sexta-feira, 29 de abril de 2022
Jeff Bezos perde US$ 13 bilhões com queda nas ações da Amazon
Gigante do comércio eletrônico apresentou seu primeiro resultado negativo em sete anos e viu o valor de suas ações cair 8% nesta sexta-feira (29).
Jeff Bezos perdeu cerca de US$ 13 bilhões de sua fortuna em algumas horas, segundo o Bloomberg Billionaires Index. O prejuízo do segundo homem mais rico do mundo aconteceu depois de uma queda no valor das ações da Amazon nesta sexta-feira (29).
Após registrar seu primeiro resultado negativo em sete anos, a gigante do comércio eletrônico viu suas ações sofrerem uma queda de mais de 8% na manhã desta sexta, ainda antes da abertura dos negócios na bolsa americana Nasdaq.
De acordo com a Bloomberg, a fortuna de Bezos pode cair para US$ 155 bilhões se as perdas nas ações persistirem ao longo do dia – no fechamento de quinta-feira, o patrimônio dele era estimado em US$ 169 bilhões.
No ano passado, o fundador da Amazon chegou a ter seu patrimônio avaliado em US$ 210 bilhões. Desde o início deste ano, no entanto, ele já 'encolheu' US$ 23,4 bilhões.
Como uma parte significativa do patrimônio de Bezos está na quantidade de ações que ele detém da Amazon, sua fortuna é impactada pelo preço desses ativos, que são negociados na bolsa.
Atualmente, o patrimônio do fundador da Amazon é menor apenas que o do bilionário Elon Musk, cofundador de Tesla e SpaceX. Com uma fortuna estimada em US$ 265 bilhões, Musk ainda chegou a um acordo para comprar o Twitter.
Resultados negativos da Amazon
A gigante tecnológica registrou um prejuízo de US$ 3,8 bilhões no trimestre encerrado em 31 de março, em comparação com lucro de US$ 8,1 bilhões no mesmo período do ano passado.
O presidente-executivo da Amazon, Andy Jassy, afirma que "a pandemia e a guerra na Ucrânia trouxeram crescimento e desafios incomuns" para a companhia.
Segundo Jassy, a gigante do comércio eletrônico precisou lidar com custos trabalhistas mais altos depois de aumentar seu time durante a pandemia e ainda sofre com a queda nas vendas causada pela inflação.
G1, 29/abr
quinta-feira, 28 de abril de 2022
Juro bancário médio sobe para 36,3% ao ano em fevereiro, maior taxa em dois anos e meio
Informações foram divulgadas pelo Banco Central. Concessões de empréstimos avançam em janeiro deste ano; inadimplência e endividamento também crescem.
O Banco Central (BC) informou nesta quinta-feira (28) que o juro bancário médio com recursos livres de pessoas físicas e empresas chegou a 36,3% ao ano em fevereiro.
Segundo a instituição, essa é a maior taxa desde agosto de 2019, quando somou 37,1% ao ano. Com isso, é a maior taxa em de dois anos e meio.
O juro bancário médio com recursos livres não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Após registrar o maior crescimento em seis anos em 2021, o juro bancário médio fechou o ano passado em 33,9% ao ano.
A alta dos juros bancários médios é reflexo, entre outros fatores, do aumento da Selic, a taxa básica de juros da economia definida pelo Banco Central.
A Selic passou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para 11,75% ao ano, em março deste ano. Com esse aumento, o objetivo do Banco Central é tentar conter as pressões inflacionárias e também o spread bancário, que inclui a margem de lucro das instituições financeiras.
Pessoas físicas e jurídicas
De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas subiu de 21,4% ao ano,. em janeiro, para 21,5% ao ano, em janeiro. É a maior taxa desde fevereiro de 2018 (22,2% ao ano).
Já nas operações com pessoas físicas, os juros subiram de 46,3% ao ano, em janeiro, para 48,1% ao ano, em janeiro, maior nível desde novembro de 2019 (49% ao ano).
Alexandro Martello, G1, 28/abr
quarta-feira, 27 de abril de 2022
Em meio a alta nos juros, vendas do Tesouro Direto em março são as maiores em quase 3 anos
No mês passado, vendas de títulos públicos para pessoas físicas somaram R$ 4,1 bilhões, o maior volume desde maio de 2019. No período, com guerra na Ucrânia e alta da inflação, juros subiram, aumentando a rentabilidade dos títulos públicos.
As vendas de títulos públicos por meio do Tesouro Direto somaram US$ 4,1 bilhões em março deste ano, informou o Ministério da Economia nesta quarta-feira (27).
Esse é o maior valor desde maio de 2019, quando somou R$ 5,9 bilhões, ou seja, em quase três anos.
O Tesouro Direto é um programa criado em janeiro de 2002 e permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet.
O aumento da demanda por títulos públicos acontece em um momento de alta do juro básico da economia, atualmente o maior em cinco anos, o que aumenta a remuneração dos papeis ofertados pelo governo federal e, consequentemente, a atratividade para os investidores.
Além do aumento dos juros para conter a inflação, os títulos públicos também renderam mais, nos últimos meses, por conta da guerra na Ucrânia, que elevou a curva de juros do mercado futuro — que serve de base para as taxas do Tesouro Direto.
A alta da procura ocorre ainda num momento de alta dos preços no país. Investidores buscam os papeis do Tesouro Direto como proteção contra as perdas geradas pela inflação.
De acordo com o Tesouro Nacional, os resgates de títulos públicos somaram R$ 2 bilhões no mês passado. A emissão líquida, ou seja, a diferença entre o montante emitido e resgatado foi de R$ 2,1 bilhões em março.
Novos investidores
De acordo com o Tesouro Nacional, 521 mil novos investidores se cadastraram no programa em março.
Com isso, o número total de investidores cadastrados até o fim do mês passado atingiu 17,9 milhões, com aumento de 73,9% nos últimos doze meses.
Segundo o órgão, os investidores ativos chegaram a 1,9 milhão de pessoas — o maior número pessoas de toda a série histórica, iniciada em 2002.
Volume total
Em março, o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o valor de R$ R$ 86,4 bilhões, uma alta de 3,9% em relação ao mês anterior (R$ 83,2 bilhões).
"Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque somando R$ 47,29 bilhões, ou 54,72% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 24,87 bilhões (28,78%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 14,25 bilhões, com 16,49% do total", informou o Tesouro Nacional.
Alexandro Martello, G1, 27/abr
terça-feira, 26 de abril de 2022
Inadimplência em nível recorde no país faz demanda por crédito desacelerar no primeiro trimestre
De acordo com BC, concessão de crédito para pessoas físicas registrou queda de 17,5% em janeiro. Febraban prevê redução da Selic nos próximos meses.
Os brasileiros estão cada vez mais no vermelho, recorrendo a empréstimos para complementar a renda e pagar as dívidas. Mas com a inadimplência da população em nível recorde, a demanda por crédito no país parece ter entrado em rota de desaceleração no primeiro trimestre do ano.
Levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em março apontou que 77,5% das famílias estão endividadas — o maior índice dos últimos 12 anos.
O cartão de crédito é um dos principais vilões. A procura pelo rotativo em 2021 foi a maior em dez anos, somando R$ 224,7 bilhões, segundo dados do Banco Central. Esse crescimento coincidiu com a alta dos juros, da inflação e com o endividamento das famílias.
Na avaliação de Luiz Rabi, economista sênior da Serasa Experian, a cautela dos bancos para liberar crédito é uma situação de curto prazo. O cenário deve mudar quando a conjuntura econômica do país melhorar, "por volta do final do ano".
Concessão de crédito
Dados do BC apontam que as concessões de crédito com recursos livres para pessoas físicas específicas para cartão de crédito totalizaram R$ 151 milhões em janeiro deste ano, o que representa uma queda mensal de 9% (R$ 166 milhões) e alta anual de 35% (R$ 112 milhões).
A concessão de crédito com recursos livres total para pessoas físicas, por sua vez, registrou queda de 17,5% de dezembro de 2021 a janeiro de 2022 (de R$ 445 milhões para R$ 367 milhões). Na comparação anual, o aumento foi de 36%.
Vale lembrar que, no início de 2021, o Brasil ainda sofria os efeitos provocados pela pandemia da Covid-19, o que explica a diferença entre a comparação mensal e a anual.
Economista sênior da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Luiz Fernando Castelli afirmou que apesar de a inadimplência estar subindo, ela ainda está em um "nível baixo historicamente e não deve comprometer o sistema financeiro".
Dados divulgados pela entidade na última terça-feira (19) apontam que a estimativa de expansão da carteira de crédito em 12 meses apresentou um pequeno recuo em março na comparação com o mês imediatamente anterior: de 16,3% para 16%.
Planejamento dos bancos
Nos balanços financeiros do quarto trimestre de 2021, os 4 dos 5 maiores bancos do país — responsáveis por 70% do crédito do sistema financeiro — provisionaram possíveis prejuízos devido à elevação da inadimplência. A previsão, de fato, se confirmou nos primeiros meses de 2022.
A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito avançou de 2,3% em dezembro do ano passado para 2,5% em janeiro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2020 (2,7%), segundo o Banco Central.
No balanço de 2021, o Bradesco estimou crescimento de 10% a 14% para a carteira de crédito, mas indicou uma provisão para devedores duvidosos de R$ 4,283 bilhões, o que corresponde a uma alta de 27,5% na comparação trimestral e queda de 6,2% na anual.
O Santander seguiu na mesma direção: provisionou um crescimento de 0,5% para devedores duvidosos no relatório do terceiro trimestre para o do quarto trimestre do ano passado. O montante passou de R$ 3,676 bilhões para R$ 3,693 bilhões.
Já o Itaú Unibanco informou em seu relatório que as despesas com provisões somaram R$ 6,827 bilhões no quarto trimestre de 2021, o que corresponde a um aumento de 21% na comparação anual.
Em nota, o banco afirmou que "orienta os clientes no uso consciente do limite do cartão de crédito, adota medidas de controle de endividamento na concessão de novos créditos e realiza eventuais ajustes quando necessário", sem detalhar quais seriam esses ajustes.
Ao contrário dos concorrentes, o custo da provisão de crédito de liquidação duvidosa do Banco do Brasil caiu. A despesa atingiu R$ 2,5 bilhões de outubro a dezembro de 2021, o que representa uma queda trimestral de 3,4% e anual de 26,5%.
De acordo com BB, nos últimos 12 meses, o banco registrou uma evolução de 47% na carteira de cartão de crédito. O índice de aprovação de aumento do limite do cartão, no entanto, não foi informado pelo banco.
Patrícia Basilio, G1, 26/abr
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Governo edita medida provisória a fim de oferecer R$ 23 bilhões em crédito para pequenos negócios
Segundo o Ministério da Economia, a expectativa é que os recursos sejam disponibilizados em 60 dias em mais de 40 bancos.
O governo publicou nesta segunda-feira (25) uma medida provisória que, segundo o Ministério da Economia, deve alavancar R$ 23 bilhões em financiamentos para micro, pequenas e médias empresas, além de microempreendedores individuais (MEIs).
A maior parte dos recursos vai para o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), uma linha de crédito destinada a microempresas, pequenas e médias empresas faturamento anual até R$ 300 milhões. O Peac funcionou durante a pandemia e foi encerrado em 2020. Com a medida provisória desta segunda-feira, o programa terá uma nova rodada em 2022 e também vai valer para MEIs.
O governo não precisará injetar dinheiro novo nos fundos garantidores para garantir a nova rodada de empréstimos. A medida publicada nesta segunda (25) possibilita ao Executivo não devolver para o Tesouro Nacional os recursos que estão sendo pagos por empresas que aproveitaram programas de crédito lançados na pandemia. Com isso, o governo vai manter o dinheiro nos fundos para viabilizar uma nova rodada de empréstimos.
Segundo o Ministério da Economia, dos R$ 23 bilhões previstos:
R$ 21 bilhões estão ligados a uma nova rodada do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), que tem como garantidor o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI); e
R$ 2 bilhões estão ligados aos Programas de Habitação Popular, incluindo o Casa Verde e Amarela, que terá como garantidor o Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab).
Segundo a secretária especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Daniella Marques, a expectativa é que os recursos sejam disponibilizados aos pequenos negócios em 60 dias. Os empréstimos poderão ser contratados em mais de 40 bancos.
O governo pretende continuar atuando como garantidor de programas de concessão de crédito para os pequenos de negócios, de forma a facilitar o acesso deles ao financiamento. Normalmente, pequenos empreendedores têm dificuldade de acesso à crédito, devido à falta de garantias.
O objetivo do Peac é destinar às empresas capital de giro (dinheiro pro dia a dia do negócio) para estimular a recuperação econômica.
"É a continuidade de uma série de medidas que coloca bastante fôlego na retomada da economia", resumiu Daniella Marques. Ela afirma que as operações podem ter carência entre 6 e 12 meses e prazo entre 12 e 60 meses para pagamento. A taxa de juros máxima prevista no Peac será de 2,8% ao mês.
Já em relação aos R$ 2 bilhões, a medida provisória passa a incluir o programa Casa Verde e Amarela entre os que podem ser garantidos pelo Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab).
Crédito chega a R$ 90 bi
Com a MP editada nesta segunda-feira (25), o governo afirma que o volume de crédito destinado a pequenos negócios vai atingir cerca de R$ 90 bilhões — valor um pouco abaixo dos R$ 100 bilhões que o ministro Paulo Guedes vinha prometendo em eventos públicos.
A cifra de R$ 90 bilhões envolve recursos disponibilizados por meio do Peac e dos programas de habitação (presentes na MP), além de novas rodadas do Pronampe e do Programa de Estímulo ao Crédito (PEC). Para seguirem funcionando, os quatro programas dependem do apoio do Congresso Nacional.
Os dois primeiros entram em vigor com a publicação da medida provisória. Mas, para virar uma lei permanente, a MP precisa ser aprovada em até 120 dias pela Câmara e pelo Senado. Já os dois últimos dependem de projetos que estão em tramitação no Senado.
Outros programas
Segundo o Ministério da Economia, a nova rodada do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) tem potencial de alavancar mais R$ 50 bilhões em novos financiamentos.
Criado durante a pandemia para socorrer pequenas empresas, em junho de 2021, o Congresso aprovou uma lei que torna o Pronampe permanente. Já em abril deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou outro projeto de lei que assegura empréstimos aos participantes do programa até o fim de 2024. Falta ainda o aval do Senado.
Somente após a aprovação no Senado e a sanção do presidente da República é que a nova rodada deve ser liberada.
Haverá, ainda, uma renovação do Programa de Estímulo ao Crédito (PEC), destinado à realização de operações de crédito a pessoas físicas ou jurídicas, com receita bruta anual de até R$ 300 milhões.
O Ministério da Economia estima que, com a reedição desse programa, sejam contratados R$ 14 bilhões em créditos.
O projeto que reedita o PEC foi aprovado pela Câmara, mas, com as mudanças feitas pelos deputados, retornará para votação ao Senado antes de seguir para a sanção presidencial.
Jamile Racanicci e Jéssica Sant'Ana, TV Globo e G1, 25/abr
sexta-feira, 22 de abril de 2022
Contas de luz: reajustes neste ano chegam a 24%, mas fim da taxa extra deve compensar, diz Aneel
Reajustes tarifários anuais repassam ao consumidor alta dos custos das empresas distribuidoras de energia. Principal motivo é a inflação.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem aprovado neste ano reajustes tarifários que variam de 7% a 24% nas contas de luz de clientes residenciais das distribuidoras de energia.
Grande parte dos reajustes tem ficado acima dos registrados no ano passado, quando a conta de luz do consumidor residencial subiu, em média, 8,25%, segundo dados da Aneel.
Os reajustes deste ano refletem, entre outros motivos, a alta da inflação. Os contratos de compra e distribuição de energia são reajustados pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), respectivamente. Nos dois casos, os índices acumulados em 12 meses estão acima de 10%.
A correção dos encargos setoriais que incidem sobre a conta de luz também contribuiu para a alta de dois dígitos.
Reajustes de dezenas de outras distribuidoras ainda serão aprovados pela Aneel ao longo deste ano.
Além dos reajustes já definidos, a agência aprovou uma redução nas tarifas de sete pequenas distribuidoras de energia. Essas sete distribuidoras recebem subvenção econômica. As reduções variam de 3,38% a 26,69%.
Como funciona
Os reajustes nas tarifas de energia acontecem anualmente e variam conforme cada distribuidora. Normalmente, acontecem no aniversário de contrato de cada distribuidora, com exceção de quando há a "revisão tarifária periódica".
O objetivo do reajuste tarifário anual é justamente repassar ao consumidor a alta dos custos das empresas. Os reajustes precisam ser aprovados pela Aneel.
Fim da bandeira
Segundo a Aneel, o fim da bandeira escassez hídrica em abril deve reduzir e, em alguns casos, até anular o efeito dos reajustes tarifários.
As bandeiras representam uma taxa extra aplicada à conta de luz quando aumenta o custo de produção de energia.
A bandeira escassez hídrica foi criada pelo governo no ano passado, em meio à crise energética. Ela adicionava R$ 14,20 às contas de energia para cada 100 kWh consumidos. Ficou em vigor de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022.
Desde sábado passado (16), está em vigor a bandeira verde -- em que não há cobrança adicional. A Aneel prevê que essa bandeira deve ficar em vigor até o fim do ano.
Exemplos
No caso da Enel Ceará, por exemplo, o reajuste tarifário aprovado foi de 23,99% (era de 24,88%, mas foi revisado) para os consumidores residenciais. Mas a combinação do reajuste tarifário com o término da cobrança da bandeira escassez hídrica resultará em um efeito tarifário a ser percebido pelo consumidor de 0,09%, diz a Aneel.
Para a Energisa Sergipe, o reajuste aprovado nas tarifas foi de 16,46%, mas quando considerado o fim da bandeira escassez hídrica, o impacto tarifário a ser percebido pelo consumidor residencial será de uma queda de 6,15% na conta de luz, informa a Aneel.
A agência disse ao g1 que não é possível dizer em quantos pontos percentuais o fim da taxa extra deve atenuar os reajustes tarifários, pois o cálculo varia de distribuidora para distribuidora. Mas a tendência, diz a Aneel, é de redução do impacto percebido pelo consumidor.
Projeções
Projeções da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, indicam que o fim da bandeira da escassez hídrica proporciona uma redução imediata média de 12,5% nas contas de luz dos consumidores residenciais.
"As projeções indicam ainda que, na comparação dos valores previstos para 2022 ante os pagos no ano passado, as tarifas de energia residenciais teriam uma alta média de 11,20% desconsiderando as bandeiras tarifárias. Mas, com o fim da bandeira da escassez hídrica, o efeito médio percebido pelo consumidor passa a ser de aumento de apenas 6,09% no ano", diz a consultoria em nota.
Jéssica Sant’Ana, G1, 22/abr
quarta-feira, 20 de abril de 2022
Alemanha quer zerar importação de petróleo russo até o fim do ano
Em viagem à Letônia, a ministra alemã do Exterior, Annalena Baerbock, detalhou o cronograma de Berlim para eliminar as importações de energia russa. Ela também prometeu apoio militar aos países bálticos.
A Alemanha deixará de importar petróleo da Rússia até o final do ano, disse nesta quarta-feira (20) a ministra alemã do Exterior, Annalena Baerbock, após uma reunião com ministros dos países bálticos, em Riga, na Letônia.
"Vamos reduzir pela metade o petróleo até o verão e estaremos em zero até o final do ano. Então será a vez do gás, em um roteiro conjunto europeu, porque nossa saída conjunta, a saída completa da União Europeia, é nossa força comum", disse Baerbock, em referência ao fim das importações de combustíveis da Rússia pelo bloco europeu.
Baerbock reconheceu erros cometidos pela Alemanha no passado ao lidar com o fornecimento de energia da Rússia. "O que precisamos fazer mais do que nunca é acabar com nossas importações de energia da Rússia de uma vez por todas", disse. "Cometemos erros nessa área, mas não podemos voltar no tempo agora, não podemos desfazê-los."
O ministro da Economia, Robert Habeck, também acredita ser possível se tornar "praticamente independente" do petróleo russo até o fim do ano. No caso do gás, o governo só considera isso viável "em meados de 2024".
O governo alemão vem sendo amplamente criticado, interna e externamente, por barrar sanções conjuntas da União Europeia a combustíveis russos, devido à sua forte dependência de Moscou.
O país também vem sendo questionado por não mandar armas o suficiente e de forma ágil para a Ucrânia, sobretudo armamento pesado. Sobre esse tema, Baerbock afirmou que o governo alemão mandou mais armas a Kiev do que tornou público. "Entregamos mísseis antitanque, Stingers e outras coisas sobre as quais nunca falamos publicamente, para que essas entregas pudessem ser feitas rapidamente", disse.
Assistência militar aos países bálticos
Na reunião, a ministra também prometeu assistência aos países bálticos contra uma possível ameaça de Moscou no contexto da guerra russa contra a Ucrânia. Segundo ela, a Otan defenderá seu território de aliança e "protegerá todos os cantos".
"A Alemanha dará a contribuição necessária aqui em terra", garantiu Baerbock, afirmando que, como membros da Otan, Letônia, Estônia e Lituânia podem "confiar 100% na Alemanha". "A segurança da Europa, a segurança de todos nós, está ligada de forma indissociável à segurança dos Estados bálticos", disse Baerbock.
A ministra também afirmou que considera possível, em princípio, a entrega de veículos blindados da Alemanha para a Ucrânia. "Não é tabu", disse. No curto prazo, no entanto, as Forças Armadas da Alemanha (Bundeswehr) não estão em condições de fornecer equipamentos desse tipo, segundo ela.
A viagem de Baerbock pelos países bálticos segue nesta quinta-feira com visita à Estônia e, na sexta-feira, à Lituânia.
Mais apoio à Ucrânia
Na sexta-feira, o ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, confirmou que o governo alemão aumentará os gastos com assistência militar para 2 bilhões de euros em 2022. "Os fundos beneficiarão em grande parte a Ucrânia", escreveu Lindner, no Twitter.
A confirmação veio após a rede de televisão pública ARD revelar a informação. Segundo a emissora, mais de 1 bilhão de euros seriam destinados diretamente à Ucrânia, que poderá, se assim desejar, usar o valor para comprar armas.
Outros 400 milhões de euros iriam para o Mecanismo Europeu de Paz, um fundo extraorçamentário da União Europeia destinado ao financiamento de ações no âmbito da política externa e de segurança comum que visem preservar a paz, prevenir conflitos e reforçar a segurança internacional – dessa forma, indiretamente, o valor também poderia acabar indo para a Ucrânia.
De acordo com a ARD, os dois bilhões de euros não fazem parte da verba extra especial de 100 bilhões de euros destinada recentemente à Bundeswehr.
Embora pressionada a fornecer mais armas, o simples fato da Alemanha enviar armamento à Ucrânia já significa uma mudança de postura brusca do seu governo, que historicamente vinha se negando a enviar armas para regiões em conflito.
Até agora, a Alemanha forneceu à Ucrânia suprimentos militares, incluindo granadas, mísseis antiaéreos, metralhadoras e munições, mas não armas pesadas, como tanques, helicópteros e aviões de combate.
Deutsche Welle, 20/abr
terça-feira, 19 de abril de 2022
Ibovespa opera em queda pressionado por Vale e bancos
Nesta segunda-feira (18), o principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 0,43%, a 115.687 pontos.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta terça-feira (19), pressionado pelas ações da Vale e dos grandes bancos.
Às 12h04, o Ibovespa recuava 0,61%, a 114.978 pontos. Veja mais cotações.
Perto do mesmo horário, os papéis da Vale tinha queda de 2,44%. Banco do Brasil também recuava mais de 2%, enquanto Itaú e Bradesco caíam perto de 1,5%.
Na segunda-feira, a bolsa fechou em queda de 0,43%, a 115.687 pontos. Com o resultado, passou a acumular queda de 3,59% no mês. No ano, o ganho é de 10,36%.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, as atenções seguem voltadas para a guerra na Ucrânia, para o surto de Covid-19 na China e para as expectativas de alta mais rápida das taxas de juros nos Estados Unidos diante da alta da inflação.
A Rússia afirmou ter feito mais de 1.200 ataques em solo ucraniano ao longo da madrugada, mais que o triplo do dia anterior
Por aqui, os investidores seguem de olho nos próximos passos do Banco Central, depois que o resultado de março do IPCA veio acima do esperado e colocou em xeque a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto monetário em maio, aumentando as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.
Também no radar estão as taxas de juros nos Estados Unidos, conforme crescem as perspectivas de que o Federal Reserve, o BC local, acelere a alta para fazer frente à inflação.
G1, 19/abr
segunda-feira, 18 de abril de 2022
Sem estímulos econômicos, endividamento privado deve frear o crescimento global, diz FMI
Com menor potencial de investimento empresarial e redução do consumo, estimativas para o PIB global devem cair em média 0,9% em economias desenvolvidas e 1,3% para emergentes nos próximos 3 anos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) constatou que haverá uma desaceleração da economia global nos próximos anos por conta do endividamento recorde de empresas e da população depois do impacto da crise causada pela pandemia do coronavírus.
Ao projetar a média para os próximos três anos, o fundo afirma que países de economia desenvolvida podem perder 0,9% do produto, enquanto economias emergentes devem desacelerar ainda mais, com média de 1,3%.
As conclusões estão no capítulo especial do World Economic Outlook (WEO), relatório de acompanhamento econômico global, publicado nesta segunda-feira (18).
Os analistas do FMI lembram que governos federais e bancos centrais ao redor do mundo conseguiram diminuir a "dor econômica" da pandemia ao injetar liquidez na economia, com auxílios para o consumidor e garantias de crédito para empresas, além de moratórias para o pagamento de juros.
Ao mesmo tempo, as medidas levaram a um aumento na dívida privada, trazendo o maior aumento da alavancagem desde a crise financeira global de 2008.
Como tudo na pandemia, contudo, o impacto foi desigual entre as economias. O grau de exposição a serviços que demandam contato físico e o poderio dos auxílios governamentais foram determinantes para um maior ou menor comprometimento de dívidas.
O raciocínio é simples: quando o endividamento atinge pessoas físicas, o potencial de movimentar a economia pelo consumo cai. Pelo lado das empresas, há redução de investimentos e uma possível estagnação de postos de trabalho – ou mesmo, no limite, a promoção de cortes e aumento do desemprego.
"Espera-se, portanto, que o obstáculo ao crescimento futuro seja maior nos países que experimentaram os maiores aumentos no endividamento entre famílias de baixa renda e empresas vulneráveis durante a pandemia", afirma o FMI.
Inflação e juros
Para o FMI, as condições monetárias e seus efeitos também precisam ser observadas com atenção em diferentes países.
Na estimativa do FMI, um aperto surpresa de 100 pontos-base desaceleraria o investimento das empresas mais alavancadas em 6,5 pontos percentuais em dois anos — quatro pontos percentuais a mais do que para os menos alavancados.
Mas a atenção especial das instâncias decisórias, segundo o relatório, deve ser na retirada cuidadosa de incentivos a setores que podem "contaminar" outras instâncias da economia de cada país.
Além disso, o FMI sugere que as autoridades reforcem os mecanismos de reestruturação de empresas para promover "uma rápida realocação de capital e trabalho para as empresas mais produtivas".
G1, 18/abr
sábado, 16 de abril de 2022
Com Plano Safra travado, bancos devem operar com linhas próprias de financiamento para garantir negócios na Agrishow 2022
Economistas e consultores de agronegócio dizem que produtor rural deve estar atento ao mercado e à própria demanda para não se endividar.
Com fundos do Plano Safra 2021/2022 travados por conta da indefinição na Câmara sobre o crédito suplementar, a Agrishow, feira de tecnologia para o agronegócio que acontece de 25 a 29 de abril em Ribeirão Preto (SP), deve contar com linhas de crédito de bancos e instituições parceiras para os negócios. É uma tentativa de amenizar a falta de auxílio e garantir operações que devem movimentar até R$ 6 bilhões, mas especialistas dizem que elas podem não ser suficientes.
“Os recursos podem, sim, amenizar a situação, mas não se comparam a um plano governamental, como o Plano Safra em si, na relação de impulsionar o setor agropecuário e fornecer crédito com taxas de juros especiais”, diz o economista Adnan Jebailey. “Quando a instituição oferece por si só o crédito e ela corre todo o risco, ela vai aumentar a taxa de juros, vai aproximar à taxa básica de juros se não for superior”, complementa.
Desde fevereiro, novas contratações do Plano Safra estão suspensas e os recursos bloqueados estão estimados em R$ 24,7 bilhões. O impasse se deve à não aprovação pela Câmara de suplemento de R$ 868,5 milhões no orçamento federal para equalização de taxas de juros. O prazo da suspensão terminou na sexta-feira (15), e novos anúncios são esperados para esta semana.
Para médios e grandes agricultores, não deve existir muita mudança, pois o público já vem buscando outras formas de financiar os custeios. É o que o consultor de agronegócio José Luís Coelho afirma, complementando que entre os mecanismos de destaque estão as operações financeiras Barter e Cédula do Produtor Rural (CPR).
“Isso transfere boa parte do crédito para os fornecedores de insumos e tradings e desonera as linhas oficiais, que, via de regra, ainda necessitam de equalização de taxas por parte do Tesouro Nacional”, afirma Coelho.
Porém, mesmo com o Plano Safra atualmente congelado, isso não significa que o produtor esteja desamparado. “O ciclo de uma compra na Agrishow começa com o pedido do produto e/ou solução que só será faturado para o cliente a partir do 2º semestre, ou seja, no início do novo ano agrícola, quando os recursos do novo Plano Safra já estarão disponíveis”, tranquiliza Coelho.
“É claro que o crédito imediato traz mais tranquilidade para quem vende e para quem compra, mas isso não será fator limitante se as linhas a serem disponibilizadas forem competitivas. Historicamente as carteiras de crédito rural são as que operam com menores índices de inadimplência.”
Com fundos do Plano Safra 2021/2022 travados por conta da indefinição na Câmara sobre o crédito suplementar, a Agrishow, feira de tecnologia para o agronegócio que acontece de 25 a 29 de abril em Ribeirão Preto (SP), deve contar com linhas de crédito de bancos e instituições parceiras para os negócios. É uma tentativa de amenizar a falta de auxílio e garantir operações que devem movimentar até R$ 6 bilhões, mas especialistas dizem que elas podem não ser suficientes.
“Os recursos podem, sim, amenizar a situação, mas não se comparam a um plano governamental, como o Plano Safra em si, na relação de impulsionar o setor agropecuário e fornecer crédito com taxas de juros especiais”, diz o economista Adnan Jebailey. “Quando a instituição oferece por si só o crédito e ela corre todo o risco, ela vai aumentar a taxa de juros, vai aproximar à taxa básica de juros se não for superior”, complementa.
Desde fevereiro, novas contratações do Plano Safra estão suspensas e os recursos bloqueados estão estimados em R$ 24,7 bilhões. O impasse se deve à não aprovação pela Câmara de suplemento de R$ 868,5 milhões no orçamento federal para equalização de taxas de juros. O prazo da suspensão terminou na sexta-feira (15), e novos anúncios são esperados para esta semana.
Para médios e grandes agricultores, não deve existir muita mudança, pois o público já vem buscando outras formas de financiar os custeios. É o que o consultor de agronegócio José Luís Coelho afirma, complementando que entre os mecanismos de destaque estão as operações financeiras Barter e Cédula do Produtor Rural (CPR).
“Isso transfere boa parte do crédito para os fornecedores de insumos e tradings e desonera as linhas oficiais, que, via de regra, ainda necessitam de equalização de taxas por parte do Tesouro Nacional”, afirma Coelho.
Porém, mesmo com o Plano Safra atualmente congelado, isso não significa que o produtor esteja desamparado. “O ciclo de uma compra na Agrishow começa com o pedido do produto e/ou solução que só será faturado para o cliente a partir do 2º semestre, ou seja, no início do novo ano agrícola, quando os recursos do novo Plano Safra já estarão disponíveis”, tranquiliza Coelho.
“É claro que o crédito imediato traz mais tranquilidade para quem vende e para quem compra, mas isso não será fator limitante se as linhas a serem disponibilizadas forem competitivas. Historicamente as carteiras de crédito rural são as que operam com menores índices de inadimplência.”
Com isso, Lima Júnior diz que o produtor não pode entrar numa expectativa de aumento de produção em 2022, podendo correr o risco de entrar em 2023 com uma situação negativa.
“A grande orientação é que se faça uma gestão de risco, mas geralmente os pequenos e médios produtores ficam mais expostos por não terem uma gestão de risco profissional, como é o caso dos grandes produtores”, explica. “Então a sugestão para os pequenos e médios é que dê passo conforme o tamanho da perna. Não entrar na euforia porque os juros estão mais baixos, porque a indústria está oferecendo algo em condições que ele acha incríveis, porque ele precisa considerar as dificuldades e os próprios custos que esse ano vai trazer.”
Otimismo
O economista José Rita Moreira diz que a situação do Plano Safra deve ser resolvida antes ou durante a feira, o que pode amenizar as questões dos juros.
“Agricultura é e continua sendo o alavancador do PIB brasileiro. Esse entrave na liberação dos recursos é uma questão momentânea e deve ser resolvido nos próximos dias. Meu palpite é que possa ser anunciado até a abertura da Agrishow”, diz.
Moreira vê com bons olhos o retorno presencial da feira e acredita que mesmo com os aumentos, o setor não será muito afetado. “A Agrishow é um evento de proporções mundiais e depois de muito tempo volta a ser presencial. Isso traz um bom sentimento para o produtor depois de 2 anos difíceis.”
“Nós estamos acompanhando a alta das taxas de juros, a Selic batendo quase 12%, mas isso, na minha opinião, não afeta o campo até porque tem linhas beneficiadas, juros menores. Então o produtor não deve se assustar com isso, mesmo os micros e pequenos, porque a tendência é ter linhas de crédito bastante beneficiadas.”
Giovana Arduino, G1 Ribeirão Preto e Franca, 16/abr
quinta-feira, 14 de abril de 2022
Saiba quem é e de onde vem a fortuna de Françoise Bettencourt, a mulher mais rica do mundo
Herdeira da L'Oreal tem a maior fortuna do planeta pelo segundo ano consecutivo, segundo a 'Forbes'. Seus bens são estimados em US$ 74,8 bilhões, o equivalente a R$ 354 bilhões.
A francesa Françoise Bettencourt Meyers, de 68 anos, herdeira da L'Oréal, ficou pelo segundo ano seguido no topo do raking das mulheres mais ricas do mundo feito pela revista "Forbes" (veja a lista mais abaixo).
A campeã tem uma fortuna estimada em US$ 74,8 bilhões (R$ 354 bilhões) – ou US$ 1,2 bilhão (R$ 5,6 bilhões) a mais que em 2021. Com esse valor, ela é a 14ª pessoa mais rica do mundo.
Françoise é a vice-presidente do conselho da L'Oréal, a maior empresa de cosméticos e beleza do mundo, com atuação em 130 países. Os principais mercados da companhia são Estados Unidos, França, China, Alemanha e Brasil, aonde a merca chegou em 1939.
mulher mais rica do mundo é filha única e herdeira de Liliane Bettencourt, além de neta do químico Eugène Paul Louis Schueller, que fundou a L'Oréal em 1909. A companhia tem mais de 35 marcas de cosméticos e cuidados com a pele.
Françoise é membro do conselho da empresa desde 1997, do qual seus dois filhos, Jean-Victor Meyers e Nicolas Meyers, também fazem parte. A primeira vez em que ela figurou na lista de mais ricas do planeta foi em 2018, um ano depois da morte da mãe.
Fortuna triplicada
Após a morte de Liliane, Françoise triplicou a sua fortuna com investimentos que valorizaram ações da L'Oréal na bolsa de valores.
Em 2021, segundo dados da Bloomberg, a empresa se recuperou da pandemia graças à oferta diversificada de produtos. A companhia informou que, no terceiro trimestre, as vendas cresceram 13%.
Atualmente, Françoise é presidente da holding familiar e representa a fatia de 33% que a família Bettencourt Meyers tem em ações da empresa. A executiva também preside a fundação filantrópica da família, que incentiva e participa de projetos na ciência e na arte na França.
Em 2019, a família fez doações de 200 milhões de euros para recuperação da Catedral de Notre-Dame de Paris, destruída por um incêndio.
Conflitos familiares
Françoise e Liliane brigaram durante quase dois anos nos tribunais franceses por causa de uma queixa apresentada pela atual mulher mais rica do mundo contra um fotógrafo de celebridades que teria recebido da mãe dela cerca de 1 bilhão de euros em presentes ao longo de 20 anos.
O caso envolvendo herdeira da L'Oréal virou escândalo nacional na França. Em 2010, Liliane se reconciliou com a filha, encerrando uma série de processos na Justiça, de acordo com um advogado.
As 10 mulheres mais ricas do mundo
Veja, abaixo, o ranking:
Françoise Bettencourt Meyer e família - França
Alice Walton - Estados Unidos
Julia Koch e família - Estados Unidos
Mackenzie Scott - Estados Unidos
Jacqueline Mars - Estados Unidos
Gina Rinehart - Austrália
Miriam Adelson - Estados Unidos
Susanne Klatten - Alemanha
Iris Fontbona e família - Chile
Abigail Johnson - Estados Unidos
Brasileiras mais ricas
A lista de bilionários da revista "Forbes" incluiu oito brasileiras na edição deste ano.
A mulher mais rica do Brasil é Lucia Maggi, de 89 anos, com uma fortuna avaliada em US$ 6,9 bilhões (cerca de R$ 32,3 bilhões).
Ela ficou à frente, inclusive, da dona do Magalu, Luiza Trajano. Na lista dos mais ricos do mundo, Lucia ocupa a 350ª posição. Leia aqui quem é Lucia Maggi.
Ligada ao setor do agronegócios e confundadora do grupo Andre Maggi (Amaggi), em 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR), que nasceu com o nome de Sementes Maggi. Lucia e o marido, André, iniciaram juntos a empresa que se tornaria uma das maiores exportadoras de soja do mundo.
Ela é mãe de Blairo Maggi, que foi governador de Mato Grosso e ministro da Agricultura no governo Michel Temer.
G1, 14/abr
quarta-feira, 13 de abril de 2022
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