segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Jacarepaguá e Vargem Pequena estão em alta no mercado


Na última quinta-feira, o Sindicato da Habitação no Rio (Secovi Rio) lançou o "Panorama do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro - 10 anos", com análises do valor do metro quadrado de venda, locação e da taxa condominial de cem bairros da cidade. No documento é possível observar como os Jogos Olímpicos influenciaram o mercado, principalmente na região.

- O evento foi um divisor de águas para o mercado imobiliário. O projeto de transformação previsto para a cidade atraiu muitos investimentos, mas depois o Rio não era mais a bola da vez - avalia Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.

De janeiro de 2010 a janeiro de 2016, o valor médio do metro quadrado residencial para venda subiu de R$ 4.317 para R$10.208. Depois, foi caindo até os R$ 9.387 registrados em janeiro deste ano. Em relação à locação, de janeiro de 2010 a janeiro de 2015, foi de R$ 20,87 para R$ 38,40 e desceu para os R$ 31,95, este ano.

- Quando comparamos compra e venda, a venda é resiliente e apresentou uma valorização de mais de 200%. Quando o mercado parou, o preço não abaixou rapidamente porque os proprietários costumam esperar. Já a locação é mais sensível, e o valor se ajusta rapidamente - explica Schneider.

No ano passado, sobre o valor médio do metro quadrado de venda de apartamentos, Vargem Pequena apresentou a maior variação (0,7%) quando comparado a Curicica, Camorim, Pechincha, Taquara, Recreio, Anil, Barra, Jacarepaguá e Tanque.

- Vargem Pequena se destaca pelo custo-benefício e pela qualidade de vida. É um local bucólico e cada vez mais contemplado com moradias de qualidade - afirma o vice-presidente.

Em relação à locação, a maior variação foi em Jacarepaguá (3,1%). Schneider explica que o bairro é uma alternativa à Barra. Manoel da Silveira Maia, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no Rio, diz que o local tem muitos serviços públicos:

- Lá existe facilidade de acesso para toda a cidade, com ampla oferta de escolas e assistência médica, por exemplo. Oferece também qualidade de vida, conforto e lazer para famílias.

A expectativa é que o mercado imobilário melhore no Rio ao longo deste ano.

- O mercado está com boas opções de crédito imobiliário e de financiamento e com taxas mais atrativas. O custo para financiar está mais barato. Já era uma realidade em São Paulo e é agora no Rio também - explica Schneider.



O Globo, Maíra Rubim, 16/fev