quinta-feira, 27 de junho de 2019

Apartamento 3 Quartos no Recreio dos Bandeirantes - R$ 730.000,00




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Confiança sobe, mas demanda ainda preocupa setor de construção civil


A confiança dos empresários da construção cresceu em junho, pela primeira vez no ano, influenciada pelo avanço nas discussões sobre a Previdência e pela retomada do programa Minha Casa, Minha Vida. Mas a falta de demanda preocupa cada vez mais empresas, segundo a sondagem mensal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

A confiança da construção cresceu 2,1 pontos para 82,8 pontos em junho sobre maio, feito o ajuste sazonal. Em junho do ano passado, o indicador marcava 79,4 pontos. Mas a parcela das empresas que consideram a demanda insuficiente cresceu de 49,4% para 54,7% neste ano em comparação com 2018. Este é, segundo os empresários, o fator que mais limita a melhora dos negócios, seguido de longe pela competição dentro do setor (31%). "A questão da demanda é ainda muito grave em todos os segmentos da construção", diz Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos do Ibre-FGV.

O Índice de Expectativas (IE) - um dos dois componentes da confiança - cresceu 3,1 pontos em junho sobre maio, movimento que pode ser mais creditado ao avanço das discussões sobre a reforma da Previdência no Congresso do que a um cenário concreto mais promissor. "As pesquisas têm mostrado aumento de confiança em outros setores também. Depois de uma incerteza maior, parece que a reforma da Previdência vai ser aprovada", diz Ana Castelo. Ela também pondera que os índices subiram num movimento de correção, depois de seguidas quedas ao longo do primeiro semestre.

A economista ainda observa que a confiança da construção fechou o primeiro semestre abaixo dos 85,4 registrados em dezembro. "A confiança aumentou ao longo do segundo semestre de 2018, mas não se sustentou. As perdas dos últimos meses não foram recuperadas, mostrando que houve uma piora na percepção empresarial ao longo do período", diz.

Ainda não se pode dizer que há uma reversão positiva na construção, afirma Ana, em meio a um cenário de desaceleração do crescimento da economia e do alto nível de desemprego. Neste mês, o Ibre-FGV baixou a estimativa para o crescimento do PIB da construção de 2% para 0,5%, após uma queda de 2,5% em 2018, o quinto recuo anual consecutivo.

Se as expectativas subiram por causa da Previdência, o Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 1,2 ponto por causa da sinalização do governo quanto à continuidade dos repasses de recursos para o Minha Casa, Minha Vida, programa responsável por cerca de 70% da venda de imóveis no país. O ISA das empresas ligadas ao programa deu um salto de 12 pontos em junho, após recuo de 8 pontos entre março e maio por causa dos atrasos nos pagamentos dos projetos já contratados. Mas a avaliação dos negócios correntes entre as empresas que estão fora dos programas governamentais cai há dois meses.

"Vemos que uma dependência desses programas para sustentar a confiança, o que é preocupante", diz Ana Castelo, para quem a agenda de infraestrutura e de melhoria do ambiente de negócios caminhou pouco após os leilões. "Há discussão intensa dentro do governo para formar essa agenda. Mas, efetivamente, não há medidas concretas", diz.



Valor Econômico, Ana Conceição, 27/jun

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Casa 5 Quartos no condomínio Vivendas na Barra da Tijuca - R$ 2.800.000,00




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Tishman decide ser cautelosa para fazer lançamentos


A incorporadora e gestora imobiliária Tishman Speyer está mais otimista, em 2019, em relação ao setor do que nos anos anteriores, mas mantém uma postura cautelosa em relação ao lançamento de projetos por considerar que a volatilidade continuará no novo ciclo. 

"Precisamos de pelo menos cinco anos com juros no patamar atual para que a infraestrutura e os investimentos avancem de forma sustentável", diz o presidente da Tishman no Brasil, Daniel Cherman.

No curto prazo, o foco das aquisições de terrenos, da busca de aprovação dos projetos e do lançamento de empreendimentos da Tishman será o mercado paulistano, "onde a demanda já foi retomada", segundo Cherman. A gestora tem imóveis em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília e em Nova Lima (MG).

Neste ano, a Tishman pretende lançar projeto residencial em região entre os Jardins e o Itaim Bibi, na zona Sul da cidade de São Paulo, e um empreendimento comercial próximo à Marginal do Rio Pinheiros. "Vamos lançar bons produtos, com pouca alavancagem e manter nossa visão de longo prazo", conta Cherman. O Valor Geral de Vendas (VGV) dos dois empreendimentos ainda está em definição. A Tishman tem outros projetos aprovados que, caso haja demanda, poderão ser apresentados em 2019.

Em outubro, a gestora lançou projeto de uso misto - residencial, comercial e varejo - nos Jardins, na capital paulista, com VGV de R$ 450 milhões. Desde 2014, a Tishman não apresentava projetos. Segundo o executivo, a expectativa é atingir 40% de vendas no início do próximo mês, quando as obras do empreendimento terão início.

Cherman afirma que a taxa de vacância de escritórios corporativos de alto padrão está caindo, e que empresas que precisam de áreas maiores têm poucas opções de imóveis classe A na cidade de São Paulo. "O mercado está voltando. Estamos começando a ver pré-locações, movimento que aconteceu muito no ciclo passado", afirma o executivo.

Ele ressalta que, no ciclo passado, houve boa absorção de escritórios pelos inquilinos a preços mais baixos. "No novo ciclo, os preços terão recuperação", diz, acrescentando que espera pressões de alta a partir de 2020 no mercado paulistano.

Em relação ao mercado residencial, Cherman afirma que a liquidez das vendas de imóveis dos padrões médio e alto "melhorou depois das eleições". Segundo o executivo, houve "pequena retração" em abril e maio, devido à demora na aprovação da reforma da Previdência, seguida de melhora neste mês.

A Tishman fechou contrato com a DuPont para erguer edifício em que funcionarão escritórios e centros de pesquisa e desenvolvimento da empresa, em Barueri (SP). O projeto tem modelo de construção sob medida (build to suit), com contrato de locação de pelo menos 15 anos, e previsão de entrega em setembro do próximo ano.

Com 21 mil metros quadrados de área útil, o prédio ser ocupado pela DuPont terá sete andares, dois subsolos e um laboratório de balística, e fará parte do complexo Castelo Branco Office Park. Nas duas torres do complexo já em operação, estão empresas como Enel (antiga AES Eletropaulo) e Azul. A BR Properties possui um dos edifícios. À medida que a demanda por escritórios corporativos na região crescer, a Tishman vai desenvolver outras torres do Castelo Branco Office Park.

Os recursos para a construção do empreendimento e do projeto de uso misto cujas obras começam em julho são originados de fundo de US$ 250 milhões captado no ano passado. Na semana passada, foi concluída captação de fundo de investimento imobiliário) lastreado na fatia de 85% do Green Towers (cerca de 90 mil metros quadrados), empreendimento localizado em Brasília, que pertencia à Tishman. A gestora vendeu ao fundo sua parcela no empreendimento, alugada para o Banco do Brasil. A captação chegou a R$ 1,2 bilhão e foi feita pela Votorantim Asset, gestora de recursos do Banco Votorantim. Foi o maior fundo imobiliário captado em seis anos no país.



Valor Econômico, Chiara Quintão, 26/jun

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte no Parque das Rosas na Barra da Tijuca - R$ 950.000,00




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Tela agora é permitida


No mês passado, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, sancionou projeto de Lei nº 51/2017 que permite a instalação de tela mosquiteira nas janelas e sacadas dos condomínios edilícios no município do Rio. Desta forma, fica autorizado que os condôminos coloquem o material nas suas residências, desde que os parâmetros estabelecidos durante as reuniões de assembleia sejam respeitados.

De acordo com o advogado Leandro Sender, especialista em Direito Imobiliário, na assembleia, os condôminos podem definir os critérios e padronização das telas a serem instaladas. "Na hipótese de não existir um termo pré-estabelecido sobre o assunto, o condômino deverá notificar o condomínio para que, em um prazo máximo de 30 dias, se reúna em assembleia para deliberar sobre esta questão", afirma.

Caso o prazo não seja cumprido pelo condomínio, o morador poderá realizar a instalação do material em sua residência, sob condição de que não pode alterar a fachada do empreendimento.

Sender ressalta que uma das principais razões que deram motivo para criação da lei é que a tela mosquiteira diminui o risco de as pessoas serem afetadas por doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como a Dengue, a Zika e a Chikungunya.

"Embora a Lei já esteja sancionada, seus efeitos apenas entrarão em vigor no prazo de 60 dias depois da data da publicação da sanção do prefeito, que ocorreu no dia último dia 30 de maio", afirma o especialista Sender.

Moradores devem ter atenção na hora de instalar o material

De acordo com a Lei, o morador pode instalar a tela mosqueteira, desde que não altere a fachada do empreendimento. Na hipótese de infração de disposições estabelecidas na norma, será imposto pena de multa no valor de cinco a dez salários-mínimos, dependendo da gravidade da infração.

A arquiteta Ane Calixto, explica que existem algumas orientações para a instalação do material. "É importante ser feita internamente, pelo lado da área privativa. E na janela, o ideal é que seja colocada no vão para não ficar do lado de fora. Dessa forma, não fica configurado como alteração na fachada", afirma.

Ela conta que o texto ainda inclui as varandas. "No caso das varandas, a tela deve se limitar entre o piso do espaço e o teto, nada do lado de fora", finaliza a arquiteta.



Meia Hora, Imóveis, 22/jun

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Cobertura 3 Quartos, 2 Suítes na ABM na Barra da Tijuca - R$ 2.200.000,00




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Cyrela fecha seu primeiro negócio usando blockchain


A Cyrela fechou, em parceria com a startup Growth Tech, a primeira operação imobiliária do Brasil por meio do sistema de registro de operações digitais blockchain. A Growth Tech é proprietária do projeto Notary Ledgers, que possibilita solicitação e acompanhamento de serviços de cartório em ambiente virtual e utiliza o IBM Blockchain, da IBM Brasil.

Segundo a diretora jurídica da Cyrela, Rafaella Carvalho, enquanto no processo tradicional, o prazo de escritura, lavradura e registro de imóveis leva quase um mês, no modelo por meio da plataforma, foi possível realizar todas as etapas em 20 minutos. Para marcar o início do uso da tecnologia, a cliente escolhida pela Cyrela, representantes da incorporadora e dos cartórios de Ofícios e Notas, e de Registro de Imóveis foram reunidos no mesmo local, mas cada parte poderá estar em lugar diferente e utilizar a plataforma.

Embora realizada com o sistema de registro de operações digitais, o processo foi um "espelho da operação física", de acordo com Rafaella. Quando houver regulamentação para que os cartórios possam atuar, de fato, por meio da tecnologia, será possível acelerar o repasse dos recebíveis dos clientes para os bancos e, consequentemente, a geração de caixa. Para os clientes, o recebimento das chaves ocorrerá mais rapidamente. Isso tende a ocorrer no médio prazo, segundo a executiva.

Será possível também oferecer o processo de venda completo para uma pessoa que está fora do país, sem a necessidade de procurador.

A Cyrela espera utilizar, a partir de 2020, a tecnologia em contratos particulares, como promessas de compra e venda. "Se a regulamentação avançar, teremos o ciclo todo", afirma a executiva.



Valor Econômico, Chiara Quintão, 17/jun

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Apartamento 3 Quartos, 2 Suítes no condomínio Nova Ipanema na Barra da Tijuca - R$ 1.890.000,00




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BTG entra no mercado de imóveis retomados


A Enforce, empresa do BTG Pactual especializada em recuperação de créditos estressados, vai entrar de vez no mercado de imóveis pulverizados. O alvo são as unidades residenciais que estão na carteira de outros bancos, que retomaram os bens devido a inadimplência no crédito. O orçamento reservado só para este ano para compra desse tipo de imóvel é de R$ 1 bilhão, sendo que R$ 250 milhões devem ser investidos até o fim deste mês.

"Esse mercado é enorme. Estamos montando nossa estrutura para lidar com esse segmento desde junho do ano passado", contou ao Valor Alexandre Camara, sócio do BTG Pactual responsável pela área de créditos estressados e pela Enforce.

Somente os cinco principais bancos brasileiros - Caixa, Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil - têm atualmente em carteira o equivalente a R$ 18,7 bilhões em imóveis pulverizados. Desse total, quase 62% são da caixa. A quantidade de unidades espalhadas nas cinco instituições supera 102 mil.

Neste momento, já foram mapeados cerca de 5 mil imóveis na carteira desses bancos pela Enforce e que serão os primeiros a serem adquiridos. O valor de mercado dessas propriedades é da ordem de R$ 1,25 bilhão.

A estrutura preparada a que Camara se refere é dedicada à regularização de toda documentação, desembaraço dos imóveis e ainda o preparo físico dos ambientes para serem revendidos. Além da compra de unidades, a Enforce também vê oportunidade em fazer a gestão de carteiras de bancos com esses bens, conforme explicou o executivo. Um caminho para isso, por exemplo, é criação de fundos de direitos creditórios (FIDC) dedicados.

A atuação com imóveis não é exatamente novidade para a Enforce porque muitas vezes apareciam como ativos dentro de processos de recuperação de crédito. Contudo, a partir de agora, haverá uma área dedicada a esse mercado. A empresa já tem hoje quase 400 unidades próprias em seu portfólio - há ainda outros quase 1.700 relacionados a processos de recuperação de crédito, cujos direitos foram adquiridos pela companhia do BTG.

Para compor o sistema que será dedicado a isso, o BTG comprou o controle da Resale. Fundada em 2015 pelo empreendedor Marcelo Prata, que atua no mercado de imóveis há mais de uma década, a empresa é uma plataforma de tecnologia dedicada justamente a facilitar a venda de imóveis recuperados pelos bancos. Prata contou que ao longo desses quatro anos de existência mais de 2 mil imóveis foram vendidos dentro desse canal.

Sem revelar o valor da transação, o empreendedor, que continuará no projeto apesar da venda de fatia majoritária, explicou que 80% dos recursos que foram injetados pelo BTG no negócio serão voltados ao desenvolvimento de tecnologia e inteligência artificial para expansão da forma de atuar. "A carteira dos bancos hoje é quase como o pré-sal do mercado imobiliário. Há muito a ser explorado", disse Prata. Segundo ele, foi essencial para o negócio a definição de que a Resale não será dedicada ao BTG e à Enforce e continuará atuando com diversas instituições.

O investimento em tecnologia e inteligência artificial são vitais para o mercado de recuperação de crédito. A Enforce, presidida por Ricardo Cardoso, já investiu mais R$ 22 milhões desde que foi adquirida pelo BTG Pactual, em 2016. Hoje, faz a gestão de um total de R$ 35 bilhões em créditos estressados e imóveis e se transformou em uma das principais nesse ramo em toda a América Latina.



Valor Econômico, Graziela Valenti, 17/jun

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Cobertura 4 Suítes em condomínio na Barra da Tijuca - R$ 3.550.000,00




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A impenhorabilidade dom bem de família do fiador em contrato de locação comercial: o RE 605.709 e a acertada mudança de entendimento do STF


Em junho de 2018, por três votos a dois, a 1ª turma do STF deu provimento ao RE 605.709/SP, declarando a incompatibilidade da penhora do bem de família do fiador, dado como garantia em contrato de locação comercial, frente ao direito constitucional à moradia.
Ou seja, declarou-se que a previsão do art. 3º, VII, da lei 8.009/90, que permite a penhora de bem de família para satisfazer fiança concedida em contrato de locação, não abrange os contratos de locação comercial. A Ministra Rosa Weber, que compôs a corrente vencedora, em conjunto com os Ministros Marco Aurélio e Luiz Fux, esclareceu que a jurisprudência consolidada pelo Plenário da Corte (RE 407.688/AC e RE 612.630/SP) determina a penhora do bem de família do fiador somente nos casos de contrato de locação residencial, e não comercial.
O fundamento predominante da corrente vencedora consiste no direito social à moradia, disposto no artigo 6º da Constituição Federal, inserido pela EC26/00, e que a penhora do bem de família do fiador seria demasiada, haja vista que é preciso garantir o mínimo existencial.
A referida decisão ainda não transitou em julgado porque foram opostos embargos de divergência. Além disso, não se reconheceu a repercussão geral do recurso extraordinário, uma vez que foi interposto antes mesmo da regulamentação do instituto processual.
Para uma análise crítica deste caso, é preciso considerar os incontáveis casos judiciais que ainda tramitam e abordam a impenhorabilidade do bem de família do fiador. Sob o ponto de vista processual, nota-se a incongruência da Corte em deixar de submeter o caso para apreciação de sua eventual repercussão geral (fls. 378 do acórdão). A ausência de efeitoserga omnes na decisão final, seja favorável ou não à impenhorabilidade do bem de família do fiador em contrato comercial, pode resultar em decisões díspares por tribunais de todo o país, afetando o direito fundamental à igualdade.
Sob o ponto de vista material, é preciso destacar, inicialmente, que a lei não contém todo o direito, e que este, por sua vez, deve ser interpretado segundo dados da realidade. O julgador que se presta a analisar somente a letra fria da lei, sem considerar a complexidade do ordenamento jurídico e as circunstâncias fáticas, fará exame inadequado do caso, com consequências graves para uma das partes.
Assim, é fato que o art. 3º, VII, da lei 8.009/90 determina que pode ser objeto de penhora o bem que foi dado como fiança em contrato de locação, o que não significa que deva ser aplicado pura e simplesmente, sem considerar os primados normativos posteriores e a conjuntura jurídico-social. Desde 1990, até os dias de hoje, alterações legislativas relevantes contribuíram para adensar a constitucionalização do direito civil, em especial, a maturação da Constituição Federal de 1988 e a promulgação do Código Civil de 2002.
Nesta seara, especificamente, a EC 26/00 atribuiu status constitucional ao direito à moradia, consagrado como direito social no art. 6º da Constituição Federal; e o Código Civil de 2002 reforçou o primado da função social da propriedade, cujo abrangente conceito deve englobar o imóvel residencial da família, posto que destinado essencialmente ao basilar direito à moradia.
O direito mudou e a interpretação das leis, por esta via, também merece reflexão. Em nossa opinião, o STF acertou ao primar pela aplicação do preceito constitucional. Ao processar o recurso extraordinário e declarar a impenhorabilidade do bem de família do fiador em contrato de locação comercial, tem-se interpretação de acordo com as alterações normativas e circunstâncias fáticas. Não é razoável, tampouco aceitável, que os fiadores percam seus imóveis de família, e não tenham onde morar, pois nesses casos não há outro imóvel para saldar a dívida. O direito não deve servir para aprofundar, ainda mais, as desigualdades latentes do nosso país.
Ainda sob o ponto de vista prático, é preciso destacar que é comum que os contratos de locação comercial prevejam duas modalidades de garantia: a fiança e a caução (hipoteca do imóvel). A combinação de mais de uma modalidade de garantia deve resultar na declaração de nulidade da cláusula contratual, conforme determinação do art. 37, parágrafo único, da lei8.245/91. Esta ilegalidade favorece os credores nos processos de execução, pois pedem diretamente a penhora do imóvel familiar do fiador. Além disso, o valor da dívida pode ser inferior ao valor do imóvel, mas aumenta exponencialmente com os juros abusivos, custas judiciais e desestímulos para celebrar acordos.
É claro que o credor deve ter direito a ter seu crédito satisfeito, porém o judiciário deve prover meios para facilitar composição amigável, em várias fases do processo, e que sejam menos gravosas às partes devedoras e fiadores. Outros bens, que não os imóveis de família, devem, evidentemente, ser objeto de penhora e submetidos à adjudicação ou à leilão. A decisão do STF, portanto, não inviabiliza o recebimento do crédito, mas serve como baliza para racionalizar o processo de execução e pugnar pela aplicação dos direitos constitucionais.

Jusbrasil, 31/mai

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Cobertura 4 Quartos, 2 Suítes no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.050.000,00




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Congresso aprova crédito extra de R$ 248,9 bi


O Congresso Nacional aprovou ontem, por unanimidade, um crédito emergencial de R$ 248,9 bilhões para o governo. A votação só foi possível depois de o governo costurar um acordo com a oposição e com o centrão pelo qual se comprometeu a liberar parte do Orçamento que está bloqueada. Foram 450 votos a favor na Câmara e 61 no Senado. Agora, o texto será sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

O dinheiro é necessário para o governo pagar aposentadorias, o Plano Safra e benefícios como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) - pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

No último sábado, Bolsonaro disse nas redes sociais que sem a aprovação do projeto teria que suspender o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiência já no próximo dia 25.

O acordo que permitiu a aprovação do texto foi fechado durante a votação do projeto na Comissão Mista de Orçamento (CMO), no início da tarde.

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), garantiu que serão liberados R$ 1 bilhão para a educação; R$ 1 bilhão para o programa Minha Casa Minha Vida; R$ 550 milhões para obras no Rio São Francisco; e R$ 330 milhões para bolsas de estudo do CNPq.

- A corda está no pescoço - disse a deputada, ao anunciar o acordo e pedir a votação do projeto.

Joice não explicou, porém, de onde sairá o dinheiro:
- O Orçamento é um só. Se vai gastar um pouco mais ali, tem que remanejar deu ml ado para o outro. Estamos fazendo as contas, mas vai dar certo.

O crédito emergencial é necessário por causa de uma norma fiscal conhecida como regra de ouro. Por ela, o governo não pode emitir dívida para pagar despesas correntes, como folha de salário e benefícios. Ele só pode se endividar para fazer investimentos.

MATURIDADE POLÍTICA

O problema é que os sucessivos rombos nas contas públicas encolheram o investimento e provocaram um desequilíbrio no Orçamento, que hoje está estimado em R$ 248 bilhões. Assim, para poder pagar despesas correntes, a equipe econômica precisa de uma autorização do Congresso.

O aval permitirá que a regra de ouro seja descumprida sem que haja punição para os gestores públicos. Sem isso, o desrespeito à norma poderia ser caracterizado como crime de responsabilidade fiscal e levar à abertura de processo de impeachment contra o presidente.

- Eu queria agradecer ao plenário por ter maturidade política e entender o momento que o Brasil vive. Quero agradecer esse gesto, em que partidos políticos e filiações ficaram de lado. É o maior crédito votado no Congresso Nacional - disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).



O Globo, Manoel Ventura, 12/jun

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Casa 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 3.150.000,00 - R$ 11.000,00




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No Novo Mundo, saem os hóspedes, entram estudantes


Ícone da Praia do Flamengo, o prédio do Hotel Novo Mundo, que fechou as portas em março, vai voltar à ativa no primeiro semestre de 2020, renovado e com uma clientela diferente: estudantes. Será a primeira unidade no Rio da paulistana Uliving, especializada em hospedagem estudantil, como antecipou o colunista do GLOBO Lauro Jardim. Com 230 quartos, o edifício de 1950 será reformado para receber até 400 estudantes num projeto de habitação compartilhada, com apartamentos mobiliados, espaços de convivência e serviços.

A Uliving - que tem cinco unidades, sendo três na capital paulista, uma em Ribeirão Preto e outra em Sorocaba - trabalha para transformar o uso do prédio, mas preservando as características arquitetônicas.

- O Rio sempre foi uma praça estratégica para a Uliving pela oportunidade de negócio: estudantes e intercambistas do mundo todo visitam a cidade. Acreditamos no futuro da cidade, na sua beleza natural, urbana, características culturais únicas e na importância das instituições acadêmicas. Estamos desenvolvendo um projeto exclusivo, que manterá toda a identidade arquitetônica do hotel, rejuvenescendo sua ocupação - explicou Juliano Antunes, diretor executivo da Uliving.

Criada em 2012, a empresa é voltada para a locação de moradia estudantil. Essa espécie de versão contemporânea das antigas repúblicas traz unidades individuais ou compartilhadas, mobiliadas, equipadas com facilidades como frigobar e micro-ondas, além de conexão sem fio com a internet de alta velocidade. O prédio conta ainda com espaços de convivência, de estudos e lavanderia.

- O Rio é uma cidade repleta de instituições de ensino reconhecidas mundialmente. Desta forma, acreditamos que a Uliving também é uma oportunidade para aquecer a economia local: queremos atrair mais estudantes e jovens profissionais para a cidade, além de gerar empregos - destaca Antunes.

Ricardo Mader, diretor da JLL Hotels & Hospitality Group, consultoria especializada em imóveis no segmento de hotelaria, afirma que o segmento de moradia estudantil já está consolidada em diversos países:

-Este conceito de moradia estudantil compartilhada já é consolidado no exterior. São projetos residenciais formatados para receber estudantes, com estrutura adequada, regras de funcionamento, além do foco em promover interatividade social. É produto que veio para ficar, vai mexer no mercado imobiliário e trazer dinamismo à região onde estiver diretamente instalado.

QUARTOS POR ATÉ R$2,3 MIL

A expansão da Uliving ganhou fôlego com a entrada da gestora de recursos VBI Real Estate no negócio, no início de 2018. Naquele momento, eles anunciaram previsão de investir R$ 500 milhões em projetos de habitação para estudantes em três anos. Até julho de 2020, além do Rio, virão mais dois empreendimentos em São Paulo. Em breve, diz Antunes, o grupo estará em outras capitais do Sudeste.

A escolha pelo Novo Mundo, que terá sua memória preservada em um espaço dentro do Uliving Rio, tem a ver com a localização do prédio, com amplo acesso a transporte e serviços. Para assinar um contrato, é preciso ter comprovante de matrícula em cursos que vão do pré-vestibular à pós-graduação. O pagamento mensal por locação, por pessoa, vai de R$ 900 a R$ 2.300.

Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ), a venda do Novo Mundo é natural:

- Novos polos hoteleiros surgiram. E a oferta de quartos também saltou com Copa do Mundo e Olimpíada. Com os empreendimentos mais novos, os antigos precisaram se modernizar, e a reforma é muito custosa, sobretudo na crise. É movimento de renovação.



O Globo, Glauce Cavalcanti, 07/jun

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Casa 4 Suítes no Jardim Oceânico na Barra da Tijuca - R$ 4.500.000,00




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Ícones do Rio, La Fiorentina e Novo Mundo vão a leilões


O futuro de dois símbolos do Rio está sob suspense. O imóvel onde funciona o tradicional restaurante La Fiorentina, no Leme, será leiloado por conta de dívidas envolvendo seu dono, o empresário Omar Resende Peres, o Catito, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois no GLOBO. O mobiliário do hotel Novo Mundo, fechado em março por conta de débitos, também foi posto à venda, enquanto o destino do prédio segue incerto.

A loja onde está instalado o La Fiorentina é alvo de um leilão extrajudicial, marcado para a próxima segunda-feira, por conta de uma dívida de R$ 5,2 milhões da Foca Turismo, também pertencente a Omar Peres, e o Banco Cédula. O lance inicial é de R$ 9,3 milhões. Peres afirma que foi pego de surpresa.

- A dívida, de R$ 1,5 milhão, venceu em janeiro de 2018. Nesse período, foi acordado que ela seria paga, mas o banco nunca mandou uma cobrança. Soube do leilão através do jornal -afirmou o empresário ao GLOBO.

Apesar do imbróglio envolvendo o imóvel, Peres, ligado a outros restaurantes tradicionais do Rio, garante que não vê riscos de o La Fiorentina fechar as portas:

- O leilão não tem nada a ver com o La Fiorentina. Meus restaurantes estão no nome da minha filha. Eu realmente sou dono do imóvel, mas não vejo risco porque há um contrato de aluguel de 20 anos, assinado há cinco. No caso de um despejo, será uma luta judicial - diz.

O Banco Cédula, citado por Peres, não retornou as ligações do GLOBO.

Frequentador da casa no Leme, o produtor cultural Eduardo Barata se diz preocupado com o eventual fechamento do restaurante por causa do seu simbolismo:

- O La Fiorentina é uma referência de encontro para nós, pessoas do teatro. Quase sempre, depois das estreias, vamos comemorar no Fiorentina. Às vezes, acontecem várias comemorações na mesma noite. É quase uma assembleia. É um grande espaço de encontro, de troca de informação e afeto.

O futuro do Novo Mundo, testemunha de momentos históricos do país e anfitrião de grandes personalidades nacionais e internacionais, é ainda mais nebuloso. Rumores dão conta de que as unidades do edifício, inaugurado em 1950 para receber as delegações da Copa do Mundo, podem ser convertidas em residências. Fala-se também na possibilidade de um novo hotel.

A Sold Leilões, empresa responsável pelos lances do que restou do Novo Mundo, afirma oficialmente que a venda do material faz parte de um retrofit -modernização - do mobiliário.

Não há itens de antiguidade entre as peças disponibilizadas, de acordo com a Sold. Os lances iniciais variam de R$ 10 a R$ 500 e contemplam desde sofás e camas até aparelhos de ar-condicionado e micro-ondas.



O Globo, Johanns Eller e Vera Araújo, 06/jun