sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Prêmio aponta os melhores projetos de arquitetura no Brasil


Promovido pela revista "Arquitetura & Construção", da Editora Abril, o evento destaca os melhores projetos arquitetônicos realizados no Brasil, além da criatividade e inovação dos profissionais.

A premiação recebeu mais de 400 projetos, segundo os organizadores. Destes, foram selecionados 53 finalistas que concorreram ao prêmio.

Após essa etapa, entre 29 de agosto e 25 de setembro, ocorreu a votação pela internet.

Confira abaixo uma breve descrição de cada projeto:

INTERVENÇÃO URBANA

Ponte sobre Canal Guarapiranga, por Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo
Com 90 metros de comprimento, a nova conexão entre as margens do rio Pinheiros, na capital paulista, é de uso exclusivo de pedestres e ciclistas. Duas ilhas metálicas, apoiadas sobre os tubulões de concreto que sustentam a ponte, servem de parada para os usuários. O trecho central é móvel -motores elétricos rotacionam a estrutura para garantir a navegabilidade do curso d'água.

RETROFIT

Centro de Debate de Políticas Públicas, por Reinach Mendonça Arquitetos Associados
Depois de sofrer adaptações nos acessos e nos ambientes internos, a residência dos anos 50, em São Paulo, tornou-se a sede de um instituto de pesquisa. Duas novas marquises de concreto conduzem à construção principal, sem descaracterizar o jardim, que leva a assinatura do paisagista Burle Marx. Novas aberturas foram criadas para melhorar a iluminação e o conforto térmico da edificação de 710 m².

EDIFÍCIOS CULTURAIS

Galeria Tunga, por Rizoma Arquitetura
Localizada em Brumadinho, MG, esta galeria de arte está totalmente integrada ao entorno, graças aos enormes painéis de vidro. Os arquitetos tiraram partido do perfil natural do terreno para sugerir o percurso dos visitantes, que acontece por meio de escadas e rampas de madeira. Estrutura metálica e paredes internas de "drywall" estão presentes no projeto de 2 550 m².

ESCOLAS E UNIVERSIDADES

Centro de Atividades Didáticas das Ciências Naturais da UFMG, por Departamento de Planejamento Físico e Projetos
Com salas de aula e auditórios, este complexo acomoda em quatro blocos os estudantes que frequentam o campus onde está inserido, em Belo Horizonte. A distribuição dos espaços internos e o rebaixamento do forro proporcionaram um grau de conforto ambiental alinhado aos princípios de eficiência energética. O projeto soma 8 662 m².

EDIFÍCIOS COMERCIAIS - MENOS DE 2 MIL M2

Lopes Quintas, por Gisele Taranto Arquitetura
O edifício de 1 719 m² exibe recursos que amenizam a alta insolação e a temperatura elevada do Rio de Janeiro. Toldos verticais microperfurados asseguram o controle de luminosidade e o conforto térmico dos ambientes internos. No telhado, uma cobertura verde reforça a preocupação com os efeitos da incidência solar. As amplas varandas remetem às típicas torres residenciais do bairro.

EDIFÍCIOS COMERCIAIS - MAIS DE 2 MIL M²

Edifício Corujas, por FGMF Arquitetos
Com a intenção de criar espaços de trabalho informais e integrados a um pátio arborizado, os arquitetos exploraram grandes aberturas. Os vãos, fechados com vidro ou brises metálicos, permitem a passagem de luz natural, o que reduz o uso de iluminação artificial. Madeira, estrutura metálica e pré-moldada de concreto completam a lista de materiais adotados no complexo de 6 880 m², em São Paulo.

ESPAÇOS COMERCIAIS

Atelier Aberto, por AR Arquitetos
Em São Paulo, o projeto de 200 m² distribui as diferentes tarefas do ateliê em ambientes delimitados por volumes de concreto aparente. As conexões se dão por meio de escadas e passagens com portas gigantes de vidro. Um desses blocos avança na frente do terreno, criando uma praça semipública. Nas áreas de exibição, trilhos com focos de luz móveis funcionam quando a luz natural não é suficiente.

LOJAS

Livraria Cultura, por studio mk27
O espaço paulistano de 2,5 mil m² faz mais do que comercializar livros e outros produtos culturais: seu último piso funciona como uma imensa área de convivência. Rodeado de estantes, ele conta com mesas, cadeiras e uma arquibancada de madeira - mesmo material adotado no teto, para deixar o amplo salão mais acolhedor.

ESCRITÓRIOS

Estúdio de Fotografia, por Stuchi & Leite Projetos
Um antigo apartamento paulistano transformou-se neste estúdio de 92 m². Foram removidas todas as paredes internas, e uma marcenaria minuciosa delimitou os espaços reservados para equipamentos, acervo de obras e material de consulta, estação de trabalho e uma copa. Na área antes dedicada à lavanderia, uma plataforma eleva o piso para garantir a vista do bairro.

BARES E RESTAURANTES

Mundial, por Apiacás Arquitetos
O cronograma apertado exigia agilidade na construção do bar de 300 m², em uma esquina de um bairro badalado de São Paulo. Os arquitetos optaram por componentes pré-moldados, como a estrutura metálica e painéis de concreto armados com treliça metálica, tanto nas lajes como nas paredes de fechamento. O piso de madeira traz aconchego ao ambiente, finalizado com iluminação e mobiliário contemporâneos.

CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS
Residências da Mata, por Arquitetura Gui Mattos

As casas deste condomínio em Porto Feliz (SP), tiram proveito da topografia acidentada. Erguidas sobre pilotis, elas possuem acesso por meio de passarelas. A concepção arquitetônica previu a racionalização da montagem, que emprega estruturas metálicas e lajes pré-fabricadas. Banheiros prontos e treliças para a fachada também agilizaram a obra de 5.300 m².

REFORMA DE APARTAMENTO

Apartamento rua Pirapetinga, por Piratininga Arquitetos Associados + JPG.ARQ
Depois da reforma que descortinou a estrutura metálica original, o apartamento de 600 m² em Belo Horizonte teve a planta reorganizada para adequar a distribuição dos ambientes à escala do imóvel. Os arquitetos eliminaram as divisórias tradicionais dos ambientes, deixaram as lajes de concreto à vista e projetaram uma iluminação cênica, com canaletas de luz indireta e focos voltados às obras de arte dos moradores.

REFORMA DE CASA

Casa VRP, por Figueroa.Arq
Em uma vila paulistana, a antiga casinha geminada, com problemas de umidade e má iluminação, virou um sobrado claro, integrado e arejado. O novo projeto incorporou um jardim vertical e passarelas metálicas no trecho de pé-direito duplo e na área externa. Os 91 m², distribuídos em um terreno de 4x16 m, dividem-se em ambiente social, no térreo, e dois quartos com banheiro, no piso superior.

CASA DE PRAIA

Casa Xan, por Mapa Arquitetos
Uma parede solta de concreto, sem fechamento lateral, faz as vezes de muro na fachada da casa de 300 m², em Xangrilá, no litoral gaúcho. Atrás desse bloqueio visual, todo o andar térreo, com os espaços sociais, integra-se ao exterior por meio de esquadrias com painéis de vidro. O piso superior, com três dormitórios, é envolvido por brises de madeira e esquadrias, que seguem a mesma linguagem do ripado vertical.

CASA DE CAMPO

Casa GCP, por Bernardes Arquitetura
Dois pavilhões compõem a casa de fim de semana, em Porto Feliz, SP. Um deles, que concentra as atividades sociais, tem estrutura de madeira com brises pivotantes de cobre azinhavrado (oxidação esverdeada da superfície), que protegem as salas do sol da tarde. As áreas de estar e gourmet voltam-se para a piscina. O pavilhão íntimo, executado em concreto, completa os 910 m² de área construída.

CASA URBANA - MENOS DE 300 M²

Casa de fim de semana em São Paulo, por SPBR Arquitetos
Concebida "de cima para baixo", a casa respeita o limite de 6 metros de altura estabelecido para o bairro, na capital paulista. Esta cota máxima passou a ser o piso térreo, com uma piscina suspensa que funciona como contrapeso para o solário. No andar intermediário estão distribuídos os cômodos da ala íntima. E o nível do solo ficou completamente livre, com um farto jardim e uma convidativa área comum.

CASA URBANA - MAIS DE 300 M²

Casa em São Paulo, por Mauro Munhoz Arquitetura
Esta casa paulistana alia estrutura leve e delgada, de concreto branco, a grandes caixilhos de aço corten, que emolduram tanto os painéis de vidro como os fechamentos de gesso acartonado. No piso superior, mais fechado, destacam-se as janelas com madeira ripada. No térreo, as áreas sociais conectam-se ao espaço externo, tirando partido da transparência e da leveza dos elementos.



Folha de São Paulo, 07/nov