Mecanização tem sido a forma encontrada para atrair trabalhadores qualificados para o setor, terceiro maior empregador em 2023, atrás de serviço e comércio.
A industrialização tem chegado aos poucos aos canteiros de obra, mas atrai cada vez mais construtoras em busca de maior produtividade e rapidez na entrega dos lançamentos. Com o uso mais intensivo de novas tecnologias, empresas do setor também tentam se tornar mais atraentes para os profissionais mais jovens e de maior qualificação. “Tenho mestre [de obras] com 70 anos. Não tem reposição”, diz João Antônio Mattei, diretor-geral da BN Engenharia, que atua nos ramos de habitação e infraestrutura. “Temos carpinteiro ganhando R$ 14 mil, mas o filho dele não quer ser carpinteiro.”
Os tempos de mão de obra farta e barata parecem ficar para trás, não sendo fácil encontrar trabalhadores, relatam empresários do setor. No fim do ano passado, havia no país 2,58 milhões de pessoas empregadas na construção civil, alta 6,57% em 12 meses. O preço da mão de obra subiu 6,24% nos últimos 12 meses, mostra o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). É o dobro da alta geral do índice, que também estima a evolução das cotações de materiais, equipamentos e serviços.
Valor Econômico, 11/jun