Estudo revela que mais de 48 mil brasileiros morreram, entre 2000 e 2018, devido ao calor extremo.
O calor extremo tem feito cidades superarem recordes históricos de temperatura devido às ondas de calor enfrentadas pelo país. Neste ano, o fenômeno climático se manifestou oito vezes até setembro. Meios para combater a crise ambiental foram debatidos por Ministros do Meio Ambiente do G20, na última quinta-feira, 3, no Rio de Janeiro, onde assinaram uma declaração para ampliar o enfrentamento aos desafios impostos.
De acordo com um estudo, publicado no início deste ano, realizado em conjunto com 12 cientistas brasileiros e portugueses vinculados a instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Lisboa, as ondas de calor mataram mais de 48 mil pessoas no Brasil entre 2000 e 2018, superando em mais de vinte vezes o número de mortes por deslizamentos de terra no período.
Devido às temperaturas extremas, cada vez mais cresce a demanda por ar-condicionados e ventiladores elétricos, devendo a demanda triplicar até 2050, conforme a Agência Internacional de Energia. A questão é que esses equipamentos, além de contribuírem com o aquecimento global, consomem atualmente 20% da eletricidade usada em edifícios ao redor do mundo, trazendo para a discussão o ramo da construção civil, onde o uso de estruturas sustentáveis, que emitam menos gases poluentes e protejam a população das ondas de calor, tem sido cada vez mais incorporadas em projetos.
“O setor da construção civil está cada vez mais atento às tendências do mercado, como a sustentabilidade e as inovações tecnológicas. É crucial compreender e responder às demandas do público para garantir o sucesso nos negócios e o bem-estar de todos”, diz Tatiana Fasolari, CEO do Grupo Fast.
Veja Negócios, 21/out