sexta-feira, 30 de maio de 2025

Casa 11 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 25.000.000,00 - R$ 75.000,00



Obras sustentáveis crescem 30% e setor da construção aposta no verde no Rio

Com 60% das empresas com certificações ambientais, setor da construção civil no Rio cresce em obras sustentáveis e reaproveitamento de resíduos, segundo dados apresentados no Rio Summit.

A construção civil fluminense está se tornando cada vez mais verde. De acordo com Cláudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio, o setor vem registrando avanços importantes em sustentabilidade: nos últimos cinco anos, houve crescimento de 40% no reaproveitamento de resíduos, aumento de 30% nas obras sustentáveis e 60% das empresas já contam com certificações ambientais.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (26), durante o Seminário Rio Summit, realizado na Casa Lide, em São Paulo. Hermolin participou do painel sobre os avanços da agenda ambiental no estado, ao lado do secretário de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, do secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, do CEO da Cedae, Aguinaldo Ballon, e do CEO da Águas do Rio, Anselmo Leal.

O evento teve como tema “Rio: potenciais de um estado que não para de crescer” e reuniu autoridades e empresários para discutir estratégias de desenvolvimento sustentável.

“O crescimento sustentável da construção civil é essencial para o futuro do estado. O setor tem investido em soluções que unem desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental”, destacou Hermolin. Segundo ele, a busca por eficiência ambiental, desde os projetos até a entrega das obras, tornou-se prioridade.

Além dos avanços na construção, o painel abordou os desafios na universalização do saneamento básico, reforçando o papel das parcerias público-privadas na ampliação do acesso à água e ao esgoto tratados.

Diário do Rio, 30/mai

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Casa 5 Quartos na Barra da Tijuca - R$ 3.600.000,00


Venda de imóveis cresce no Rio; veja os 20 bairros com mais transações no 1º trimestre


A venda de imóveis residenciais no Rio de Janeiro avançou 6,5% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento é da Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, com base em 20,4 mil transações realizadas entre janeiro e março, a partir dos dados oficiais de ITBI da prefeitura.

Entre os bairros que mais cresceram em vendas, Camorim lidera com um salto de 94,5%, seguido por Maracanã (+67,6%) e Jardim Botânico (+56,7%). Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, o resultado aponta para uma demanda que vai além das áreas tradicionalmente valorizadas, alcançando também regiões com perfil mais misto, que combinam novos empreendimentos e boa acessibilidade.

– O Camorim se beneficia da proximidade com a Barra da Tijuca, que vem crescendo fortemente há anos. Já o Maracanã oferece um custo de vida mais acessível e conta com uma boa rede de transportes.

O estudo também revelou os bairros com maior número absoluto de vendas no período. A Barra da Tijuca ficou na frente, com 1.002 transações, uma alta de 16,2% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Na sequência, aparecem Copacabana (770), Recreio dos Bandeirantes (572) e Tijuca (550), este último com um dos maiores crescimentos entre os mais vendidos (+20,6%).

– Mesmo com a alta na taxa de juros, o mercado do Rio segue aquecido. Vemos uma expansão das vendas tanto em bairros emergentes quanto nos mais consolidados. A diversidade de perfis é o que dá resiliência ao mercado da cidade.

O Globo, Miriam Leitão, 29/mai

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Casa 3 Suítes em Natal - R$ 1.150.000,00



‘Cobertura da Ferrari’ na Barra será a mais cara já lançada no Rio: R$ 80 milhões

 

O valor quase dobra o da cobertura do TOM, no Leblon, e supera o da luxuosa cobertura da família Guinle, na Praia do Flamengo.

Um novo nome acaba de entrar para o radar do mercado imobiliário de alto padrão no Rio. A novidade é que não se trata do trecho Delfim Moreira-Vieira Souto, perímetro famoso pelo alto valor do metro quadrado. Atravessando os Dois Irmãos, rumo à Zona Oeste, o empreendimento Atto, lançamento da Origem Incorporadora em parceria com a casa de design italiana Pininfarina, promete quebrar todos os recordes já vistos no mercado de novos imóveis da cidade. Localizado na orla da Barra, o projeto vai abrigar a cobertura mais cara já colocada à venda em um lançamento no Rio: R$ 80 milhões.

O valor quase dobra o da cobertura do TOM, prédio exclusivíssimo na Delfim Moreira (Leblon), anunciada dois anos atrás como um dos imóveis de lançamento mais caro da cidade, na faixa dos R$ 45 milhões. Na época, o valor “escandalizou” o mercado e tomou conta das redes sociais. O preço é condizente com a raridade do produto. O prédio foi construído no último terreno livre da orla do “bairro das Helenas”. A cobertura do Atto também será mais cara que o famoso triplex da família Guinle, na Praia do Flamengo. “Obviamente que um imóvel novo, principalmente na cultura carioca, é sempre precificado com valores muito superiores por metro quadrado em relação aos usados, mesmo em casos em que ficam na mesma localização dos antigos e por vezes com plantas por vezes bem piores. O diferencial aqui é o design da Pininfarina, algo que efetivamente trará uma procura maior e uma sensação de ‘justiça imobiliária’: vale mesmo o que se pede”, explica Alice Castro, da divisão Ouro – especializada em imóveis de luxo – da veterana Sérgio Castro Imóveis.

Já na Barra, o esquema é outro. Espaço é o que não falta. Mas o empreendimento já nasce com pedigree. Além da localização privilegiada, o projeto é o primeiro residencial assinado pela Pininfarina no Rio, nome lendário do design automotivo italiano, com criações icônicas para Ferrari, Maserati e outros. Agora, a grife leva sua visão de “beleza funcional” para um edifício com apenas 20 unidades — todas de frente para o mar, com metragens entre 450 m² e 1.100 m². O prédio será construído onde antes funcionava uma Bodytech, na altura do posto 6, na Lúcio Costa — bem próximo ao Vivendas da Barra.

Diário do Rio, 28/mai

terça-feira, 27 de maio de 2025

Cobertura 4 Quartos, 2 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 5.800.000,00



Lei dos Distratos: um marco para a segurança jurídica no setor imobiliário

Desde 2018, novas regras para desistência de contratos fortalecem a previsibilidade no setor e ajudam a conter a inadimplência.

Aprovada em 2018, a chamada Lei dos Distratos (Lei nº 13.786) representou um divisor de águas no setor imobiliário brasileiro. Ao regulamentar a desistência da compra de imóveis na planta, a legislação trouxe regras claras e maior equilíbrio nas relações entre compradores e incorporadoras. Com isso, estabeleceu-se um novo patamar de segurança jurídica, essencial para a previsibilidade dos contratos e a saúde financeira dos empreendimentos.

Antes da nova lei, a ausência de critérios objetivos sobre devoluções e penalidades em casos de desistência gerava insegurança jurídica e judicialização excessiva. Incorporadoras enfrentavam um cenário de incerteza, em que o rompimento unilateral de contratos, muitas vezes já com obras em andamento, comprometia o fluxo de caixa das empresas e colocava em risco a entrega dos projetos — afetando também os adquirentes adimplentes.

Com a regulamentação, passaram a existir parâmetros definidos para retenção de valores pagos, respeitando o equilíbrio contratual e o direito de arrependimento do consumidor. O percentual máximo de retenção foi fixado, com distinções conforme o regime de patrimônio de afetação, conferindo segurança às partes e reduzindo litígios. O alinhamento de expectativas também contribuiu para maior eficiência nas transações.

Além da pacificação jurídica, a legislação teve reflexos positivos nos indicadores econômicos do setor. Incorporadoras passaram a operar com mais previsibilidade e menor exposição a riscos financeiros. A inadimplência, que antes oscilava com o volume de distratos e a instabilidade econômica, passou a recuar de forma consistente, alcançando os menores níveis já registrados em alguns mercados regionais. Embora esse cenário seja influenciado por diversos fatores, a nova política de distratos teve papel relevante na redução de riscos e no aumento da confiança.

Experiências internacionais também mostram que regras claras para distratos beneficiam o mercado. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde há normas bem definidas sobre desistência contratual, observam-se maior estabilidade e menor litigiosidade, o que inspirou, em parte, a modelagem brasileira — sempre adaptada às particularidades locais.

Passados mais de cinco anos da entrada em vigor da lei, o mercado opera em um ambiente mais estável e confiável. A experiência mostra que um arcabouço legal claro, com regras transparentes e equilibradas, é essencial para o desenvolvimento sustentável do setor, o fortalecimento das relações contratuais e a proteção de todos os envolvidos nos processos de aquisição de imóveis.

Fiabci, 27/mai

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Cobertura Duplex, 3 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 3.800.000,00


Construção sustentável ganha força no Brasil

A construção civil no Brasil avança com práticas sustentáveis, como energia solar e materiais ecológicos.

A construção civil no Brasil tem avançado rumo à sustentabilidade, impulsionada pelo uso crescente de energia limpa e práticas construtivas. Segundo a CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção, em 2024, o setor cresceu 4,1% e gerou mais de 230 mil empregos formais até outubro, elevando o número de trabalhadores com carteira assinada para 2,98 milhões.

As vendas de cimento atingiram 64,5 milhões de toneladas no período de dezembro de 2023 a novembro de 2024, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. O mercado imobiliário também apresentou resultados expressivos, com alta de 20% nas vendas de apartamentos novos e crescimento de 17,3% nos lançamentos.

O financiamento habitacional via FGTS alcançou 516.207 unidades nos dez primeiros meses do ano, movimentando R$ 107,3 bilhões — um aumento de 37,8%. Tendências como o uso de energia fotovoltaica, materiais ecológicos e eficiência energética refletem a evolução do setor, que busca conciliar crescimento econômico com menor impacto ambiental.

“Para 2025, as perspectivas são ainda mais promissoras. Espera-se a ampliação do uso de fontes renováveis, principalmente da energia solar, impulsionada pela queda nos custos de instalação e incentivos governamentais”, afirma o empresário Thiago Santana de Souza. À frente da construtora e administradora T&T Imóveis, com sede em Campo Grande (MS), Thiago tem apostado na sustentabilidade como diferencial e ferramenta de impacto social.

Segundo o FGV, tecnologias como BIM, Internet das Coisas e automação continuarão a transformar as obras em projetos mais inteligentes e sustentáveis. A busca por certificações ambientais, como LEED e AQUA-HQE, deve crescer, reforçando a responsabilidade ambiental como um novo padrão do mercado. A construção sustentável já não é tendência: é um caminho sem volta.

A nova era da construção sustentável

Segundo o empresário Thiago Santana de Souza, as tendências da construção civil sustentável no Brasil estão cada vez mais alinhadas com os princípios de economia circular, redução de emissões e eficiência energética.

Entre as práticas em ascensão destacam-se:

- Uso de energia fotovoltaica: sistemas solares se tornaram mais acessíveis e são incorporados tanto em residências quanto em empreendimentos comerciais, promovendo autonomia energética e economia.

- Materiais ecológicos: o uso de tijolos ecológicos, tintas à base d’água, telhas recicláveis e outros insumos de baixo impacto ambiental cresce a cada ano.

- Redução de resíduos e reuso de materiais: obras inteligentes investem em planejamento detalhado e tecnologias que permitem reduzir o desperdício de materiais, como BIM (Modelagem da Informação da Construção).

“Desde o primeiro imóvel que construí, percebi que a sustentabilidade seria um pilar essencial. É bom para a cidade, para o meio ambiente e para o negócio”, afirma o empresário. Atualmente, a T&T Imóveis implementa o uso de energia solar fotovoltaica, tijolos ecológicos, menor uso de aço e madeira, e processos construtivos mais limpos.

Hoje, segundo Thiago, todos os imóveis da empresa estão alugados — muitos antes mesmo da pintura final. A combinação de localização com eficiência energética e consciência ambiental se tornou um diferencial na região.

Geração de empregos e impacto urbano

“A construção não gera apenas empregos, mas também receita para o município, com o pagamento de IPTU, alvarás e a valorização dos bairros onde atuamos”, explica Thiago.

Essa movimentação ajuda a enfrentar um dos principais desafios urbanos de Campo Grande: os imóveis comerciais ociosos, de acordo com o Campo Grande News. A aposta em projetos modernos, sustentáveis e funcionais contribui para a revitalização de regiões da cidade e incentiva a instalação de novos negócios.

Para o empresário, terrenos baldios e prédios vazios representam um entrave ao desenvolvimento. “Meu objetivo é contribuir para a modernização da Capital, promovendo crescimento com responsabilidade”, reforça.

O futuro da construção no Brasil

Segundo o Sebrae, o cenário da construção sustentável no Brasil ainda é desafiador, mas promissor. A combinação de incentivos públicos, evolução e mudança cultural abre espaço para novas soluções.

Nos próximos anos, espera-se uma ampliação do uso de energias renováveis, principalmente a solar, impulsionada pela queda nos custos dos sistemas e incentivos regulatórios.

Ao mesmo tempo, tecnologias como inteligência artificial aplicada à engenharia, Internet das Coisas (IoT) em edifícios inteligentes, e automação de processos construtivos deverão ganhar espaço.

Programas públicos como o Minha Casa, Minha Vida, agora em nova fase, também podem ser grandes aliados para disseminar boas práticas sustentáveis em larga escala, especialmente nas moradias populares. Outro avanço importante está na educação técnica e profissionalizante, com mais instituições preparando engenheiros, arquitetos e técnicos para o mercado verde.

Valor Econômico, 26/mai

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Cobertura Duplex no Recreio dos Bandeirantes - R$ 1.600.000,00



Nem Pinheiros, nem Botafogo: os bairros e os itens mais buscados pelos compradores de imóveis no Rio e em São Paulo

Na capital paulista, que busca imóvel para comprar está sedento por um ar-condicionado; já no Rio, prioridade é uma bela vista.

Se você é morador da cidade de São Paulo e andava com a sensação de que a Vila Mariana é o novo bairro da moda, os dados sobre compra e venda de imóveis corroboram as suas suspeitas.

Segundo o último Relatório Compra e Venda do Quinto Andar, o bairro da Zona Sul da capital paulista permaneceu como o mais buscado por quem deseja comprar um imóvel no primeiro trimestre de 2025, seguido da vizinha Aclimação, que viu alta na procura, e do Tatuapé, na Zona Leste.

O badalado (e caro) bairro de Pinheiros, na Zona Oeste, apareceu apenas em quarto lugar no período, segundo a pesquisa. Veja aqui o preço do metro quadrado nos bairros mais caros de São Paulo, segundo o Quinto Andar.

O levantamento, feito com base nos imóveis anunciados na plataforma de compra e aluguel de imóveis residenciais, traz insights valiosos sobre onde os moradores dos principais mercados imobiliários do país desejam comprar e o que buscam numa moradia.

No Rio de Janeiro, o bairro mais buscado pelos compradores de imóveis nos primeiros três meses do ano foi a Tijuca, na Zona Norte, seguida da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e de Copacabana, na Zona Sul.

Bairros mais famosos e valorizados, como Botafogo e Ipanema, aparecem em posições inferiores na lista do 1T25.

Em São Paulo, a saga do ar-condicionado

No mesmo levantamento, o Quinto Andar revelou quais foram os filtros mais utilizados em cada cidade pelos usuários que buscaram imóvel para comprar no primeiro trimestre. Em outras palavras, quais as características mais desejadas nos imóveis à venda.

Interessante notar que em nenhuma das cidades pesquisadas itens de lazer como academia, piscina, brinquedoteca, salão de festas ou playground, muito propagandeados por construtoras de condomínios em lançamentos, aparecem entre as prioridades dos compradores, que focam nas características das unidades residenciais em si.

Em São Paulo, o filtro mais usado não surpreende: ar-condicionado, item raro nos imóveis da Terra da Garoa, muitos dos quais sequer permitem a instalação de um aparelho, seja por regras de fachada, seja pela infraestrutura elétrica dos edifícios.

No entanto, embora os moradores de São Paulo vivam como se na cidade não fizesse calor — além das residências, é raro haver refrigeração em estabelecimentos comerciais, e mesmo os motoristas não têm o hábito de ligar o ar dos seus automóveis —, o ar-condicionado tem cada vez mais se tornado item de primeira necessidade.

Afinal, a cada ano que passa são mais dias quentes e menos dias frios, com ondas de calor que vêm tornando impossível a vida sem refrigeração artificial.

O segundo item mais procurado na Pauliceia no 1T25 foram os apartamentos cobertura, na busca por alguma paz e tranquilidade; em terceiro, os compradores priorizaram os imóveis novos ou reformados. Veja os filtros mais usados nas buscas de imóveis para compra na capital paulista no 1T25:

1. Ar-condicionado

2. Apartamento cobertura

3. Novos ou reformados

4. Churrasqueira

5. Vista livre

6. Armários na cozinha

7. Chuveiro a gás

8. Armários embutidos no quarto

9. Luminosidade natural

10. Sol da manhã

No Rio, prioridades são cobertura e vista

Embora as temperaturas no Rio de Janeiro cheguem a níveis bem mais infernais que as de São Paulo no verão, o comprador de imóvel no Rio não precisa filtrar por imóveis com ar-condicionado, já que na capital fluminense o item já está presente na maioria das propriedades de médio e alto padrão que são anunciadas em plataformas como o Quinto Andar.

Na Cidade Maravilhosa, o que os compradores mais buscaram no 1T25 foram os apartamentos cobertura e a vista livre. O conforto térmico, porém, não passou ao largo. O terceiro filtro mais usado foi sol da manhã, na tentativa de fugir do calor do sol da tarde.

Veja os filtros mais usados nas buscas de imóveis para compra no Rio no 1T25:

1. Apartamento cobertura

2. Vista livre

3. Sol da manhã

4. Armários na cozinha

5. Ar-condicionado

6. Novos ou reformados

7. Piscina privativa

8. Luminosidade natural

9. Rua silenciosa

10. Armários embutidos no quarto

Em Belo Horizonte, busca por imóvel tipo Garden

Na capital mineira, o filtro mais utilizado também foi para os apartamentos cobertura, mas o segundo mais usado teve um padrão um pouco diferente das demais cidades: apartamentos tipo Garden, que geralmente ficam no térreo dos edifícios e têm uma área de lazer privativa maior, como um quintal.

O terceiro item mais procurado foram os armários na cozinha. Veja a lista completa dos filtros mais usados por compradores de imóveis em BH no primeiro trimestre do ano:

1. Apartamento cobertura

2. Garden

3. Armários na cozinha

4. Armários embutidos no quarto

5. Novos ou reformados

6. Vista livre

7. Armários nos banheiros

8. Sol da manhã

9. Ar-condicionado

10. Luminosidade natural

Seu Dinheiro, 23/mai

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Casa 4 Quartos na Barra da Tijuca - R$ 1.700.000,00



Studios e unidades de até 50 m² puxam alta no mercado imobiliário do Rio

Segundo o Secovi Rio, o Estado registrou o lançamento de 1.667 studios no último período.

A preferência dos cariocas por imóveis menores vem deixando de ser uma tendência para se consolidar como realidade no mercado imobiliário. Segundo o Secovi Rio, o Estado registrou o lançamento de 1.667 studios no último período. E o movimento não é pontual. Nos anos anteriores, houve um crescimento de 35% nos lançamentos de apartamentos compactos, enquanto os imóveis com quatro quartos despencaram quase 40%.

A explicação está no tripé que rege o comportamento atual do comprador urbano: praticidade, preço mais acessível e localização estratégica. É esse perfil que tem atraído tanto jovens profissionais e estudantes quanto aposentados que buscam praticidade. O ritmo das vendas acompanha o apetite. De acordo com a Ademi-RJ, cerca de 80% das unidades com até 50 metros quadrados são vendidas ainda na planta — muitas vezes, como opção de investimento para locação.

E é justamente nesse novo cenário que o Centro do Rio começa a se destacar. Pela primeira vez em décadas, o bairro aparece no ranking dos campeões de vendas da cidade — e em quinto lugar. Mais do que um feito estatístico, o dado simboliza a reabilitação de uma região que, se culturalmente nunca perdeu relevância, agora volta a ocupar posição de protagonismo no setor imobiliário.

Lançamentos como o do Edifício A Noite, o da Cyrela na Avenida Beira Mar e o antigo Edifício Mesbla esgotaram em poucas horas, reforçando o apetite do mercado por imóveis bem localizados e com vocação para locação de curta e longa duração. Desde o lançamento do programa Reviver Centro, mais de 10 mil novas unidades residenciais foram lançadas na região. E o fôlego parece longe de acabar. A Região Portuária, vizinha direta, teve quatro novos empreendimentos anunciados desde o início do ano. Entre os imóveis já arrematados, 54% foram adquiridos por famílias com renda de até dez salários mínimos.

Diário do Rio, 22/mai

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Casa 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 6.000.000,00

 


http://www.mercadoimoveis.com/imovel/3407/casa-4-su%C3%ADtes/casa-duplex,-4-quartos-%28su%C3%ADtes%29,-barra,-venda/barra-da-tijuca

Apê de grife: como as marcas de luxo invadiram o mercado imobiliário

Lamborghini, Porsche, Bentley e até Senna emprestam nome e aceleram vendas de residenciais.

No campeonato mundial das residências de marca, o Brasil vem se destacando como um dos circuitos mais relevantes para empreendimentos que incorporam identidades ligadas a design, moda ou estilo de vida — como Pininfarina, Bentley, Porsche, Armani, Versace, Fasano e Dolce & Gabbana.

A associação com marcas de luxo de fora do setor imobiliário – que começou em Miami e Dubai, e primeiro para design de interiores – tem efeito comprovado na demanda, garantem os incorporadores. A valorização é de até 30% em relação a um apartamento similar sem a etiqueta – e faz diferença também na velocidade de vendas. Um lançamento recente associado a carros de luxo vendeu todas unidades em três horas, conta o CEO da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Araújo.

“Luxo tem muito a ver com escassez. É preciso fazer produtos verdadeiramente únicos, irreplicáveis, como o carro de modelo único, que vai ter uma disputa à parte e a chance de conseguir uma margem melhor do que a média”, compara o vice-presidente de negócios da Gafisa, Luis Fernando Ortiz. Para manter a raridade, a regra é a grife não ter mais de um endereço na mesma cidade ou região.

A incorporadora deve concluir no fim do ano as obras do Tonino Lamborghini, nos Jardins, com tíquete médio de R$ 10 milhões para as unidades, de 252 m². A cobertura, dúplex, foi a primeira a ser vendida. “Trazer uma marca não é só uma estampa para colocar na frente do prédio, mas trazer tudo que ela representa para o projeto, e quem for morar lá entender que aquele empréstimo te trouxe algo a mais.”

A iniciativa pode ser tanto da incorporadora quanto das grifes – algumas já têm departamentos ou subsidiárias específicas para a finalidade –, que precisam aprovar as campanhas e até os tapumes. O acerto financeiro dos royalties para a marca pode ser tanto por valor fixo – com risco maior para a desenvolvedora do projeto – quanto em percentual da venda, ou um mix dos dois. As partes não abrem as cifras envolvidas, mas o mercado trabalha com percentuais de até 5% do VGV.

No caso do Senna Tower – lançado oficialmente no último fim de semana em Balneário Camboriú –, a ideia partiu da família do piloto, com quem a FG Empreendimentos começou a negociar em 2019. Em vez do luxo, que não é exatamente a associação da marca, o projeto busca se destacar por valores como superação, inspirado na “jornada do herói” do piloto, segundo a artista plástica Lalalli Senna, sobrinha de Ayrton que assina o conceito.

Os números do futuro arranha-céu de 550 metros – que deverá ser o maior do país e um dos 10 maiores do mundo considerando os que já foram concluídos até hoje – são superlativos: um VGV de R$ 8,5 bi (com R$ 1,3 bilhão vendidos antes do lançamento) e unidades de 400 m² que começam em R$ 28 milhões a mansões suspensas de 563 m² a partir de R$ 60 milhões com elevador panorâmico para o carro até a porta de casa. As duas coberturas tríplex de 900 m² devem ser precificadas em leilão da Sotheby’s.

“Senna transformou a história do Brasil no mundo. Queremos que as pessoas venham a Balneário Camboriú conhecer o Senna Tower”, diz Jean Graciola, CEO da FG, destacando que boa parte do lazer – como os 10 restaurantes, 20 simuladores de Fórmula 1 e a pista de kart elétrico no entorno – será aberta a não moradores.

Para caracterizar o projeto, o elevador será Senninha – deve fazer o trajeto até a cobertura em menos de um minuto, com a velocidade de 10 metros por segundo (36 km/h). A incorporadora já está em conversas para dois novos “branded residences” em BC com duas marcas de luxo.

Valor Econômico, Pipeline, 21/mai

terça-feira, 20 de maio de 2025

Cobertura Duplex, 5 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 3.290.000,00



Instituto Cyrela promove evento sobre responsabilidade social

O Instituto Cyrela promoveu a 2ª edição do evento “Diálogos do Bem”, no Museu Catavento, em São Paulo, no dia 4 de abril. Organizado em conjunto com a construtora Cyrela, o encontro teve como tema central “O Papel das Empresas na Transformação Social”, reunindo fornecedores, colaboradores do Grupo Cyrela e parceiros do setor da construção civil com o foco em engajar empresas em ações de responsabilidade social.

Com participação de representantes de empresas e instituições como Axiwil, Votorantim Cimentos e o Instituto Liberta, o evento apresentou uma série iniciativas, reforçando a ideia de que organizações de diferentes portes podem ser protagonistas na promoção do bem-estar social. Ao longo dos cinco painéis, os debates abordaram a importância de ações corporativas voltadas à educação e à capacitação técnica, cujo papel é essencial na preparação de profissionais aos desafios do mercado da construção.

A abertura do evento foi conduzida por Elie Horn, fundador do Grupo Cyrela e reconhecido filantropo, ao lado de Aron Zylberman, diretor-executivo do Instituto Cyrela. Ambos destacaram a importância de incorporar a responsabilidade social ao DNA empresarial. “A verdadeira transformação começa com cada um de nós. O compromisso social não pode ser apenas uma ideia, mas uma prática constante”, afirmou Elie Horn.

Já Zylberman reforçou a relevância da participação da cadeia de fornecedores no evento. “O Instituto Cyrela acredita que o caminho para um futuro mais justo passa pela conscientização e pela ação prática. Acreditamos que a colaboração de todos é essencial para alcançarmos mudanças significativas na sociedade. Por isso, a participação da nossa cadeia de fornecedores, para este evento foi especial, para reforçarmos que a nossa relação vai além do comercial, mas também de responsabilidade pela nossa sociedade”.

A Cyrela atua nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre (RS), promovendo ações sociais por meio, principalmente, do Instituto Cyrela. Desde sua fundação, em 2011, o Instituto já destinou cerca de R$ 84 milhões a iniciativas voltadas ao apoio de mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, reformas em escolas, doações para ONGs e programas de capacitação para o setor da construção civil.

Observatório do Terceiro Setor, 20/mai

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Apartamento 3 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 2.450.000,00

 


Mercado Imobiliário de olho na Região Serrana

Projetos são voltados para quem deseja morar ou investir.

Conhecida por seu clima ameno e por seu potencial turístico, a Região Serrana do Rio está no radar do mercado imobiliário. Os mais recentes empreendimentos são pensados para quem deseja ter uma segunda moradia, e até mesmo a primeira, além dos investidores atentos ao potencial de valorização e do ganho com o aluguel destes imóveis.

Em Petrópolis, por exemplo, o Vila Dom Carlo Itaipava teve 85% das unidades vendidas em seis horas de lançamento. O residencial da MQuattro Construtora e da INNER Incorporadora tem 308 unidades, com preços a partir de R$ 330 mil. A coordenação de vendas é da CIA Multiplataforma Imobiliária e o Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 150 milhões.

"Ficamos muito felizes com o resultado, pois mostra que o projeto foi bem aceito pelos interessados. Tivemos compradores da própria região e de pessoas do Rio, que desejam ter uma segunda moradia na serra, e investidores que fecharam negócio para obter renda com a locação do imóvel. Para se ter ideia, os estúdios foram os primeiros a serem vendidos", conta Mariliza Fontes Pereira, CEO da MQuattro.

Além dos estúdios, o projeto oferece apartamentos de dois quartos e coberturas de um e dois quartos com duas vagas. A gestão da locação das unidades e a administração do condomínio serão feitas pela startup Lobie especializada em maximizar a rentabilidade de imóveis por meio de moradia por assinatura ou aluguel de diárias.

Já em Teresópolis, a Supervisa acaba de lançar o Le Vert Lago dos Aredes, primeiro projeto da marca Le Vert, exclusiva para condomínios de terrenos. "A proposta é incentivar essa conexão com o meio ambiente e, ao mesmo tempo, estar perto de tudo, pois os empreendimentos serão lançados em endereços que estarão a cerca de 20 minutos do centro de cada cidade. Além de Teresópolis e Areal, pretendemos expandir o conceito para outras regiões do país", conta Rodrigo Oliveira, sócio da Supervisa.

O Le Vert Lago dos Aredes tem 111 terrenos de 300 a 2.500 metros quadrados (m²), em uma área de mais de 180 mil m². Os lotes têm preços a partir de R$ 300 mil e financiamento direto com a empresa em até 36 vezes. Para inspirar os interessados, a empresa criou nove projetos de casas. "Um diferencial é que o interessado poderá financiar conosco também a construção da casa", complementa Oliveira. O VGV é de R$ 55 milhões.

O Dia, 19/mai

Casa 4 Suítes no Itanhangá - R$ 4.200.000,00 - R$ 25.000,00


Cury amplia lucro em 51,2% no 1ºtrimestre, para recorde de R$ 213,5 milhões

A companhia apresentou seus resultados na noite desta terça-feira.

A Cury (CURY3) fechou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido R$ 213,5 milhões, salto de 51,2% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro foi recorde na história da companhia e reflete a expansão dos lançamentos e das vendas nos últimos meses, levando a um aumento da receita, com diluição das despesas e ganho de margem.

A empresa concentra suas atividades no Minha Casa Minha Vida (MCMV) nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O programa tem mostrado condições favoráveis de contratação, o que vem ajudando os negócios.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Cury somou R$ 289,5 milhões no primeiro trimestre, avanço de 53,8% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda alcançou 23,8%, melhora de 1,3 p.p. A construtora teve receita líquida de R$ 1,216 bilhão, alta de 45,2%, e também recorde.

“O resultado do trimestre está seguindo o ciclo de evolução da companhia”, afirmou o vice-presidente comercial da Cury, Leonardo Mesquita. “O aumento dos lançamentos e das vendas está chegando agora no indicador da receita líquida. Parece trivial, mas sabemos que não é. Crescer as operações e transformar isso em bons resultados financeiros é um grande desafio”, emendou.

Segundo Mesquita, a construtora foi capaz de lançar empreendimentos em localidades com boa demanda, o que se traduziu em velocidade de venda alta, e oportunidade de subir os preços dos imóveis, ajudando a margem de lucro. Em paralelo, os custos de construção estão em alta, mas sob controle. “Não dá para dizer que esteja bom, mas ainda está dentro do planejado”, comentou, descartando necessidade de provisão para eventuais subidas de orçamento de obra.

A margem bruta ajustada atingiu 39,0%, avanço de 1,2 p.p. Já a margem estimada com o resultado dos exercícios futuros (margem REF) está em 43,1%, o que indica potencial para melhoras na lucratividade à medida em que as obras forem entregues.

As despesas operacionais da empresa totalizaram R$ 195,6 milhões aumento de 42,4%, com elevação nas despesas comerciais, gerais e administrativas devido ao aumento das operações.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 14,5 milhões, o triplo na comparação anual, influenciada pela subida dos juros no País.

A geração de caixa foi de R$ 25,7 milhões, aumento de 50,4%. A Cury encerrou o primeiro trimestre com caixa líquido de R$ 261 milhões, montante 39% menor na comparação anual.

Dados operacionais

Em sua prévia operacional divulgada mês passado, a companhia informou que lançou 14 empreendimentos no primeiro trimestre de 2025, sendo nove em São Paulo e 5 no Rio de Janeiro, totalizando 9,1 mil apartamentos. Juntos, eles representam um valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,666 bilhões, aumento de 77,8% em relação ao mesmo intervalo de 2024. O preço médio por unidade lançada foi de R$ 305 mil. As vendas líquidas chegaram a R$ 1,919 bilhão no primeiro trimestre de 2025, avanço de 44,6% na comparação anual.

O vice-presidente comercial disse que o avanço dos lançamentos e das vendas é resultado do nível aquecido da economia brasileira, com manutenção do emprego em alta, o que alimenta a demanda por imóveis. Outro fator favorável são as condições de contratações de projetos dentro do Minha Casa Minha, que respondem por cerca de dois terços dos seus negócios.

Neste mês, entrou em vigor a faixa 4 do MCMV, cujo número de simulações na Caixa está elevado. “As simulações são o passo inicial para depois termos as vendas. Entendemos que a nova faixa vai rodar normalmente, como as demais. Então, com certeza vão virar vendas neste trimestre”.

InfoMoney, 19/mai

quinta-feira, 15 de maio de 2025

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Rio de Janeiro apresenta alta demanda por studios, e procura por imóveis de 4 quartos diminui

Levantamento aponta que a cidade registrou o lançamento de 1.667 studios, o triplo do total de imóveis de 4 quartos, em 2023. Mas os compradores são exigentes e temem novos "balança-mas-não-cai".

Em grandes centros urbanos, os apartamentos compactos – hoje ofertados como studios e lofts – têm ganhado crescente protagonismo entre os lançamentos imobiliários. Esses imóveis, de metragem reduzida, se multiplicaram pelo país e atraem desde estudantes e jovens profissionais até investidores e aposentados que buscam praticidade, preços mais acessíveis e boa localização. O fato também decorre, segundo especialistas, do alto custo do metro quadrado construído e de terreno nas melhores localizações: ter mais metros quadrados, significa um valor de venda mais alto, e menos acessível.

“O mesmo cálculo também funciona do ponto de vista do construtor e do incorporador: se ele construir uma unidade com mais metros quadrados, salvo numa região de grande luxo e imensa procura, vai ter que vender o apartamento mais barato, pois o preço do metro quadrado de um imóvel médio – principalmente os novos – é inversamente proporcional ao seu tamanho“, explica Lucy Dobbin, superintendente da Sergio Castro Imóveis. Dobbin explica que a situação é menos evidente na comercialização dos imóveis usados, mas ainda assim afeta também – ainda que em menor escala – a revenda.

Em meio a isso, levantamento recente elaborado pelo Sindicato de Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio) apontou que, em 2023, a cidade registrou o lançamento de 1.667 studios em novos empreendimentos, o triplo do total de imóveis de 4 quartos, que somaram 538 unidades lançadas.

Paralelamente, em 2021 e 2022, o número de lançamentos de apartamentos compactos apresentou crescimento de 35%, enquanto o de imóveis de 4 quartos caiu quase 40%.

De acordo com a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), a velocidade das vendas também impressiona: em média, 80% das unidades compactas – de 30 a 50 metros quadrados – são comercializadas ainda na fase de lançamento, sendo os preferidos pelos investidores que desejam rentabilizar com locação. Especialistas citam que também são estes os imóveis favoritos dos que investem na locação por temporada, através dos aplicativos especializados, como Booking e Airbnb.

Em entrevista à imprensa, o presidente da Ademi-RJ, Marcos Saceanu, disse acreditar que a tendência é que continuem a surgir empreendimentos compactos na capital fluminense, por terem grande potencial de aluguel e atraírem um público diversificado, como estudantes, solteiros, idosos e turistas.

Melhor aproveitamento de espaço?

Com a popularização de apartamentos do tipo studio, cresce também a necessidade de soluções inteligentes para otimizar cada metro quadrado disponível. Segundo estudo da plataforma de e-commerce Nuvemshop, entre as principais tendências do mercado de decoração para 2025, estão os móveis multifuncionais e compactos.

Sofá retrátil, mesa dobrável, banco com baú e cama com compartimento interno para armazenamento são algumas das alternativas para unir conforto e funcionalidade em espaços pequenos.

Em projetos reduzidos, como os studios de menos de 30 metros quadrados, o uso estratégico dos ambientes pode fazer a diferença. Em seu canal no YouTube sobre arquitetura e decoração, a especialista Ana John exemplifica essa prática ao mostrar uma proposta para um imóvel com apenas 24m² de área útil.

No projeto, a integração dos espaços foi feita com um painel vazado que separa o quarto da sala, preservando a iluminação natural e a ventilação cruzada. Além disso, um segundo painel similar delimita a área da cozinha, garantindo a privacidade sem comprometer a sensação de amplitude, tendo em vista que eliminar barreiras entre os ambientes pode fazer o imóvel parecer maior.

Para maximizar o armazenamento, Ana apostou em um armário suspenso sobre a cama e em um guarda-roupa com portas de correr espelhadas, recurso que ajuda a ampliar visualmente o ambiente. De acordo com a arquiteta, a escolha por uma cama mais baixa, inspirada no estilo japonês, também contribuiu para um aspecto mais aconchegante, assim como as cores claras que predominaram os móveis e pinturas.

Preferência por compactos

Desde 2019, o novo Código de Obras permitiu a construção de unidades menores, algo que estava proibido no RJ desde a década de 1970, conforme explica o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). Havia também exigências de vaga de garagem, que na maioria dos casos acabaram sendo retiradas. Com isso, novos projetos começaram a ser desenvolvidos, especialmente em bairros da Zona Sul carioca, onde a localização privilegiada favorece a procura por apartamentos menores.

O presidente do sindicato, Claudio Hermolin, também aponta mudanças na configuração familiar como um dos motivos pela preferência dos consumidores. Segundo ele, muitas pessoas não desejam casar ou ter filhos, a população de idosos aumentou, e a cidade se tornou um polo universitário.

”Houve, ainda, uma mudança de comportamento das pessoas. Hoje, quarto de empregada não é mais uma necessidade. Muitos querem um apartamento compacto num local onde a mobilidade seja fácil”, acrescenta Claudio.

A região do Centro do Rio, no esteio do Projeto Reviver Centro, vem ganhando um grande destaque na venda desta modalidade de imóveis. E as vendas têm ocorrido num piscar de olhos: lançamentos da CTV, da Cyrela e da Inti que tinham como alvo o comprador destes apartamentos compactos tiveram surpreendente sucesso, assim como ocorreu com o tradicional Edifício A Noite, na Praça Mauá, comercializado para um único investidor, o que assustou o mercado pela alta demanda a esta tipologia imobiliária. A venda rápida como um raio das unidades do Edifício Mesbla, na Rua do Passeio, deixou todos impressionados, e parece que virão mais lançamentos de imóveis compactos por aí.

“Compacto sim, Pombal não”

O DIÁRIO DO RIO foi em busca de opiniões de compradores deste tipo de unidade, e conseguiu entender a cabeça deles; todos parecem valorizar as decorações minimalistas, a proximidade com os meios de transporte, a vista, e são unânimes ao dizer: “Compacto sim, Pombal não“, diz a servidora Joana Coelho, que recentemente adquiriu uma unidade num empreendimento no Centro da Cidade. “A gente não quer um novo Balança-mas-Não-Cai“, decreta João Martins Couto, síndico profissional que vai se mudar do Lins para um apartamento no Centro do Rio. Estes compradores também valorizam as áreas comuns e o lazer dos novos lançamentos, mostrando sempre uma preocupação com a quantidade de vizinhos e com o design.

Todos demonstraram uma preocupação em comum: não querem morar num bloco único com 700, ou 800 apartamentos. “Quero qualidade de vida, e vizinhança tranqüila“, diz Couto, que já morou no Edifício Rajá, um ícone dos “já-vi-tudos” na Praia de Botafogo. “Não adianta ter uma piscina com três pessoas por metro quadrado”, dispara. A questão traz à tona projetos de imensos espigões de torre única e muitas centenas de studios – um dos quais já está em fase de aprovação na prefeitura: o novo “paredão” do Buraco do Lume, do Grupo Patrimar. Trata-se de uma mega construção de mais de 20 andares num imenso terreno de quase 2.800m2 que pode ser erguido colado no Terminal Garagem Menezes Côrtes, num terreno que se acreditava ser público, e que é alvo de alguma controvérsia no meio dos apaixonados pelo Centro e no meio imobiliário em geral. Segundo o projeto, o prédio terá nada menos que 720 apartamentos e diversas lojas comerciais, numa das mais nobres regiões do Centro, um mega paredão onde hoje existe uma área arborizada.

Diário do Rio, 15/mai