terça-feira, 29 de novembro de 2022

Inflação do aluguel: IGP-M fica em -0,56% em novembro

É o quarto mês seguido de taxa negativa; com este resultado, o índice acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,56% em novembro, no quarto mês seguido de taxa negativa, após recuo de 0,97% em outubro, informou nesta terça-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com este resultado, o índice acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses. Em novembro de 2021, o índice teve variação de 0,02% e acumulava alta de 17,89% em 12 meses.

“O IGP-M registrou queda menos intensa nesta apuração. As contribuições para a aceleração da taxa do índice partiram de seus três índices componentes. No índice ao produtor, a soja foi o principal destaque ao registrar alta de 1,25%, ante queda de 0,66% no mês anterior. No IPC, a principal contribuição para a aceleração do índice partiu da gasolina, cuja taxa passou de -3,74% para 1,58%. Por fim, no âmbito da construção, a pressão para a aceleração do índice partiu da mão de obra, cuja taxa avançou de 0,31% para 0,53%”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel' por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.

Entenda a composição do índice e o desempenho de cada um

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Veja abaixo os três componentes e como cada um influenciou o indicador:

- O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60% na composição do IGP-M - caiu 0,94% em novembro, após queda de 1,44% em outubro. Os destaques ficaram com os subgrupos alimentos processados, cuja taxa passou de -1,04% para 0,01%; combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -5,67% para 0,83%. Outras influências foram minério de ferro (-1,52% para -8,01%), café em grão (-3,35% para -20,97%), milho em grão (0,58% para -0,74%), soja em grão (-0,66% para 1,25%), cana-de-açúcar (-2,55% para -0,64%) e leite in natura (-7,56% para -5,32%).

- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M - subiu 0,64% em novembro, após alta de 0,50% em outubro. Destaques para gasolina, cuja taxa passou de -3,74% para 1,58%; hortaliças e legumes (6,75% para 9,86%); combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-2,45% para -0,32%); artigos de higiene e cuidado pessoal (1,37% para 2,03%) e calçados (0,10% para 1,35%). Pelo lado das quedas, destaque para passagem aérea (16,07% para 2,07%), taxa de água e esgoto residencial (2,65% para 1,37%) e conserto de bicicleta (0,53% para -0,14%).

- O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M - variou 0,14% em novembro, ante 0,04% em outubro. As variações dos três componentes do indicador foram as seguintes: Materiais e Equipamentos (-0,32% para -0,35%), Serviços (0,34% para 0,35%) e Mão de Obra (0,31% para 0,53%).

G1, 29/nov