terça-feira, 18 de julho de 2023

Dólar fecha em leve alta, de olho em dados econômicos e balanços corporativos nos EUA

A moeda norte-americana subiu 0,05%, vendida a R$ 4,8088.

O dólar fechou a sessão desta terça-feira (18) em leve alta, após passar a primeira parte do pregão em território negativo. Investidores continuaram a repercutir dados sobre a atividade econômica brasileira, em meio às expectativas pelo início dos cortes de juros. No exterior, as atenções seguiram voltadas para os balanços corporativos dos Estados Unidos.

Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,05%, cotada a R$ 4,8088.

No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,24%, vendido a R$ 4,8064. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:

- Altas de 0,29% na semana e de 0,42% no mês;

- Queda de 8,89% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Sem grandes novidades no noticiário doméstico, investidores continuaram a repercutir os dados do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) na véspera.

Esse indicador é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) oficial do país e mostrou que, em maio, a atividade econômica brasileira recuou 2% em relação a abril.

Com esse resultado, especialistas do BTG Pactual destacam que o mercado passou a precificar com mais força uma sequência de quedas na Selic, taxa básica de juros. Isso porque os juros altos encarecem os custos de tomada de crédito e financiamento e geram uma desaceleração econômica.

No exterior, investidores seguiram de olho na temporada de balanços corporativos das empresas norte-americanas, que trazem uma sinalização de como anda a maior economia do mundo para as empresas.

Nesses primeiros dias da temporada de resultados, o Bank of America reportou um lucro de US$ 7,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 19% em relação ao trimestre imediatamente anterior e acima das projeções. Analistas explicam que essa alta foi impulsionada, principalmente, pelos juros americanos, que estão entre 5,00% e 5,25% ao ano.

O Morgan Stanley, por sua vez, registrou uma queda de 18% no lucro do segundo trimestre, pressionado por uma queda nos negócios em Wall Street, que atingiu a divisão de investimentos do banco.

Na agenda de indicadores norte-americana, os dados de vendas no varejo de maio vieram abaixo das expectativas do mercado, com uma alta de 0,2% ante o 0,5% projetado.

g1, 18/jul