 2020, mês em que foi decretada a pandemia da Covid-19.

Apesar de positivo, o resultado de setembro representa piora na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um superávit primário de R$ 12,9 bilhões.

O saldo superavitário em setembro aconteceu principalmente por conta do desempenho das contas do governo federal. Veja abaixo:

- Governo federal registrou superávit de R$ 11,11 bilhões;

- Estados e municípios tiveram saldo positivo de R$ 321 milhões;

- Empresas estatais apresentaram déficit de R$ 688 milhões.

Parcial do ano

No acumulado de janeiro a setembro, ainda segundo o BC, as contas públicas registraram um superávit primário de R$ 130,8 bilhões.

Nos nove primeiros meses de 2021, houve um superávit de R$ 14,17 bilhões.

O bom desempenho das contas públicas ajuda o governo a atingir a sua meta fiscal para o ano, que é de déficit de até R$ 177,490 bilhões.

Após despesas com juros

Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional – houve déficit de R$ 60,6 bilhões nas contas do setor público em setembro.

Já em 12 meses até setembro deste ano, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 410,6 bilhões, o equivalente a 4,36% do PIB.

Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.

O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior valor em seis anos.

Segundo o BC, no mês passado houve despesa com juros nominais somaram R$ 71,3 bilhões. Em doze meses até setembro, os gastos com juros somaram R$ 591,9 bilhões (6,3% do PIB).

Dívida bruta

Já a dívida bruta do setor público, indicador que também é acompanhado pelas agências de classificação de risco, registrou nova queda em setembro. Esse foi o terceiro recuo seguido, de acordo com a série histórica revisada do BC.

Em dezembro do ano passado, a dívida estava em 80,3% do PIB, somando R$ 6,96 trilhões. Em agosto deste ano, atingiu 77,5% do PIB, o equivalente a R$ 7,21 trilhões e, em setembro, recuou para 77,1% do PIB, ou R$ 7,3 trilhões.

O patamar de setembro é o menor desde março de 2020, quando a dívida pública estava em 77% do PIB. Naquele mês, foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a pandemia da Covid-19.

A dívida bruta brasileira, entretanto, ainda está acima da média dos demais países emergentes, que é de cerca de 65% do PIB.

Alexandro Martello, G1, 31/out

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Cobertura Duplex, 5 Quartos, 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 7.500.000,00



IGP-M: inflação do aluguel cai 0,97% em outubro

É o terceiro mês seguido de taxa negativa; índice acumula alta de 5,58% no ano e de 6,52% em 12 meses.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,97% em outubro, no terceiro mês seguido de taxa negativa, após recuo de 0,95% em setembro, informou nesta sexta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o índice acumula alta de 5,58% no ano e de 6,52% em 12 meses. Em outubro de 2021, o índice havia subido 0,64% e acumulava alta de 21,73% em 12 meses.

De acordo com André Braz, coordenador dos Índices de Preços, os destaques de queda vieram de combustíveis fósseis e leite. No âmbito do produtor, os destaques foram óleo diesel (de -4,82% para -5,67%) e leite in natura (de -6,72% para -7,56%). Já nos preços ao consumidor, o destaque veio de quedas menos intensas nos preços da gasolina (-3,74%) e do leite tipo longa vida (-8,26%).

O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel' por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.

Entenda a composição do índice e o desempenho de cada um

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Veja abaixo os três componentes e como cada um influenciou o indicador:

- O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60% na composição do IGP-M - caiu 1,44% em outubro, após queda de 1,27% em setembro. Destaques para o subgrupo alimentos in natura, que passou de 2,35% para 6,12%. Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, passou de alta de 0,2% para queda de 0,24%. Para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de -0,36% para -1,36%. E também para algodão em caroço (3,95% para -11,02%), aves (-0,72% para -4,58%) e cana-de-açúcar (-0,72% para -2,55%).

- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M - subiu 0,50% em outubro, após queda de 0,08% em setembro. A principal contribuição partiu da gasolina, cuja taxa passou de -9,46% em setembro para -3,74% em outubro. E também de hortaliças e legumes (-0,63% para 6,75%), taxa de água e esgoto residencial (-0,02% para 2,65%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,24% para 1,37%), alimentos para animais domésticos (-0,33% para 1,35%) e roupas (0,44% para 0,84%).

- O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M - variou 0,04% em outubro, ante 0,10% em setembro. Materiais e Equipamentos passou de -0,14% para -0,32%, Mão de Obra de 0,26% para 0,31%, e Serviços repetiu a taxa do mês anterior, de 0,34%.

G1, 28/out

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Apartamento 3 Quartos no Recreio dos Bandeirantes - R$ 800.000,00



PIB dos EUA cresce 2,6% no 3° trimestre, impulsionado por comércio

Apesar do crescimento, a demanda registrou uma desaceleração.

O crescimento econômico dos Estados Unidos se recuperou mais do que o esperado no terceiro trimestre, em meio a um declínio contínuo no déficit comercial, mas isso mascarou o real estado da saúde da economia, já que aumentos agressivos da taxa de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) limitaram os gastos do consumidor.

O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou a uma taxa anualizada de 2,6% no último trimestre, disse o Departamento de Comércio dos EUA em estimativa preliminar nesta quinta-feira. O país interrompeu sequência de duas quedas trimestrais consecutivas na produção, o que havia levantado preocupações de que a economia estaria numa recessão.

A economia contraiu a ritmo de 0,6% no segundo trimestre. Economistas consultados pela Reuters previam que o crescimento do PIB se recuperaria a taxa de 2,4% no período de julho a setembro. As estimativas variaram de 0,8% a 3,7%.

Reuters, 27/out

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Apartamento 1 Quarto próximo à praia da Barra da Tijuca - R$ 1.100.000,00




O cenário e os desafios na economia para o presidente a partir de 2023

Crise nas contas públicas é o grande destaque, mas há complicações esperadas pela desaceleração da atividade econômica e possibilidade de alta de impostos.

Os principais desafios não terminam no próximo domingo (30) para quem for eleito para ocupar a Presidência da República a partir de 2023. O cenário econômico apresenta uma série de complicadores que podem atrapalhar a recuperação após a crise que vem desde os primeiros impactos da pandemia do coronavírus.

Economistas ouvidos pelo G1 apontam as contas públicas como o fator de potencial explosivo para quem vai ocupar a cadeira do Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos, seja o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A situação passa também por uma desaceleração da economia, no Brasil e no mundo. Com arrecadação menor, especialistas esperam que o próximo governo seja obrigado a subir impostos para compensar o aumento de gastos permanentes aprovados em 2022.

Mesmo em uma eleição quente, a disputa de projetos ainda é etérea no campo econômico. Líder no primeiro turno, Lula indicou que reajustará o salário mínimo, retomará investimentos públicos, fará uma reforma tributária e aplicará uma nova âncora fiscal que não seja o teto de gastos.

Mas permanecem muitos detalhes em aberto, em especial sobre o manejo de recursos públicos para realizar suas promessas. Também segue o mistério sobre quem seriam seus ministros da área econômica, o que deixa investidores em compasso de espera.

Do lado oposto, o ministro Paulo Guedes, candidato a permanecer no cargo em um novo governo Bolsonaro, reitera sempre que “a economia está bombando”, faz comparações positivas com os demais países e diz que pretende avançar em reformas estruturantes.

Guedes costuma ressaltar que o desemprego e a inflação no país estão em queda, enquanto a arrecadação sobe. Economistas alertam, contudo, que os efeitos são temporários e que os resultados devem inverter o sinal caso os problemas internos não sejam equacionados.

O G1 separou os principais nós na economia que quem ocupar a cadeira do Planalto precisará desatar. Entenda cada um dos pontos abaixo:

1. Gastos públicos

2. Frustração de receitas

3. O que fazer com a crise fiscal?

4. Atividade econômica e inflação

1. Gastos públicos

É unanimidade entre os economistas ouvidos pela reportagem que a situação das contas públicas é a preocupação principal para o ano que vem. O “xis” da questão é o fato de que o Orçamento não contempla o aumento de gastos aprovados em 2022, e os candidatos não dão clareza do que farão para encontrar as receitas necessárias.

O Auxílio Brasil é um exemplo. O benefício foi fixado com repasse de R$ 400 mensais aos beneficiários. O aumento para R$ 600 foi feito por meio de uma Emenda Constitucional, com validade apenas até dezembro.

Tanto Lula como Bolsonaro prometem manter o valor em R$ 600 em 2023. Mas o Orçamento enviado pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional contempla recurso apenas para pagar um Auxílio Brasil de R$ 405.

Pelos cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), seria necessário redirecionar mais R$ 51,8 bilhões para o programa. Isso apertaria as despesas discricionárias do governo (aquelas que não são obrigatórias) de R$ 115,7 bilhões para apenas R$ 63,9 bilhões no ano que vem.

Em agosto, uma reportagem do G1 apontou as inconsistências no Orçamento enviado para 2023. Além da questão do Auxílio Brasil, há uma série de pontos que tornam a peça irrealista.

Entre elas, o governo federal enviou proposta de um salário mínimo de R$ 1.302 para 2023, novamente sem ganho acima da inflação. Em outro ponto, foram separados apenas R$ 11,6 bilhões para reajustes do funcionalismo. A quantia permitiria um aumento médio de 5%, muito abaixo do que as categorias pleiteiam.

Ao todo, o governo prevê déficit de R$ 63,7 bilhões no ano que vem. Analistas estimam que o rombo será de pelo menos o dobro.

Sem uma peça orçamentária confiável, o mercado financeiro desconfia da capacidade do país de cumprir suas obrigações sem uma explosão de endividamento. A reação costuma ser de saída de dinheiro do país, desvalorização do real e pressão na inflação.

Segundo o economista, o próximo presidente terá também a missão de sinalizar como a expansão dos gastos pode ser absorvida no médio prazo e como recuperar o poder de manejo sobre o Orçamento, transferido em grande parte ao poder Legislativo pelas emendas parlamentares.

Couri cita especificamente a questão do “orçamento secreto”, que tirou a transparência dos gastos e o potencial de investimentos públicos do país ao diminuir o manejo da parcela não obrigatória das contas.

2. Frustração de receitas

O economista Fabio Kanczuk, ex-diretor do Banco Central e chefe de macroeconomia da ASA Investments, acrescenta que a boa arrecadação dos cofres do governo em 2022 não deve se repetir no próximo ano, por conta da redução da atividade econômica.

Segundo a Secretaria da Receita Federal, a arrecadação federal somou R$ 1,64 trilhão nos nove primeiros meses do ano, o que representa alta real de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 1,49 trilhão).

Os números da Receita Federal mostram que essa também foi a maior arrecadação, para o período de janeiro a setembro de um ano, desde o início da série histórica, em 1995.

Mas o órgão afirma que os resultados deste ano mostram um recolhimento atípico de R$ 37 bilhões, com efeito de arrecadação sobre a reabertura da economia, o comércio de commodities e o efeito da inflação, que potencializa o percentual de imposto no preço dos produtos.

O economista-chefe da JGP, Fernando Rocha, lembra também que a arrecadação dos últimos meses se beneficiou dos dividendos de estatais acima da média, que costumam ter bons resultados em ciclos econômicos de valorização de commodities. A Petrobras, por exemplo, teve lucros recordes com o aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

A alta da taxa básica de juros do país, a Selic, também aumenta a arrecadação. De janeiro a setembro, o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 62,6 bilhões, com alta real de 62,8%.

Mas analistas alertam que as projeções para 2023 mostram piora do cenário, já que boa parte do efeito de reabertura da economia passou e os juros mais altos começaram a frear a atividade, o que gera menos dinheiro de impostos à frente.

Rocha diz que, no final deste ano e início do próximo, a perspectiva é de que haja um casamento de arrecadação caindo e despesas subindo, sem espaço para grandes mudanças no gasto obrigatório.

3. O que fazer com a crise fiscal?

Os presidenciáveis têm mencionado apenas aperitivos de soluções tributárias durante as campanhas.

Uma das possibilidades é que a reforma tributária, que tramitava em dois projetos no Congresso, retorne à pauta com alíquota que aumente a carga total — em especial para o setor de serviços. Tradicionalmente, considera-se que o segmento paga pouco imposto quando comparado, por exemplo, à indústria.

Outro caminho é um rearranjo no imposto de renda das empresas. Especialistas que defendem o plano pedem o fim da isenção total à tributação de lucros e dividendos, junto com uma redução do IRPJ.

Mas até algumas desonerações podem ser revistas, como o teto de ICMS para combustíveis. A redução de tributos sobre combustíveis e sobre produtos industriais gerou R$ 26,1 bilhões a menos nas receitas deste ano.

Com a arrecadação forte, a desoneração ainda está “no azul”, mas, caso os preços do petróleo no mercado internacional não criem uma pressão parecida com a deste ano, a redução pode ser mexida para trazer o dinheiro de volta aos cofres.

Rocha, da JGP, acredita que, quem quer que seja o próximo presidente, precisará emendar o Orçamento aprovado pelo Congresso para pedir uma 'licença' para descumprir regras, para assim financiar benefícios sociais e criar um plano para melhorar as condições dali em diante.

4. Atividade econômica e inflação

Com a Covid perdendo os holofotes da análise de especialistas, os alertas se voltaram para a inflação crescente nos países mais ricos. A situação exige um aumento de juros lá fora para ajudar a controlar os preços – e provoca a redução do crescimento econômico.

A guerra da Ucrânia renova o choque inflacionário porque reduz a oferta de energia e commodities no mercado. Para a Europa, por exemplo, a falta de gás natural é um dos principais motivos do aumento no custo de vida da população.

Por aqui, uma desaceleração de economias parceiras prejudica, mas é a política monetária que deve dar as caras com mais força. Também em busca de combater a inflação, o Brasil passou por um dos aumentos mais rápidos dos juros de sua história, partindo dos 2% ao ano de taxa Selic para os atuais 13,75% ao ano.

E o 'breque' esperado no crescimento da economia brasileira parece ter começado. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, conhecido como a “prévia” do PIB, registrou retração de 1,13% em agosto, na comparação com julho.

O Monitor do PIB, indicador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), vai na mesma direção: aponta retração de 0,8% em agosto.

Por estímulos, Trece elenca a liberação de saques do FGTS e o adiantamento do 13º do INSS como exemplos de incentivos ao consumo. Entra na conta também o aumento de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil.

“Avaliar um mês isolado é pouco, mas a conjuntura externa e a perspectiva de juros elevados mostram que a desaceleração começou”, afirma.

Já Fabio Kanczuk, da ASA Investments, diz que, não fossem os estímulos do primeiro, renovados por novas políticas de injeção dadas pelo governo federal no segundo semestre, seria possível ver o efeito do aumento de juros mais cedo.

Foi na virada de semestre que entraram em cena, por exemplo, os 'vouchers' para caminhoneiros e taxistas, e os efeitos do teto do ICMS para combustíveis – que redirecionou os gastos da população com gasolina para outros produtos e serviços.

Para Fernando Rocha, da JGP, o alento é que o investidor estrangeiro pode ver o momento como oportunidade. Como o Brasil tem um diferencial de juro bem elevado — ou seja, remunera bem para investimentos relativamente seguros —, o país ainda será um polo mais estável entre os emergentes.

Raphael Martins, G1, 26/out

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Cobertura 3 Quartos, 2 Suítes no Jardim Oceânico na Barra da Tijuca - R$ 3.500.000,00



Aneel estima que subsídio à geração própria de energia custará R$ 5,4 bilhões em 2023

Uma parte desse valor será paga pelos consumidores. Rateio foi definido em lei e agora agência abre consulta pública para regulamentar a divisão.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que o subsídio à geração própria de energia (chamada tecnicamente de geração distribuída) custará R$ 5,4 bilhões em 2023.

Esse valor será pago pelos demais consumidores de energia, ou seja, por aqueles que não geram a própria energia. A divisão será a seguinte:

- Os consumidores atendidos pelas distribuidoras vão custear, sozinhos, R$ 1,4 bilhão, através de um encargo que será incluído explicitamente na tarifa;

- Os consumidores atendidos pelas distribuidoras e os consumidores livres (que compram energia diretamente do fornecedor) pagarão os R$ 4 bilhões restantes, através de componentes implícitos na tarifa.

A estimativa consta no processo que trata da regulamentação dos aspectos econômicos da lei, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República, que estendeu até 2045 os subsídios à geração distribuída.

O consumidor que gera a própria energia não paga pelo custo do uso da rede de distribuição - pago pelos demais consumidores.

O consumidor da geração distribuída acaba usando a rede da distribuidora quando há excedente de geração de energia ou quando não há consumo em determinados períodos do dia. O excedente vai para a rede e volta para o consumidor da geração distribuída quando ele precisar.

Consulta pública

A diretoria da Aneel aprovou nesta terça a abertura de consulta, entre 27 de outubro a 12 de dezembro de 2022, para discutir essa questão do rateio do subsídio a quem gera a própria energia.

A nova forma de rateio foi instituída pela lei que estendeu os subsídios à geração distribuída. Até então, o custo do subsídio era pago tanto pelos consumidores livres quanto pelos cativos (atendidos por distribuidoras). Não havia uma parcela a ser paga somente pelos consumidores cativos, como acontecerá em 2023.

Preocupação dos diretores

Os diretores da agência manifestaram preocupação com essa forma de rateio, pois tende a onerar mais o consumidor cativo ao longo do tempo.

A tendência é que, com a abertura do mercado livre de energia com o passar dos anos, somente pequenos consumidores, normalmente de menor poder aquisitivo, permaneçam sendo atendidos pelas distribuidoras. Com isso, proporcionalmente, o custo do subsídio à geração distribuída vai pesar mais na tarifa desses consumidores.

"É um componente perverso, porque vai aumentar de forma rápida o custo que está sendo dividido somente com consumidor cativo", alertou o diretor Ricardo Tili.

"A forma como a lei 14.300 foi aprovada, necessariamente ela aloca [parte do custo] para o mercado cativo, que cada vez será menor, pelos incentivos para saída ao mercado livre e para a instalação de geração distribuída", explica o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.

"A tarifa para esses consumidores será aumentada ao longo dos anos, à medida que aumenta a migração ao mercado livre", completou.

Os diretores, contudo, ressaltaram que cabe à Aneel apenas regulamentar o que foi decidido em lei.

Jéssica Sant'Ana, G1, 25/out

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Cobertura Triplex, 4 Suítes no Recreio dos Bandeirantes - R$ 2.200.000,00



Mercado financeiro reduz para 5,60% estimativa de inflação em 2022 e vê alta maior do PIB

Esta é a 17ª queda consecutiva na expectativa dos investidores para a inflação. Teto da meta é de 5%, e BC já informou haver 93% de chance de estouro.

Os economistas do mercado financeiro reduziram de 5,62% para 5,60% a estimativa de inflação para este ano e também passaram a projetar uma expansão maior da economia.

As informações constam do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central. Foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

Esta foi a 17ª queda seguida da estimativa para a inflação para o ano de 2022.

Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário necessariamente acompanhe esse crescimento.

A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado.

Para atingir a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos.

Para o próximo ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o boletim Focus, a previsão para 2023 recuou de 4,97% para 4,94%.

ICMS sobre itens essenciais

A nova redução da estimativa de inflação em 2022 coincide com o corte de impostos sobre itens essenciais, como combustíveis e energia elétrica. Esses produtos por si só já impactam a inflação. Além disso, influenciam indiretamente os preços de outros itens.

Por exemplo, se o preço do diesel aumenta, o transporte de um determinado produto fica mais caro. O dono da loja que revende esse produto, então, repassa o aumento para o consumidor, que acaba pagando mais caro pelo mesmo item. A diminuição dos impostos, em ano eleitoral, foi uma estratégia adotada pelo governo e pelo Congresso.

Além da redução de tributos, a forte desaceleração do nível de atividade mundial também tem contribuído para a queda da inflação ao impactar para baixo os preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como petróleo e alimentos).

Produto Interno Bruto

O mercado financeiro elevou de 2,71% para 2,76% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

Já para 2023, a previsão de crescimento avançou de 0,59% para 0,63%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75% ao ano no fim de 2022.

Atualmente, a taxa Selic já está neste patamar. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.

Já para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic permaneceu em 11,25% ao ano. Com isso, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem.

Outras estimativas

Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:

- Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Para 2023, continuou inalterada também em R$ 5,20.

- Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 60 bilhões para US$ 56,2 bilhões de resultado positivo em 2022. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 60 bilhões para US$ 56 bilhões de superávit.

- Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 66 bilhões para US$ 68 bilhões. Para 2023, a estimativa avançou de US$ 67,3 bilhões para US$ 70 bilhões de ingresso.

Alexandro Martello, G1, 24/out

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Conjunto Comercial na Barra da Tijuca - R$ 1.680.000,00 - R$ 10.000,00



Bitcoin tem queda e perde patamar de US$ 19 mil em dia de vencimento de opções

Vendidos vencem, por ora, a batalha com os comprados na criptomoeda, mas indefinição deve persistir até que haja mudança no cenário macroeconômico.

O bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH) operam em queda nesta sexta-feira (21) e a grande novidade é que a maior das criptomoedas perdeu, ao menos momentaneamente, o suporte dos US$ 19 mil. Isso ocorre em meio ao vencimento de US$ 510 milhões em opções, indicando por ora uma vitória dos vendidos.

Pela manhã, o bitcoin caía 1,20% em 24 horas, a US$ 18.982, e o ether, moeda digital da rede ethereum, tinha queda de 1,60%, a US$ 1.279, conforme dados do CoinGecko.

André Franco, chefe de análise do Mercado Bitcoin, destaca que está se passando pelo momento histórico de menor volatilidade das criptomoedas, o que pode resultar em uma explosão dos preços tanto para cima quanto para baixo quando houver mais definição no cenário macroeconômico.

Olhando para os dados on-chain, Franco afirma que o acúmulo de bitcoins continua indo na direção das mãos dos investidores de longo prazo, o que seria positivo. Mais de 8 mil bitcoins foram adicionados às carteiras dos investidores de longo prazo recentemente.

No noticiário específico, uma minuta vazada da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) trouxe pistas de como o órgão poderá regular a negociação de criptomoedas.

Uma cópia do Digital Commodities Consumer Protection Act (DCCPA) foi enviada ao GitHub hoje e, segundo André Franco, mostra um abrandamento da linguagem que anteriormente atraiu críticas porque poderia ter criado uma proibição de fato das Finanças Descentralizadas (DeFi).

Também no radar, a Fidelity, gestora com US$ 4,5 trilhões de ativos sob gestão, anunciou que deve oferecer serviços de custódia e negociação de ether a seus clientes institucionais.

Valor Online, 21/out

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Sala Comercial na Barra da Tijuca - R$ 995.000,00 - R$ 2.000,00



Dólar opera em baixa, em dia mais otimista no exterior e com eleições no Brasil no radar dos investidores

No fim do último pregão, a moeda norte-americana registrou baixa de 0,42%, cotada a R$ 5,2747.

O dólar abriu em baixa nesta quinta-feira (20), com dados de inflação na Europa e casos de Covid-19 na China pesando sobre o humor do mercado, o que favorece a valorização da moeda americana.

Às 12h35, a moeda americana registrava baixa de 1,26%, cotada a R$ 5,2084.

No dia anterior, a moeda subiu 0,42%, cotada a R$ 5,2747. Com o resultado da véspera, acumulou queda de 0,91% na semana, de 2,21% no mês e de 5,38% no ano frente ao real.

O que está mexendo com os mercados?

Ontem, o dólar avançou acompanhando as incertezas dos mercados internacionais em relação ao cenário macroeconômico global, com inflação em alta e os juros subindo. Neste contexto, investidores buscam opções de investimentos consideradas mais seguras e o dólar se beneficia do movimento por ser uma moeda forte.

Analistas do BTG Pactual explicam, no entanto, que "o cenário macro se mistura nesta semana à temporada de resultados corporativos". Se os balanços trimestrais vierem positivos, isso pode trazer otimismo aos investidores e dar certo fôlego aos ativos de risco, como o mercado de ações e as moedas de países emergentes, caso do real.

As grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos começaram a divulgar seus resultados e, até aqui, os impactos são mistos, avaliam os especialistas.

Enquanto a montadora Tesla - apesar de um lucro de US$ 3,3 bilhões, alta de 103% em um ano - informou que pode não conseguir cumprir com sua meta de entrega de novos veículos, a Netflix reportou que conseguiu reverter sua crise de assinantes, com 2,41 milhões de novos usuários no terceiro trimestre.

Já no cenário doméstico, o foco do mercado continua com as eleições para a Presidência da República, que têm segundo turno marcado para 30 de outubro.

Na noite desta quarta-feira (19), o Datafolha divulgou mais uma pesquisa de intenção de votos. Segundo os dados, o ex-presidente Lula tem 49% da preferência dos eleitores, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro tem 45%. No caso dos votos válidos, Lula tem 52% e Bolsonaro, 48%.

G1, 20/out

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Casa 11 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 25.000.000,00 - R$ 75.000,00



Reservas internacionais do Brasil atingem patamar mais baixo desde abril de 2011

Nível foi registrado após queda de quase US$ 12 bilhões entre 9 de setembro e 10 de outubro. Apesar das perdas, reservas ainda estão em situação confortável, avaliam economistas.

As reservas internacionais do Brasil estão no patamar mais baixo em mais de 11 anos, segundo dados do Banco Central (BC). O colchão de dólares do país entrou, entre o fim de agosto e o início deste mês, na casa dos US$ 326 bilhões, o mesmo registrado em abril de 2011.

Reservas internacionais são valores que um país possui em moeda estrangeira. Funcionam como uma espécie de “seguro” para fazer frente às suas obrigações no exterior e a choques externos, como crises cambiais — caracterizadas pela desvalorização acentuada da moeda local.

Essas reservas são distribuídas entre títulos (tipo de investimento feito a partir da compra de papéis de dívida de uma entidade emissora, que se compromete a devolver o valor com juros), depósitos em moedas, ouro, entre outros formatos.

Para efeito de comparação, a queda ao longo dos 30 dias imediatamente anteriores foi de quase metade da cifra: US$ 6,2 bilhões, uma redução de 1,8%.

Por que caiu?

Para o economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, André Galhardo, as perdas recentes podem ter relação com a volatilidade da moeda brasileira e a atuação do Banco Central para controlar a desvalorização do real diante do dólar norte-americano.

O cenário é diferente quando voltamos mais 30 dias. Entre 8 de julho e 8 de agosto, o país registrou aumento de US$ 3,5 bilhões nas reservas cambiais.

Apesar da alta no meio do ano, as quedas recentes ajudaram a puxar o resultado de 2022 para o negativo. No ano, o montante passou de US$ 361,4 bilhões, em 3 de janeiro, para os atuais US$ 326,2 bilhões, em 10 de outubro, uma perda nominal de US$ 35,1 bilhões – ou 9,7% no período.

Se comparado com o maior nível nominal da história, registrado em 2019, a queda é ainda maior, de US$ 64,2 bilhões. O montante foi reduzido de US$ 390,5 bilhões, no dia 25 de junho daquele ano, para US$ 326,2 bilhões, em 10 de outubro de 2022, um recuo de 16%.

Mas a queda preocupa?

Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, não.

Ele também destaca que, como o Brasil tem, atualmente, um nível de reservas muito próximo à dívida externa total, está em um patamar que pode ser considerado confortável.

"A gente tem muito mais recursos no nosso ativo do que no passivo. Então, ele é líquido, ou seja, está sobrando dinheiro para honrar todos os compromissos que o Brasil tem”, diz.

André Galhardo também descarta um cenário preocupante, mas pondera: “diversos estudos mostram que o patamar brasileiro é confortável. Ainda assim, essa diminuição tão rápida nos últimos dias liga um ponto de alerta. Por ter chegado a um nível que não era visto desde 2011, é um ponto de atenção”, afirma.

Cenário global

Alex Agostini explica que o cenário global atual — de aumento nas taxas juros pelas grandes economias — tem gerado impactos diretos sobre as reservas brasileiras.

Isso porque as reservas são formadas a partir da entrada de moeda estrangeira no país. Nesse contexto, a alta taxa de juros de economias como a dos Estados Unidos e de países da Europa se torna um entrave: são muito mais atrativas para os investidores quando comparadas ao Brasil.

O motivo é que são economias consolidadas, com riscos muito menores do que a brasileira, que acaba atraindo menos investidores, mesmo que nosso país tenha a maior taxa de juros real do planeta.

Agostini destaca que há ainda a incerteza diante da política brasileira, em meio às eleições, o que gera cautela por parte do mercado.

Entenda as reservas internacionais

Galhardo resume as reservas como “recursos em moeda estrangeira ou equivalente em títulos financeiros, que o Banco Central guarda para eventuais problemas nas contas externas”.

O gestor desses recursos é o BC. Mas o governo também pode usar as reservas para, por exemplo, abater dívidas externas e para interferir no câmbio.

Alex Agostini explica que essa atuação pode interferir diretamente na inflação do país. “Caso o real tenha muita desvalorização, isso tem impacto nos preços internacionais de commodities. Por sua vez, impacta a inflação. Então, o BC atua justamente dessa forma, para garantir a estabilidade da moeda estrangeira aqui no Brasil.”

Para que servem as reservas internacionais?

O Brasil adota um regime de câmbio flutuante. Isso significa que o valor do dólar flutua livremente sobre o real, de acordo com a oferta e a demanda da moeda pelo mercado. Na prática, quanto mais dólar no país, menos valorizado ele vai estar frente ao real.

Segundo o Banco Central, a “alocação das reservas internacionais (ou seja, onde o dinheiro é investido) é feita de acordo com o tripé segurança, liquidez e rentabilidade, nessa ordem”.

Se um país tem reservas em volume confortável, fica menos sujeito a ataque especulativo e tem menor volatilidade cambial.

“De modo geral, se você tem reservas internacionais, você tem segurança internacional. Os empresários não vão pensar duas vezes antes de fazer um ataque especulativo [retirada volumosa de dinheiro ao mesmo tempo]. Isso esvazia as reservas rapidamente e cria um processo de desvalorização do câmbio", explica Galhardo.

Qual a composição das reservas brasileiras?

Segundo o último relatório de Gestão das Reservas Internacionais do Banco Central, as reservas brasileiras encerraram 2021 distribuídas da seguinte forma, em moedas:

- Dólar norte-americano: 80,34%

- Euro: 5,04%

- Renminbi (China): 4,99%

- Libra esterlina (Reino Unido): 3,47%

- Ouro: 2,25%

- Iene (Japão): 1,93%

- Dólar canadense: 1,01%

- Dólar australiano: 0,97%

Divisão considerando os tipos de investimentos da reserva brasileira:

- Títulos governamentais: 89,26%

- Depósitos em bancos centrais e em organismos supranacionais: 3,61%

- Títulos de agências: 1,64%

- ETFs de índices de ações: 1,13%

- Títulos de organismos supranacionais: 0,63%

- Depósitos em bancos comerciais: 0,47%

- ETFs de Corporates Investment Grade: 0,44%

- Ouro: 2,25%

- Outras classes de ativos, como títulos de governos locais: 0,58%

André Catto, G1, 19/out

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Casa 5 Quartos, 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 5.500.000,00



Preço médio do aluguel residencial sobe quase 16% em um ano, maior alta desde 2011

Índice FipeZAP+ acompanha a variação de aluguéis em 25 cidades brasileiras. São Paulo é a capital com o metro quadrado mais caro.

O preço médio dos aluguéis residenciais subiu quase 16% ao longo dos 12 meses encerrados em setembro, segundo dados do índice FipeZAP+ de Locação Residencial divulgados nesta terça-feira (18). É a maior alta para o período de um ano desde dezembro de 2011, quando foi registrado avanço de 17,30%.

A variação, de 15,95%, é superior à inflação no período, de 7,17%, considerando dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Fica acima também do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que acumula alta de 8,25%.

O índice FipeZAP+ segue, no entanto, uma tendência de desaceleração mensal. O avanço nos preços dos aluguéis foi de 1,08% em setembro, abaixo dos cinco meses anteriores: abril (+1,84%), maio (+1,70%), junho (+1,58%), julho (+1,37%) e agosto (+1,30%).

Quando analisado o balanço parcial de 2022, de janeiro a setembro, o avanço no preço dos aluguéis também ficou acima da inflação. A alta acumulada é de 13,64%, enquanto o IPCA avançou 4,09% e o IGP-M, 6,61%.

O Índice FipeZAP+ de Locação Residencial monitora a variação do preço médio de aluguel de apartamentos prontos em 25 cidades brasileiras – entre elas, 11 capitais – com base em anúncios veiculados na Internet.

Preço médio de locação

O preço médio do aluguel residencial em setembro de 2022, calculado para as 25 cidades, é de R$ 37,80 o metro quadrado. Considerando um apartamento de 50 metros quadrados, o valor médio chega a R$ 1.890.

A cidade mais cara entra as monitoradas é Barueri (SP), onde a locação custa, em média, R$ 47,16 o metro quadrado. No caso de um apartamento de 50 metros, o valor médio é de R$ 2.358 no município.

Quando consideradas as 11 capitais, São Paulo – que ocupa a segunda posição no ranking geral – lidera nos preços, com R$ 44,47 o metro quadrado. Em seguida, estão Recife (R$ 40,86/m²) e Florianópolis (R$ 37,80/m²).

Alta nas capitais

Em setembro, Niterói (RJ) foi a única cidade da lista geral que apresentou recuo – ainda que discreto – no valor do aluguel (-0,05%). Entre as capitais, Florianópolis (SC) teve a maior alta, com elevação de 2,36%, seguida por Curitiba (PR), com aumento de 2,22%, e Goiânia (GO), onde o avanço foi de 1,85%.

Quando considerado o balanço parcial de 2022 – de janeiro a setembro –, 24 das 25 cidades monitoradas tiveram alta nominal de preços. Entre as capitais, o maior crescimento foi em Florianópolis, com avanço de 27,17%, seguida por Goiânia, que aumentou 25,89%, e Fortaleza (CE): 23,44%.

No acúmulo dos últimos 12 meses, as mesmas capitais estão no topo: Florianópolis (33,34%), Fortaleza (28,56%) e Goiânia (26,01%).

Rentabilidade do aluguel

Segundo o levantamento deste mês, o retorno financeiro do aluguel residencial para os proprietários é de 5,07% ao ano, inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.

Considerando as 11 capitais monitoradas, as taxas de rentabilidade mais elevadas foram observadas no Recife (6,98% ao ano), Salvador (5,94% ao ano) e São Paulo (5,33% ao ano).

Preço médio do aluguel por cidade (m²); dados de setembro

1. Barueri (SP): R$ 47,16

2. São Paulo (SP): R$ 44,47

3. Recife (PE): R$ 40,86

4. Florianópolis (SC): R$ 37,80

5. Santos (SP): R$ 37,80

6. Rio de Janeiro (RJ): R$ 36,74

7. Brasília (DF): R$ 36,56

8. São José dos Campos (SP): R$ 31,38

9. São José (SC): R$ 31,05

10. Praia Grande (SP): R$ 30,60

11. Belo Horizonte (MG): R$ 29,77

12. Santo André (SP): R$ 29,58

13. Salvador (BA): R$ 29,46

14. Guarulhos (SP): R$ 29,06

15. Curitiba (PR): R$ 28,60

16. Porto Alegre (RS): R$ 26,54

17. São Bernardo do Campo (SP): R$ 26,18

18. Campinas (SP): R$ 25,60

19. Joinville (SC): R$ 24,74

20. Goiânia (GO): R$ 24,71

21. Niterói (RJ): R$ 23,80

22. Fortaleza (CE): R$ 23,45

23. Ribeirão Preto (SP): R$ 19,69

24. São José do Rio Preto (SP): R$ 18,68

25. Pelotas (RS): R$ 15,58

Média ponderada (25 cidades): R$ 35,74

G1, 18/out