sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Sobre o novo modelo de crédito imobiliário
O CMN anunciou o Novo Modelo de Crédito Imobiliário. No médio prazo, o novo modelo cria uma regulamentação mais estrita para o funding, em um momento de grande incerteza. Um período de avaliação torna-se essencial para evitar problemas no setor.
Em 10 de outubro, o governo lançou o “Novo Modelo de Crédito Imobiliário” e medidas para ampliar o acesso da classe média à casa própria, em evento na Presidência da República[1]. Foram publicadas duas Resoluções do CMN (Resolução nº 5.154 e Resolução nº 5.255) e uma resolução do BCB (Resolução nº 512), fruto de reuniões extraordinárias da Diretoria Colegiada do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional no dia anterior – em princípio, sugerindo certa urgência. O objetivo dessas medidas é remodelar o funding do mercado de crédito imobiliário, com ampliação da oferta de recursos. As medidas também visam captar a classe média que não estava sendo assistida pelas condições favorecidas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e flexibilizar o acesso das faixas de renda mais baixas a financiamentos para reformas habitacionais.
A caderneta de poupança, principal fonte de recursos para os financiamentos imobiliários, tem apresentado declínio em seus saldos, levando a restrições na oferta de financiamentos habitacionais. O saldo das cadernetas de poupança junto ao SBPE tem flutuado em torno de R$750,0 bilhões desde outubro de 2022 (gráfico 1). Após crescer em termos interanuais entre novembro 2024 e abril 2025, a expansão tem declinado, com recuo de 1,2p.p. em setembro. Ao mesmo tempo, as instituições financeiras têm captado recursos por meio de outros instrumentos, como as como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIG), que são utilizadas como lastro de operações imobiliárias. Note-se que embora os recursos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) também sejam utilizados em operações dessa natureza, há condições específicas para a sua utilização[2].
No âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a carteira de crédito imobiliário cresceu +8,6% nos primeiros 9 meses de 2025, abaixo do crescimento de +9,4% no mesmo período do ano anterior. Essa expansão resultou de um crescimento maior das operações com taxas de juros de mercado, relativamente àquelas com taxas reguladas, o que compensou parcialmente a maior proporção (cerca de 90%) do saldo das operações com taxas reguladas[1]. Ainda que a imensa parte do mercado de crédito imobiliário esteja ligada a taxa reguladas (em saldos ou em concessões), destaca-se que, recentemente, aumentou o crescimento das concessões a taxas de mercado.
Nos fluxos, a dinâmica negativa é ainda mais evidente. Houve contração nominal significativa das concessões de financiamento imobiliário a pessoas físicas a partir de outubro de 2024, especialmente daquelas com taxas de juros reguladas, enquanto houve expansão das operações com taxas livres (gráfico 2). Embora a elevada taxa Selic, o aumento da inadimplência e a pressão sobre os balanços familiares, com endividamento e comprometimento crescentes, sejam parte central desse comportamento, a disponibilidade de funding também teve um papel importante.
Nesse contexto, foram anunciadas medidas que expandem a abrangência de programas já existentes e outras que desenham um Novo Modelo de Crédito Imobiliário, com implementação progressiva nos próximos anos.
Em termos da expansão de programas já existentes, foi elevado o valor máximo de financiamento no âmbito do SFH, de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, mantendo um custo efetivo máximo 12,00% a.a.[1] O aumento do teto tem aplicação imediata e abrange a possibilidade de utilização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na aquisição e financiamento de imóveis em fase de produção ou imóveis prontos, novos, até aquele valor. Dessa forma, expande-se rapidamente o SFH para imóveis mais caros e incorpora-se classe social de maior renda, estimulando uma nova faixa do mercado imobiliário.
Adicionalmente, o Fundo Social (FS) foi suplementado com R$4,5 bilhões para sustentar os financiamentos de reformas em unidades habitacionais[2], no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV-Melhorias). O FS já havia recebido R$18,1 bilhões por meio da LOA 2025[3], dos quais R$15,0 bilhões foram destinados à PMCMV-Faixa 3, voltada a famílias com renda bruta mensal entre R$4.700,01 e R$8.600,00, e residências de valor até R$ 350.000,00. O PMCMV-Melhorias também é voltado aos beneficiários do PMCMV e segmenta os beneficiários em 2 grupos, famílias com renda mensal de até R$3.200,00 e famílias com renda mensal entre R$3.200,01 e R$9.600,00[4].
Tratando do Novo Modelo de Crédito, são essencialmente quatro as medidas que deverão ampliar os recursos disponíveis às operações imobiliárias.
Em primeiro lugar, os Depósitos Interfinanceiros Imobiliários (DII) terão tratamento diferenciado. Os DII´s, atualmente computados como operações de crédito que impactam o requerimento de direcionamento, passarão a integrar diretamente a base de cálculo dos recursos a serem direcionados para operações de crédito, somando-se ao saldo dos depósitos de poupança. Poderão realizar DII’s apenas as instituições que recebem depósitos de poupança, ou seja, os integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)[5]. Quando da realização de um DII, o montante depositado poderá ser deduzido da base de cálculo da exigência de direcionamento, passando as instituições depositárias[6] a ter obrigações semelhantes às aplicáveis aos integrantes do SBPE. Assim, a concessão de crédito imobiliário nas condições definidas pelo regulador poderá ser disseminada a um número maior de instituições financeiras, além daquelas recebedoras de depósitos de poupança.
Em segundo lugar, o Novo Modelo também reorienta gradualmente os recursos ora recolhidos compulsoriamente ao BCB, com base no saldo dos depósitos de poupança, para o mercado de crédito imobiliário. Atualmente, 65% do saldo dos depósitos de poupança deve ser direcionado a operações de financiamento imobiliário[7], 20% são recolhidos ao Banco Central como depósito compulsório e 15% são de livre aplicação. Relativamente à alíquota do compulsório, foi autorizada a possibilidade de que a exigibilidade fosse deduzida em 5% da base de recolhimento, desde que esses recursos sejam utilizados em operações de crédito imobiliário específicas. Essa medida entrará em vigor a partir de início de 2027. O percentual de 5,0 p.p. será aumentado em 1,5 p.p. ao ano, a partir de 2027, ajustado anualmente, até a exigência do recolhimento compulsório ser extinta[8]. Adicionalmente, os 15% do saldo de depósitos de poupança livremente aplicados também deverão ser direcionados obrigatoriamente ao crédito imobiliário. Assim, transcorrida a transição, 100% dos saldos dos depósitos de poupança, então acrescidos dos saldos dos DII´s recebidos, deverão ter direcionamento imobiliário obrigatório, com operações que atendam às condições do SFH.
Em terceiro lugar, a ampliação da oferta de funding imobiliário[9] também deverá se dar por meio da criação do prazo médio de cômputo do saldo da poupança, que operará como lastro para as operações de financiamento cujo prazo será inferior à média das operações imobiliárias contratadas. No modelo vigente, o saldo médio dos depósitos de poupança, em determinado período de referência, constitui, por exigência regulatória, a base para a definição do montante de operações imobiliárias a ser mantido por cada instituição financeira. Os depósitos de poupança que originaram essa obrigatoriedade permanecem no passivo da instituição durante toda a vigência da operação de crédito imobiliário, mantendo-se uma equivalência contábil[10] , ainda que haja descasamento de liquidez. No novo modelo, os prazos de cômputo do saldo da poupança para atendimento da exigência de direcionamento dos depósitos de poupança variarão até 7 anos, proporcionais ao prazo da operação, mas bastante inferiores aos prazos usuais das operações de crédito imobiliário. Essa medida encerra a “equivalência” e o multiplicador da poupança será aumentado, uma vez que a redução do período de lastro para o atendimento da exigência de direcionamento obrigará a instituição financeira a contratar novas operações imobiliárias a partir de um mesmo saldo de depósito de poupança.
O gerenciamento do descasamento entre o lastro dos depósitos de poupança e as operações imobiliárias realizadas deverá promover um impulso às operações imobiliárias, em volumes maiores e, potencialmente, em redução dos custos. O gerenciamento da dissociação entre ativos e passivos levará à diversificação das fontes de financiamento, com a emissão de papéis voltados ao financiamento imobiliário (aumento do passivo fora dos depósitos de poupança). A expectativa é que a captação desses recursos adicionais, enquanto os saldos de depósito de poupança não tiverem se exaurido, estimule a redução do custo das operações imobiliárias. No novo modelo, mesmo que o saldo médio dos depósitos da poupança permaneça estável ou se reduza, a instituição financeira captadora desses depósitos precisará ampliar a sua carteira de operações imobiliárias sempre que houver vencimento do prazo de vigência do saldo de poupança anteriormente computado (aumento do ativo).
Por fim, outra mudança na regra de direcionamento que levará a um aumento do funding está na definição da forma de avaliação da operação imobiliária gerada a partir dos recursos dos depósitos de poupança. Ao invés de mensurar as operações pelo saldo contábil até a liquidação e avaliá-las frente ao montante a ser direcionado em cada período, será tomado como referência o valor nominal de cada contratação, ponderado por parâmetros definidos a partir do tipo de financiamento, do prazo e do valor da operação. Nesse sentido, os fatores indicados apontam a preferência do regulador por financiamentos no âmbito do SFH, operações com prazos superiores a 30 anos e valores até R$1,0 milhão[11]. Essa medida também estimula a captação de recursos alternativos aos depósitos de poupança, ao tempo que favorece a aplicação em operações que promovam o direcionamento ao crédito imobiliário.
O novo modelo anunciado explicita um período de transição, com implementação gradual, embora parte das medidas vigore a partir de 2027. Algumas das medidas anunciadas são de aplicação mais imediata, mas aquelas relativas a mudanças conceituais na avaliação do direcionamento dos recursos e a ênfase no retorno das operações ao SFH necessitarão de mais prazo para sua implementação.
Em síntese, o novo modelo cria uma regulamentação mais estrita para o funding do mercado imobiliário. E pode aumentar o risco para o Sistema Financeiro Nacional. O modelo de crédito imobiliário em vigor requer que 65% do saldo dos recursos seja direcionado a operações imobiliárias e pelo menos 80% desse percentual deve ser utilizado para a contratação de financiamentos de imóveis residenciais no âmbito do SFH, com o restante sendo independentemente das condições pactuadas entre as partes. No modelo anunciado, 100% do saldo deverá ser direcionado a operações no âmbito do SFH e as regras de direcionamento demandarão mais recursos, gerando pressão adicional sobre os balanços das instituições financeiras.
Embora seja positivo o empenho da autoridade monetária em ampliar o mercado de crédito imobiliário e desvinculá-lo dos depósitos de poupança, alguns aspectos apontam para a relevância de uma transição cuidadosa. As características tributárias dos instrumentos alternativos de financiamento das operações imobiliárias, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) que deverão ser utilizadas na gestão da carteira de crédito das instituições financeiras, estão sendo objeto de intensa discussão no Congresso. Adicionalmente, o risco de descasamento entre as taxas e prazos das operações imobiliárias e dos papéis que financiarão essas operações não é desprezível, sendo potencialmente maior que o descasamento histórico frente aos depósitos de poupança. O nível de incerteza corrente também não se coaduna com o ambiente desejável para o desenvolvimento de mercado de operações de longo prazo, característica do mercado imobiliário. Por fim, os elevados comprometimento da renda e endividamento das famílias, anteriores ao novo modelo de crédito imobiliário, devem ser explicitamente considerados no processo de implementação no novo regime.
FGV Ibre, Crédito, 28/nov
Porto Maravilha dispara: novos residenciais vão atrair 45 mil moradores até 2029
A revitalização se expande até São Cristóvão, com incentivos à habitação, novos corredores de mobilidade e hubs tecnológico.
O Porto Maravilha vive um novo ciclo de expansão. A Prefeitura do Rio intensificou os incentivos para moradia na área. Desde o início da Operação Urbana Consorciada (OUC), em 2009, 23 condomínios residenciais foram lançados pelas construtoras Cury – que tem 20 empreendimentos –, Emccamp, CTV e Azos, somando 15 mil unidades. São esperados 45 mil novos moradores até 2029. A meta é chegar a cem mil unidades até 2064, com aproximadamente 250 mil habitantes.
– É uma área central, com toda a infraestrutura, trem, metrô, VLT, aeroporto, BRT, além de as pessoas estarem perto do local de trabalho. Estamos consolidando a segunda fase do Porto Maravilha. A infraestrutura foi feita com a derrubada da Perimetral, a criação do boulevard, de museus. Agora, com os residenciais, as pessoas estão vindo morar aqui. É uma área de expansão imobiliária e vai ser muito bom morar na região central – afirma o prefeito, Eduardo Paes.
A maior operação urbana consorciada do país ultrapassou as fronteiras da região portuária e chegou a São Cristóvão, ampliando de 5 milhões para 8,7 milhões de metros quadrados a área de requalificação, historicamente marcada pela atividade portuária. O projeto, que há mais de uma década redesenha o mapa do Centro do Rio, combina habitação, infraestrutura, cultura e tecnologia em uma agenda de transformação urbana.
– É a região que mais cresce no Rio de Janeiro. Pela primeira vez em 40 anos, uma área tem mais venda de imóveis do que a Barra da Tijuca. O Porto Maravilha, hoje, atrai moradores e investimentos. É a fronteira de desenvolvimento da cidade, a região que vai continuar crescendo e se colocando como coração da região metropolitana do Rio. Conecta passado, presente e futuro – ressalta o vice-prefeito, Eduardo Cavaliere.
Do cais à Zona Norte
A ampliação da OUC até São Cristóvão levou também os benefícios urbanísticos e fiscais do modelo que se tornou referência nacional. A operação utiliza os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) como instrumento de financiamento. Esses títulos, negociados pela Caixa Econômica Federal, permitiram custear obras de infraestrutura e atrair investimentos privados para áreas antes degradadas.
— A expansão da Operação Urbana do Porto Maravilha para São Cristóvão e as perspectivas de avanço para esse bairro tão importante serão o novo marco da grande transformação por que passa a região central: com planejamento, investimento e aposta na parceria público-privada — destacou Osmar Lima, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.
O primeiro empreendimento lançado após a ampliação foi o Cartola, construído no terreno de uma antiga distribuidora de combustíveis. Outro projeto, previsto para 2026, vai ocupar o espaço histórico da Companhia de Luz Steárica, com preservação de galpões tombados e integração entre habitaçãoe uso cultural.
A transformação também avança sobre o eixo da Avenida Francisco Bicalho, que passa por reurbanização completa e reforma da antiga Estação Barão de Mauá. O entorno será sede do futuro Centro de Convenções Leopoldina e da Fábrica do Samba, conjunto de 14 galpões para as escolas da Série Ouro, com áreas de lazer, oficinas e geração própria de energia.
Mobilidade e inovação
O novo Porto Maravilha se conecta com toda a cidade. Desde 2024, o Terminal Intermodal Gentileza integra o BRT Transbrasil, o VLT e linhas de ônibus municipais, ligando o Centro às zonas Norte, Oeste, Sudoeste e Sul. O terminal, que requalificou o entorno da Rodoviária Novo Rio, se tornou um marco da nova lógica de mobilidade.
Nos últimos anos, novos túneis e vias, como o Rio450, o Nina Rabha e a Via Binária do Porto, abriram espaço para um novo traçado urbano. A Praça Mauá, símbolo da revitalização, abriga hoje o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio (MAR) e o Pier Mauá. Completam a paisagem de um dos principais pontos turísticos e de lazer do Rio o AquaRio, a Orla Conde e a YupStar.
No eixo tecnológico, o Porto Maravalley consolidou-se como um dos maiores hubs de inovação do país. O espaço reúne 80 empresas — 55 delas startups, que captaram cerca de R$ 150 milhões em investimentos — e a faculdade IMPA Tech, dedicada à formação em matemática e tecnologia. Em parceria com a NVIDIA, a Prefeitura instalará no local um supercomputador de inteligência artificial (IA). E o programa Rio.IA, feito pelo município em conjunto com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a PUC-Rio, vai instalar um centro de referência em IA, projetando a cidade no cenário global da inovação.
Outro marco previsto é o Mata Maravilha, projeto da Al Moinho, fruto da parceria entre o empresário Alexandre Allard e a Autonomy Capital, que combinará natureza e tecnologia. Quase metade da área de 223 mil metros quadrados terá vegetação nativa da Mata Atlântica, em um enorme projeto de reflorestamento urbano. Entre as atrações previstas estão dois parques, hotéis, torres residenciais verdes, restaurantes e comércio, campus de tecnologia verde, com escritórios, coworking e salas de eventos/convenções.
O Porto Maravilha se consolida como projeto urbano que ultrapassa o desenho físico da cidade. A sua transformação em um polo de moradia, cultura e inovação recoloca o Rio em diálogo com seu passado e com o futuro. Antes símbolo de abandono, o local ganha novos habitantes, empresas e espaços públicos, em um território que volta a pulsar no coração da cidade.
Passado, presente e futuro no Cais do Valongo
Símbolo mundial da resistência e da cultura afro-brasileira, o sítio histórico ganha protagonismo no processo de revitalização do Porto Maravilha
Durante as obras de revitalização da Região Portuária, em 2011, um achado mudou a histó¬ria da cidade: o Cais do Valongo, o principal porto de chegada de africanos escravizados nas Américas no século XIX. O antigo cais de pedra recebia homens, mulheres e crianças trazidos da África e vendidos no Rio. Entregue em 2012 à população, como sítio arqueológico, o Cais do Valongo se tornou um espaço de memória e reverência.
A Prefeitura transformou o espaço em monumento preservado que passou a integrar o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, como a Pedra do Sal, o Centro Cultural José Bonifácio, o Cemitério dos Pretos Novos e o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), que reúne cerca de 2,5 mil itens, como pinturas, esculturas e materiais arqueológicos. E a Prefeitura irá construir o Centro Cultural Rio-Áfricas, um espaço que terá exposições e programas educativos que mostrem a história e a cultura da região de forma sensível e crítica.
Em 2017, o Cais do Valongo foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). É o único sítio no mundo que representa fisicamente a chegada forçada de africanos escravizados ao continente americano.
O Globo, Prefeitura do Rio, 28/nov
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Obras de arte em residenciais transformam o jeito de morar
Fachadas, empenas, halls e áreas comuns ganham intervenções visuais que transformam os empreendimentos em ícones urbanos no Rio.
A arte em projetos residenciais deixou de ser detalhe: virou protagonista. As obras transformam halls, jardins e fachadas em verdadeiras galerias, criando identidade e elegância. Mais que valorizar o imóvel, a arte desperta afeto e aproxima moradores de uma relação mais humana entre arquitetura, expressão artística e vida cotidiana. É a busca por espaços que entregam experiências estéticas que elevam a qualidade de vida e o sentimento de pertencimento.
Em meio ao cinza do concreto predominante nas metrópoles, a arte em áreas comuns e fachadas de edifícios traz cor, alma e respiro. Ao convidar artistas consagrados ou emergentes para essa tarefa, incorporadoras e arquitetos ajudam a democratizar o acesso à cultura, levando para os espaços obras capazes de influenciar o imaginário.
No Rio, essa tendência floresce com força: mosaicos, grafites e painéis autorais tornam-se marcos urbanos e pontos de referência, que dão personalidade ao entorno, criam um impacto visual e fortalecem o diálogo entre o privado e o coletivo, transformando os residenciais em agentes de revitalização e qualificação urbana.
No Centro do Rio, a ideia de transformar prédios em telas gigantes ganha corpo nos empreendimentos da Cury. O vice-presidente Comercial da construtora, Leonardo Mesquita, lembra que a região respira arte de rua e que trazê-la para as fachadas é tanto um gesto estético quanto um tributo às personalidades que escreveram sua história. No Páteo Nazareth, por exemplo, quatro painéis farão essa celebração.
— Já homenageamos Pixinguinha, Tia Ciata e Heitor dos Prazeres, em mosaicos ou grafites, sempre com artistas e coletivos que atuam no Centro. E, em parceria com o Ateliê Cosmonauta Mosaicos, fizemos um painel do geógrafo Milton Santos no Colégio Benjamin Constant, no Santo Cristo, região onde temos diversos lançamentos — explica Mesquita. Primeiro projeto da Canopus na Zona Sul, o Arq Life abraça a arte logo na entrada. O lobby foi pensado como galeria, com painéis do artista plástico Luiz Eduardo Rayol criando impacto imediato.
— Existe hoje, no Rio e no Brasil, uma tendência de usar referências arquitetônicas, estúdios renomados e artistas plásticos como parte da assinatura de produtos. Isso gera uma valorização intangível, mas que o morador sente. Ele se reconhece, se vê único — comenta Thiago Hernandez, superintendente Comercial da Canopus.
A RJDI segue a mesma trilha com sua coleção Soul Rio, que conta com curadoria própria para escolher as obras de cada residencial. A ideia é mapear uma “cartografia da alma carioca”. Essa leitura estará clara na empena do edifício da Barata Ribeiro 573, com um mural de 500 metros quadrados assinado por Lenzi Junior, batizado de “Azul do tempo” e inspirado na Bossa Nova. Como gesto extra de afeto, cada comprador levará para casa um prato pintado à mão pelo próprio artista.
— Uma obra de arte valoriza a marca e o prédio. Ocliente estrangeiro gosta muito, porque já está acostumado a ver edifícios que tratam murais, esculturas e pinturas como diferenciais — observa Jomar Monnerat, sócio da RJDI.
Às vezes, essa valorização vai além do olhar. O mural criado por Di Cavalcanti em 1969 para o hall do Edifício Machado de Assis, em Copacabana — inspirado em Capitu, a mítica personagem de “Dom Casmurro” —, é um exemplo. A obra foi vendida na SP-Arte, em 2025, por cerca de R$ 8 milhões.
O Globo, Morar Bem, 26/nov
terça-feira, 25 de novembro de 2025
Novo projeto reposiciona mercado imobiliário da Gávea com foco em mobilidade e moradia estudantil
Lançamento surge no embalo do metrô, restaura um casarão histórico e preenche a lacuna de moradias próximas à PUC.
Embora seja sede de uma das universidades mais prestigiadas do país, a Gávea nunca desenvolveu uma oferta consistente de moradias compactas voltadas para estudantes. Enquanto outros polos acadêmicos do Rio criaram cinturões de unidades pequenas, o bairro manteve uma predominância de imóveis familiares e caros. Em regiões como Maracanã, Ilha do Fundão e Seropédica, a presença de universidades estimulou o surgimento de moradias para quem vem de outras cidades e passa a semana longe de casa. Na Gávea, isso nunca se consolidou.
Uma das razões sempre foi a própria demografia da PUC-Rio, historicamente composta majoritariamente por alunos que já viviam na Zona Sul. Mas essa realidade mudou. Hoje, cresce o número de estudantes vindos do interior, de municípios da Região Metropolitana e de intercâmbio acadêmico, para quem morar perto da universidade deixou de ser conveniência e se tornou necessidade. Dados do Inep mostram o tamanho do fenômeno: 30% dos quase 5 milhões de matriculados em cursos presenciais no país precisam deixar suas cidades para estudar. E esse público não encontra, na Gávea, o mesmo mercado imobiliário enxuto e funcional disponível em outros centros estudantis do Rio.
Um lançamento que muda o paradigma
Esse cenário começa a virar de página com o lançamento do Gaví, que se apresenta como uma resposta a essa demanda reprimida. A Performance Empreendimentos escolheu a Marquês de São Vicente, em frente à PUC, para voltar ao bairro com um produto até então raro por ali: estúdios compactos voltados para estudantes, jovens profissionais e moradores que dependem de deslocamentos diários.
A localização também ganha peso pela movimentação urbana recente. A futura estação do metrô, aguardada há mais de uma década, entrou em fase final de obras e deverá reposicionar a mobilidade da região nos próximos meses. Para Renato Leite, COO da Performance, esse foi um fator determinante no timing do lançamento. Segundo ele, a inauguração da estação abre “um novo ciclo de mobilidade, fluxo e valorização” e consolida o Gaví como ativo estratégico no novo cenário urbano da Gávea.
“Do ponto de vista de produto e de investimento, essa conexão gera um impacto direto na liquidez, na ocupação e na valorização futura, especialmente para um público jovem, estudantil e acadêmico, que hoje busca moradias mais próximas aos seus deslocamentos diários. O metrô reforça a atratividade do projeto e consolida o Gaví como um ativo estratégico nesse novo cenário urbano da Gávea”, afirma Leite.
Casarão preservado e integração ao bairro
O terreno escolhido — quase 3.800 metros quadrados no número 208 da Marquês de São Vicente — é hoje uma raridade na Zona Sul. No centro dele, um casarão histórico que por anos gerou preocupação entre moradores e estudantes temendo sua demolição. O destino, porém, seguiu caminho inverso. O projeto manteve a construção original, incorporou áreas verdes, respeitou o gabarito e preservou a bossa natural da região. A postura conquistou o apoio até mesmo da AMA Gávea, associação conhecida pelo rigor diante de intervenções urbanas.
A intervenção em curso também dialoga com um debate urbano mais amplo: mobilidade, escala e o impacto das vagas de garagem. A Gávea convive há décadas com um déficit de moradias porque terrenos disponíveis acabam se tornando inviáveis quando os projetos tentam reproduzir o modelo antigo de apartamentos grandes com duas ou três vagas.
A chegada do metrô altera essa lógica e muda o uso da cidade. As unidades do Gaví terão menos vagas, acompanhando uma tendência global de reduzir circulação de carros em bairros consolidados. Isso diminui pressão viária, preserva a ambiência do bairro e possibilita preços compatíveis com o perfil de estudantes e jovens profissionais. Não se trata de bandeira, mas de um zoneamento que começa a refletir a vida real da região.
Para a Performance, é uma mudança estrutural de mercado. A diretora comercial da Performance, Carolina Lindner, explica que a empresa prioriza produtos compactos, funcionais e integrados ao cotidiano do bairro — geralmente localizados em terrenos com história e potencial de transformação.
A preservação do casarão deu origem ao primeiro projeto de retrofit da incorporadora na Gávea. O espaço será reintegrado ao bairro como Hub Criativo, oferecendo coworking, salas de reunião, cabines de videoconferência, estúdio de podcast, sinuca e até um mini-mercado. Desde o início, o imóvel foi tratado como patrimônio do bairro. A solução buscou, como define a diretora, “preservar a arquitetura original sem abrir mão da funcionalidade”, transformando um símbolo afetivo em convivência contemporânea.
Unidades, programa de lazer e arquitetura contemporânea
O Gaví terá 189 unidades, entre estúdios de 30m² a 43m² e apartamentos de 1, 2 e 3 quartos com até 106m². A fachada, assinada pelo escritório A+ Arquitetura, segue a estética moderna de uma nova geração de projetos cariocas.
O rooftop terá piscina em deck com raia; no miolo do projeto, espaços dedicados a lazer e bem-estar, como academia, áreas de yoga, crossfit, recovery, sauna, gourmet e lounge aberto. O terreno será dividido entre o bloco principal, o casarão restaurado e a área verde posterior — um dos diferenciais do empreendimento.
Investidores e a tendência da autoquitação
A transformação do mercado na Gávea também tem atraído um novo perfil de investidor. Cada vez mais compradores — muitos brasileiros que vivem no exterior — utilizam uma estratégia que ganhou tração nos últimos anos: adquirir a unidade por consórcio imobiliário, colocá-la para aluguel por temporada e usar essa renda para pagar as parcelas.
A chamada “autoquitação” começou de maneira discreta, mas hoje se fortalece como tendência e já influencia o desenho de novos lançamentos na Zona Sul. No caso das unidades compactas, bem localizadas e com alto potencial de ocupação, esse modelo se mostra especialmente atraente, consolidando uma relação direta entre moradia estudantil, rentabilidade e transformação urbana.
“Um lançamento raro, em um terreno raro, para um público contemporâneo”, resume Lindner.
Diário do Rio, 25/nov
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Residencial de R$ 80 milhões em Ipanema tem 80% das unidades vendidas no lançamento
Projeto do Opportunity aposta em estúdios na quadra da praia e confirma apetite do investidor mesmo com juros altos.
O Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário teve mais um lançamento de alta velocidade em Ipanema. O Be.in.Rio Paul Redfern, residencial de R$ 80 milhões em VGV, saiu com 80% das unidades vendidas no dia da abertura de vendas, realizado no último dia 7. O resultado confirma o apetite do investidor por estúdios na Zona Sul, mesmo num cenário de juros ainda elevados.
O projeto, na Rua Paul Redfern, 40, reúne 39 unidades entre estúdios compactos, double suítes, gardens e uma cobertura dúplex. Fica na chamada “quadríssima” da praia, a poucos passos do Posto 10 e perto do Leblon, combinação que tem guiado o portfólio da coleção Be.in.Rio, hoje o nono empreendimento da linha e o sexto apenas em Ipanema.
Criado em 2024, o selo que concentra os lançamentos de estúdios da gestora já atingiu R$ 573 milhões em VGV e deve chegar a R$ 653 milhões com o Paul Redfern. Desde então, 355 unidades foram comercializadas em bairros como Copacabana, Arpoador e Ipanema, sempre com foco no mercado de locação curta, que segue aquecido entre turistas e nômades digitais.
“A coleção oferece empreendimentos que unem localização privilegiada, arquitetura diferenciada, lazer e conveniências. O Paul Redfern reforça a nossa proposta de desenvolver projetos que traduzem o estilo de vida carioca, seja para morar ou para investir. E o bairro de Ipanema representa bem esse conceito”, ressalta Marcelo Naidich, gestor do Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário.
No novo residencial, o pacote de conveniências tenta dialogar com esse público, com fachada artística da Ceusa Revestimentos, placa fotovoltaica nas áreas comuns, espaço delivery, minimercado e lazer no rooftop. A piscina com vista para o Dois Irmãos, o lounge bar e o fitness climatizado entram como atrativos para diária, enquanto portaria remota, monitoramento digital e bicicletário reforçam a operação.
O projeto arquitetônico é da a+ arquitetura, e os interiores das áreas comuns levam assinatura do escritório Rio Arquitetura.
“Estamos orgulhosos com o desempenho de vendas do empreendimento Paul Redfern. Conseguir vender 80% das unidades no lançamento reforça a força da coleção Be.in.Rio para investidores e moradores e mostra que o mercado acredita no valor desse projeto desde o primeiro empreendimento”, destaca Ernesto Otero, CEO da Lobie, empresa especializada na gestão de ativos imobiliários voltados para locação de curta temporada, que está desde o primeiro lançamento da coleção.
Diário do Rio, Mercado Imobiliário, 24/nov
sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Black November no mercado imobiliário: maior construtora da América Latina anuncia condições especiais na compra de imóveis até o fim do mês
Campanha vai até 30 de novembro e oferece unidades selecionadas com opções de entrada em até 60x, ato em 5x e desconto no mesmo valor do 13º salário.
Embora a Black Friday seja tradicionalmente associada ao varejo de eletrônicos e vestuário, o mercado imobiliário brasileiro tem abraçado a data promocional de forma estratégica, oferecendo aos consumidores que buscam a casa própria ou investimento a oportunidade de fechar negócios com vantagens significativas. Longe dos descontos simples do comércio, incorporadoras e imobiliárias têm apostado em ofertas de valor agregado, descontos substanciais no valor final do imóvel e condições facilitadas de entrada e parcelamento.
Aproveitando o bom momento, a MRV, maior construtora da América Latina, está promovendo a campanha Black November, uma ação nacional que reúne condições especiais para quem deseja conquistar o primeiro imóvel. Até o dia 30 de novembro, clientes de diversas regiões do país, incluindo a capital alagoana, poderão aproveitar vantagens como descontos no mesmo valor do 13º salário – com limite de até R$ 5 mil –, uso do FGTS, entrada parcelada em até 60 vezes e ato em até 5x. As condições variam conforme plano de pagamento, unidade e a localidade, abrangendo diferentes empreendimentos com obras em estágio avançado. Além disso, alguns desses imóveis contam com benefícios adicionais, como três meses de condomínio grátis, isenção de ITBI e registro do imóvel, além de seguro Caixa gratuito.
Em Maceió, por exemplo, um dos empreendimentos é o Residencial Mirante das Águas, empreendimento localizado em Cruz das Almas, o quinto bairro mais valorizado de Maceió, de acordo com o Índice FipeZap. O projeto conta com 280 unidades com dois quartos, opções com varanda e área privativa, distribuídas em 14 blocos, oferecendo, além de localização privilegiada com fácil acesso a supermercados, faculdades, shopping e próximo ao mar, o empreendimento ainda oferece área de lazer com churrasqueira, playground, quadra recreativa e petplace.
“A Black November é um dos momentos mais esperados do ano para quem sonha em sair do aluguel. Em Maceió, estamos com condições muito competitivas e equipes preparadas para auxiliar cada cliente na escolha do imóvel ideal e na melhor forma de pagamento”, destaca Alessandro Almeida, diretor comercial da MRV na região Nordeste.
Os interessados podem buscar os imóveis através do site mrv.com.br ou visitar o Ponto de Vendas MRV na av. Comendador Gustavo Paiva, 176 - Cruz das Almas.
Gazeta de Alagoas, GazetaWeb, 21/nov
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Rio ganha quase 60 mil imóveis novos desde 2019; Reviver Centro impulsiona crescimento
O número de imóveis novos construídos no Rio cresceu 37% nos últimos sete anos, totalizando quase 60 mil desde 2019. Os dados são da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, que considera as construções que receberam o habite-se da prefeitura, refletindo o crescimento da cidade, principalmente no período pós-pandemia, e o impacto do programa Reviver Centro.
O habite-se é o documento que atesta que o imóvel foi construído de acordo com as exigências legais e está apto para ser ocupado. Segundo a prefeitura, em 2019, a certidão foi concedida a 6.940 construções, caindo para 5.643 em 2020, ano marcado pela pandemia da Covid-19. Em 2021, o número subiu para 8.375, e, a partir de 2022, houve um salto: 8.826 habite-se concedidos, chegando a 10.606 em 2023.
Alta em imóveis novos é reconhecida pelo secretário de Desenvolvimento Urbano
O crescimento se manteve em 2024, com 10.052 habite-se emitidos. Até outubro de 2025, já foram registrados 9.553 autorizações. Gustavo Gerrante, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, atribui os números não apenas ao projeto Reviver, mas a um conjunto de fatores.
“Tem mais do que isso. Tem uma recuperação pós-pandemia, porque houve uma paradinha. E o prefeito Eduardo Paes (PSD) também contribui muito, porque gera confiança para a cidade”, afirmou.
Reviver Centro licenciou 61 imóveis novos desde 2021
O programa, criado em julho de 2021, é um plano de recuperação urbanística, cultural, social e econômica da Região Central do Rio, com o objetivo de atrair novos moradores aproveitando construções existentes e criando novos espaços públicos e privados. Neste ano, o Reviver foi estendido à Zona Norte, com início da reestruturação em Bonsucesso.
O crescimento se reflete nos números do programa. Até outubro deste ano, foram licenciados 61 empreendimentos na Região Central, com 5.786 unidades (5.722 residenciais e 64 não residenciais), somando um total de 318 mil metros quadrados de área construída. Além desses, 24 processos estão em análise para obtenção dos benefícios.
Tempo Real RJ, 20/nov
quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Mercado Imobiliário: Construtora Avanço lança novo conceito de casas na Barra Olímpica
A Avanço anuncia o lançamento de um novo e exclusivo projeto na Barra Olímpica, uma das regiões que mais se valorizam no Rio de Janeiro.
A Construtora Avanço, referência em empreendimentos residenciais de alto padrão, anuncia o lançamento de um novo e exclusivo projeto na Barra Olímpica, uma das regiões que mais se valorizam no Rio de Janeiro. O empreendimento chega como um marco no mercado imobiliário carioca, apresentando um novo conceito de moradia que une design contemporâneo, tecnologia, sustentabilidade e o conforto de viver em um espaço planejado nos mínimos detalhes.
Localizada em uma área privilegiada, a Barra Olímpica é hoje um dos polos urbanos mais modernos da cidade reconhecidos por sua infraestrutura completa, vias amplas, opções de lazer, conveniência e mobilidade. Foi nesse cenário que a Construtora Avanço escolheu implantar seu novo projeto, criando um verdadeiro refúgio urbano para quem busca qualidade de vida sem abrir mão da sofisticação.
As casas do empreendimento foram projetadas para oferecer amplos ambientes integrados, iluminação natural abundante e ventilação cruzada, garantindo conforto térmico e eficiência energética. Cada unidade conta com sala em conceito aberto, suítes espaçosas, cozinha planejada, área gourmet e jardim privativo. O paisagismo foi cuidadosamente desenhado para harmonizar-se com a arquitetura moderna, criando uma atmosfera de tranquilidade e bem-estar.
Além da estética e da funcionalidade, o projeto também incorpora soluções tecnológicas que elevam o padrão de moradia. O sistema de automação residencial permite controlar iluminação, climatização e segurança por meio de dispositivos inteligentes, proporcionando praticidade e inovação ao dia a dia. A sustentabilidade também é um dos pilares do empreendimento: materiais de baixo impacto ambiental, captação de água da chuva e aquecimento solar integram o conjunto de diferenciais que tornam as casas mais econômicas e ecologicamente responsáveis.
A Construtora Avanço tem se destacado no mercado pela qualidade de suas obras e pelo compromisso com a satisfação dos clientes. Cada empreendimento carrega a assinatura de uma equipe que valoriza a excelência em todas as etapas — do projeto à entrega das chaves. Na Barra Olímpica, a empresa reforça esse compromisso ao oferecer um produto que alia sofisticação, segurança e conveniência em uma das regiões mais promissoras do Rio.
Tudo que o carioca esperava feito com maior cuidado e sofisticação de uma das maiores construtoras dessa região, juntamente com a arquitetura, paisagismo e etc.… dom FEU, que é incrível.
O novo residencial é ideal tanto para famílias que desejam conquistar a casa própria com alto padrão de acabamento, quanto para investidores que buscam rentabilidade e valorização garantida em um endereço estratégico. Próximo a shoppings, escolas, universidades, centros esportivos e às principais vias expressas da cidade, o empreendimento proporciona uma rotina dinâmica, conectada e com tudo o que é essencial ao redor.
Com este lançamento, a Construtora Avanço reafirma sua missão de transformar espaços em lares e projetos em sonhos realizados. Cada detalhe foi pensado para oferecer uma experiência de moradia completa — onde conforto, elegância e tecnologia se encontram para dar forma a um novo estilo de vida.
Jornal DR1, 19/nov
Fechado há 15 anos, terreno do Terra Encantada ganha projeto com praça e condomínio
Plano prevê criação de três novas ruas e vai conectar Avenida Ayrton Senna à Avenida José Silva de Azevedo Neto. Obras terão início ainda no mês de novembro e devem ser concluídas em cerca de um ano
Fechado há 15 anos, o terreno do Terra Encantada, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste, vai ser transformado em um novo espaço urbano integrado à malha viária da região. O projeto aprovado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento (SMDU) prevê a criação de três novas ruas e uma praça aberta ao público, com mais de 9 mil m², equipada com áreas de lazer e prática esportiva. As intervenções vão conectar a Avenida Ayrton Senna à Avenida José Silva de Azevedo Neto.
O espaço será construído pela RJZ Cyrela e para viabilizar o novo traçado urbano, a SMDU licenciou o projeto de parcelamento do terreno original e aprovou o alinhamento das novas vias e áreas públicas. A pasta também estabeleceu a obrigação de urbanização da região, por meio de um termo firmado entre o município e a construtora, e aprovou o relatório de diretrizes territoriais, que confirma a disposição das novas ruas e consolida a integração do local ao entorno.
A empresa será responsável pelo investimento estimado em R$ 35 milhões para reurbanizar uma área total de 34 mil m². "Enxergamos a carência de ligações entre a Avenida Ayrton Senna e a Avenida José Silva de Azevedo Neto e pensamos em integrar o terreno à malha urbana. Pedimos e a prefeitura aprovou um novo Projeto Aprovado de Alinhamento, que contribuirá para fluidez do trânsito local, criando rotas complementares em um entorno onde as vias principais já estão saturadas", diz o diretor de Incorporação da RJZ Cyrela, Carlos Bandeira.
As obras terão início ainda no mês de novembro e devem ser concluídas em cerca de um ano. A nova praça e as vias internas contarão com ciclovias, com extensão total de 1,4 km, equipamentos esportivos, 43 bancos, 33 lixeiras e oito bicicletários, com capacidade para mais de 200 bicicletas. Haverá também dois playgrounds infantis com brinquedos para idades variadas, um espaço para animais com três estações, área para convivência e 1.800 m² de área livre gramada. Para a rede de telefonia, internet, energia elétrica e abastecimento de água e esgoto será criada infraestrutura subterrânea.
Terreno vai abrigar condomínio, hospital e escola
A construtora desmembrou o terreno de 160 mil m² do antigo parque e criou três novas ruas, todas conectando a rua envoltória e a futura praça central. O espaço foi dividido em lotes menores, dois deles já com destinação para a construção de um hospital da rede Hapvida e para um colégio do grupo Tamandaré. Entretanto, o principal projeto para o local é o condomínio Park Avenue, com prédios resisdenciais e comerciais. Os detalhes sobre o empreendimento ainda não foram divulgados.
"No Park Avenue, a implantação das ruas e da praça trará mais qualidade e sofisticação para a região, pois tanto as ruas quanto a praça terão um paisagismo muito diferenciado. Dividimos o enorme terreno em lotes menores, onde todos passam a ter frente para ruas, o que propiciará projetos menores e com possibilidade de usos diversos, o que agregará muito do que a região necessita", destacou Bandeira.
"O projeto representa um passo importante para consolidar um modelo de cidade mais viva e integrada. Ao criar novas vias, áreas públicas e combinar moradia, espaço e lazer, a gente reforça o princípio do uso misto e da intensificação urbana que a gente defende para o Rio. Esse tipo de ocupação traz vitalidade, segurança e desenvolvimento local", afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, Gustavo Guerrante.
Terra Encantada
O Terra Encantada foi inaugurado em 1998 com a proposta de ser um parque temático nos moldes dos da Disney, nos Estados Unidos. O local contava com personagens próprios baseados na cultura brasileira e, além dos brinquedos e atrações, tinha bares, restaurantes e lojas. À época, a expectativa era de receber 20 mil visitantes diariamente, mas o espaço costumava atrair cerca de 2 mil pessoas por dia.
Ao longo dos 12 anos de funcionamento, o parque registrou diversos acidentes. Em 2005, durante um festa no local, um homem caiu de uma montanha-russa de uma altura de oito metros. Na ocasião, a Justiça do Rio condenou o parque a pagar uma indenização de mais de R$ 50 mil à vítima, por considerar que a trava de segurança não foi suficiente para segurar o corpo dele preso ao carrinho.
Já em 2010, uma mulher foi arremessada para fora de uma das montanhas-russas, caindo de uma altura de aproximadamente 10 metros. A vítima morreu por traumatismo craniano e o parque acabou sendo fechado. O local foi comprado em 2013, em 2015 os brinquedos começaram a ser desmontados e em 2016 houve a demolição completa. O espaço seguia vazio desde então.
O Dia, 19/nov
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Saída de investidores estrangeiros cria oportunidades em imóveis comerciais
CEO da CBRE afirma que mercado imobiliário brasileiro abre oportunidades em imóveis comerciais, hotéis e logística com parte dos gringos deixando o setor. Entenda impacto no mercado e a compensação.
Parte dos investidores estrangeiros estão deixando o mercado imobiliário brasileiro. A boa notícia é que o movimento abre boas oportunidades de preços em imóveis comerciais, segundo Adriano Sartori, CEO da CBRE (Coldwell Banker Richard Ellis) no país, durante evento da SPX (São Paulo Exchange).
Segundo o executivo, os investidores que estão deixando o setor são aqueles com vínculos mais frágeis com o Brasil, que preferem alocar recursos em outras regiões.
“Estamos disputando globalmente os investimentos. Antes falávamos para o investidor fazer um greenfield com uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de 25% aqui, mas hoje é possível fazer isso em dólar nos Estados Unidos”, disse Sartori.
“Mas existem imóveis de logística, e, principalmente, de escritórios e hotéis à venda que provavelmente estão abaixo do custo de reposição”, complementou.
Imóveis comerciais com preços atrativos
Em lajes corporativas, a taxa de absorção está subindo e a vacância na Faria Lima desceu ao patamar dos 5% a 6%, o mais baixo das últimas décadas. Segundo Adriano Sartori, “as empresas estão voltando e tem muita companhia contratando, com os trabalhadores ainda de casa, porque não tem onde colocar”.
No setor de logística, a vacância também está abaixo de um dígito nas principais praças do país. O segmento deve bater recorde de absorção neste ano, com 6 milhões de metros quadrados, ultrapassando os níveis da pandemia.
Seguindo o mesmo movimento, o mercado hoteleiro já supera os níveis pré-pandêmicos. Reflexo também de eventos corporativos em alta: a taxa de ocupação bate os 67%.
Fundos imobiliários compensam saída de estrangeiros
A expansão dos fundos imobiliários no Brasil também tem compensado parte da saída dos estrangeiros. O volume de negócios já concretizados é de R$ 16 bilhões em 2025, com cerca de R$ 14 bilhões em diligência. As cifras somam R$ 30 bilhões e podem superar os R$ 28 bilhões de 2024.
“60% a 70% desse volume é alocado em fundos imobiliários, e family offices também voltaram a olhar o mercado”, disse Sartori.
Segundo o executivo, os investidores estrangeiros mais experientes permaneceram no Brasil e enxergam hoje um cenário melhor com a queda de juros projetada para 2026, o que pode atrair novamente capital internacional.
“Se tivermos uma mudança do cenário, vai faltar prédio, vai faltar galpão e há uma seca de entregas no mercado de hotelaria também”, completou o CEO da CBRE.
Contadores CNT, Com informações de Metro Quadrado, 17/nov
sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Nova tecnologia aposenta a laje de concreto
Nova tecnologia promete aposentar a laje de concreto tradicional e já transforma obras civis com redução de custos, tempo recorde de execução e resistência superior. Tecnologia de lajes industrializadas começa a substituir o concreto tradicional, reduzindo custos, tempo de obra e emissões de CO₂ na construção civil.
Por mais de um século, a laje de concreto tradicional reinou absoluta nos canteiros de obras brasileiros. Pesada, resistente e amplamente conhecida, ela se tornou sinônimo de segurança estrutural. Mas uma nova geração de soluções está mudando esse cenário. Sistemas pré-moldados e treliçados, desenvolvidos para reduzir o uso de concreto e acelerar o ritmo das construções, já começam a substituir o modelo convencional em empreendimentos residenciais, comerciais e industriais. E os resultados são expressivos: obras até 40% mais rápidas, 25% mais leves e com desperdício praticamente zero.
Engenheiros e construtoras relatam uma verdadeira revolução na forma de construir, impulsionada pela industrialização e pela busca por eficiência. A promessa dessas novas lajes é simples, mas poderosa: menos concreto, menos tempo, mais desempenho.
O fim da concretagem tradicional?
Em uma obra convencional, a execução de lajes maciças exige grandes volumes de concreto, formas de madeira, escoramentos e um tempo de cura de até 28 dias para atingir resistência total. Todo esse processo demanda mão de obra intensiva e espaço para armazenar materiais, o que encarece o projeto e amplia o prazo de entrega.
A nova tecnologia rompe essa lógica. Baseada em módulos estruturais pré-fabricados, ela chega ao canteiro pronta para montagem, eliminando a necessidade de grandes formas e concretagem pesada. O sistema é composto por painéis leves com reforços metálicos internos conhecidos no setor como lajes treliçadas e painéis pré-moldados que são encaixados e nivelados de forma precisa, recebendo apenas uma camada superficial de concreto para acabamento e solidarização.
De acordo com o manual técnico da Associação Brasileira da Indústria de Pré-Moldados (Abiprem), a substituição das lajes convencionais por sistemas industrializados pode reduzir em até 60% o tempo total de execução de uma estrutura e diminuir o consumo de cimento em cerca de 35%.
Industrialização da construção: rapidez e precisão
As lajes industrializadas são fabricadas em ambiente controlado, com moldes metálicos e concreto dosado com aditivos que garantem uniformidade e desempenho superior. Esse processo elimina variações de qualidade típicas da concretagem em obra, além de reduzir o risco de patologias estruturais, como trincas e infiltrações.
Em um edifício de médio porte, o uso de lajes pré-moldadas pode significar economia de até R$ 150 por metro quadrado, considerando a redução de mão de obra, escoramento e tempo de ocupação do canteiro. Além disso, as peças são projetadas com precisão milimétrica por softwares de modelagem 3D, como BIM (Building Information Modeling), permitindo que sejam montadas como um quebra-cabeça estrutural.
O engenheiro civil Gustavo Ladeira, especialista em estruturas pré-fabricadas, resume a vantagem:
“Enquanto uma laje tradicional precisa de quase um mês para estar pronta, as novas soluções podem ser instaladas e liberadas para uso em questão de dias. A diferença de produtividade é brutal.”
Leveza e resistência: o segredo dos novos materiais
O avanço dos materiais estruturais híbridos, que combinam aço, concreto e aditivos especiais, é o que permite essa mudança. As novas lajes utilizam armaduras treliçadas de aço galvanizado com concreto de alta resistência, garantindo rigidez mesmo com espessuras menores. A tecnologia também melhora a distribuição de cargas e aumenta a resistência à flexão e ao cisalhamento.
Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comparou lajes maciças e treliçadas sob esforços equivalentes e constatou que o novo modelo reduz o peso próprio da estrutura em até 27%, mantendo o mesmo desempenho de carga. Essa leveza permite fundações menores, o que se traduz em economia de concreto, aço e tempo de execução.
Outro ponto de destaque é a sustentabilidade. A produção em fábricas especializadas reduz o desperdício de materiais, otimiza o uso de água e possibilita a reciclagem de sobras de concreto e aço. Segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), o setor de pré-moldados pode reduzir em até 40% as emissões de CO₂ por metro cúbico construído, quando comparado ao método convencional.
Menos barulho, mais agilidade e menor impacto urbano
A transição para sistemas industrializados também traz benefícios para o ambiente urbano. A montagem das lajes é feita de forma limpa, silenciosa e rápida, o que diminui o impacto em obras localizadas em áreas residenciais ou centros comerciais.
Construtoras que adotaram o sistema relatam uma redução de 50% no número de trabalhadores dentro do canteiro e eliminação quase total de entulhos. O resultado é uma obra mais segura e organizada, com menos acidentes e interferências no entorno.
O arquiteto Felipe Bortolossi, que atua em projetos verticais no interior de São Paulo, afirma que a nova tecnologia já está se tornando padrão em empreendimentos de alto padrão e habitação popular:
“Hoje conseguimos erguer pavimentos completos em menos de uma semana. As lajes industrializadas não só agilizam o processo como oferecem uma qualidade estética superior. A precisão de encaixe e o acabamento reduzem retrabalhos e custos com manutenção.”
Uma revolução silenciosa nos canteiros de obra brasileiros
O uso de lajes treliçadas e painéis pré-moldados não é novo, mas a tecnologia atingiu maturidade apenas nos últimos anos, com o avanço das fábricas automatizadas e do controle de qualidade digital. O que antes era restrito a grandes obras industriais, agora se populariza em prédios residenciais, galpões e condomínios horizontais.
Empresas especializadas como Rangel Laje, Premodisa e Protensão Brasil relatam aumento expressivo na demanda e já trabalham com produção sob medida, entregando estruturas personalizadas para cada projeto.
Para o setor da construção civil, essa transição representa um marco comparável à introdução do concreto armado no século passado. O modelo tradicional de laje maciça está sendo gradualmente substituído, e quem adota a inovação ganha em produtividade, previsibilidade e competitividade.
O futuro da construção civil pode ser modular
A tendência é que a industrialização avance para outros componentes da edificação. Além das lajes, já existem paredes estruturais, vigas e pilares modulares sendo produzidos com a mesma tecnologia, integrando-se a sistemas construtivos híbridos. O objetivo é criar obras totalmente modulares, montadas em poucas semanas e com o mínimo de interferência no local.
Em países como Japão e Alemanha, esse modelo já é dominante. No Brasil, o caminho está sendo trilhado rapidamente, impulsionado pela escassez de mão de obra qualificada e pela busca por soluções mais sustentáveis.
Especialistas acreditam que, em poucos anos, as lajes de concreto convencionais se tornarão exceções em grandes obras, substituídas por sistemas que aliam engenharia de precisão, sustentabilidade e velocidade.
O que antes levava meses, agora pode ser feito em dias — e sem comprometer a segurança. A revolução da construção civil já começou, e ela está acontecendo sob nossos pés.
Tribuna do Povo, 14/nov
Assinar:
Comentários (Atom)











































