sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Construindo um mundo mais sustentável


Sustentabilidade, empreendimentos verdes e respeito ao meio ambiente. Esses conceitos estão sendo cada vez mais valorizados e difundidos no universo da construção civil no Brasil. O país já é o quarto no ranking mundial em número de edificações sustentáveis, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Segundo estudo elaborado pela consultoria EY, este nicho do mercado representa 9% do PIB da construção brasileira e cresce a uma taxa média de 30% ao ano.

Uma das adeptas dessa onda verde é a Damha Urbanizadora, empresa do Grupo Encalso Damha, que atua nos setores de engenharia civil, agronegócios, shopping centers, concessão de rodovias, energia e imobiliário. A empresa possui em seu portfólio quatro empreendimentos com o certificado internacional AQUA (Alta Qualidade Ambiental), um dos mais conceituados no segmento. O selo atesta a sustentabilidade de empreendimentos imobiliários e é concedido no Brasil pela Fundação Vanzolini.

Entre os itens avaliados no processo de obtenção da certificação estão a preservação dos recursos ambientais, economia de água e energia, uso de materiais e equipamentos sustentáveis, tratamento de resíduos, proteção do ecossistema, estímulo ao convívio social e formação de mão de obra local.

"Desde que a empresa foi criada, em 1979, a questão ambiental sempre foi um dos principais focos no desenvolvimento de projetos urbanísticos. A certificação AQUA veio, portanto, para coroar e valorizar ainda mais o nosso trabalho", avalia a gerente de Marketing e Relacionamento com o Cliente, Fernanda Toledo. A Damha foi a primeira urbanizadora do país a ter um condomínio horizontal com o selo AQUA, o chamado Residencial Damha Golf I, em São Carlos (SP), construído em 2011.

Grandes áreas de convivência entre os condôminos, campos de lazer, segurança e contato próximo com a natureza são alguns dos itens comuns aos 71 residenciais já implantados pela Damha Urbanizadora em nove estados brasileiros. Atualmente, são 39 projetos em andamento, localizados em 13 estados. Até o final de 2014, serão lançados três novos empreendimentos pelo país, incluindo o Residencial Damha II, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.



Brasil Econômico, Especial Sustentabilidade, 28/nov

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Crédito imobiliário sobe 8% em outubro


O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 10,2 bilhões em outubro, com alta de 8% em relação a mesmo mês de 2013 e recuo de 1% em relação a setembro de 2014, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O resultado do mês configura o melhor outubro dos últimos 20 anos e ocupa o sexto lugar na série histórica do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O número de famílias endividadas no país caiu em novembro, na comparação mensal, pela terceira vez consecutiva, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual ficou em 59,2%, ante os 60,2% de outubro de 2014 e os 63,2% de novembro de 2013. As famílias inadimplentes somaram 18%.



Brasil Econômico, 27/nov

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Primeiro prédio do projeto Porto Maravilha é inaugurado


A empresa norte-americana Tishman Speyer inaugurou ontem o Port Corporate Tower, o primeiro empreendimento no âmbito do projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O investimento foi de RS 300 milhões. A própria companhia transferirá sua sede para o local e terá também outras salas que serão alugadas para outras empresas com atuação na zona portuária. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, participou da inauguração e disse que esta é a primeira das boas notícias que a região terá.

"É uma região que se transforma, o Rio que se reencontra. Cidade sem centro é uma cidade sem alma e o Rio começou a fugir de seu centro, fugir para a Zona Oeste, e isso não fez bem. É importante resgatar áreas degradadas que contem sua história", disse o prefeito.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), Alberto Silva, que também esteve na inauguração, disse que o empreendimento mostra o novo paradigma de desenvolvimento da zona portuária. "Estamos na metade do caminho a já temos um empreendimento no padrão de qualidade. Tem vários outros em construção e isso mostra que o processo de revitalização é irreversível", afirmou.

O edifício foi construído em terreno de 13 mil metros quadrados e possui 20 andares, sendo 18 de escritórios. Ele recebeu a certificação ambiental Green Building, que atesta a sustentabilidade na construção civil. Com lajes de 1,7 mil metros quadra-dos, a ideia da empresa é oferecer aos futuros inquilinos o mesmo padrão encontrado nos mais sofisticados empreendimentos corporativos ao redor do mundo.

"O Porto Maravilha está se consolidando como novo centro de negócios, por ser uma extensão natural do centro e pelos investimentos promovidos pelo poder pú-blico", explicou o presidente da Tishman Speyer no Brasil. Daniel Cherman. Ele participou da inauguração ao lado do presidente global da companhia, Rob Speyer.

Cherman disse também que estão previstos outros projetos na região do porto, totalizando investimentos de R$ 1 bilhão. O próximo a ser inaugurado está em fase de construção no terreno do Pátio da Marinha, perto da Cidade do Samba. As obras foram iniciadas neste ano e tem previsão de entrega para o segundo se¬mestre de 2016. O terceiro projeto ainda está em fase de desenvolvimento.



Jornal do Commercio, 26/nov

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Projeto de revitalização da Marina da Glória foi aprovado


Aos olhos da maioria sem barco, a Marina da Glória é uma ilha cercada de grades e tapumes. O complexo náutico inaugurado em 1979, patinho feio no cenário de cartão-postal do Parque do Flamengo, ainda é ameaçado de tempos em tempos por tentativas de revitalização de gosto duvidoso, para dizer o mínimo. Essa triste sina tem data para acabar: na semana passada foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a proposta da atual concessionária do espaço, a BR Marinas, que visa a deixar o lugar nos trinques até fevereiro de 2016 - pronto, portanto, para sediar competições dos Jogos Olímpicos, que devem acontecer em agosto do mesmo ano. Orçado em 60 milhões de reais e totalmente custeado pela empresa, responsável por outras oito estruturas do gênero no país, o projeto é assinado pelo arquiteto Eduardo Mondolfo, que já trabalhou com Oscar Niemeyer (1907-2012) e é autor de prédios conhecidos, como o do Shopping Leblon e o do Hotel Fasano.

O plano aprovado, e já em execução, parte do óbvio - o que é um avanço em relação a ideias mirabolantes anteriores, a exemplo da construção de um centro de convenções no local. "Queremos fazer com que as pessoas se lembrem  de que a finalidade principal do lugar não é ser palco para grandes eventos", afirma Gabriela Lobato, presidente da BR Marinas. Para favorecer a circulação de pedestres e ciclistas, sejam donos de barcos guardados por lá ou não, grades serão derrubadas e as 510 vagas de automóveis ficarão concentradas em um estacionamento único, em parte no subsolo. No prédio principal, a chamativa cobertura de lona pontuda será substituída por um jardim sobre a laje. O projeto paisagístico é do escritório fundado por Burle Marx (1909-1994), responsável pelo desenho do Parque do Flamengo. Com vista para a enseada, será construído um restaurante em forma de peixe. Inspirado pelo desenho que criou, à moda das curvas voluptuosas de Niemeyer, Mondolfo já apelidou o lugar de "badejão". Nas construções da área, o acabamento será feito com madeira, com colunas inclinadas e embaralhadas, reproduzindo a concentração de mastros das embarcações.

Na configuração atual, há espaço para 167 barcos dentro da água e 73 em vagas secas. Depois da reforma, a capacidade vai aumentar para 415 e 240, respectivamente. O número de lojas será reduzido de quarenta para 24. "Não queremos transformar a Marina em shopping", diz Gabriela Lobato. Nas contas da concessionária, os serviços náuticos por si sós podem viabilizar o negócio. Segundo dados da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Seus Implementos (Acobar), o Rio tem uma demanda de 1 000 vagas para barcos - ou seja, a procura tende a ser grande. Para a população em geral, a promessa é que o Rio ganhe mais um belo espaço público em 2016.

No ano passado a prefeitura montou a Comissão Especial da Marina da Glória. "Historicamente, tivemos propostas muito exageradas e confusas, então percebemos que precisávamos definir princípios", afirma Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e um dos integrantes do grupo formado. Os parâmetros sugeridos buscam resgatar o bom senso ao determinar que a planta não ofusque a paisagem do entorno, onde se veem o Parque do Flamengo, o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara. Também se recomendou evitar o confronto com o Museu de Arte Moderna (MAM) e o Monumento aos Pracinhas, construções históricas na vizinhança. A obediência a conceitos do projeto original, do arquiteto Amaro Machado, de 1979, tornou-se obrigatória. Seguidas as recomendações, e devido à urgência nos preparativos para a Olimpíada, o Iphan deu o sinal verde. "Um erro comum de iniciativas anteriores foi a proposta de mudanças radicais em uma paisagem naturalmente perfeita", diz Mondolfo. "Querer chamar mais atenção para uma obra arquitetônica, nesse caso, é brigar com Deus." Os cariocas, com e sem barco, agradecem e torcem pelo sucesso da empreitada.



Veja Rio, 25/nov

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Levantamento mostra que diária média para Natal e Réveillon varia de R$ 250 a mil reais no Rio


A um mês das festas de fim de ano, quem está em busca de um imóvel no Rio ou quer disponibilizar o seu para aluguel por temporada deve começar a se preparar. Isso porque do ano passado para cá houve no Rio um aumento de 15% na procura para locação por temporada nas semanas do Natal e do Réveillon. E com um expectativa de ocupação de 90%, é melhor correr para não ficar de fora deste mercado. Os dados foram levantados com exclusividade pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio (Creci-RJ) para o Morar Bem e mostram que, com este aumento na procura, os preços médios das diárias estão 10% mais caros em relação a 2013. Os valores variam de R$ 250 a mil reais na capital fluminense.

- Todos os anos a procura aumenta cerca de 10%. Neste ano, porém, por conta da Copa, tivemos um crescimento de 15%. As pessoas viram a organização e isso gera confiança no turista em vir e se hospedar - conta o conselheiro do Creci-RJ, Darlan Carlos de Souza, afirmando, ainda, que Copacabana continua a ser o destino mais procurado pelos turistas, devido a famosa queima de fogos do Réveillon.

Segundo a pesquisa, o perfil dos interessados em alugar um imóvel na cidade do Rio nesta época, geralmente, é de estrangeiros, em sua maioria vindos da Argentina, Estados Unidos e Itália. Mas há, claro, os vizinhos nordestinos e sulistas que também prestigiam a Cidade Maravilhosa. O levantamento abrange os bairros mais procurados da capital, que são Copacabana, Leblon/Ipanema, Barra da Tijuca e a área que compreende Centro, Glória e Catete.

- Logo após a Copa, vários estrangeiros já fecharam a locação por temporada para o fim do ano. Eles costumam se programar com antecedência, ao contrário da maioria dos brasileiros, que deixa tudo para última hora. Se bem que este ano tenho notado que o brasileiro está mais programado. Acho que porque muitos que deixaram para a última hora na Copa, ficaram sem acomodação - diz Souza.

Em Copacabana, os preços das diárias variam de R$ 250 a R$ 350, no caso de um conjugado, a entre R$ 800 e mil reais, por um apartamento de três quartos. Os imóveis de quarto-e-sala e os dois-quartos têm preços entre R$ 300 e R$ 500 e entre R$ 500 e R$ 700, respectivamente. Nas vizinhas Ipanema e Leblon, o preço já é mais alto. Um conjugado custa, em média, R$ 400, enquanto o quarto-e-sala vai de R$ 450 a R$ 550; imóveis de dois quartos, de R$ 600 a R$ 800, e de três quartos, a partir de R$ 900.

Já na Barra, onde a procura é maior, a diária do quarto-e-sala sai, em média, por R$ 350. Para um dois-quartos, o valor médio é de R$ 550 e, num apartamento de três ou mais quartos, é preciso desembolsar entre R$ 800 e mil reais.

A região central, que engloba Centro, Glória e Catete, tem preços mais modestos. É possível se hospedar no período de fim de ano por valores a partir de R$ 250 (se for um quarto-e-sala); R$ 350 (dois-quartos) e entre R$ 450 e R$ 500 (três-quartos).



O Globo Online, Morar Bem, 24/nov

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Bate-papo sobre design, decoração e arquitetura


A originalidade dos designers brasileiros e o crescente reconhecimento de seus trabalhos mundo afora foram tema de um bate-papo descontraído, durante o evento "Terças com Ela", promovido pelo jornal O GLOBO, no Casa Cor, na Barra. O arquiteto Ivan Rezende conversou com a jornalista Jacqueline Costa, do caderno Ela, sobre a valorização constante pela qual vem passando o design nacional, que também tem assimilado a rica contribuição do artesanato popular:

- Não só na arquitetura e no desenho de produtos, mas também na moda, aumentou o interesse do público pelo que é produzido aqui, pelo que tem uma identidade brasileira. Devemos muito à nossa música e à seriedade dos nossos criadores.

A entrevista aconteceu no terraço do Casa Cor, em uma varanda projetada pelos arquitetos Guilherme Portugal e Karune Lima. Rezende também chamou a atenção para a importância de designers contemporâneos, como Sérgio Rodrigues, carioca reconhecido no mundo inteiro por ter descontraído a casa e a maneira de sentar dos brasileiros. Um dos ícones de Sérgio, que faleceu em setembro, aos 84 anos, é a poltrona Mole, criada em 1957. Autor, junto com a arquiteta Lia Siqueira, do livro "Conversas ilustradas - Sergio Rodrigues", Rezende contou passagens de sua relação com o amigo.

Assim como Rodrigues, ele acredita que a arquitetura e o design de produto são duas atividades que naturalmente se completam. Rezende já desenhou móveis como os bancos da linha Bandeirola, e as mesas Catete, Satélite e Fifty. Entre seus projetos, há exemplos de todo tipo: de construção de shoppings e lojas a bibliotecas e museus, passando por hotéis e casas.

O próximo bate-papo "Terças com Ela", uma parceria entre o Casa Cor e o jornal O GLOBO, será no dia 25, às 20h, no Wine Bar, espaço projetado por Paula Costa. Suzete Aché, colaboradora do caderno Ela, e o arquiteto Miguel Pinto Guimarães vão conversar sobre tendências modernas e retrôs na arquitetura e na decoração. A última edição será no dia 2 de dezembro.

Montado até 7 de dezembro no CasaShopping, o Casa Cor tem 45 ambientes, que variam de 40m ² a 100m ² . A participação no evento promovido pelo GLOBO é gratuita. As inscrições devem ser feitas pelo email tercas_ela@oglobo.com.br. No entanto, é necessário pagar o ingresso para o Casa Cor, que custa R$ 40 (de terça a sexta-feira) e R$ 50 (sábados, domingos e feriados). O CasaShopping fica na Avenida Ayrton Senna 2.150.



O Globo, 20/nov

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Calçada na Barra da Tijuca


A construtora carioca Calçada, do empresário João Paulo Matos, lançou, no primeiro fim de semana, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o projeto Vogue Square Life Experience. Construído numa área de 33 mil m², o complexo reúne no mesmo local shopping, um prédio de escritórios, hotel e centro de convenções. O Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 400 milhões.



IstoÉ Dinheiro, 19/nov

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Casa na Califórnia tem escavadeira na sala e corrimão de LED no jardim


Arnold e Maria Forde têm um modo interessante de pensar sobre mobília. A primeira coisa que você percebe ao entrar na casa deles em Laguna Beach, Califórnia, comprada por US$ 800 mil nos anos 1980, não é um sofá ou uma mesa, e nem mesmo a deslumbrante vista do oceano.

É uma escavadeira. Ou "Bulldozer", para ser exato, uma peça de 2,27 toneladas criada pelo artista conceitual Chris Burden que domina o saguão.

"Isso vai chocar todo mundo que visitar a casa", recorda alegremente Arnold Forde, 78, sobre o momento em que comprou a peça. "Não é só um quadro na parede".

E na sala de estar? Há um Lotus Europa 1973 estacionado ao lado dos sofás de couro. Exceto que, no contexto, não se trata de um carro, mas de "Lotus", outra peça conceitual de Burden.

Os Forde, colecionadores ávidos de arte conceitual e de vanguarda, viram as duas peças em 2007 e as adquiriram no espaço de alguns poucos dias.

"Enlouquecemos e decidimos comprar o trator, e eles tiveram de vir aqui para ter certeza de que o peso não o afundaria assoalho abaixo", conta Maria Forde, 82, voluntária da ONG World Vision. "E meu marido, que estava conversando com a mulher da galeria, disse "ei, podemos colocar o carro aqui, na sala de estar", e eu respondi "com certeza".

É claro que qualquer pessoa que conheça Arnold Forde sabe que ele tende a não evitar o surpreendente ou o não convencional. Afinal, ele é presidente da Forde & Mollrich, a agência de publicidade que em 1978 organizou a campanha pela proposição 13, uma medida de consulta que resultou em um grande corte nos impostos imobiliários estaduais, e que trabalhou na campanha de Arnold Schwarzenegger em 2006 para o governo da Califórnia.

Assim, quando os Forde decidiram que seu jardim precisava ser repaginado, havia pouca chance de que o resultado final fosse um gramado bem cuidado.

E, de qualquer forma, grama eles já tinham, em uma série de áreas em degrau que conduziam da garagem ao nível da rua à casa, 3,60 metros abaixo. "A grama estava lá desde que tínhamos comprado a casa", disse Arnold Forde. "Não é que fosse ruim. Mas era banal e tediosa".

Além disso, os corrimões estavam desgastados, e alguns dos refletores estavam enferrujados e não funcionavam mais, o que atrapalhava o casal quando queria caminhar pelo jardim de noite.

Mas ainda assim havia algo que amavam: uma enorme pinheiro de 75 anos de idade, com o tronco todo rugoso e retorcido e uma altura de quase 11 metros, e uma copa com 14 metros de diâmetro -quase o tamanho do jardim. A árvore, fortemente inclinada para um lado, tinha uma viga de aço como apoio e servia de ponto focal ao jardim. Eles de jeito algum queriam perdê-la.

Ken Smith, o paisagista de Manhattan que os Forde contrataram para o projeto, criou seu design em torno da árvore -ela e algumas variedades de plantas capazes de sobreviver à espécie de seca que a Califórnia teve de enfrentar recentemente. Smith escolheu trabalhar com uma palheta "primária de verde, azul-acinzentado, prata", ele diz, "com plantas de baixo consumo de água, incluindo salvas locais que no verão florescem com lindas flores azuis, e plantas mediterrâneas".

Na costa oeste dos Estados Unidos, "onde não há muita água", disse ele, "é comum plantar com grande separação". Um benefício, acrescenta, é que "você vê as plantas individuais, e elas têm essas cores interessantes".

Com isso, o paisagismo é contido e severo, com um piso de vidro reciclado azul e verde, cores que complementam as plantas, combinado a lascas de mármore e borracha negra.

Não é o mais comum dos jardins, ele admitiu, mas "os Forde adoraram a ideia de fazer algo mais provocante".

E a pièce de résistance nessa paisagem estranhamente atraente?

"O corrimão", disse Smith. "Foi a coisa mais expressiva e interessante que consegui fazer".

O jardim, cuja reforma de US$ 300 mil foi concluída este ano, é organizado em torno de um corrimão de alumínio vermelho brilhante, que brilha no escuro com a ajuda de LEDs. O apoio percorre os diferentes terraços do jardim em percurso sinuoso, se retorcendo, subindo e descendo, acentuando tudo que toca, incluindo o velho pinheiro.



Folha de São Paulo, 18/nov

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

No mercado de luxo, brasileiro age como o chinês e compra como o americano


Um relatório feito pela imobiliária internacional de alto luxo Sotheby's com base em pesquisa feita em vários países, incluindo os emergentes Brasil e China, mostra o que os consumidores querem em suas propriedades residenciais milionárias. O relatório foi publicado pela Forbes e revela, entre as curiosidades, que os brasileiros, apesar de preferirem a cultura europeia, são semelhantes a americanos e chineses ao comprarem um imóvel.

A pesquisa foi feita com base nas solicitações que os corretores recebem dos seus clientes ricos de diferentes nacionalidades em várias partes do mundo. De acordo com o relatório, quando se trata de estilo de vida para moradia, os brasileiros também seguem o ritmo de americanos e britânicos. Neste quesito, a pesquisa mostra que 95% dos compradores brasileiros querem uma propriedade que imprima um estilo de vida; na China, 97%; nos EUA 70%, e no Reino Unido, 71%.

Nas questões habitacionais, entretanto, os brasileiros são mais parecidos com os asiáticos, pois ambos veem as propriedade de luxo como um investimento familiar: mais de 90% alegaram esta importância. Entre os britânicos e americanos, menos de 70% têm essa visão.

AS PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DOS BRASILEIROS

Do total de brasileiros, segundo o relatório, 37% afirmaram querer um cais de águas profundas para guardar o barco a motor como parte do estilo de vida desejado. Em contrapartida, apenas 23% dos americanos e 19% dos chineses ressaltaram tal aspecto. Em relação ao heliporto, é a mesma situação: 15% dos brasileiros fazem questão. Dos americanos, apenas 7% escolheram um heliporto no telhado como um item indispensável para a casa de luxo.

"Temos visto um aumento da participação de compradores do Brasil com as nossas vendas de imóveis em geral e, mais ainda, com as vendas de nossos novos projetos", disse Daniel de la Vega, presidente da ONE International Realty Sotheby em Miami. Segundo ele, a cidade americana é uma das queridinhas do público sul-americano. Isso devido à sua proximidade, clima tropical e muitas praias, além, de preços acessíveis. Miami, diz, é um local onde os brasileiros podem obter o cais de águas profundas, o iate e o heliporto que almejam, ao contrário de outras cidades americanas.

Já em relação ao estilo de vida cultural, e não apenas no viés habitacional, os brasileiros, segundo a pesquisa, preferem o estilo europeu. A pesquisa mostra, ainda, que 52% dos brasileiros estão procurando casas para desfrutar de um estilo de vida próximo ao mar e 36% no campo. No geral, o relatório mostra que os compradores de alto luxo do mercado de imóveis estão mais propensos a comprar um estilo de vida do que há cinco anos, quando havia temor da bolha imobiliária.



O Globo Online, Morar Bem, 17/nov

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O novo World Trade Center


A inteligência humana e sua capacidade de criar e construir são a melhor resposta que se pode dar ao terrorismo, e é justamente assim que os americanos acabam de responder ao fanatismo criminoso que há 13 anos destruiu em Nova York o World Trade Center: na segunda-feira 3 foi inaugurado um arranha-céu de 541 metros de altura e 104 andares onde anteriormente existiam as Torres Gêmeas. Trata-se do novo One World Trade Center, e a primeira inquilina desse que se tornou o mais alto edifício do país é a gigante editorial Condé Nast, já ocupando cinco andares dos 25 que alugou - pelos 20 restantes acabarão de ser distribuídos em 2015 todos os seus três mil funcionários. Também no ano que vem será inaugurado um observatório que ocupará do 100º ao 102º andares e do qual se terá a mais privilegiada vista da ilha de Manhattan. Ao custo de US$ 3,9 bilhões, a estrutura de concreto do One World Trade Center é a mais reforçada possível contra ataques terroristas. "O horizonte de Nova York está novamente completo", disse Patrick Foye, diretor da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, proprietária do edifício.



IstoÉ, 13/nov

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Morar sozinho: opção para todos


Ainda um tabu para muitos pais, a moradia independente para pessoas com deficiência intelectual será tema de um seminário aberto ao público que acontece hoje, das 8h30m às 17h30m, no Palácio São Clemente, em Botafogo.

Promovido pelo Instituto JNG, que desde 2010 se dedica a projetos de inclusão social para deficientes, o evento vai reunir arquitetos, acadêmicos, profissionais de saúde, políticos e famílias para discutir as diretrizes e os rumos de um novo modelo de moradia independente para o Brasil. Além disso, serão compartilhadas informações e pesquisas sobre experiências bem-sucedidas em países como a Inglaterra.

Segundo Flávia Poppe, presidente do JNG, é a primeira vez que pessoas de múltiplos setores se juntam para pensar em como as cidades podem se preparar para oferecer mais independência para deficientes.

- A autonomia para pessoas com deficiência não é uma bandeira, é um conceito firme, que deve se tornar política pública. Aqui no Brasil, a gente entende que a viabilização desse tipo de habitação depende de uma ação tripartite, envolvendo o governo, os familiares e os investidores imobiliários. Também precisamos do auxílio de urbanistas para esse planejamento, uma vez que essas moradias não podem de forma alguma se transformar em espaços segmentados, afastados da comunidade; elas têm de estar inseridas nos bairros, para que todos tenham convívio social, rotina, e acesso aos serviços - pontua Flávia.

Ela explica que essas residências seriam uma espécie de república, onde os moradores teriam seus apartamentos individuais e contariam com a supervisão de "apoiadores", profissionais que, de acordo com Flávia, são diferentes dos já conhecidos cuidadores:

- O cuidador tem um papel assistencial. Já o apoiador tem a função de promover a autonomia dos deficientes, de orientar as atividades em vez de fazê-las por eles.

Do ponto de vista da segurança, Flávia entende que algumas famílias são resistentes à ideia de ver seus filhos morando sozinhos por opção própria ou por necessidade.

- Há, muitas vezes, uma atitude superprotetora. Mas um assunto que precisa ser enfrentado é: o que acontece com o deficiente após a morte dos pais ou responsáveis? É a partir de uma convivência com outras pessoas e da liberdade para realizar tarefas sozinhos que eles vão desenvolver habilidades para se sentirem cada vez mais seguros - enfatiza.

Helena Werneck, diretora do instituto Meta Social, que criou a campanha "Ser Diferente é Normal", é uma das mães que estarão do evento. Ela conta que sua filha Paula, de 26 anos, com Síndrome de Down, tem rotina ativa e independente.

- Ela estuda, trabalha, sai para festas, malha... E moraria com amigos se existissem residências com esse formato aqui no Rio. É importante que os pais comprem essa ideia e acreditem que seus filhos podem e precisam ter sua individualidade - enfatiza Helena.

Durante o dia, o seminário contará com painéis que tratam do Estado e das garantias dos deficientes, de políticas habitacionais para pessoas com comprometimento intelectual e depoimentos de jovens com deficiência.



O Globo, Zona Sul, 13/nov

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Apartamento em Ipanema é oferecido a R$ 70 milhões


Dizer que os preços de imóveis estão altos no Rio de Janeiro já virou redundância. Alguns, entretanto, ainda conseguem surpreender. É o caso de um apartamento anunciado num dos prédios mais cobiçados e caros do país: o Cap Ferrat, na Avenida Vieira Souto, em Ipanema. De quanto estamos falando? Nada menos que R$ 70 milhões.

Ricardo Whitaker, da imobiliária Whitaker & Monteiro, que publicou o anúncio, não dá detalhes sobre o imóvel em questão, mas explica que no edifício as unidades têm, geralmente, quatro suítes, sendo que a master é dupla. Além disso, há uma piscina dentro dos apartamentos e de três a quatro vagas de garagem. A área interna é de 530 metros quadrados, o que daria um metro quadrado de R$ 125 mil, além de 170 metros quadrados de varanda. O condomínio custa cerca de R$ 23 mil.

- O mercado de alto luxo é bem específico e trabalha com base no sigilo - explica Whitaker, ressaltando que até mesmo o acesso ao imóvel para interessados é restrito. - Nós primeiro fazemos uma ficha cadastral e verificamos dados dos clientes para ver se realmente podem pagar, antes de iniciar uma negociação.

Segundo ele, apesar do mercado imobiliário mais lento em função do cenário econômico atual, o alto luxo no setor tem liquidez:

- São imóveis bem específicos, então, quando há uma oferta num prédio como este, quem tem interesse e condições, vai comprar. Não perderá a oportunidade que é única.

Para o vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio), Leonardo Schneider, apesar de ser um produto muito exclusivo e cobiçado, o valor está bem acima dos registrados nas negociações recentes feitas no edifício "coqueluche".

- Apesar de ser uma compra ligada ao emocional, até mesmo inatingível, o que temos encontrado lá é um metro quadrado próximo a R$ 70 mil. O valor de R$ 70 milhões, considerando a metragem média dos apartamentos, é quase o dobro do que temos visto, mesmo sendo um Cap Ferrat. Mas aí é a estratégia para negociar. Por ser exclusivo e bem desejado, os preços são altos mesmo - afirma.

E se você acha que R$ 70 milhões já é muito, segundo Schneider, a cobertura, se anunciada, poderia chegar ao teto de R$ 90 milhões.


O Globo Online, Morar Bem, 11/nov

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Safra compra ícone de Londres


Um dos ícones da arquitetura contemporânea e marco de Londres é agora de propriedade de um grupo brasileiro. O Grupo Safra anunciou um acordo para a compra da propriedade 30 St Mary Axe, a segunda maior torre na City de Londres com 180 metros de altura e inaugurada em 2004.  

Se oficialmente o acordo não teve seu valor revelado, o jornal Financial Times revela que a compra superou a marca de 726 milhões de libras esterlinas, quase R$ 3 bilhões. 

Para arquitetos, trata-se de um dos principais destaques do urbanismo mundial contemporâneo e uma das principais obras do arquiteto Norman Foster. O prédio, conhecido como The Gherkin, ou 'Torre do Pepino', por causa do seu formato, conta com mais de 50 mil metros quadrados de espaço e hoje é sede de empresas como a Swiss Re e Kirkland & Ellis. 

"A aquisição é consistente com nossa estratégia imobiliária de investir em propriedades que são verdadeiramente especiais - nas melhores localidades das grandes cidades", indicou o Grupo Safra, em um comunicado. 

"Apesar de ter apenas dez anos, o prédio já um ícone de Londres e é diferente de outros no mercado, com um excelente potencial de crescimento de valor", indicou. "Pretendemos fazer o prédio ainda melhor e mais desejado por meio de uma propriedade ativa que vai levar a uma série de fortalecimentos que iräo beneficiar os locatários", indicou a declaração do grupo liderado por Joseph Safra, cuja fortuna chegaria a US$ 12,2 bilhões. 

O Grupo Safra foi uma das 200 empresas e bancos a fazerem propostas pelo edifício. Entre 2006 e 2007, um fundo administrado pela alemã IVG Immobilien AG e a Evans Randall Ltd. compraram o prédio da Swiss Re Ltd. por 600 milhões de libras, no auge do boom imobiliário na Europa. 

Mas os proprietários entraram em default em relação a mais de 390 milhões de libras esterlinas que tomaram emprestados de bancos alemães para comprar o edifício londrino. As empresas foram duramente atingidas pela crise financeira internacional a partir de 2008 e contrataram a Deloitte LLP para vender o prédio. 

Das mais de 200 ofertas que receberam, os vendedores optaram pelo projeto do Grupo Safra, que administra ativos de mais de US$ 200 bilhões pelo mundo e vem expandindo a compra de bancos e atividades em diferentes continentes.



O Estado de São Paulo, 11/nov

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Galeão terá novo hotel com 450 quartos


Grupo francês investirá R$ 100 milhões em complexo com as marcas Novotel e Ibis Style. Prédio com 450 apartamentos ficará entre os terminais 1 e 2 do aeroporto. Galeão receberá novos voos no verão. A Accor vai pousar no Galeão. O grupo francês de gestão hoteleira venceu concorrência aberta pela concessionária Riogaleão - composta por Odebrecht, Changi e Infraero e que assumiu a gestão do aeroporto em agosto - para instalar o terceiro hotel do Tom Jobim. O processo foi encerrado no mês passado, confirmou a Riogaleão.

Com investimento superior a R$ 100 milhões, a unidade irá ocupar um prédio que fica entre os dois terminais de passageiros, explicou Sandro Fernandes, diretor comercial da Riogaleão. As obras ficarão a cargo da Performance, que fará a adaptação do imóvel para o novo uso, construindo ainda um anexo.

Instalar um novo hotel no aeroporto já estava nos planos da Riogaleão, com previsão de sair do papel até 2017, explicou Sandro Fernandes, diretor comercial da empresa. Agora, esta é a previsão de início de operação do hotel.

- Em abril, conduzimos uma grande pesquisa para conhecer em detalhes as necessidades dos passageiros que passam pelo aeroporto. O estudo mostrou que um novo hotel seria prioridade para eles. Então, decidimos antecipar o projeto - explicou Fernandes.

A demanda dos passageiros, continua Fernandes, tem a ver com a expansão das operações do aeroporto e também com a capacidade do Galeão para se consolidar como um hub (centro de distribuição de voos) importante no país. De olho nesse crescimento, a concessionária optou por convidar sete dos principais grupos hoteleiros internacionais para participar da concorrência. Cinco deles enviaram propostas.

- Como o Galeão é um hub internacional, com forte movimento de lazer e também de viagens de negócios, precisamos oferecer serviços alinhados à qualidade de grandes marcas conhecidas globalmente - disse o diretor.

DOIS HOTÉIS EM UM

O complexo terá, no total, 450 apartamentos. Eles serão divididos em duas bandeiras hoteleiras: Novotel , com 280 quartos, e Ibis Style , com 170. Este último terá arquitetura e design interior inspirados no Rio de Janeiro. Haverá ainda restaurantes, centro de convenções, business center e academia de ginástica.

O contrato está em vias de ser assinado, explicou Sandro Fernandes. Procurada, a Accor não confirmou o negócio.

O prédio que será transformado em hotel é usado atualmente pela equipe da administração regional da Infraero, que se muda até o fim deste ano para novo endereço no Centro do Rio. Também estão no edifício funcionários da RioGaleão, que serão realocados para outras instalações no aeroporto.

OCUPAÇÃO DE ATÉ 300%

O Tom Jobim já conta com dois hotéis em operação. O mais novo deles é o Linx Hotel Internatonal Airport Galeão, da GJP Hotels & Resorts - do empresário Guilherme Paulus, fundador da CVC. Projeto de R$ 30 milhões, foi inaugurado pouco mais de um ano atrás.

Com 162 apartamentos, registrou ocupação média de 50% nesses primeiros 12 meses, com pico de 90% no período da Copa do Mundo, entre junho e julho deste ano. A GJP venceu licitações para instalar hotéis também nos aeroportos Santos Dumont, de Confins (MG) e de Vitória (ES). Hoje, tem 14 hotéis no país.

A outra unidade é o tradicional Rio Aeroporto Hotel, há duas décadas em atividade. Dois anos atrás, passou a ser administrado pela Bonotel. A empresa está investindo R$ 2 milhões na ampliação e modernização do empreendimento, informou Renato Oliveira, gerente operacional.

Com 62 quartos, o Rio Aeroporto vai ganhar mais 30, que devem estar concluídos até o fim deste mês. Entre as mudanças em curso, estão a substituição do carpete por piso sintético, além da renovação de todo o sistema de ar-condicionado. De acordo com Oliveira, a ocupação média é de 100%, com potência para crescer. Nas quartas e quintas-feiras, dias em que ocorrem embarques de profissionais que trabalham em plataformas de petróleo em alto-mar, o aproveitamento pode até triplicar. É que um mesmo apartamento pode registrar até 300% de ocupação, com três hóspedes se alternando no quarto num mesmo dia.

- O Rio Aeroporto é um empreendimento diferenciado. Por estar dentro do aeroporto, não recebe o hóspede de turismo habitual. O uso é mais de oportunidade, por pessoas esperando conexões ou que perderam ou tiveram voos cancelados - ressalta o gerente.



O Globo, 08/nov

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Prêmio aponta os melhores projetos de arquitetura no Brasil


Promovido pela revista "Arquitetura & Construção", da Editora Abril, o evento destaca os melhores projetos arquitetônicos realizados no Brasil, além da criatividade e inovação dos profissionais.

A premiação recebeu mais de 400 projetos, segundo os organizadores. Destes, foram selecionados 53 finalistas que concorreram ao prêmio.

Após essa etapa, entre 29 de agosto e 25 de setembro, ocorreu a votação pela internet.

Confira abaixo uma breve descrição de cada projeto:

INTERVENÇÃO URBANA

Ponte sobre Canal Guarapiranga, por Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo
Com 90 metros de comprimento, a nova conexão entre as margens do rio Pinheiros, na capital paulista, é de uso exclusivo de pedestres e ciclistas. Duas ilhas metálicas, apoiadas sobre os tubulões de concreto que sustentam a ponte, servem de parada para os usuários. O trecho central é móvel -motores elétricos rotacionam a estrutura para garantir a navegabilidade do curso d'água.

RETROFIT

Centro de Debate de Políticas Públicas, por Reinach Mendonça Arquitetos Associados
Depois de sofrer adaptações nos acessos e nos ambientes internos, a residência dos anos 50, em São Paulo, tornou-se a sede de um instituto de pesquisa. Duas novas marquises de concreto conduzem à construção principal, sem descaracterizar o jardim, que leva a assinatura do paisagista Burle Marx. Novas aberturas foram criadas para melhorar a iluminação e o conforto térmico da edificação de 710 m².

EDIFÍCIOS CULTURAIS

Galeria Tunga, por Rizoma Arquitetura
Localizada em Brumadinho, MG, esta galeria de arte está totalmente integrada ao entorno, graças aos enormes painéis de vidro. Os arquitetos tiraram partido do perfil natural do terreno para sugerir o percurso dos visitantes, que acontece por meio de escadas e rampas de madeira. Estrutura metálica e paredes internas de "drywall" estão presentes no projeto de 2 550 m².

ESCOLAS E UNIVERSIDADES

Centro de Atividades Didáticas das Ciências Naturais da UFMG, por Departamento de Planejamento Físico e Projetos
Com salas de aula e auditórios, este complexo acomoda em quatro blocos os estudantes que frequentam o campus onde está inserido, em Belo Horizonte. A distribuição dos espaços internos e o rebaixamento do forro proporcionaram um grau de conforto ambiental alinhado aos princípios de eficiência energética. O projeto soma 8 662 m².

EDIFÍCIOS COMERCIAIS - MENOS DE 2 MIL M2

Lopes Quintas, por Gisele Taranto Arquitetura
O edifício de 1 719 m² exibe recursos que amenizam a alta insolação e a temperatura elevada do Rio de Janeiro. Toldos verticais microperfurados asseguram o controle de luminosidade e o conforto térmico dos ambientes internos. No telhado, uma cobertura verde reforça a preocupação com os efeitos da incidência solar. As amplas varandas remetem às típicas torres residenciais do bairro.

EDIFÍCIOS COMERCIAIS - MAIS DE 2 MIL M²

Edifício Corujas, por FGMF Arquitetos
Com a intenção de criar espaços de trabalho informais e integrados a um pátio arborizado, os arquitetos exploraram grandes aberturas. Os vãos, fechados com vidro ou brises metálicos, permitem a passagem de luz natural, o que reduz o uso de iluminação artificial. Madeira, estrutura metálica e pré-moldada de concreto completam a lista de materiais adotados no complexo de 6 880 m², em São Paulo.

ESPAÇOS COMERCIAIS

Atelier Aberto, por AR Arquitetos
Em São Paulo, o projeto de 200 m² distribui as diferentes tarefas do ateliê em ambientes delimitados por volumes de concreto aparente. As conexões se dão por meio de escadas e passagens com portas gigantes de vidro. Um desses blocos avança na frente do terreno, criando uma praça semipública. Nas áreas de exibição, trilhos com focos de luz móveis funcionam quando a luz natural não é suficiente.

LOJAS

Livraria Cultura, por studio mk27
O espaço paulistano de 2,5 mil m² faz mais do que comercializar livros e outros produtos culturais: seu último piso funciona como uma imensa área de convivência. Rodeado de estantes, ele conta com mesas, cadeiras e uma arquibancada de madeira - mesmo material adotado no teto, para deixar o amplo salão mais acolhedor.

ESCRITÓRIOS

Estúdio de Fotografia, por Stuchi & Leite Projetos
Um antigo apartamento paulistano transformou-se neste estúdio de 92 m². Foram removidas todas as paredes internas, e uma marcenaria minuciosa delimitou os espaços reservados para equipamentos, acervo de obras e material de consulta, estação de trabalho e uma copa. Na área antes dedicada à lavanderia, uma plataforma eleva o piso para garantir a vista do bairro.

BARES E RESTAURANTES

Mundial, por Apiacás Arquitetos
O cronograma apertado exigia agilidade na construção do bar de 300 m², em uma esquina de um bairro badalado de São Paulo. Os arquitetos optaram por componentes pré-moldados, como a estrutura metálica e painéis de concreto armados com treliça metálica, tanto nas lajes como nas paredes de fechamento. O piso de madeira traz aconchego ao ambiente, finalizado com iluminação e mobiliário contemporâneos.

CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS
Residências da Mata, por Arquitetura Gui Mattos

As casas deste condomínio em Porto Feliz (SP), tiram proveito da topografia acidentada. Erguidas sobre pilotis, elas possuem acesso por meio de passarelas. A concepção arquitetônica previu a racionalização da montagem, que emprega estruturas metálicas e lajes pré-fabricadas. Banheiros prontos e treliças para a fachada também agilizaram a obra de 5.300 m².

REFORMA DE APARTAMENTO

Apartamento rua Pirapetinga, por Piratininga Arquitetos Associados + JPG.ARQ
Depois da reforma que descortinou a estrutura metálica original, o apartamento de 600 m² em Belo Horizonte teve a planta reorganizada para adequar a distribuição dos ambientes à escala do imóvel. Os arquitetos eliminaram as divisórias tradicionais dos ambientes, deixaram as lajes de concreto à vista e projetaram uma iluminação cênica, com canaletas de luz indireta e focos voltados às obras de arte dos moradores.

REFORMA DE CASA

Casa VRP, por Figueroa.Arq
Em uma vila paulistana, a antiga casinha geminada, com problemas de umidade e má iluminação, virou um sobrado claro, integrado e arejado. O novo projeto incorporou um jardim vertical e passarelas metálicas no trecho de pé-direito duplo e na área externa. Os 91 m², distribuídos em um terreno de 4x16 m, dividem-se em ambiente social, no térreo, e dois quartos com banheiro, no piso superior.

CASA DE PRAIA

Casa Xan, por Mapa Arquitetos
Uma parede solta de concreto, sem fechamento lateral, faz as vezes de muro na fachada da casa de 300 m², em Xangrilá, no litoral gaúcho. Atrás desse bloqueio visual, todo o andar térreo, com os espaços sociais, integra-se ao exterior por meio de esquadrias com painéis de vidro. O piso superior, com três dormitórios, é envolvido por brises de madeira e esquadrias, que seguem a mesma linguagem do ripado vertical.

CASA DE CAMPO

Casa GCP, por Bernardes Arquitetura
Dois pavilhões compõem a casa de fim de semana, em Porto Feliz, SP. Um deles, que concentra as atividades sociais, tem estrutura de madeira com brises pivotantes de cobre azinhavrado (oxidação esverdeada da superfície), que protegem as salas do sol da tarde. As áreas de estar e gourmet voltam-se para a piscina. O pavilhão íntimo, executado em concreto, completa os 910 m² de área construída.

CASA URBANA - MENOS DE 300 M²

Casa de fim de semana em São Paulo, por SPBR Arquitetos
Concebida "de cima para baixo", a casa respeita o limite de 6 metros de altura estabelecido para o bairro, na capital paulista. Esta cota máxima passou a ser o piso térreo, com uma piscina suspensa que funciona como contrapeso para o solário. No andar intermediário estão distribuídos os cômodos da ala íntima. E o nível do solo ficou completamente livre, com um farto jardim e uma convidativa área comum.

CASA URBANA - MAIS DE 300 M²

Casa em São Paulo, por Mauro Munhoz Arquitetura
Esta casa paulistana alia estrutura leve e delgada, de concreto branco, a grandes caixilhos de aço corten, que emolduram tanto os painéis de vidro como os fechamentos de gesso acartonado. No piso superior, mais fechado, destacam-se as janelas com madeira ripada. No térreo, as áreas sociais conectam-se ao espaço externo, tirando partido da transparência e da leveza dos elementos.



Folha de São Paulo, 07/nov