sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Apartamento 2 Suítes na Avenida Sernambetiba na Barra da Tijuca - R$ 1.280.000,00
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IPTU do Rio vai aumentar
O supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, ontem, a decisão liminar que impedia o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) no Rio. A decisão, da ministra Cármen Lúcia, aceitou o recurso da prefeitura e autorizou as novas regras para cobrança do IPTU. A suspensão da lei havia sido determinada pelo Tribunal de Justiça. A medida vale até que o caso em discussão tenha tramitando por completo no TJ, onde será possível suspendê -la ou mantê-la.
Na decisão, a ministra entendeu liminarmente que o aumento do imposto foi aprovado pelo Legislativo local e que sua suspensão pode agravar a situação econômica da cidade."Os dados constantes dos autos conduzem à conclusão de que a manutenção da decisão objeto da presente contra cautela representa risco à ordem pública, na sua acepção jurídico-administrativa, e econômica, pela capacidade de agravar a precária prestação de serviços públicos pelo município do Rio de Janeiro".
A suspensão do aumento do IPTU atendeu a duas ações de inconstitucionalidade apresentadas por deputados da Alerj. Segundo Flávio Bolsonaro (PSC) e Luiz Paulo Corrêa da Rocha e Lucinha (ambos do PSDB), a lei reajustou a base cálculo do IPTU acima da inflação em muitos bairros e acabou com isenções, prejudicando moradores. No Órgão Especial do Tribunal de Justiça, 13 desembargadores consideraram que o aumento não ocorreu de forma transparente, e nove votaram a favor do reajuste.
Milhares de imóveis perdem isenção e outros, terão reajuste
Na quarta-feira,a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já tinha dado parecer favorável ao pedido de aumento de Imposto Prediale Territorial Urbano. Ela concordou que a não aplicação da lei resultaria em uma queda na arrecadação da ordem de de R$ 300 milhões em 2018, prejudicando as ações da prefeitura.
O projeto de reajuste do IPTU foi aprovado pela Câmara Municipal em setembro. Faz parte do Projeto de Lei 268/2017. Atualmente, de acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, dos cerca de 1,9 milhão de imóveis cadastrados na cidade, 1,1 milhão não pagam IPTU, devido a benefícios e falta de atualização cadastral. Com a aprovação do projeto, entre 240 mil e 500 mil imóveis, de diferentes bairros, deixam de ter isenção. Além disso, reajusta a taxa em várias áreas.
O Dia, Rio de Janeiro, 22/dez
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Hora de mudar a maré
Um cenário paradisíaco à beira-mar; a calmaria interrompida por uma ressaca e, depois, pelo barulho de máquinas trabalhando freneticamente, todos os dias. As cenas dignas de filme e os momentos de tensão não saem da memória de moradores e comerciantes da Praia da Macumba. Há dois meses, um novo desmoronamento do calçadão mudou a paisagem e a rotina da região. Obras emergenciais de contenção começaram logo depois, em 17 de outubro, e têm previsão de durar 120 dias, ao custo de R$ 14,5 milhões. O trabalho é para evitar novos deslizamentos no local e estabilizar o terreno. Mas tem caráter provisório.
Os moradores clamam por uma solução definitiva, mas ela deve demorar. Isto porque o município pediu ao professor de Engenharia Costeira e Oceanográfica Paulo Rosman, da Coppe/ UFRJ, para traçar as diretrizes do trabalho. Autor de um estudo sobre a Macumba realizado em 2000, também sob encomenda da prefeitura, ele, porém, já avisou que será preciso atualizar o projeto, considerando as ações naturais e humanas dos últimos 17 anos, bem como o impacto dos sete desmoronamentos ocorridos no local desde 2005.
- O projeto feito entre 1999 e 2000 foi para as condições daquela época. De lá para cá, a natureza fez muitas coisas, e a prefeitura também. A mudança climática elevou o o nível do mar. O estoque de areia mudou. E houve um significativo aumento de benfeitorias urbanas. A via que passava por lá na época (do primeiro estudo) era estreita - exemplifica Rosman, em referência à construção do calçadão e da ciclovia. - É preciso fazer um novo levantamento de topografia do fundo, ver o que de fato foi alterado. Hoje, ferramentas computacionais permitem que se tenha mais refinamento, para um estudo ainda mais detalhado.
Os moradores da Macumba puderam assistir à mais recente destruição, iniciada em setembro, de camarote, da janela de seus apartamentos. Pedaços da mureta de proteção jogados na estreita faixa de areia são uma das consequências do avanço do mar. À medida que novos trechos do calçadão iam desmoronando, mais gente abandonava suas casas. A advogada Cristiane Fernandes optou por tirar a mãe de seu apartamento num dos prédios da orla.
- Nós víamos o buraco aumentar, aproximando-se cada vez mais dos prédios. Até que os quiosques começaram a ser engolidos. Antes disso, a areia foi sumindo, demorando cerca de 20 dias até chegar ao calçadão. Chamávamos a Defesa Civil constantemente. Só no meu prédio houve umas oito vistorias. Eles vinham e emitiam laudos. Estamos brigando para que o projeto do professor Rosman seja aplicado. Queremos uma solução definitiva - conta Cristiane.
Entre as revindicações feitas pelos residentes estão o replantio da vegetação de restinga e a construção de uma guia-corrente (uma espécie de quebra-mar) no Canal de Sernambetiba, assoreado como consequência do movimento do mar. A faixa estreita na praia dificulta o processo de estabilização do terreno. A equipe responsável pela recuperação do local tem criado obstáculos com a própria areia, para evitar que o mar molhe o local das obras. Presidente da Associação dos Moradores do Recreio dos Bandeirantes (Amor), Simone Kopezynski diz que os problemas se agravaram logo após a conclusão do projeto Eco Orla, em 2005.
- Precisamos que a obra definitiva seja feita. Desde a obra (Eco Orla), vimos afundamentos de calçada, rachaduras e outros eventos importantes. Logo depois da inauguração, o calçadão teve que ser interditado. A draga que retirava a areia deslocada para o Canal de Sernambetiba deveria levá-la de volta para a praia, mas isso não acontecia - garante Simone.
Rosman compara o último desmoronamento ao ocorrido em 1999, que levou a prefeitura a solicitar o estudo à Coppe/UFRJ. O plano era ampliar a faixa de areia. Porém, no decorrer dos últimos anos, construções foram tomando o lugar da praia.
- Todos os movimentos feitos do ano 2000 para cá foram no sentido de piorar a situação. Diminuir o estoque de areia é ter a audácia de chamar o mar para perto de você. O problema se manifestou diversas vezes. No relatório estava escrito que isso aconteceria, e ainda assim construíram a ciclovia e o calçadão. Após as obras, demorou apenas 15 dias para que houvesse problemas - salienta o professor, afirmando que o plano emergencial é necessário neste momento. - O projeto que estão fazendo agora é adequado. Existem várias soluções possíveis, e esta está correta.
Os desmoronamentos tiverem impacto financeiro também. Proprietários de imóveis na Macumba viram locatários abandonarem os apartamentos e cancelarem seus contratos com medo de permanecer no local.
- Não queremos ciclovia ou calçadão, nada disso. As pessoas não estão conseguindo alugar ou vender os imóveis. Eu não sei se confio em ficar aqui sem que se execute o projeto definitivo - diz Cristiane. A ocupação residencial na Praia da Macumba pode ser comparada à de outros bairros da cidade, e, segundo o professor Paulo Rosman, do ponto de vista da engenharia, não apresenta um problema para o meio ambiente: a ampliação da faixa de areia será suficiente pra prevenir novos desmoronamentos, afirma. Em lugares como Barra, Ipanema e Leblon, a orla carioca também teve a faixa dinâmica - área afetada em períodos de ressaca e recomposta quando o mar recua - ocupada por vias. Rosman compara a solução que propõe ao projeto desenvolvido em Copacabana na década de 1960.
- Há 50 anos, entrava água na garagem dos prédios, chegando até a Rua Barata Ribeiro. Isso aconteceu durante uns 20 anos. Depois que o mar chegou para trás, com a ampliação da praia, nunca mais houve problema. A lógica pode ser a mesma na Praia da Macumba, guardadas as proporções - diz o professor.
Síndico do condomínio Villagio Aquafina, Piero Carbone acompanha as mudanças frequentes na paisagem da Macumba. O residencial, último na Estrada do Pontal, também sofreu as consequências do movimento das marés. Uma delas foi a interdição de um portão que dava acesso direto à praia, o que abalou a rotina e, em alguns casos, as finanças dos proprietários. No mês passado, contratos de aluguel foram cancelados, placas de venda acabaram retiradas (pela desistência temporária dos donos de tentar vender seus imóveis) e gente que estava prestes a se mudar para lá desistiu dos planos, conta Carbone.
- Normalmente, desmorona alguma coisa no comecinho da praia; esse é um movimento que todo ano acontece. Aí a prefeitura vem e conserta. Este ano, a ressaca entrou mais cedo e persistiu por mais tempo, retirando mais areia da frente dos condomínios o que acabou deixando a base da mureta de proteção do nosso terreno exposta. Como o mar continuou avançando, nós nos desesperamos - conta Carbone, que se dividia entre acalmar os vizinhos e buscar soluções junto aos órgãos competentes. - O portão está interditado desde outubro, porque fica à beira do mar. Muitas pessoas estavam assustadas, só no mês passado cinco famílias foram embora. A procura está menor, e o preço dos apartamentos caiu.
Segundo o secretário de Conservação e Meio Ambiente, Jorge Felippe Neto, apesar de o prazo para a conclusão das obras emergenciais ser de 120 dias, a prefeitura espera terminar em 90 dias. A liberação da pista da Estrada do Pontal para veículos está prevista para este mês, após o término do reforço, com enroncamento sintético e estaqueamento.
Embora não haja previsão para o início do projeto que deve acabar definitivamente com os desmoronamentos, o secretário afirma que as medidas tomadas nesta fase servirão para as etapas futuras.
- O professor Rosman nos deu uma perspectiva, e estamos estudando. Há desde possibilidades como um recife artificial até quebra-mar com guia-corrente e engorda da areia. O interesse da secretaria é fazer a obra o mais rápido possível, mas tem a questão orçamentária - diz Neto, afirmando acompanhar as variações no local. - Faremos um monitoramento constante para que a situação não se agrave, caso haja alguma intempérie.
Roseni Carvalho Gomes, proprietária de um apartamento no condomínio Golden Beach, diz que está de olho no trabalho.
- Estou com medo de pararem a obra emergencial por algum motivo. Não quero beleza; quero segurança. Se for preciso acabar com a ciclovia, que acabem. A luta vai continuar até fazerem a obra definitiva - afirma.
O professor Paulo Rosman alerta que, mesmo após o fim da obra, será preciso cuidar da manutenção da região.
O Globo, Carolina Callegari, 21/dez
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
Luz deve ter bandeira amarela no verão
Uma boa notícia para o bolso dos brasileiros: de janeiro a abril de 2018 deverá vigorar a bandeira tarifária amarela nas contas de luz, que cobra R$ 2 a mais a cada 100 quilowatts/hora (KWh) de consumo. Neste mês de dezembro, está em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que custa R$ 3 a cada cem kWh consumidos da conta de luz.
A informação foi dada ontem pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, ao explicar que a redução da cobrança será possível com a melhoria do nível dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas, graças às chuvas de verão, o que vai reduzir a necessidade da geração de energia por usinas termelétricas, que têm um custo maior:
- Isso se deve às chuvas e à entrada em operação das usinas do Rio Madeira (Jirau e Santo Antônio) e de Belo Monte, no Pará, que, no período chuvoso, são excepcionais em termos de geração.
De acordo com Barata, a estimativa do ONS é que, se o próximo verão for igual ao último - com poucas chuvas -, os reservatórios da Região Sudeste ficarão com nível em torno de 40% em abril. Em um cenário um pouco melhor, no entanto, os reservatórios chegarão ao fim de abril com 51% de sua capacidade.
ENEL: CONTA 18,13% MAIS CARA
Por outro lado, aproxima-se a data do reajuste das tarifas de clientes da Enel Distribuição Rio (a antiga Ampla). A conta dos clientes residenciais da empresa pode ficar 18,13% mais cara. A proposta apresentada ontem pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê ainda aumento de 17,28% para consumidores industriais.
A proposta receberá sugestões até 4 de fevereiro, enquanto a consulta pública estiver aberta. Está prevista, ainda, uma reunião no dia 18 de janeiro, em Niterói, para discutir o assunto. O percentual final será divulgado em março, data do reajuste anual da Enel.
PROGRAMAS SOCIAIS
Os consumidores de energia de todo o país pagarão R$ 16 bilhões nas contas de luz em 2018 para cobrir os custos com subsídios e programas sociais garantidos pelo governo no setor elétrico. O orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), principal fundo do setor, foi aprovado ontem pela Aneel.
Em relação a 2017, quando os subsídios pagos somaram R$ 13 bilhões, houve um aumento de 22%. A estimativa da agência é que o custo leve a uma alta média de 2,14% nas tarifas em 2018. Esse impacto nas contas varia de acordo com as distribuidoras.
A CDE é paga por todos os consumidores de energia nas contas de luz. Além da alta nos subsídios, os reajustes anuais das distribuidoras de energia levam em conta outros fatores, como o uso de usinas termelétricas para cobrir a falta de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas.
O dinheiro do fundo é usado em ações como subsídio à tarifa para famílias de baixa renda, compra de combustível para gerar energia em regiões isoladas do país, programa Luz Para Todos e indenizações de concessões.
Os gastos totais da CDE vão atingir R$ 18,843 bilhões. A parte desse montante que ultrapassa as tarifas será paga com multas aplicadas pela agência e outros encargos cobrados de geradores.
O Globo, Ramona Ordoñez e Manoel Ventura
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Vendas de imóveis somam 87.618 unidades entre janeiro e outubro, alta de 5,3%
As vendas de imóveis novos têm crescido ao longo do ano, ao mesmo tempo em que recuam os cancelamentos de negócios - os chamados distratos - de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
A pesquisa mostra que entre janeiro e outubro as vendas de imóveis novos cresceram 5,3% ante igual período do ano passado, para 87.618 unidades. Já os lançamentos de imóveis novos totalizaram 58.971 unidades entre janeiro e outubro de 2017, alta de 18,0% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Nos últimos 12 meses, tanto os lançamentos (78,8 mil unidades) quanto as vendas (107,5 mil unidades) de imóveis novos cresceram - respectivamente, 15,8% e 5,1% em relação ao registrado no período imediatamente anterior.
Na divisão por segmento, contudo, é possível identificar diferenças no desempenho dos empreendimentos residenciais de médio e alto padrão (MAP) e dos empreendimentos residenciais vinculados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Segundo a pesquisa, os lançamentos residenciais de médio e alto padrão recuaram 9,7% nos últimos 12 meses, enquanto as vendas do segmento ainda acumulam queda de 13,6% frente ao período precedente. Já o número de lançamentos residenciais do programa MCMV aumentou 25,5% nos últimos 12 meses em relação ao período anterior, tendência positiva acompanhada pelo aumento expressivo no volume de vendas (+29,7%), na mesma base de comparação.
Considerando todos os segmentos, foram contabilizados 35,6 mil distratos nos últimos 12 meses, o equivalente a 33,1% das vendas de imóveis novos. No mesmo período, a relação entre distratos e vendas do segmento médio e alto padrão foi de 45,6% enquanto esse porcentual foi de 18,1% entre empreendimentos MCMV.
Levando-se em conta a safra de lançamentos mais antiga na série histórica (1º trimestre de 2014), a proporção de distratos entre as unidades vendidas do segmento médio e alto padrão é de 34,0%, porcentual que supera o registrado para a mesma safra de empreendimentos do programa MCMV (20,8%).
Os dados abrangem imóveis novos, dos segmentos residencial, comercial e loteamentos, desenvolvidos por 20 empresas associadas à Abrainc, com atuação espalhada por diversos Estados e concentração na Região Sudeste.
O Estado de S. Paulo online, Economia, 19/dez
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Para curtir com segurança
Férias escolares e altas temperaturas combinam com diversão e com o aumento de crianças em piscinas dos condomínios. Por isso, a atenção deve ser redobrada para evitar acidentes. É obrigação do condomínio garantir a segurança de seus banhistas com boas instalações, balneabilidade da água e aspecto sanitário. Para a diretora do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias em Engenharia de São Paulo (Ibape-SP) e engenheira civil Rejane Saute Berezovsky, um dos cuidados da inspeção preventiva é em relação ao risco de sucção no sistema de drenagem e tratamento da água do tanque, abaixo da linha d'água. É que o banhista corre o risco de prender os cabelos, aprisionar membros do corpo e objetos. "Recomendamos o uso de tampas antiaprisionamento ou tampas não bloqueáveis, que cubram o dreno de fundo, como consta na cartilha de Inspeção Predial. Equipamentos e espaços de lazer, com download gratuito pelo site do Ibape".
ORIENTAÇÕES VISÍVEIS
Rejane recomenda que as informações aos banhistas apareçam em local e tamanho visíveis, inclusive com ilustrações compreensivas a analfabetos. Para se ter ideia, ocorrem, em média, 17 mortes por afogamento no Brasil - em 2% dos casos, acontecem em piscinas. O afogamento pode ocorrer pelo fato de o indivíduo não saber nadar, por quedas, brincadeiras perigosas ou sucção. As crianças são as principais vítimas deste tipo de acidente.
Qualquer descuido pode ser fatal. Por isso, os cuidados devem ser redobrados com os pequenos, mas adultos e idosos também não estão livres do risco. A segurança é um tema tão importante que chegou ao Senado em forma de proposta para regulamentar o funcionamento de piscinas. Levando em consideração a relevância do assunto, a Nautilus, empresa de equipamentos para piscinas, em parceria com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), reuniu em um e-book dicas para garantir a segurança da diversão na piscina para toda a família.
Espalhar objetos ao redor da piscina, por exemplo, pode causar acidentes e quedas. Outro erro bastante cometido é não se atentar ao piso utilizado no espaço. Escolher um material escorregadio compromete a segurança de quem usa o local e também pode causar quedas. Deixar brinquedos dentro da piscina, por sua vez, é um verdadeiro convite para crianças e pets. Eles podem tentar alcançá-los, acabar caindo dentro da piscina e se afogar.
Outro cuidado importante é com os choques elétricos. Com o desejo de tornar a piscina cada vez mais moderna e seguir as principais tendências de decoração e paisagismo, são feitos investimentos em sistemas de iluminação. No entanto, se a instalação não for realizada por profissionais especializados ou não contar com materiais de qualidade seguindo a norma NBR 5410, os usuários passam a correr riscos de receber choques elétricos, comprometendo a segurança e o bem-estar.
Sinal de alerta com tempestade
No Brasil, cerca de 50 milhões de raios caem anualmente, especialmente na primavera e no verão. A localização do país e as altas temperaturas fazem com que os raios e as tempestades sejam outro grande motivo de acidentes em piscinas. A segurança é comprometida quando alguém coloca a sua vida em risco e decide utilizá-la durante as tempestades. Mesmo que a pessoa esteja apenas próxima do local da descarga, a força do choque é tão grande que ela pode sofrer o impacto. Em distâncias maiores ou menores, os riscos são graves: sofrer queimaduras, asfixia e até paradas cardíacas. É essencial que, durante as tempestades, ninguém entre na piscina. Os elementos químicos presentes na água são condutores elétricos e podem colocar a vida do banhista em risco. Além disso, dentro da água, o corpo atua como um para-raios, atraindo as descargas elétricas. Para fazer o download gratuito do livro, acesse: http://materiais.nautilus.ind.br/ebookseguranca-na-piscina-diversao-garantida.
O Dia, Cristiane Campos, 17/dez
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Crise concentra ainda mais a riqueza nas capitais
A recessão enfrentada pelo país interrompeu o processo de desconcentração de riqueza das capitais para o interior. De acordo com a pesquisa "Produto Interno Bruto dos Municípios 2010-2015", divulgada ontem pelo IBGE, as capitais responderam por 33,1% do PIB nacional em 2015, 0,2 ponto percentual a mais que em 2014 (32,9%). O indicador havia recuado sistematicamente, ano após ano, desde 2010 (34,4%), o início da série histórica da pesquisa.
Valor Econômico, Bruno Villas Bôas, 15/dez
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Expansão urbana em risco
A região das Vargens é uma área imensa - e linda - de nossa cidade, um território natural de expansão do Rio maior do que a Zona Sul. Seu grande potencial, porém, está travado desde novembro de 2013, devido a um decreto do então prefeito Eduardo Paes suspendendo as aprovações de novos projetos de construção na região. Apesar das tentativas da prefeitura em criar uma nova legislação, essa suspensão permanece, com exceção de construções relativamente pequenas liberadas pela atual administração, a partir de junho. Nem loteamentos são permitidos.
E o que acontece quando não se pode desenvolver uma área urbana? A resposta é conhecida dos cariocas: decadência e ilegalidade. Loteadores clandestinos são os únicos interessados em adquirir (ou invadir) os terrenos disponíveis, cujos proprietários se veem no dilema de vender barato para eles ou ter que contratar segurança para evitar invasões. Por essa razão, e pela fiscalização deficiente loteadores clandestinos proliferam nas Vargens, causando danos irreversíveis à região. Na grande maioria dos casos, além dos prejuízos ao meio ambiente, casas são construídas em níveis baixos, sujeitos a alagamentos e incompatíveis com a capacidade de drenagem.
Engana-se quem pensa que as Vargens são um caso isolado. A enorme área de Guaratiba, cuja suspensão de licenciamento é um pouco mais antiga do que a das Vargens, vive situação pior: lá, a proibição é total. Como grande investimento feito com o Túnel da Grota Funda, era de se esperar que, na época, a legislação tivesse sido revista. Porém, em vez disso, o que se fez foi... suspender as aprovações! E isso inexplicavelmente se mantém até hoje.
Outros bairros em decadência no Rio são o Alto da Boa Vista e o Joá. Não por causa de suspensões, mas porque a lei é tão restritiva que há décadas não se constrói nada novo. Em boa hora a atual administração abraçou a causa de renovar a legislação urbanística da cidade, com o objetivo de torná-la indutora de modernização, beleza, eficiência, formalidade e criação de empregos.
Fazemos votos para que tenha sucesso. Antes que seja tarde demais!
O Dia, Afonso Kuenerz, 14/dez
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Crise leva indústria à maior produtividade desde 2000
Apesar do avanço, país continua atrás de concorrentes globais, que tiveram ganho mais elevado na década
A produtividade da indústria brasileira cresceu 4,6% neste ano, até o terceiro trimestre, e atingiu seu maior patamar desde 2000 -ano de início da série histórica, elaborada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Trata-se de um salto consideravelmente maior que o dos últimos anos.
No acumulado de 2010 a 2015, o aumento de produtividade havia sido de apenas 1,3%. Em 2016, a alta já apresentava uma aceleração, embora ainda tímida, com 1,6% de avanço no ano.
O índice considera o volume de produção dividido pelo total de horas trabalhadas.
O prolongamento da crise econômica forçou as empresas a investir em ganhos de eficiência, afirma o gerenteexecutivo da confederação Renato da Fonseca.
"Houve muito investimento em melhorias de gestão e em digitalização, que não requerem aportes financeiros elevados. São áreas em que as empresas brasileiras têm grande deficiência", diz ele.
A capacidade ociosa, decorrente da baixa demanda dos últimos anos, também facilitou as mudanças de processos internos. "Quando as fábricas operam em sua totalidade, fazer esse tipo de alteração implica dias parados, então muitos postergaram as melhorias." FÔLEGO EXTRA Apesar do resultado positivo, o Brasil continua atrás de concorrentes globais.
Entre 2006 e 2016, a indústria nacional teve queda de 7,8% em sua produtividade relativa -índice que compara o desempenho brasileiro com seus dez maiores parceiros comerciais. No acumulado de 2000 a 2016, a retração chegou a 25,8%.
Há dúvida se o país terá fôlego para seguir aumentando sua produtividade a ponto de alcançar concorrentes como Argentina e México, que evoluíram a taxas mais elevadas nas últimas décadas, afirma Fonseca.
"No próximo ano, o índice deverá continuar crescendo, mas ainda é cedo para projetar em que ritmo isso vai ocorrer", diz ele. ENTRAVES As principais limitações para o avanço da produtividade brasileira são a falta de recursos para investimentos mais volumosos -em robotização e maquinário, por exemplo- e a escassez de mão de obra qualificada para trabalhar com novas tecnologias que, cada vez mais, passam a determinar a eficiência das fábricas.
"É um desafio para o país, porque a maneira de produzir está passando por mudanças que vão precisar de habilidades que nem sequer são ensinadas hoje", diz Paulo Mól, coordenador do projeto Indústria 2027, que avalia o impacto de inovações tecnológicas no setor.
"Temos universidades de qualidade como a USP [Universidade de São Paulo], capazes de suprir essa demanda, mas elas precisam estar alinhadas com o mercado."
Hoje, apenas 1,6% das indústrias brasileiras possuem mecanismos totalmente conectados e inteligentes -a chamada indústria 4.0-, aponta outra pesquisa da CNI. Em um prazo de dez anos, a porcentagem poderá chegar até 28,1%, segundo projeção das empresas.
Sem uma evolução da qualidade da mão de obra no Brasil, a tendência é que, nos próximos anos, a produtividade volte a desacelerar.
"É o que ocorreu no passado: quando havia pleno emprego, a indústria teve que contratar pessoas com menor qualificação, o que reduziu o nível. Enquanto houver uma falha na educação, haverá um limite para o avanço da produtividade. E, infelizmente, isso não vai se resolver nos próximos cinco anos no Brasil", afirma Fonseca. Avanço da produtividade do Brasil e de seus principais parceiros comerciais, no acumulado entre 2006 e 2016 em %.
Folha De S.Paulo, Mercado, 13/dez
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Réveillon: mais reservas em hotéis de luxo
Muitos turistas querem começar 2018 com sofisticação. A despeito da crise financeira, 71% dos quartos dos hotéis cinco estrelas da cidade já estão reservados para o réveillon, o que corresponde a um aumento de quase 20 pontos percentuais em relação ao índice registrado na mesma época no ano passado. A informação foi divulgada ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ).
Nos hotéis três e quatro estrelas, as reservas para o período da festa da virada alcançaram um índice semelhante, 72%. Na mesma época do ano passado, a taxa era de 65%.
Para a presidente regional da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-RJ), Cristina Fritsch, o aumento da procura por hotéis de luxo no Rio pode ser explicado pela grande oferta de quartos, pela queda nas tarifas e pelos pacotes mais flexíveis (há mais opções para quem deseja poucos dias de permanência).
- Brasileiros também estão viajando menos para o exterior e procurando melhores acomodações no principal destino do país, que é o Rio. Mais de 80% dos turistas que virão para o réveillon carioca são brasileiros. E vale destacar que quase todos os estrangeiros sairão de outros países da América do Sul - diz Cristina.
No somatório geral (hotéis, motéis e apart-hotéis), a ABIHRJ contabiliza 72% de reservas para o réveillon.
- Vamos aumentar esse índice. Brasileiro deixa tudo para a última hora - aposta Cristina. MONTAGEM DE PALCO Copacabana já se prepara para a festa da virada. Operários começaram a montar ontem um palco redondo em frente ao Copacabana Palace. De acordo com o presidente da Riotur, Marcelo Alves, tudo estará pronto no dia 29, quando terão início os festejos da cidade com um grande baile da Orquestra Tabajaras, que completa cem anos.
- O palco ficará montado até 6 de janeiro, queremos emendar o réveillon com o carnaval. Ele vai se transformar num pandeiro para um encontro do samba com a música clássica - diz Alves. - Queremos que o turista que virá ao Rio para o réveillon prolongue sua permanência na cidade. No dia 7, já teremos carnaval, com blocos desfilando pelas ruas.
O palco de Copacabana terá 95 metros de largura e 40 metros de profundidade. Após a queima de fogos, haverá shows da cantora Anitta e das baterias da Portela e da Mocidade Independente de Padre Miguel, escolas campeãs do carnaval deste ano. Antes se apresentarão Frejat, Cidade Negra, Belo e Ana Petkovic. O cantor Naldo Benny, que teve sua apresentação cancelada depois de acusações de violência doméstica, não será substituído.
O Globo, Selma Schmidt, 12/dez
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
Imóveis: o perigo da 'automedicação'
Quando a pessoa vai ao médico, ela recebe o diagnóstico e uma receita com os remédios adequados ao caso. O mesmo deveria acontecer com as edificações. Ao sinal de problemas, o responsável por elas deveria solicitar o parecer de um profissional habilitado com o 'diagnóstico' e as possíveis soluções. No entanto, a prática não é muito comum e o resultado da 'automedicação' pode trazer sérias consequências para as construções e, principalmente, para os usuários dela.
"Basta que se troque a palavra farmácia por loja de materiais de construção e substitua receita médica por projeto e especificação e se estará face a face com inúmeras tentativas empíricas de se solucionar manifestações indesejáveis nos mais diversos tipos de construções", relata o engenheiro civil Flávio Figueiredo, diretor da Figueiredo & Associados Consultoria e conselheiro do Ibape/SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo).
Flávio Figueiredo comenta que são observadas 'automedicações' em imóveis de todos os tamanhos, tipos e padrões. Entre as mais comuns, a troca de disjuntores por outros com maior amperagem, quando os originais desarmam com frequência em razão de excesso de carga; esconder trinca ou bolor com papel de parede; aplicar argamassa em peças de concreto armado, sem critério técnico definido, para encobrir armaduras oxidadas; ocultar marquises ou outras estruturas em concreto armado deteriorado atrás de belas fachadas decorativas, em vidro ou alumínio; e emendar tubulações com fitas adesivas ou massa plástica.
Intervenções
Fernando Santos, arquiteto e diretor da Santos Projetos,lembra que as intervenções sem projetos ou especificações realizadas por profissionais habilitados são executadas tanto por moradores quanto pelo próprio condomínio.
"Existem estruturas e infraestruturas do condomínio dentro das unidades tanto quanto existem da unidade em áreas do condomínio. Não há intervenção no primeiro que não tenha impactos no segundo e vice-versa. O condomínio que decide substituir toda coluna de esgoto vai impactar nos banheiros de boa parcela dos moradores. Assim como um morador que instalar um aparelho de ar-condicionado vai impactar na fachada do prédio, que é do condomínio", destaca.
Fernando Santos ainda acrescenta que é imprescindível que as partes sempre se comuniquem antes de iniciar qualquer obra. "E a melhor maneira de comunicar obras é por meio de projetos, na forma de plantas, desenhos, memoriais e especificações, com emissão de responsabilidade técnica, que somente arquitetos e engenheiros com habilitação podem fazer", ressalta.
Norma brasileira
Fernando Santos também lembra que, em 2014, foi publicada a norma NBR 16280, que coloca os requisitos básicos para uma gestão eficiente de obras e serviços em condomínios. Segundo ele, a norma deveria servir de orientação geral para todos os síndicos, mas existem alguns administradores condominiais que a desconhecem.
"Sem profissionais habilitados à frente dos serviços e obras civis, toda a responsabilidade em caso de problemas ou acidentes recai sobre o responsável legal do imóvel. Nas obras do condomínio, a responsabilidade recai sobre o síndico. Nas unidades privativas, a responsabilidade é do morador, mas pode acabar resvalando no síndico, pois o condomínio tem poder fiscalizador sobre as obras internas. Se houver situações de risco, o condomínio deve intervir para embargar a obra e solicitar adequação dos métodos de trabalho, mesmo dentro das unidades autônomas", explica Fernando Santos.
Maquiar o problema
Flávio Figueiredo complementa que a 'automedicação' pode maquiar os problemas, mas não elimina as suas origens. "Muitas vezes, as patologias são até agravadas ou continuam a se desenvolver de forma oculta e, de um momento para o outro, se manifestam com intensidades tão relevantes a ponto de levar a construção à ruína", afirma.
Outro ponto importante é que as manifestações patológicas não ocultadas funcionam como indicadores das reais condições de segurança, além de fornecerem pistas para o diagnóstico de sua origem. "Para resolver pequenos problemas, as pessoas acreditam que não precisam de orientação de especialistas. São razões culturais, da mesma forma que acontece com a automedicação. A pessoa está com uma dor na perna e logo vai à farmácia para comprar anti-inflamatórios, sem saber os riscos que corre com aquele remédio sem a indicação de um médico", salienta Figueiredo.
As edificações também são vítimas do uso de vitaminas e anabolizantes não prescritos. "De um simples benjamim, para ampliar a quantidade de tomadas em um ambiente, à colocação de caixas d'água adicionais, ou até a criação de pavimentos extras sem quaisquer projetos e análises, as construções são submetidas a muitas intervenções que podem equivaler a doses letais de suplementos hormonais", explica o engenheiro.
O Dia, Cristiane Campos, 10/dez
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