quinta-feira, 31 de julho de 2025
CTV investe quase R$ 1 bi em residenciais no Centro do Rio com novos estúdios
Grupo CTV planeja R$ 900 milhões em vendas com novo retrofit na região portuária do Rio, ampliando seu portfólio de estúdios.
Prestes a lançar o retrofit da antiga sede da Companhia Docas do Rio, o Grupo CTV apresenta um projeto que contará com 160 estúdios nas proximidades do Museu do Amanhã. A empresa projeta um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 900 milhões para 2023, um aumento significativo em relação aos R$ 130 milhões registrados no ano anterior.
Os novos empreendimentos, que totalizam 1,2 mil apartamentos, fazem parte de duas divisões do grupo: o Progress, focado em médio e alto padrão, e o CTV, voltado para o segmento econômico. Até o momento, a companhia já lançou R$ 170 milhões em dois projetos neste ano, um no Recreio dos Bandeirantes e outro nas imediações do Estádio Nilton Santos, aproveitando a vocação de entretenimento da região.
Novos Projetos em Andamento
O cronograma do Grupo CTV prevê lançamentos em áreas como Barra da Tijuca, São Conrado, Laranjeiras, Méier e Nova Iguaçu. O próximo grande lançamento será o Áureos Rio Residencial, no edifício que pertenceu à Docas. Este projeto busca replicar o sucesso do retrofit de um edifício na Pedra do Sal, uma área histórica da região portuária.
O imóvel da Docas foi adquirido por R$ 8,6 milhões em uma licitação da PortosRio, pela Oforeno, subsidiária do Grupo CTV. Juntamente com a gestora Pilar Capital, que também participou do projeto da Pedra do Sal, a construtora planeja um novo empreendimento com VGV de R$ 60 milhões.
Mercado em Expansão
A região portuária do Rio de Janeiro tem visto um aumento no interesse por projetos de retrofit. O Edifício À Noite, em fase de obras pela Azo, já teve 97% de suas unidades vendidas antes mesmo do lançamento, enquanto o Casa Mauá, lançado pelo Opportunity, também atraiu atenção significativa. O Grupo CTV, com sua estratégia diversificada, busca consolidar sua presença no mercado imobiliário carioca.
Portal Tela, 31/jul
quarta-feira, 30 de julho de 2025
Blockchain e tokenização: o movimento que vai transformar as transações imobiliárias
Tecnologias vão revolucionar a forma que os imóveis são transacionados e, principalmente, as formas de captação de recursos para financiar o mercado imobiliário.
Desde 2009, quando surgiu a primeira criptomoeda, o Bitcoin, o movimento de tokenização de ativos evoluiu significativamente. O Bitcoin foi criado como uma moeda digital descentralizada, marcando o nascimento dos ativos digitais. Naquele momento, ainda não era a tokenização no sentido moderno, mas abriu o caminho para a ideia de ativos digitais escassos e verificáveis via blockchain.
Em meados de 2015, surgem o Ethereum e os contratos inteligentes, e junto deles toda a infraestrutura que conhecemos hoje para tokenização. O Ethereum introduziu contratos inteligentes, permitindo a criação de tokens personalizados, e a partir daí tornou-se inevitável que este movimento caminhe na direção dos mercados financeiro e imobiliário.
A princípio, a tokenização, que vem com a criptomoeda, começou a ser tratada como investimento. Para que pudesse ser transacionada nos mercados tradicionais, era necessário passar pelo crivo de toda a carga regulatória do mercado financeiro, ou seja, para ser transacionada no mercado financeiro, precisou ultrapassar as rigorosas barreiras de regulamentação de órgãos como Banco Central (Bacen) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Mas, o que isso tem a ver com o mercado imobiliário? Na prática, quando falamos de blockchain, estamos nos referindo a um "bloco de registro de dados" distribuído e imutável, onde as informações são registradas em blocos interligados, formando uma cadeia. É como um livro de registros digital, acessível por todos, que garante a segurança e a transparência das transações e dados.
Neste sentido, a blockchain e o movimento de tokenização têm o poder de transformar o mercado imobiliário, pois a partir da criação deste registro, toda vez que eu "movo" um token, posso afirmar que algo vai acontecer também com o ativo ao qual ele se relaciona.
A construção de um ambiente seguro e regulado para que este movimento aconteça está caminhando rapidamente, dado o impacto que isso pode trazer ao mercado imobiliário.
O Estado e as entidades regulatórias do mercado financeiro e imobiliário não têm poupado esforços para a regulação deste ambiente, e, sem dúvida, em breve a blockchain e a tokenização imobiliária vão revolucionar a forma que os imóveis são transacionados e, principalmente, as formas de captação de recursos para financiar o mercado imobiliário. Este não é um movimento do futuro, ele já está acontecendo e, em breve, falaremos sobre os diversos impactos deste movimento no mercado imobiliário!
A Gazeta, 30/jul
terça-feira, 29 de julho de 2025
Conheça os 3 desafios atuais para a logística na construção civil
Planejamentos e cronogramas, ferramentas para apoiar o processo e controle de estoque são pontos importantes.
Historicamente, o setor da construção civil priorizou investimentos nas áreas estruturais, deixando em segundo plano o desenvolvimento de outras frentes que não têm o impulsionamento da produção como um impacto direto, a exemplo da logística.
No entanto, para que as empresas do setor estabeleçam fluxos produtivos altos e regulares, tornando-se ainda mais competitivas no mercado, o investimento em tecnologia e logística é primordial, já que permite uma melhor gestão da cadeia de suprimentos, evitando falhas operacionais, desperdício de material, rompimento de vínculos comerciais e aumentos de custos.
Ainda assim, em decorrência da valorização tardia da conexão entre os dois ramos, há desafios para implementar a logística na construção civil.
Exemplo de empresa que atua para incentivar o ponto de convergência, a Motz, Transportadora Digital da Votorantim Cimentos, tem como objetivo agilizar e simplificar a jornada logística de caminhoneiros e embarcadores. Monitorando e acompanhando todo o processo de transporte das cargas, a startup auxilia no reforço da importância dos processos logísticos para o sucesso do mundo da construção.
Para auxiliar as empresas na superação dos desafios logísticos dentro da construção civil, o CEO da Motz, André Pimenta, cita três dos principais obstáculos e como superá-los:
Incorporar ferramentas para o acompanhamento instantâneo
"Para garantir um processo logístico eficiente, é preciso haver ferramentas que permitam o acompanhamento da operação, além do treinamento da equipe para utilizar tais tecnologias. Estabelecer um canal aberto de comunicação com motoristas e clientes é fundamental para garantir a execução do planejamento, monitorando frotas e cargas e evitando eventuais falhas e atrasos", diz Pimenta.
Comprometimento com cronogramas e planejamentos
A gestão integrada dos processos logísticos no setor da construção civil é necessária, já que a área envolve um alto volume de dados e o controle da execução requer uma comunicação transparente. Para isso, planejamentos são fundamentais.
Uma operação logística eficiente preza por garantir o transporte e a entrega de insumos para a continuidade dos processos, processos esses que devem ser contemplados em um cronograma ordenado para respeitar os limites de armazenamento e evitar desperdícios.
"A logística é primordial no segmento. Qualquer falha na logística pode romper com todo um cronograma estabelecido e criar ruídos permanentes na relação com clientes. Por isso, manter um canal de diálogo e o vínculo próximo com fornecedores capacitados para realizar um trabalho de excelência é muito importante. A Motz é um exemplo que atua em conjunto com fornecedores, fábricas e centros de distribuição para garantir o transporte e entrega dos materiais nos prazos", diz André Pimenta.
Desafios no controle de estoque
Quando falamos de controle de estoque, poucas pessoas conhecem a importância do tema dentro do setor de construção civil. Apesar disso, esse é um dos processos dentro da logística que demandam atenção para que não haja rupturas no atendimento. Dos fornecedores às construtoras e varejistas, a necessidade de manter uma quantidade suficiente de matéria prima para atender às demandas de seus clientes é a mesma. A falta de controle de entrada e saída pode gerar falhas graves como falta de materiais na obra ou perda de prazos de validade que ocasionam desperdícios.
"Volto a reforçar a importância de contar com parceiros que tenham expertise de mercado e que garantam o abastecimento com volume e periodicidades pré estabelecidos, a fim de evitar problemas. A Motz, por exemplo, une a expertise de mercado da Votorantim Cimentos ao espírito de uma startup. É ágil, inovadora e com muita tecnologia. Com isso, garantimos às fábricas, distribuidoras e varejistas solidez e segurança no atendimento. Atualmente, já conectamos mais de 15 milhões de toneladas de cargas aos seus destinos e temos como missão impulsionar a logística nacional em segmentos diversos", conclui Pimenta.
Terra, Meu Negócio, 29/jul
segunda-feira, 28 de julho de 2025
Investir é romper ciclos: O mercado imobiliário é para poucos?
Logo na minha vez de ser adulta, a Selic está em 15%, sem previsão de queda. O que poderia ser um meme é a realidade econômica. E se o mercado imobiliário já parece inacessível para muitos, fica ainda mais complexo quando analisado sob a ótica da representatividade de gênero e raça.
Minha última coluna aqui no Estadão Imóveis gerou reflexões que me fizeram pensar com ainda mais profundidade sobre o meu papel como colunista e como presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário.
Há seis anos, venho construindo um movimento que amplia vozes, conecta trajetórias e promove o protagonismo feminino no setor — com consistência, estratégia e impacto real. Parte desse compromisso é praticar a escuta ativa: ouvir a audiência, acolher críticas legítimas e transformar essa escuta em conteúdo mais plural, mais representativo e mais transformador.
Foi em um desses comentários que conheci e me aproximei ainda mais de Cinara Santos, educadora financeira e mentora conhecida como Cina Prospera. Nossa conversa abriu espaço para ampliar a visão sobre investimentos no setor, e convidei também a atriz, produtora e investidora Maria Gal para aprofundar o debate.
Duas mulheres que pensam, constroem e investem no mercado imobiliário de forma estratégica, criativa e com visão de futuro. Suas histórias não são exceções — são parte de uma nova geração de proprietárias que transformam a forma como olhamos para o setor.
Cinara começou sua jornada motivada por um desejo de autonomia: “Eu precisava ter a minha casa. Foi isso que me introduziu no mercado imobiliário — o desejo de independência e de começar a construir meu patrimônio.” Com coragem, comprou um imóvel na planta em uma cidade em expansão. O valor já dobrou. “Investir é também romper ciclos de dependência — e inspirar outras mulheres a fazerem o mesmo.”
Maria Gal, por sua vez, enxerga os imóveis como parte do seu projeto maior de impacto cultural: “Vejo o audiovisual e os imóveis como duas formas de construção de patrimônio: um simbólico, o outro concreto. Ambos exigem visão, estratégia e coragem para ocupar espaços.” Seu primeiro imóvel foi reformado e transformado em experiência de hospedagem. Hoje, ela estuda leilões, investe em locação por temporada e sonha com empreendimentos afrocentrados. “Cada imóvel que escolho também fala sobre quem eu sou e o que quero transformar.”
Confira a seguir trechos da entrevista exclusiva com elas:
Elisa Rosenthal: Quando e como o mercado imobiliário entrou na sua trajetória como ferramenta de autonomia financeira?
Cinara Santos: A necessidade de ter independência e de iniciar o meu patrimônio.
Elisa Rosenthal: Sua trajetória é marcada pela atuação artística e empreendedora. Em que momento você percebeu que o mercado imobiliário poderia ser parte da sua estratégia?
Maria Gal: Minha decisão de empreender no setor audiovisual surgiu por sobrevivência mesmo. Como atriz negra, retinta e nordestina, eu simplesmente não encontrava oportunidades reais no mercado ou elas vinham sempre acompanhadas de estereótipos.
À medida que fui estruturando minha carreira empreendedora, percebi que eu precisava também garantir autonomia financeira. Foi aí que o mercado imobiliário entrou: comecei investindo em imóveis para locação por temporada, onde aplico um olhar estético, estratégico e de hospitalidade. Mais recentemente, tenho estudado compra de imóveis em leilões para revenda, como forma de investimento de médio e longo prazo. Vejo o audiovisual e os imóveis como duas formas de construção de patrimônio: um simbólico, o outro concreto. Ambos exigem visão, estratégia e coragem para ocupar espaços. Ambos têm retorno quando você planta com propósito.
Elisa Rosenthal: Você acompanha muitas mulheres em suas jornadas com o dinheiro. O que mais aproxima e o que mais afasta as mulheres do investimento em imóveis?
Cinara Santos: É envolvimento com segurança e autonomia. Porque mesmo quando você não compra esse imóvel como um investimento, ele é um patrimônio concreto. O que aproxima as mulheres de investir em imóveis é justamente a segurança, a estabilidade, e a autonomia de você ter uma coisa que é sua. Já o que afasta as mulheres do investimento em imóveis, é, em boa parte, o medo do endividamento.
Elisa Rosenthal: Seu olhar criativo influencia suas escolhas como investidora? Como você avalia um imóvel além do aspecto financeiro?
Maria Gal: Meu olhar criativo influencia tudo o que faço, inclusive na hora de investir. Eu enxergo o potencial de um imóvel não só pelo retorno financeiro, mas também pela capacidade dele de contar uma história, acolher pessoas, criar experiências. Gosto de pensar se aquele espaço inspira, se comunica com a minha estética e tem conexão com o que acredito: beleza com propósito e conforto com identidade. E essa sensibilidade vem não só da minha trajetória como atriz e produtora, mas também da minha atuação como influenciadora digital.
Hoje, tenho mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais e venho construindo um trabalho sólido com grandes marcas, criando conteúdos que falam sobre empreendedorismo, finanças, investimento e autonomia para mulheres negras. Avalio imóveis com um olhar financeiro, mas também com uma visão de marca pessoal, posicionamento e comunicação. Porque cada escolha que faço, inclusive de onde invisto meu dinheiro, também fala sobre quem eu sou e o que eu quero transformar.
Elisa Rosenthal: Que conselho você deixaria para uma mulher que quer investir, mas ainda não se sente pronta?
Cinara Santos: Comece com o que você tem. Muita gente acha que, para começar a investir, tem que ter muito dinheiro. Não. Comece com o que você tem. E crie o hábito, né? Investir não pode ser uma coisa que ‘ah, eu vou fazer quando der’. Mas pesquise antes porque quando você não conhece o investimento, você acredita em qualquer oportunidade. E, às vezes, isso é uma armadilha.” Estude, pergunte, procure ajuda e não se intimide com o que parece técnico demais ou masculino demais. O mercado imobiliário pode e deve ser um lugar para todas nós.
Estadão Imóveis, 28/jul
sexta-feira, 25 de julho de 2025
Lista de investimentos mais buscados tem um novo (velho) líder; veja ranking
Apesar da bolsa continuar de vento em popa neste ano, Selic em alta coloca ativo de renda fixa como o queridinho.
Com o bom desempenho do Ibovespa no ano, as ações até conseguiram tomar o lugar da renda fixa na lista de ativos mais buscados pelos investidores. Mas o movimento durou pouco tempo. A Selic em 15% ao ano fez com que um investimento mais conservador voltasse ao topo do ranking. Segundo o levantamento mensal do Yubb, no mês de junho os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) reassumiram o posto de investimentos mais procurados na internet.
Os CDBs lideraram esse ranking a maior parte de 2024 e de 2025 e, após perderem a posição em maio, eles voltaram a liderar as buscas no mês de junho. E esse movimento pode ser explicado pela última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No meio de junho, o comitê optou por aumentar a Selic em 0,25 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros subiu para 15% ao ano, o maior valor desde junho de 2006.
E quanto maior a Selic, maior o rendimento de muitos ativos de renda fixa. Afinal, a rentabilidade desses produtos costuma ser indexada à taxa básica de juros.
Mas isso não significa que a renda variável saiu do radar. Pelo contrário. Com o Ibovespa registrando mais de 15% de alta no primeiro semestre, as ações continuaram na mira dos investidores. Não à toa, o segundo lugar do ranking continuou sendo ocupado pelos fundos de ações. Já as ações em si, ocuparam a terceira colocação.
Os fundos multimercados continuaram ocupando a quarta posição, o que mostra o comportamento mais propenso a riscos, ainda que com parcimônia, por parte dos investidores.
Depois, voltam a surgir ativos de renda fixa, com os títulos públicos negociados no Tesouro Direto, que seguiram na quinta posição, e as letras de crédito imobiliário (LCIs) e as letras de crédito do agronegócio (LCAs), que saíram da sétima para a sexta colocação.
Os fundos de índices (ETFs), que sequer apareceram na lista de maio, ocupam a sétima posição em junho.
Por fim, quem completa a lista são as letras de câmbio (LCs) e os Recibos de Depósito Bancário (RDBs), que caíram da sexta para a oitava posição, os fundos de renda fixa, que subiram da décima para a nona, e os fundos imobiliários (FIIs), que fizeram o caminho oposto e caíram da nona para a décima.
Ativos mais procurados de junho
1. CDBs
2. Fundos de ações
3. Ações
4. Fundos multimercado
5. Tesouro Direto
6. LCIs e LCAs
7. Fundos de índices (ETFs)
8. LCs e RDBs
9. Fundos de renda fixa
10. Fundos imobiliários
Entenda como funciona cada um dos investimentos mais procurados
1º - CDBs
Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) são como um "empréstimo" do investidor ao banco emitidor daquele ativo. A forma de rentabilidade mais comum é atrelada ao CDI (Certificado Depósito Interbancário, taxa que segue de perto a Selic). Os bancos maiores e mais tradicionais geralmente oferecem uma remuneração abaixo ou até 100% do CDI para produtos com liquidez, por terem menor risco. Os bancos pequenos e médios, por outro lado, podem pagar até mais de 120% do CDI. Essa rentabilidade é pré-determinada. Portanto, você sabe o tamanho da parcela que receberá sobre o CDI no momento em que investir.
Há também os CDBs pós-fixados e os que pagam um juro real acima do IPCA. Nesses dois casos, o investidor costuma abrir mão de liquidez em troca de uma perspectiva de ganho levemente acima do CDI.
2º - Fundos de ações
Como o próprio nome sugere, esses fundos têm a maior parte de sua "cesta" composta por ações escolhidas por aquele gestor.
3º - Ações
As ações negociadas na bolsa de valores são como "pedaços" daquela empresa. Portanto, ao ser acionista de uma companhia, o investidor é dono de uma pequena parte dela. As ações podem ser preferenciais (PN) ou ordinárias (ON).
Quem tem ações ordinárias tem direito de voto nas assembleias de acionistas. Normalmente os acionistas recebem um voto por ação para eleger os membros do conselho que supervisionam a administração. Já quem tem as ações preferenciais, tem maiores direitos sobre os lucros e ativos de uma empresa.
4º - Fundos multimercados
Os fundos multimercados funcionam como uma "cesta de ativos" que reúne diferentes tipos de papéis dentro dela, como ações, títulos públicos, dólar, contratos de juros etc. Eles são escolhidos por um gestor profissional, que é remunerado com parte das taxas que os investidores pagam para ter o seu dinheiro naquele fundo.
5º - Tesouro Direto
Os títulos públicos negociados pela plataforma on-line do Tesouro Direto nada mais são do que títulos de dívida emitidos pelo governo. Na prática, eles são como um empréstimo do investidor ao próprio governo brasileiro para financiar suas atividades. O governo, por sua vez, vai devolver o valor no futuro, acrescido de juros.
Os títulos do Tesouro podem ser prefixados (em que o rendimento nominal já é determinado na hora da compra), pós-fixados (em que o retorno é atrelado à Selic, seja ela qual for) ou híbrido, com uma parcela pós-fixado indexado ao IPCA (no qual o rendimento acompanha a variação da inflação) mais um componente de juro real fixo.
6º - LCIs e LCAs
As letras de crédito imobiliário (LCIs) e as letras de crédito do agronegócio (LCAs) são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras para financiar atividades do setor imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).
7º - Fundos de índices (ETFs)
Esses fundos costumam ter gestão passiva e acompanham a composição de um determinado índice negociado na bolsa brasileira ou estrangeira. Esses índices podem ser de ações ou renda fixa. Os ETFs, por sua vez, são negociados em bolsa e podem ser comprados e vendidos como uma ação, por exemplo. Justamente por ter gestão passiva (ou seja, "exigir menos trabalho do gestor") eles costumam ter uma taxa de administração mais barata para os investidores.
8º - LCs e RDBs
As letras de câmbio (LCs) e os Recibos de Depósito Bancário (RDBs) têm uma lógica semelhante à dos CDBs. Mas nesse caso, eles são emitidos por instituições financeiras que não são bancos tradicionais, e normalmente não dão liquidez antes do vencimento. Portanto, o investidor precisa esperar finalizar o prazo para ter seu dinheiro de volta
9º - Fundos de renda fixa
Como o próprio nome sugere, esses fundos aplicam em ativos de renda fixa, principalmente em títulos de dívida, como os do governo ou de empresas. Os gestores escolhem os papéis com base em critérios de segurança e rentabilidade.
10º - Fundos imobiliários
Esses fundos funcionam como uma espécie de “condomínio” de investidores que reúnem seus recursos para aplicar, juntos, no mercado imobiliário.
O montante pode ser usado na construção ou compra de imóveis, que depois serão alugados ou arrendados e os ganhos obtidos nisso são divididos entre aqueles investidores, respeitando a proporção que cada investidor aplicou. Esses são chamados "fundos de tijolo".
Há um outro tipo em que o dinheiro é aplicado em títulos ligados ao mercado imobiliário, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras Hipotecárias (LHs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ou até mesmo em cotas de outros fundos imobiliários. Esses tipos são chamados de "fundos de papel".
Valor Investe, Yubb, 25/jul
quinta-feira, 24 de julho de 2025
Clientes de fora impulsionam vendas de alto padrão em SP
Compradores de outros estados já representam cerca de 50% dos negócios fechados nos principais lançamentos da cidade. Busca por um ponto de apoio e rentabilidade são os principais atrativos.
Nem “Faria Limer”, nem a elite tradicional paulistana: quem tem comprado a maioria dos apartamentos de alto padrão lançados em São Paulo são clientes de outros estados do país. Imóveis de Valor ouviu algumas das principais incorporadoras em operação na cidade e constatou que o volume pode chegar a mais da metade das unidades negociadas.
Esse cliente vem basicamente do Sul, do Centro Oeste e de estados do Sudeste. O reflexo imediato é sentido no caixa das companhias. “Sem dúvida, esse fluxo de clientes de fora tem colaborado para o desempenho das incorporadoras do mercado de São Paulo, levando muitas delas a fazer campanhas maciças nessas regiões”, afirma Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty.
O interesse está dividido entre ter um ponto de apoio na cidade — seja para lazer, trabalho ou estudo — e buscar rentabilidade em um mercado imobiliário mais pujante. “No segundo caso, são investidores à procura de diversificação de portfólio, apostando na valorização que o setor entrega na capital paulista”, analisa Romero, acrescentando que produtos compactos, de até 80 metros quadrados, em bairros como Itaim, Jardins, Vila Olímpia e Vila Nova Conceição, têm a preferência desse público.
A análise do CEO da Bossa Nova encontra respaldo no empreendimento PJM Simple Living, de estúdios modernos concebidos pela Marquise Incorporações, nos Jardins. Com arquitetura de aflalo/gasperini arquitetos, decoração de João Armentano e paisagismo de Benedito Abbud, o prédio tem 55% dos compradores oriundos de outros estados.
“É um índice expressivo, que demonstra como o produto dialoga com um público nacional atento às transformações do mercado imobiliário paulistano e que enxerga valor em investir em imóveis compactos, bem localizados e com potencial de rentabilidade”, afirma Andrea Oliveira, diretora executiva de Incorporação da Marquise.
Segundo ela, muitos compradores procuravam um ativo líquido, com design, infraestrutura moderna e serviços para investir. “Eles entendem o valor do bairro também: os Jardins representam um estilo de vida sofisticado e acessível ao mesmo tempo, com forte apelo patrimonial e simbólico”, diz Andrea.
O comprador que deseja um “pied-à-terre” paulistano, procura apartamentos de metragens maiores. No Etmo Jardins, da Plaenge Empreendimentos, quase metade das unidades — entre 120 e 478 metros quadrados, no caso dos duplex — já foi vendida. Desse total, 50% serão ocupadas por famílias do Amazonas, de Minas Gerais, do Paraná, de Santa Catarina, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
“É um perfil de público exigente, que vem à capital paulista com frequência e não quer mais se hospedar em hotéis, preferindo a conveniência de manter seus pertences por perto”, explica Fernando Motta, diretor da Unidade de Negócios da Plaenge em São Paulo.
O projeto foi concebido com arquitetura autoral de Jonas Birger, paisagismo de Ricardo Cardim e fachada e interiores assinados pelo LW Design Group. “Esse cliente de fora valoriza empreendimentos que aliam estética e funcionalidade. As plantas espaçosas, bem resolvidas, com flexibilidade de layout e elevador privativo, são bastante valorizadas”, afirma Motta.
Quase no Espigão da Avenida Paulista, a REM Construtora disputa o mesmo cliente no empreendimento Altitude Jardins por Artefacto — assinado pela trinca de escritórios aflalo/ gasperini, Anastassiadis e Soma Arquitetos. O pacote de “sedução” inclui parceria com a marca de mobiliário de luxo e o fato de a torre ter 121 metros e chegar a quase um quilômetro de altura em relação ao nível do mar.
“Além disso, oferecemos serviços de hospitalidade da CBRE, que cuidará de toda a gestão das unidades, como manutenção e limpeza, o que atraiu muitas pessoas de fora”, afirma Rodrigo Mauro, CEO da REM Construtora.
Segundo ele, 50% das unidades até o momento foram vendidas para clientes com esse perfil. “Estive na capital da Paraíba recentemente e conversei com uma pessoa que sabia, em detalhes, como é o bairro onde está o prédio em São Paulo. Ela mora em João Pessoa, mas tem um ponto de apoio nos Jardins, principalmente por estar perto do Aeroporto de Congonhas”, analisa Mauro.
Cientes da importância crescente de contar com esses compradores na carteira, as incorporadoras têm adotado estratégias comerciais diferenciadas. A própria REM tem promovido “road shows” por cidades do Sul e do Centro-Oeste. “Já estivemos em Curitiba, Londrina, João Pessoa e Cuiabá. Em agosto, iremos a Goiânia e a Rio Porto Alegre para apresentar o projeto”, informa o CEO da construtora.
Outro passo da empresa nesse sentido é a parceria com a imobiliária norte-americana Keller Williams, para representar o Altitude Jardins by Artefacto em Miami (EUA). “O alvo são investidores brasileiros residentes na Flórida que, mesmo morando fora do Brasil, seguem atentos às oportunidades de investimentos no mercado imobiliário da capital paulista, principalmente nos segmentos de alto padrão e luxo.”
A Marquise Incorporações criou campanhas segmentadas para capitais e outras cidades que têm forte conexão com São Paulo, como Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Fortaleza, onde fica a sede da companhia.
“Também investimos em ações institucionais de aproximação com investidores dessas regiões, promovendo encontros com parceiros locais e participando de eventos direcionados ao público premium e a investidores de renda urbana”, afirma Andrea Oliveira.
Já a Plaenge Empreendimentos faz uso de sua grande capilaridade no território nacional, onde está presente em nove cidades, além de três no Chile, para apresentar o Etmo Jardins. “Em mercados em que o relacionamento já é consolidado, desenvolvemos ações conduzidas pelas equipes de vendas, para promover o Etmo e reforçar o vínculo de longo prazo com o cliente”, explica o diretor Fernando Motta.
Por dentro do mercado
Green Park Barra: mais de 300 unidades vendidas no lançamento
Mais de 300 unidades da primeira fase do Green Park Barra foram vendidas no lançamento do projeto, no sábado passado. O condomínio-clube do Opportunity FII conta com múltiplas plantas de dois, três e quatro quartos e infraestrutura de lazer completa e será construído no KM-1 da Avenida das Américas, no terreno do antigo Hipermercado Extra. O VGV é estimado em R$ 450 milhões.
Paisagismo ecológico em alta
Muito valorizados no mercado imobiliário, os projetos com paisagismo ecológico têm demanda crescente em São Paulo. No Estúdio Musgo, o volume saltou de 42 para 97, entre 2023 e 2024, levando o faturamento a disparar 164,8% no período. Presente na CasaCor SP 2025, com o “Jardim das descobertas”, a empresa criada por Denis Bessa estima aumentar em 54,8% os resultados neste ano.
Imóvel valoriza quase 200% em Itapema (SC)
Em Itapema (SC), litoral norte catarinense, o Residencial George VI, da Gessele Empreendimentos, registrou valorização de 188,8% desde 2021. Lançados por R$ 2,77 milhões, os imóveis hoje ultrapassam o valor de R$ 8 milhões, com rentabilidade superior a R$ 5 milhões em quatro anos. A menos de um mês da entrega, 91,7% das unidades já foram comercializadas.
Valor Econômico, 24/jul
quarta-feira, 23 de julho de 2025
Tendências que vão comandar a construção civil até 2030
A cultura digital, a inteligência de dados e a sustentabilidade estão redesenhando o setor.
O setor da construção civil passa por uma transformação acelerada. Até o final da década, a gestão de obras deve ser marcada por processos cada vez mais digitais, conectados, sustentáveis e orientados por dados.
Entre as muitas ferramentas que estão redesenhando o futuro da construção civil, o BIM (Building Information Modeling) ganha cada vez mais protagonismo. De acordo com uma pesquisa nacional apresentada por entidades como CAU/BR, Confea e Crea, menos de 10% dos profissionais ainda resistem à adoção da metodologia. O mais interessante, porém, é que 62% enxergam o BIM como um caminho direto para melhorar a produtividade — um indicativo claro de que o setor está amadurecendo e buscando soluções digitais mais inteligentes para enfrentar seus desafios. O crescimento no número de profissionais com experiência prática e o aumento nos investimentos em capacitação mostram que o BIM está deixando de ser novidade para se tornar um novo padrão de qualidade e eficiência na construção.
A Kemp, que atua com foco em planejamento e gestão inteligente de projetos, acredita que esse futuro já começou — e que se adaptar agora é decisivo para garantir produtividade, controle e eficiência nas obras dos próximos anos.
“As mudanças mais relevantes na construção hoje estão ligadas à digitalização. Plataformas integradas de gestão, como o nosso Workemp, escaneamento 3D, sensores IoT e dashboards em tempo real já fazem parte da nossa rotina. Isso permite tomar decisões mais estratégicas e seguras, com base em dados atualizados, reduzindo retrabalhos e aumentando a previsibilidade dos projetos”, afirma Rogério Moraes, CEO da Kemp.
Canteiro conectado e decisões baseadas em dados
Entre as principais tendências que vão moldar a gestão de obras até 2030 estão a automação, o uso de tecnologias emergentes e a crescente valorização de critérios ESG. A Kemp já adota soluções como escaneamento a laser 3D, gêmeos digitais para análise e acompanhamento de obras, data-books digitais, sensores de campo e ferramentas de gestão baseadas em indicadores de desempenho.
“A tecnologia deixou de ser um extra para se tornar parte da engrenagem principal. A digitalização não apenas melhora a gestão, como muda a cultura do canteiro de obras. Menos improviso, mais controle — é isso que torna um projeto bem-sucedido”, completa o executivo.
Além da tecnologia, a empresa aposta em metodologias de gestão como Lean Construction e integração entre engenharia e planejamento estratégico, reforçando uma visão consultiva sobre o papel das construtoras em um mercado cada vez mais exigente.
Cultura digital e equipes capacitadas
Na visão da Kemp, a transformação digital na construção não se limita à adoção de novas ferramentas — ela exige mudança cultural e investimento contínuo em pessoas. Para isso, a empresa criou a Akademia Kemp, um programa interno de formação que capacita equipes técnicas e operacionais em novas metodologias, uso de sistemas digitais, leitura de indicadores e habilidades comportamentais.
“Mais do que treinar, nós preparamos nossos times para atuarem como protagonistas em um novo modelo de obra. A comunicação entre campo e escritório precisa ser fluida, colaborativa e baseada em dados. É isso que permite que todos falem a mesma língua — a da eficiência”, explica Rogério Moraes.
Construção mais humana e mais verde
Além dos avanços tecnológicos, a Kemp destaca que os próximos anos devem consolidar uma engenharia mais centrada em pessoas e compromissada com a sustentabilidade. Entre as prioridades estão a eficiência energética, redução de resíduos e cumprimento de critérios ESG, cada vez mais relevantes para investidores, clientes e órgãos reguladores.
“As soft skills ganham peso: liderança, pensamento crítico e comunicação se tornaram tão importantes quanto as competências técnicas. É uma mudança estrutural na forma de gerir e entregar uma obra”, afirma Rogério Moraes.
Próximos passos: inovação preditiva e atuação consultiva
Para os próximos anos, a Kemp já trabalha na evolução de suas ferramentas com o uso de inteligência preditiva e maior integração com recursos baseados em inteligência artificial. Também fortalece parcerias com clientes interessados em transformar não apenas o resultado final da obra, mas a forma como ela é conduzida desde a concepção até a entrega.
“Queremos ser reconhecidos não só como uma empresa que faz gestão de obras com excelência, mas como uma consultoria com base tecnológica. Antecipar tendências é o que move a Kemp — e acreditamos que esse é o papel das empresas que querem transformar o setor”, finaliza Rogério Moraes.
Itaquera em Notícias, 23/jul
terça-feira, 22 de julho de 2025
Setor imobiliário cresce 88%, mas 2025 terá desafios
A Grant Thornton, uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, divulgou os resultados de seu estudo Incorporadoras Q4 2024, destacando o desempenho do setor imobiliário em 2024, com um crescimento significativo nas vendas e nos lançamentos. No entanto, o estudo também aponta desafios importantes para 2025, relacionados à alta taxa de juros e ao cenário econômico mais complexo.
O estudo corrobora os dados divulgados pela Brain/CBIC, que mostram um aumento de 18,6% no volume de lançamentos imobiliários entre 2023 e 2024, refletindo a confiança das incorporadoras na recuperação do mercado pós-pandemia. As vendas também cresceram 20,9%, demonstrando que, mesmo em um cenário de juros elevados, o setor manteve um ritmo sólido de negócios.
Desafios à vista para 2025
Apesar do crescimento, o estudo aponta que o cenário econômico de 2025 será desafiador para as incorporadoras. Com a Selic ainda elevada, em 14,75% ao ano, em maio de 2025, o financiamento continua caro, impactando diretamente a capacidade de compra dos consumidores. Além disso, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC-DI) segue em alta, atingindo 7,54% nos 12 meses encerrados em março de 2025. Esse cenário pode pressionar ainda mais os custos das incorporadoras, especialmente aquelas que atuam no segmento de média e alta renda, onde o repasse do financiamento ocorre apenas após a conclusão das obras.
Para Thiago Bragatto, sócio de Auditoria e coordenador do estudo, a alta taxa de juros levanta preocupações sobre a capacidade de crédito dos consumidores, especialmente para o programa “Minha Casa, Minha Vida”, crucial para o mercado de imóveis de baixo custo. Já para as incorporadoras de alta renda, o aumento dos distratos e os custos relacionados ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e condomínio para as unidades devolvidas tornam-se riscos crescentes.
Segmentos de mercado: desafios e resiliência
Maria Regina Abdo, sócia de Auditoria e líder de Real Estate da Grant Thornton, comenta que a demanda por imóveis de baixa renda (classes C e D) se mantém forte, impulsionada pelos incentivos governamentais. Por outro lado, o mercado de média e alta renda poderá enfrentar desaceleração devido ao aumento das taxas de juros e ao impacto do INCC nos custos de construção. Esse cenário pode afetar as vendas e aumentar os estoques, especialmente em empreendimentos de maior valor.
Resiliência no mercado de alto padrão
O especialista comenta sobre o mercado de alto padrão: “Embora o mercado de alta renda enfrente desafios devido ao aumento da taxa de juros, ele continua sólido, especialmente nos segmentos de luxo e superluxo. A lei do distrato tem se mostrado uma proteção importante, ajudando a mitigar os riscos relacionados aos aumentos nos distratos e à instabilidade econômica”.
Inovação e desafios no setor
Apesar de algumas inovações, os executivos analisam que a adoção de novas tecnologias ainda é limitada no setor. A escassez de mão de obra especializada e a falta de inovação nos processos de construção civil são desafios que as incorporadoras precisam enfrentar. A eficiência operacional e a redução de custos por meio de tecnologias se tornam cada vez mais cruciais para o setor se manter competitivo.
Expectativas para 2025: crescimento gradual e mais cautela
Para ambos, as perspectivas para 2025 são de um crescimento mais gradual, com um foco em lançamentos com uma gestão mais eficiente das despesas. O cenário macroeconômico, especialmente a alta taxa de juros, exigirá que as incorporadoras adotem uma abordagem mais cautelosa em relação aos novos projetos. A tendência é que o setor continue se consolidando, mas com um ritmo mais lento, focando em iniciativas que ofereçam maior segurança financeira e rentabilidade a longo prazo.
Vida Moderna, 22/jul
segunda-feira, 21 de julho de 2025
53% dos investidores priorizam sustentabilidade e bem-estar: edifícios certificados ganham força no mercado imobiliário global, aponta relatório
Com dois terços dos investidores focados na redução de emissões e 61% priorizando eficiência energética. Além disso, 48% dos compradores buscam empreendimentos com fontes de energia renovável, o que reflete uma mudança no setor, revela o estudo The Wealth Report 2025, da Knight Frank. No Brasil, esse cenário tem impulsionado projetos inovadores, como o Auris Residenze, primeiro “edifício-árvore” do Brasil, que integra certificações ambientais e soluções avançadas para qualidade de vida e sustentabilidade, incluindo água filtrada e renovação de ar em todo o empreendimento.
O mercado imobiliário global passa por uma transformação impulsionada pelo crescente interesse por empreendimentos sustentáveis e certificados. De acordo com The Wealth Report 2025, da Knight Frank, uma das principais consultorias imobiliárias independentes do mundo, 53% dos investidores consideram as certificações ambientais um fator decisivo para a aquisição de imóveis. Além disso, dois terços dos entrevistados afirmaram que buscam formas de reduzir as emissões de carbono em suas propriedades, o que reflete uma demanda cada vez maior por construções que combinem inovação, qualidade de vida e responsabilidade ambiental.
O relatório aponta ainda que 61% dos investidores valorizam imóveis com eficiência energética e 48% priorizam empreendimentos que utilizam fontes de energia renovável. Essa tendência tem se consolidado nos últimos anos, com um crescimento expressivo na adoção de soluções eficientes e certificações como LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e WELL Building Standard, que avaliam desde a sustentabilidade do edifício até o impacto na saúde e bem-estar dos moradores.
No Brasil, um dos cases dessa nova era da construção sustentável é o Auris Residenze, empreendimento do Fischer Group, que será construído em Balneário Camboriú (SC) e já é conhecido como o primeiro “edifício-árvore” do país. O projeto incorpora certificações ambientais globais e inovações como fachada biofílica, reaproveitamento de águas pluviais, ventilação e filtragem de água e ar automáticas, além de sensores de CO₂ para monitoramento da qualidade do ambiente interno. A estrutura, assinada pelo renomado escritório italiano Archea Associati, busca redefinir o conceito de moradia ao integrar conforto, qualidade de vida, eficiência energética e design sustentável.
“À medida que a preocupação com o meio ambiente e com o bem-estar se torna um diferencial competitivo no mercado imobiliário global, projetos como o do “edíficio-árvore” reforçam que o futuro da construção civil está diretamente ligado à inovação sustentável além, é claro, do fundamental: o nosso interesse genuíno de promover qualidade de vida. O Auris foi pensado para ser um divisor de águas no setor, queremos deixar um legado e provar que é possível unir alto padrão, eficiência e respeito ao meio ambiente. Queremos mostrar que a construção civil pode evoluir para um modelo mais responsável sem abrir mão do sucesso e da valorização imobiliária”, destaca Cláudio Fischer, CEO do Fischer Group.
Além da eficiência energética, o Auris Residenze adota soluções inovadoras. A fachada biofílica, com brises e vegetação integrada, contribui para a regulação térmica, que reduz em até 42% o uso de ar-condicionado, e melhora a qualidade do ar. O edifício conta com sistemas de reaproveitamento de águas pluviais e cinzas, que reduz o consumo de água em até 52%, além de garantir um fornecimento contínuo de água filtrada em todas as torneiras e chuveiros.
Outro diferencial está na qualidade ambiental dos interiores. O edifício possui um sistema de renovação de ar automático, que mantém a circulação de ar puro mesmo em ambientes fechados, e sensores de CO₂ instalados em áreas comuns e até nas garagens. O Auris Residenze se destaca também pela implementação de um sistema próprio de filtragem de água, que garante água potável de alta qualidade em todas as torneiras e chuveiros do empreendimento.
Sobre o Fischer Group
Focado em projetos ousados e visão empreendedora marcada por gerações, a história do Fischer Group tem relação direta com o desenvolvimento da cidade catarinense de Balneário Camboriú, e iniciou na década de 50 com a inauguração do primeiro hotel de luxo da cidade, o Hotel Fischer, um marco para hotelaria local e nacional na época e que recebeu grandes personalidades públicas e celebridades. A marca Fischer seguiu em renovação e, por meio de especializações e estudos intensos no Brasil e no exterior, trouxe na terceira e na quarta geração, a missão de propagar o “novo luxo” diretamente relacionado à qualidade de vida. Por meio de parcerias com grandes marcas da construção civil, executou empreendimentos diferenciados e de alto padrão como o Terraço Boa Vista, a Casa Cubo, a Casa Estaleiro e o Fischer Dreams, que está sendo erguido no mesmo local do antigo hotel. Auris Residenze entra no mercado como uma “obra-prima da arquitetura viva” e consolida ainda mais o Fischer Group no mercado de empreendimentos ao estilo “boutique”.
Amazonia Press, 21/jul
sexta-feira, 18 de julho de 2025
Nova lei concede até 50% de desconto na regularização de obras e incentiva a preservação de imóveis tombados
Além dos benefícios financeiros, a nova lei traz regras mais simples, processos digitais e maior agilidade nas análises técnicas, facilitando a legalização de imóveis em situação irregular.
Cariocas que quiserem regularizar obras ou ampliações no Rio de Janeiro já podem contar com descontos de até 50% na contrapartida financeira, previstos na nova Lei Complementar 281/2025, sancionada pelo prefeito Eduardo Paes em junho. O desconto máximo vale para quem fizer o pedido de licenciamento até 30 de setembro deste ano e optar pelo pagamento à vista. A partir de outubro, o abatimento cai para 30% para solicitações feitas até 01 de dezembro.
Também será possível parcelar sem desconto em até 60 vezes, com correção pelo IPCA-E. Já imóveis localizados na Zona Norte e em partes da Zona Oeste terão condições especiais de parcelamentos com 30% de desconto. Além dos benefícios financeiros, a nova lei traz regras mais simples, processos digitais e maior agilidade nas análises técnicas, facilitando a legalização de imóveis em situação irregular.
“Esta legislação representa um avanço relevante para o ordenamento urbano do Rio. Nosso objetivo é ampliar a regularização de construções, prevenindo autuações, embargos e demolições. Um dos destaques da nova lei é o incentivo à recuperação de imóveis tombados e preservados, que agora poderão contar com um acréscimo de até 50% na Área Total Edificável, sem necessidade de contrapartida financeira”, explica o secretário de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, Gustavo Guerrante.
O prazo para solicitar novas construções e acréscimos termina em 01 de dezembro. Para legalizar construções já existentes, o prazo se estende um pouco mais, até 30 de junho do ano que vem. A solicitação do desconto pode ser feita diretamente no processo de licenciamento, no requerimento online. Para quem já possui protocolo e está com o pagamento em atraso, a regularização deve ser feita junto ao setor de Arrecadação Urbanística (CAU), localizado na sede da Prefeitura
Entre as principais mudanças, estão:
- Imóveis tombados ganham incentivo: A nova lei possibilita um acréscimo de até 50% na Área Total Edificável (ATE) de edificações tombadas e preservadas, sem pagamento de contrapartida;
- Incentivo ao uso misto dos imóveis: com a permissão de aumento do Índice de Comércio e Serviços (ICS);
- Transformação de uso de Hotéis: caso tenham recebido benefícios edilícios específicos para este uso, será possível sua conversão para o uso residencial multifamiliar através da contrapartida.
Diário do Rio, 18/jul
quinta-feira, 17 de julho de 2025
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