No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,14%, cotada a R$ 4,9089. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com ganhos de 0,31%, aos 126.010 pontos.
O dólar opera com volatilidade nesta sexta-feira (8), oscilando entre altas e baixas, após a divulgação do relatório payroll nos Estados Unidos, que revelaram a criação de 199 mil vagas de emprego no país, acima das projeções de mercado.
Os números são observados com atenção porque podem trazer sinalizações de quais serão os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação aos juros no país.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta, puxado pelo bom desempenho das ações da Vale e da Petrobras.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
Às 10h50, o dólar caía 0,10%, cotado a R$ 4,9039. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,14%, vendida a R$ 4,9089. Com o resultado, passou a acumular:
- Alta de 0,58% na semana;
- Queda de 0,13% no mês;
- Recuo de 6,99% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,38%, aos 126.485 pontos.
As ações da Vale e da Petrobras, empresas com maior peso na composição do índice, avançavam 0,20% e 0,85%, respectivamente, acompanhando a valorização do minério de ferro e do petróleo nos mercados internacionais,
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,31%, aos 126.010 pontos. Com o resultado, passou a acumular:
- Queda de 1,70% na semana;
- Retração de 1,04% no mês;
- Ganhos de 14,83% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Nesta sexta-feira, os investidores repercutem os novos dados de emprego nos Estados Unidos. O relatório payroll revelou a criação de 199 mil novas vagas de trabalho em novembro, contra expectativa de 180 mil. O número também veio acima do resultado de outubro, quando o país gerou 150 mil novas vagas.
O ganho médio do trabalhador por hora cresceu 0,4% no mês passado, em linha com as projeções. Já a taxa de desemprego ficou em 3,7%, de uma estimativa de 3,9%.
Ao longo da semana outros dados também ficaram no radar dos investidores.
Na quarta-feira, o relatório ADP de geração de empregos mostrou que a maior economia do mundo criou 103 mil novas vagas no setor privado, contra uma expectativa de 130 mil.
Já na terça, o relatório Jolts registrou 8,7 milhões de vagas em aberto nos EUA, bem abaixo das expectativas do mercado, de 9,3 milhões.
Esses números aumentam a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve iniciar um ciclo de corte nas taxas de juros básicos do país em breve. Atualmente a taxa básica dos Estados Unidos está entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Isso acontece porque, em um período de inflação alta, quanto mais aquecido anda o mercado de trabalho (o que coloca mais dinheiro na mão dos trabalhadores), mais pressionados tendem a ficar os preços — o que vinha levando o Fed a promover o ciclo de alta nos juros.
Em contrapartida, com números menores de emprego indicando uma desaceleração da atividade da maior economia do mundo, a visão de analistas e investidores é que o Fed possa iniciar cortes nos juros já no primeiro semestre de 2024. Taxas mais baixas por lá beneficiam os ativos de risco e impulsionam o desempenho da moeda brasileira sobre o dólar.
Na próxima semana, o Fed se reúne para falar sobre política monetária e deve definir se mantém ou modifica suas taxas. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) também defini os rumos da Selic, taxa básica de juros.
Também no cenário doméstico, o Banco do Brasil anunciou nesta manhã que seu Conselho de Administração aprovou uma proposta de desdobramento de 100% das ações da companhia - o que vai atribuir uma nova ação para cada ação já emitida.
"O desdobramento ampliará a quantidade de ações emitidas sem alterar o patrimônio do BB e a participação percentual dos acionistas, e será efetivado após aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, observado os trâmites normativos vigentes", comunicou o banco.
g1, 08/dez