Alta dos combustíveis foi compensada pela queda nos preços de grandes commodities como minério de ferro, soja e milho.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,02% em novembro, após ter registrado uma taxa de 0,64% em outubro, informou nesta segunda-feira (29) a Fundação Getulio Vargas.
Com este resultado, o índice acumula alta de 16,77% no ano e de 17,89% em 12 meses, o que representa uma desaceleração frente a outubro, quando acumulou taxa de 21,73% no período de 1 ano.
Em novembro do ano passado, o índice havia subido 3,28% e acumulava alta de 24,52% em 12 meses.
O IGP-M de novembro ficou abaixo da mediana das estimativas de 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 0,38%, com intervalo das projeções indo de 0,15% a 1,4%.
O resultado perto da estabilidade em novembro foi garantido principalmente pela deflação dos preços no atacado, que praticamente compensou a alta nos preços ao consumidor.
O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel' por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.
Desde 2020, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. O IBGE divulgou nesta semana que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou a alta para 1,17% em novembro, atingindo um avanço de 10,73% em 12 meses.
Composição do IGP-M em novembro
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, caiu 0,29% em novembro, após alta de 0,53% em outubro.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, variou 0,93% em novembro, ante 1,05% em outubro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, ficou em 0,71% em novembro, contra taxa de 0,80% em outubro.
De acordo com a FGV, as maiores pressões de alta em novembro para os consumidores foram gasolina (7,14%), etanol (9,15%), tomate (14,14%), gás de bujão (2,75%) e batata (14,23%).
G1, 29/nov