Índice anual nos 19 países que compartilham o euro acelerou de 3% em agosto para 3,4% em setembro.
A inflação em ritmo anual da zona do euro alcançou 3,4% no mês de setembro, o nível mais elevado desde 2008, estimulada pelo aumento dos preços da energia, anunciou nesta sexta-feira (1) o instituto europeu de estatísticas Eurostat.
O mesmo índice havia registrado 2,2% em julho sobre o ano anterior e 3% em agosto. De acordo com a Eurostat, dos componentes do indicado de inflação, a energia teve em setembro um aumento de 17,4%.
A inflação nos 19 países que compartilham o euro começou a subir em junho, mas o resultado de 3,4% registrado em setembro acendeu os sinais de alerta, pois um nível semelhante não era registrado há 13 anos, desde setembro de 2008 (3,6%).
Com os preços do gás natural saltando e gargalos impactando tudo, de produção de carros à fabricação de computadores, a inflação pode atingir 4% até o final do ano, duas vezes a meta do BCE, antes do que o banco prevê que será uma queda relativamente rápida no início de 2022.
Mas os problemas na cadeia de oferta parecem estar piorando, aumentando as chances de o salto da inflação chegar ao núcleo dos preços e criar pressões mais permanentes com as empresas ajustando os preços e as políticas salariais.
As altas expressivas do preço da energia (gás e eletricidade) levaram o Conselho Europeu a incluir o tema na agenda da reunião marcada para 21 e 22 de outubro, dada a gravidade da crise.
Na quarta-feira, a Comissão Europeia antecipou que estava disposta a aprovar a adoção de "medidas provisórias" nos países do bloco para enfrentar ao aumento dos preços do gás e da eletricidade, no momento em que a região se prepara para a chegada do inverno.
France Presse, 01/out