sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 600.000,00



R$ 90 milhões: Triplex da década de 80 na orla do Leblon pode se tornar o apartamento mais caro à venda no Rio

Com uma área total superior a 1.500 m², o imóvel está no Edifício Ana Carolina, considerado um dos "Top 5" empreendimentos mais luxuosos do Rio. Seu valor ultrapassa o da cobertura da família Guinle, que é considerada o maior apartamento à venda da América Latina.

Como se já não bastasse o espanto do mercado imobiliário com a super cobertura luxuosa do Residencial TOM, comercializada a R$ 38 milhões, e que já recebeu seus primeiros moradores, bem próximo dali, ainda na orla do Leblon, um triplex da década de 80 está superando o valor do seu vizinho mais moderno, mostrando que o Leblon sempre pode marcar um novo recorde de alta cifra, podendo ser o responsável pela venda do possível apartamento mais caro comercializado atualmente na cidade.

O triplex do Edifício Ana Carolina, localizado na Avenida Delfim Moreira, está chamando a atenção do mercado com seu preço exorbitante de R$ 90 milhões. Com uma área total de mais de 1.500 m², o imóvel conta com seis quartos e cinco banheiros, piscina, terraço verde e até sauna, podendo ser um dos apartamentos mais caros à venda na história do bairro, que é conhecido por ter o metro quadrado mais valorizado do Rio.

Construído na década de 80 por Jorge Paulo Lehman, um dos magnatas do setor bancário, e pelo proprietário da Construtora Mauá, o Edifício Ana Carolina possui uma história curiosa. Ao contrário da maioria dos empreendimentos, nenhuma unidade foi ofertada ao mercado; todas as unidades foram destinadas a membros das famílias envolvidas na construção, tornando o imóvel uma “extrema raridade”, como destaca o anuncio do apartamento.

O triplex apresenta uma série de comodidades que impressionam. No primeiro andar, são três salas distintas, lavabo e um varandão com vista frontal para o mar. O segundo piso conta com uma área de lazer com piscina e sauna, além dos quatro quartos, sendo um deles uma suíte master. O terceiro andar abriga um terraço verde.

Ele é o destaque entre os melhores. O corretor de imóveis especializado em mercado de luxo, Paulo César Ximenes, o classifica como um dos 10 edifícios mais caros para se viver no Rio de Janeiro. “O valor de R$ 90 milhões é um preço justo. A dimensão deste imóvel pode ser comparada a outros ícones da Zona Sul, como o Cap Ferrat e o Juan Les Pins, mas com apenas um terço das unidades. Isso significa mais privacidade para os moradores, além de varandas significativamente maiores,” destaca Ximenes, que é diretor da Sérgio Castro Ouro.

Ele complementa: “O Edifício Ana Carolina não está apenas no TOP 10, mas no TOP 5. Pessoalmente, aprecio muito a planta desse prédio, que possui uma harmonia superior em comparação ao Juan Les Pins e ao Cap Ferrat.”

Comparação com o Mercado

O valor do triplex é mais que o dobro das coberturas disponíveis no Leblon, mesmo aquelas com vista para o mar e localizadas na orla. Além disso, supera o preço das maiores mansões nos condomínios mais nobres do Rio, como o Jardim Pernambuco e o Mansões. Para uma comparação ainda mais assustadora, o apartamento ganha da maior cobertura da América Latina. Um imóvel que está encalhado há anos, que já pertenceu à família Guinle, no Prédio Tucumã, na Praia do Flamengo, que possui 4 andares, 3.900 m² e está à venda por R$ 59 milhões.

O apartamento tem móveis modestos e acabamentos clássicos, como tábua corrida e mármore em banheiros. Para os futuros proprietários, os custos não param por aí: a taxa de condomínio é de mais de R$ 17 mil mensais, além de R$ 251 mil anuais de IPTU.

Diário do Rio, 11/out

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Cobertura Duplex, 5 Quartos, 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 7.500.000,00



De boate a residencial de luxo: O Encanto da Melt e seu legado no Leblon

Saiba como a famosa boate moldou a cultura noturna do Rio. Demolida, agora dará lugar a um novo capítulo na Zona Sul.

O nobre endereço que por anos abrigou a badalada boate Melt, fechada há mais de uma década, dará lugar a um residencial de alto padrão com 58 apartamentos. Eram vários predinhos juntos, unificados por dentro e que receberam por muitos anos jovens de todo o Rio para noitadas. Agora demolidos, o local receberá unidades residenciais com preços a partir de R$ 2 milhões e uma expectativa de Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 180 milhões: o novo projeto destaca a força renovada do mercado imobiliário do Rio de Janeiro, mais especialmente na incensada Zona Sul.

Sob a batuta da incorporadora Aros Inc., que tem se especializado em prédios com arquitetura contemporânea, o empreendimento, situado na Rua General San Martín (que muitos pronunciam em francês mas homenageia na verdade um general argentino, ou seja, é Martín, e não “Martan”), começa a ser anunciado. Para construir o novo edifício de sete andares, a empresa adquiriu também alguns imóveis vizinhos à antiga boate, formando um novo quarteirão no Leblon, especificamente na Rua Rita Ludolf, 47.

“O imóvel da Melt ficou muito tempo abandonado, o que trazia uma sensação de insegurança para os moradores. Compramos esse terreno icônico após uma disputa acirrada com outros players do mercado e, em seguida, começamos a negociar com os proprietários dos imóveis ao lado. Felizmente, conseguimos um acordo que fosse bom para todos. Agora, teremos um quarteirão totalmente revitalizado com a chegada do Stay Ludolf”, afirma Ricardo Affonseca, co-fundador e diretor-executivo da empresa.

O “Stay Ludolf” contará com 58 unidades, com preços a partir de R$ 2 milhões, e o financiamento será viabilizado pelo BTG Pactual. Além desse empreendimento, a empresa prevê lançar pelo menos mais cinco projetos de luxo na Zona Sul em 2025, com um VGV estimado em R$ 600 milhões, segundo informa a assessoria da empresa.

Localizado no coração do Leblon, a apenas 100 metros da praia e próximo a diversas opções de comércio e lazer, o novo endereço terá apartamentos compactos distribuídos em sete andares. As tipologias flexíveis pretendem atender a quem deseja investir ou morar, incluindo os famosos studios, as unidades gardens e coberturas lineares e duplex. O projeto visa atender à alta demanda por hospedagem de curta temporada na região. “Hoje muitos condomínios combatem a locação por curtos períodos. Isso vem impossibilitando que muitos investidores desta modalidade atuem. Para isso, empreendimentos como este, onde por fundamento o aluguel por temporada é liberado, estão surgindo e tem um público certo. Temos dezenas de clientes em carteira buscando imóveis onde tenham certeza que o condomínio não vai impedi-los de alugar via Airbnb, por exemplo”, explica o corretor Anderson Martins, diretor da filial da Sergio Castro Imóveis no Leblon, que fica a poucos metros da nova construção.

“O Leblon é mais que um bairro, é um símbolo de história e sofisticação, além de ser berço de uma comunidade vibrante e cosmopolita. As suas ruas arborizadas e a praia deslumbrante refletem o charme do Rio, oferecendo uma qualidade de vida incomparável aos moradores”, ressalta o co-fundador da incorporadora que comprou a velha Melt.

O lazer do local será através de um rooftop com espaços funcionais, área para yoga, piscina, sauna e um bar. O prédio também vai oferecer conveniências como garagem com serviço de manobrista, bicicletário, lavanderia, espaço para entregas e até pranchário de surf para os moradores. A segurança, segundo a empresa, será garantida por um controle perimetral, acesso restrito para pedestres e veículos, além de portaria com reconhecimento facial.

Os projetos de Arquitetura e Decoração das Áreas Comuns são assinados pela Cité Arquitetura, enquanto o design de Interiores ficou a cargo de Natália Lemos Arquitetura, que também criou o apartamento decorado que poderá ser visitado no estande do empreendimento.

O Encanto da Melt e seu legado no Leblon

Ícone dos anos 2000, a Boate Melt ofereceu uma experiência única, unindo boa música e um ambiente acolhedor que tornava as noites memoráveis. A preferida pelos jovens estrangeiros que visitavam o Rio, a boate atraía uma mistura de gringos e cariocas, permanecendo cheia durante muito tempo, celebrando aniversários, casamentos e risadas de grupos de amigos.

A alegria reinou naquele pedacinho do Leblon durante a passagem da Melt, onde juventude, beleza, música alta, bebidas e comidas conquistaram cada vez mais visitantes. Em comentários no site TripAdvisor, uma internauta compartilhou sua experiência em 2016. “Estive recentemente na Melt com amigos e me diverti muito. Durante a noite, duas bandas tocaram e, mesmo no Leblon, os preços não eram absurdos como costuma ser por ali”, afirma.

Com um repertório que ia do rock ao sertanejo, a Melt se tornou o ponto de encontro de jovens e adultos. Nas redes sociais, a boate gerava muitos comentários, especialmente durante o Carnaval, com seu baile e karaokê universitário. “Ir ao Rio e não dar uma passadinha no Melt é um pecado. Comida rápida e saborosa, com a arquitetura dos anos 50 como pano de fundo! Todo o cardápio é bem elaborado”, destacou uma frequentadora, relembrando os momentos de alegria.

O local também recebeu a festa de lançamento da marca Maybelline NY Brasil, com a presença do cantor Nego do Borel e da atriz Camila Queiroz. Além deles, participaram concorrentes do programa The Voice e o ator Bruno Gagliasso, que se arriscou como DJ. A Melt ainda revelou sucessos de grupos de carnaval, como o bloco “Me Esquece”, criado pelo dentista Fernando Lourenço Sérgio, que se tornou um dos eventos mais animados da folia carioca em 2011. As rodas de samba do bloco, aos domingos, fizeram sucesso durante todo o ano.

Toda quarta-feira, a Melt era o espaço certo para os amantes do sertanejo, reunindo milhares de pessoas. O último post nas redes sociais, datado de 22 de maio de 2017, anunciava uma promoção para a “Quarta Sertaneja”, sem que o público soubesse que aquela seria a última música a ecoar na boate: “Daqui a pouco tem a ÚLTIMA EDIÇÃO da Quarta Sertaneja da Melt Rio. Sim, a casa entra em obra e a festa vai dar uma descansadinha. No cardápio da festa: Karaokê Universitário, show com Rick Lima, DJ Paulinho e dose dupla”.

A boate contava com dois andares, recebendo todo tipo de público e sempre estampando os jornais, desde interdições pela prefeitura, como em 2009, até eventos clássicos da cidade maravilhosa.

Assim, toda festa tem seu fim. Toda boate um dia fecha, por mais querida que seja. Um artifício comum é mudar de nome para reviver a antiga glória, mas essa “roupagem nova” raramente funciona. Algumas casas duram poucos meses, a maioria, alguns anos, e poucas alcançam o status de fama, como a Melt. Contudo, a hora de todas elas sempre chega, por motivos variados: disputas judiciais, desapropriações, baixo retorno financeiro, desenvolvimento imobiliário ou simplesmente o cansaço dos sócios.

A Boate Melt ainda permanece na memória dos cariocas, simbolizando uma era de festas e momentos marcantes na cidade. Embora o local tenha fechado suas portas, seu legado continua a ecoar nas lembranças de quem viveu suas noites animadas, deixando espaço para novas histórias e experiências na vibrante cena carioca.

Diário do Rio, 10/out

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Apartamento 3 Quartos no Recreio dos Bandeirantes - R$ 800.000,00




Vendas de imóveis sobem 21,4% e lançamentos crescem 42% em agosto, revela Secovi-SP

A pesquisa do Secovi-SP mostrou ainda que os lançamentos tiveram um salto de 42% em agosto na comparação anual, para 9 mil unidades.

As vendas e os lançamentos de imóveis residenciais na cidade de São Paulo seguiram em alta em agosto, puxados pelo desempenho do Minha Casa Minha Vida (MCMV), segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (2), pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

Em agosto, 67% dos lançamentos e 59% das vendas foram de imóveis enquadrados no programa habitacional.

No total, as vendas de moradias novas em agosto cresceram 21,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a 9,7 mil unidades.

Já as vendas acumuladas nos últimos 12 meses até agosto aumentaram 26% em relação aos 12 meses aneriores, totalizando 92,5 mil unidades — patamar recorde no setor.

As vendas de moradias enquadradas no MCMV subiram 39% no período acumulado, indo a 48,7 mil unidades. Já as vendas de residências de médio e alto padrão tiveram alta de 15%, para 43,9 mil unidades.

A velocidade de vendas atingiu a marca de 15,3% em agosto. Ou seja, foram vendidos no mês 15,3% de todas as unidades lançadas e que constavam no estoque. Já no período de 12 meses, a velocidade de vendas atingiu a marca recorde de 61%.

A pesquisa do Secovi-SP mostrou ainda que os lançamentos tiveram um salto de 42% em agosto na comparação anual, para 9 mil unidades.

No acumulado em 12 meses, os lançamentos subiram 28%, para 90,8 mil unidades. Assim como nas vendas, os lançamentos foram puxados pelo MCMV. Os novos projetos lançados dentro do programa dispararam 88,6%, para 55,6 mil unidades. Nos outros mercados, os lançamentos recuaram 15%, para 35,3 mil unidades.

Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo encolheu 10,7% em um ano, chegando a 54,1 mil unidades em agosto. O levantamento considera apartamentos ainda na planta, em obras e os recém-entregues.

O estoque do MCMV é formado por 25,3 mil unidades, o equivalente a 47% do total. Nesse ritmo de vendas, o estoque seria totalmente esgotado em 6 meses se não houvesse novos projetos, estimou o Secovi. Nos demais mercados, o estoque soma 28,7 mil unidades, 53% do total, capaz de suportar 8 meses de vendas.

Os projetos do MCMV deslancharam desde que as novas regras do programa passaram a valer, há cerca de um ano.

Os ajustes proporcionaram aumento dos subsídios, corte nos juros dos financiamentos e ampliação do preço máximo dos imóveis elegíveis – que chegaram a R$ 350 mil — o que favoreceu o enquadramento de mais projetos dentro do programa.

Mais recentemente, houve corte de impostos para construtoras e atualização das faixas de renda dos beneficiários.

CNN Brasil, 09/out

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Apartamento 1 Quarto na Barra da Tijuca - R$ 1.100.000,00



Imóveis de nomes imortais da MPB à venda na Zona Sul

A casa onde viveu Elis Regina, em São Conrado, um apartamento no prédio de Nara Leão, em Copacabana, e o sobrado que era “pouso” de Vinicius de Moraes, na Gávea.

O que você acharia de morar numa mansão com vista para o mar que pertenceu a uma das maiores cantoras da MPB? Ou no famoso prédio que abriga o apartamento considerado o berço da Bossa Nova? Ou ainda em um sobrado onde viveu um dos mais importantes poetas brasileiros? Pois esses endereços icônicos para a cultura brasileira estão à venda no Rio.

O mais espetacular deles, anunciado por R$ 8 milhões, pertenceu a Elis Regina: uma casa de três andares em um condomínio na Avenida Niemeyer, em São Conrado, comprada pela cantora em 1967 e que serviu de palco para a festa de seu casamento com o compositor Ronaldo Bôscoli. O imóvel, com 350 metros quadrados de área construída, foi reformado e modernizado em 2017.

O projeto original é dos anos 1950, assinado pelo arquiteto Fernando Portuguese. O estilo rústico chique faz uso de muita madeira, pedra e vidro, integrados à vegetação e à paisagem. A venda será feita com porteira fechada: os móveis e os objetos de decoração integram o negócio.

No térreo ficam a sala de estar com três ambientes, um mezanino próprio para sala de jantar e a cozinha. No primeiro andar, duas suítes, um quarto simples e um banheiro.

E, no último, mais uma suíte, piscina, sauna, bar e amplo terraço com vista para o mar e a Pedra da Gávea. Do terraço em que se casou, Elis atirou ao mar, depois de uma briga com Bôscoli, a coleção de discos de Frank Sinatra que acumulara durante décadas. A cantora morou ali até 1972, quando se separou do marido.

O apartamento à venda fica no Palácio Champs Elysées, edifício onde morou Nara Leão e que recebeu uma placa da prefeitura em sua homenagem. Outro endereço famoso fica no icônico Edifício Palácio Champs Elysées, na Avenida Atlântica, de frente para a Praia de Copacabana. Com 250 metros quadrados, o apartamento se localiza exatamente embaixo da unidade 303 do bloco Louvre, onde, no final dos anos 50, a cantora Nara Leão, ainda adolescente e morando com os pais, recebia alguns dos artistas mais promissores da época em noitadas musicais que acabaram sendo fundamentais para a gestação da Bossa Nova.

Nomes como Carlos Lyra, Sérgio Mendes e Roberto Menescal eram frequentadores assíduos desses encontros. Uma placa instalada pela Prefeitura do Rio na entrada do edifício chama a atenção para a importância histórica do local.

Anunciado por R$ 3,5 milhões, o imóvel à venda tem planta circular, com três quartos (uma suíte), um salão com vista para o mar, sala de jantar, banheiro social, lavabo, cozinha ampla e dependências completas com dois quartos de serviço. Vidros antirruído instalados no janelão tornam o interior do apartamento silencioso. O fato de não haver bares ou restaurantes naquele quarteirão da Atlântica, bem em frente ao Posto Quatro, colabora para o sossego dos moradores.

Aliás, quando o assunto é sossego, poucos endereços se equiparam ao sobrado da pacata Rua das Acácias, na Gávea, onde morou o poeta Vinicius de Moraes. O imó- vel está à venda por R$ 3,9 milhões. Com dois andares e 283 metros quadrados, a charmosa construção dos anos 1930 abriga cinco quartos, três banheiros, entrada e varanda azulejadas, um pequeno jardim na parte da frente e um vasto quintal com três árvores nos fundos. No imóvel, o poetinha passava horas escrevendo, recebendo amigos ou saboreando um uisquinho.

Segundo a corretora Juliana Malafaia, responsável pela venda do sobrado, o jovem Vinicius morou com os pais na casa então alugada. Tempos mais tarde, sua irmã Laetitia compraria o sobrado, garantindo ao poeta não só retorno frequente ao local como um teto acolhedor nos intervalos entre seus nove casamentos. Hoje, a casa pertence a um sobrinho de Vinicius, que a colocou à venda em julho. A corretora diz já ter sido procurada por vários artistas interessados, mas ainda sem proposta concreta. Segundo ela, existe permissão legal para o imóvel ser usado também para fins comerciais, dependendo do ramo de atividade.

Valor Econômico, 08/out

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Cobertura 3 Quartos, 2 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 3.500.000,00



Personalização de apartamentos é desafio no alto padrão

Oferta de mudanças nas plantas e pacotes de acabamento não alcançam resultado esperado, levando incorporadores a entregar unidades mais básicas para evitar demolições e geração de resíduos.

Nos últimos anos, as incorporadoras que atuam no segmento de alto padrão passaram a oferecer aos clientes pacotes de personalização do interior das unidades, criados por arquitetos renomados, com possibilidade de alteração das plantas originais e menu de acabamentos sofisticados para livre escolha. Mas o que era para ser uma solução tem se tornado um desafio para o setor, causando desconforto nas duas pontas da cadeia.

As empresas defendem a estratégia: o imóvel pode ser ocupado ou alugado logo na entrega das chaves, os custos da personalização acabam diluídos no próprio financiamento, não há os riscos e a dor de cabe- ça de se gerenciar uma reforma nem o impacto que a demolição pós-obra gera no meio ambiente, com desperdício de energia e geração de resíduos.

Entretanto, na média, menos de 40% dos compradores de São Paulo têm aceitado a oferta. Um dos motivos é a percepção de semipadronização dos apartamentos, levando à perda do aspecto da exclusividade, muito valorizado pelo público AAA.

Outra razão é a aquisição dos imóveis por investidores, voltados para revenda futura dos ativos, o que não validaria o gasto com a customização. “Descontando os investidores, que representam 20% da minha clientela, dos demais compradores, apenas 35% adquiriram nossos kits de personalização”, explica Luciano Amaral, CEO da Benx Incorporadora, responsável pelo Parque Global.

No showroom de vendas do empreendimento, às margens do Rio Pinheiros, um dos ambientes apresentava seis projetos de customização assinados por Carlos Ott, Débora Aguiar e Archea Associati. Marcas renomadas de acabamento e revestimentos davam suporte ao serviço.

“Ouvimos de muitos clientes que o principal receio era ter sua casa igual à de um vizinho”, lembra Amaral. Segundo ele, o tema preocupa porque gera impacto nas questões ASG da companhia, além de causar incômodo a quem optou pela personalização.

“Imagine passar por mais seis meses ou um ano com obra no apartamento do vizinho? Hoje, por exemplo, tenho 80 unidades em reforma simultaneamente nas cinco torres do empreendimento. A gestão disso, que envolve desde o acesso diário dos trabalhadores à logística das caçambas de entulho, é muito complexa”, diz o executivo.

A alternativa encontrada por Amaral foi passar a oferecer os apartamentos do Parque Global — que têm entre 142 e 597 metros quadrados — em uma versão mais básica, “na casca”, como diz o jargão do mercado. “Muitas empresas têm feito essa opção não para economizar, mas para evitar prejuízo e impacto ambiental, além de deixar o comprador mais livre para fazer sua unidade como bem quiser”, afirma.

Contudo, a estratégia é polêmica e, não raro, recebe críticas de potenciais interessados na aquisição de imóveis de alto padrão. No entendimento de muitos deles, apartamentos da categoria, pelo valor elevado, deveriam ser entregues praticamente prontos para morar. Eis o dilema!

Na Zona Norte, a Meta Incorporadora tem observado o mesmo fenômeno acontecer no empreendimento Mawe Luxury Residences. O pacote de customização dos apartamentos, com plantas entre 250 e 790 metros quadrados, foi adquirido por cerca de 30% dos clientes até o momento. “Oferecemos duas propostas de interiores, idealizadas pelo arquiteto do projeto, Gui Mattos, com memoriais de acabamento e quitação feita durante o financiamento”, explica Alexandre Souza Lima, CEO da Meta Incorporadora.

O executivo afirma que a adesão ao serviço tem aumentado nos últimos meses. “A personalização é um grande benefício para o cliente, que certamente vai gastar menos e poder usar o imóvel logo que receber as chaves, além da garantia da obra que a incorporadora oferece”, avalia.

Calendário de obra

Nos casos em que o comprador prefere fazer a customização por conta própria, Souza Lima diz que sua equipe informa o calendário de obra, com datas e prazos específicos para as intervenções. “É importante que as datas sejam respeitadas. Na fase de alvenaria, por exemplo, se o cliente solicitar uma mudança depois do prazo, isso vai gerar um novo custo, já que será preciso demolir o que já foi feito”, explica Souza Lima

De toda forma, a Meta Incorporadora pretende seguir oferecendo o serviço em seus próximos projetos. “Os futuros empreendimentos já serão projetados para facilitar o processo de customização das unidades, com plantas mais flexíveis e ‘layouts’ simplificados”, diz o CEO.

A Benx Incorporadora também tem oferecido personalização dos apartamentos na sua torre mais nova, a PG Residences, que promete ser o edifício de moradia mais alto da cidade — a 173 metros acima do nível da rua.

“Mas é um momento para se refletir sobre o tema, porque é preciso uma mudança de comportamento. Os clientes devem se conscientizar da importância da personalização durante a obra. O desperdício de materiais e a geração de resíduos podem e devem ser evitados” apela Luciano Amaral, da Benx.

Valor Econômico, 07/out

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Cobertura Triplex, 4 Suítes no Recreio dos Bandeirantes - R$ 2.200.000,00



Empresas de construção apostam em crescimento

Forte demanda de vendas nos últimos trimestres contribuiu para uma redução dos níveis de estoque das empresas, o que aumenta o apetite por lançamentos futuros.

Empresas de construção de moradias estão otimistas com o mercado de construções de baixa renda, embora os aumentos de custos sejam motivos de preocupação. Este foi o tom das reuniões com empresas do setor realizadas durante a J. Safra Brazil Conference 2024, nos dias 24 e 25 de setembro, no Grand Hyatt São Paulo.

O evento contou com a presença da gestão das principais empresas listadas no setor imobiliário: Cyrela, Cury, Direcional, MRV & Co, Tenda, Eztec, Plano&Plano, Lavvi, Even, Multiplan, Iguatemi, Allos e Log CP.

Os construtores de casas de baixa renda permanecem no centro das atenções, segundo relatório do Banco Safra. O ambiente favorável para a habitação de baixa renda continua incentivando todos os desenvolvedores de baixa renda que participaram da conferência a aumentar sua atividade de lançamento, dado seu impressionante desempenho de vendas nos últimos trimestres.

Enquanto isso, os executivos das empresas não estão preocupados com a escassez de recursos no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), destacando o recente aumento de R$ 20 bilhões no orçamento anual do programa e reforçando que o balanço do FGTS permanece sólido, apoiando o aumento dos recursos.

Os investidores também demonstraram certa preocupação com o aumento dos custos de construção pressionando a margem bruta da empresa. No entanto, as equipes de gestão notaram que apesar de uma maior pressão sobre o trabalho e alguns custos de matérias-primas, a inflação permanece em sua maioria estável, dentro da estimativa incorporada em seus orçamentos.

Empresas de construção estão otimistas com expansão do mercado

A perspectiva para o setor é construtiva para o nicho de média/alta renda, apesar das tendências macroeconômicas desfavoráveis, segundo o Safra. Embora o novo ciclo de aperto monetário adie qualquer queda a curto prazo nas taxas hipotecárias, a forte demanda de vendas nos últimos trimestres contribuiu para uma redução dos níveis de estoque das empresas, o que aumenta seu apetite por lançamentos futuros, consequentemente, impulsionar seus resultados futuros.

Além disso, apesar das tendências macro mais desfavoráveis no trimestre, todos os construtores de média/alta renda que participaram da nossa conferência notaram que as vendas permanecem sólidas, refletindo principalmente a sólida demanda por novos lançamentos e impulsionados, em alguns casos, por estratégias comerciais mais agressivas.

O impulso operacional dos shoppings também continua encorajador, destaca o relatório do Safra. Os três operadores de shopping centers reforçam que a demanda por novos espaços comerciais permanece alta, o que deve impulsionar as taxas de ocupação, enquanto o crescimento das vendas dos inquilinos continua superando os níveis de inflação, reduzindo assim os custos de ocupação.

Isso, juntamente com as menores taxas de inadimplência, permite que as empresas continuem pressionando por aumentos reais nos aluguéis.

Os executivos também observaram que a maior inflação (IGP-M) nos últimos meses (usada para ajustar contratos de aluguel) deve começar a ter um impacto mais positivo no crescimento da linha superior já no segundo semestre de 2024.

Por outro lado, os investidores também estavam preocupados com o impacto do ciclo de aperto sobre novas emissões de fundos imobiliários (“FII”), potencialmente abrandando o ritmo de novos desinvestimentos e aumentando as taxas de limite de saída.

O Especiailsta, 04/out

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Conjunto Comercial na Barra da Tijuca - R$ 1.680.000,00 - R$ 10.000,00



As novas parcerias que estão mudando a cara do mercado imobiliário no país


Associações e fusões representam uma novidade em um setor no qual a concorrência sempre foi muito feroz.

A competição entre as empresas do mercado imobiliário sempre foi feroz, mas há sinais de que essa fase de disputa sangrenta pode estar começando a ficar para trás. Seguindo o raciocínio de “juntos podemos mais”, muitas empresas do setor vêm se associando com o objetivo de unir forças para alcançar novos mercados e conquistar mais clientes, otimizando custos.

O caso mais recente foi a fusão da Lello e Hubert, que deu origem à maior gestora de imóveis e condomínios do Brasil. O novo grupo societário irá preservar suas marcas e governanças de forma independente, assim como o corpo diretivo de ambas empresas. Por meio da soma de competências, o objetivo desse movimento é oferecer melhores serviços e jornadas a síndicos, conselheiros, condôminos, inquilinos e compradores dos imóveis. Com a união, o grupo fica responsável por cerca de 4200 condomínios e 16 mil imóveis em São Paulo.

Seguindo a mesma estratégia de se associarem para tentar morder uma fatia maior de mercado, algumas pequenas imobiliárias da capital paulista se juntaram com a expectativa de vender mais rápido. Foi o caso das empresas Bossa Nova Sotheby’s International Realty,Jardins & Co. Imóveis,Axpe ,Agulha no Celeiro | Fine Homes e Graziella dos Imóveis. Juntas, elas formam agora o grupo MAPI. Na prática, essa associação permitiu um compartilhamento do banco de dados de imóveis. A aproximação das concorrentes se deu mediante algumas regras, como a de não compartilhar lucro ou gerência entre elas.

Ainda não dá para medir o resultado da união entre essas imobiliárias, pois os resultados não são auditados, então não há como saber se mais vendas foram realizadas em função da facilidade dessa sincronia ou não, mas vale o esforço para tentar se diferenciar em um mercado tão competitivo. A grande questão, no caso dessa união, é que no Brasil é muito comum que um mesmo imóvel seja anunciado em diversas imobiliárias, ou seja, compartilhar um banco de dados acaba sendo uma certa ilusão, já que são bancos de dados bem semelhantes entre si.

Parcerias como essas são uma boa estratégia em um mercado que, infelizmente, possui uma regulamentação muito ampla. Entre outras coisas, isso permite que compradores e vendedores realizem negócios entre si. Falta também transparência com relação aos valores praticados no mercado e dados compartilhados entre os profissionais do setor.

Em mercados mais organizados, como o dos Estados Unidos, a associação entre as empresas do setor é completa, a ponto de existir um sistema único de cadastro de imóveis, o MLS (Multiple Listing Service), utilizado pelos corretores de imóveis para cadastrar e pesquisar os produtos disponíveis no mercado e também buscar informações de tudo o que foi comercializado para ajudar a precificar as propriedades de seus clientes e nortear a estratégia de venda, sempre com dados confiáveis. Além disso, o mercado imobiliário americano costuma, quase sempre, operar de forma bastante clara: um corretor responsável pelo imóvel cuida dos interesses do vendedor, enquanto outro corretor representa o comprador.

O movimento recente de parcerias entre empresas do setor imobiliário brasileiro é salutar, sem dúvida, mas há muito ainda o que evoluir no setor. O caso americano é um bom exemplo a ser seguido.

Veja, 03/out

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Sala Comercial na Barra da Tijuca - R$ 995.000,00 - R$ 2.000,00



Em 10 anos, uso de dados no mercado imobiliário agilizou tempo de resposta e tomada de decisão

Nos últimos anos, a transformação do uso de dados no mercado imobiliário brasileiro foi responsável pela democratização da informação.

Nos últimos anos, o aumento da concorrência, a necessidade de adequação a políticas públicas e a escassez de terrenos impulsionaram uma transformação significativa no mercado imobiliário brasileiro, que deixou de ser guiado apenas por decisões baseadas em intuição e experiência. Gradualmente, a tecnologia foi inserida no dia a dia de quem atua no setor, ajudando a responder a desafios e demandas cada vez mais imediatos. E os dados se mostraram fundamentais para trazer essas respostas.

Criado em 2011, o FipeZAP surgiu justamente dessa necessidade de informações mais precisas e estruturadas sobre o segmento imobiliário. Fruto da parceria entre o portal de anúncios imobiliários ZAP e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o índice nasceu justamente para proporcionar mais transparência e compreensão sobre o setor, promovendo uma revolução nos dados e se tornando referência para a avaliação de preços de imóveis.

Diante do sucesso do FipeZAP e da organização inicial das informações dos anúncios, surge o DataZAP, fonte de inteligência imobiliária do Grupo OLX e pioneiro ao introduzir no Brasil o Automated Valuation Model (AVM) – Modelo de Precificação Automatizada –, que se tornou referência ao possibilitar uma abordagem mais aprofundada, expandindo as capacidades de análises complexas. Lançada em 2014, a ferramenta permite fornecer avaliações por meio de cálculos matemáticos combinados com um banco de informações, e atualmente também está disponível para consumidores.

À medida que a demanda por informações detalhadas crescia, os modelos se tornavam mais complexos. Um exemplo disso é a Geoimovel, fundada em 2000 como uma ferramenta de geomarketing que inicialmente utilizava dados de localização para monitorar o mercado de lançamentos imobiliários. Com a evolução desses modelos econômicos, a Geoimovel passou a integrar dados tanto do mercado primário (lançamentos) quanto do mercado secundário (usados), ampliando significativamente a capacidade de inteligência do setor e formando uma vasta base de dados. Isso gerou uma nova necessidade: correlacionar as percepções dos consumidores com o data lake, um grande repositório de informações. Esse repositório permite que os players do setor acessem pesquisas e relacionem esses dados com as dinâmicas imobiliárias, oferecendo informações mais precisas e confiáveis.

Nessa trajetória de evolução, era natural que a inteligência artificial fosse incorporada aos dados que explicam a dinâmica do setor. Em 2022, foi lançada a primeira solução nesse contexto, a análise de inventário. Focada na recomendação automatizada de estratégias de mídia e precificação, essa ferramenta aumentou significativamente a precisão nas decisões de marketing. Sua versão mais recente integra dados com informações de portais imobiliários, oferecendo ainda mais precisão e relevância.

Nos últimos anos, a transformação do uso de dados no mercado imobiliário brasileiro foi responsável pela democratização da informação, que permitiu o livre acesso a ferramentas indispensáveis para a compreensão do setor e o suporte decisivo na tomada de decisões. E o DataZAP, que completa uma década de existência, foi essencial para isso, transformando algoritmos altamente complexos, sob as perspectivas econométrica, estatística e computacional em soluções intuitivas. Esse resultado só é possível por meio do trabalho de uma equipe multidisciplinar, que continua a impulsionar a transformação digital no setor imobiliário. O uso dos dados veio para ficar!

Exame, 02/out

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Casa 11 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 25.000.000,00 - R$ 75.000,00



Imobiliárias dizem que juros altos no Brasil barram lançamentos de imóveis para a classe média

Atualmente, a taxa média de juros do financiamento varia entre 10,49% e 11,49% para o primeiro imóvel, diz a Abrainc.

Um estudo sobre o mercado imobiliário de médio padrão mostra uma queda na participação deste segmento nos lançamentos no país no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023 devido ao impacto dos juros altos e do custo do funding sobre o segmento. São considerados imóveis de médio padrão unidades com metragem de 60 m² a 80 m² para famílias que usam o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para financiar o pagamento.

O levantamento foi feito pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Brain Inteligência com 10.500 empresas do mercado imobiliário nacional e divulgado nesta terça-feira (24) no Incorpora Abrainc.

Segundo o estudo, o mercado de médio padrão foi responsável por 50% do total do VGL (Valor Global Lançado), contra 26% do mercado de alto padrão e 24% do Minha Casa, Minha Vida. No mesmo período do ano passado, essa participação do médio padrão era de 60%.

Se considerada apenas a capital paulista, o maior mercado imobiliário do Brasil, a queda foi mais acentuada. O VGL do segundo trimestre de 2024 representou 50% no período, ante 66% no intervalo anterior.

"Isso ressalta a importância da classe média para o mercado imobiliário, mostrando que esse segmento tem um papel crucial para o desempenho do setor e para a geração de emprego e renda", afirmou a Abrainc.

Para a associação, a queda se deve, principalmente, ao aumento do custo de financiamento bancário. Atualmente, a taxa média de juros do financiamento varia entre 10,49% e 11,49% para o primeiro imóvel.

"A classe média tem interesse em comprar imóveis, mas encontra dificuldade em obter crédito devido aos juros elevados e ao alto custo do funding. Isso não só compromete o orçamento das famílias, que enfrentam obstáculos para financiar a casa própria, como também inibe o lançamento de novos projetos pelas incorporadoras, afetando todo o setor," disse Luiz França, presidente da associação.

O Brasil, afirmou, possui uma relação de Crédito Imobiliário sobre PIB de apenas 10%. Em países desenvolvidos, como os da União Europeia, essa relação chega a 40%, sendo que no Reino Unido ultrapassa 70%.

Luiz França afirmou que o volume aplicado na caderneta de poupança não está sendo suficiente para acompanhar a necessidade de financiamento do setor. "Tornam-se cada dia mais importantes instrumentos como os CRIs, Fundos Imobiliários de Desenvolvimento , as LCIs e as LIG"s", disse.

No evento desta terça-feira, Rubens Menin, dono da MRV, afirmou que o maior inimigo do setor hoje é a atual taxa de juros adotada pelo Banco Central, de 10,45%. A queda também é notada na alta da intenção de compra: 48% dos entrevistados em geral, de acordo com os dados da Brain (maior número já registrado). Porém, esse patamar de intenção é menor (40%) justamente na faixa de renda entre R$ 10 e R$ 20 mil por mês.

Para Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, "a habitação sempre figura como uma das prioridades da população, pelo desejo universal de morar bem. Com a proximidade das eleições esse tema ganha ainda mais relevância, pois desperta expectativas sobre políticas públicas que tragam essa pauta". "Estamos vendendo casa para quem nasceu há 30 anos. Então tem um mundo para [o setor] crescer", disse Menin.

O Tempo, 01/out