Em 2020, moeda norte-americana acumulou alta foi de 29,36% e fechou ano cotada a R$ 5,1872.
O dólar abre o ano com instabilidade, após ter acumulado valorização de quase 30% em 2020, acompanhando o otimismo dos mercados internacionais nesta segunda-feira (4) em meio a esperanças de que as vacinas contra a Covid-19 impulsionem a recuperação econômica.
Às 12h42, a moeda norte-americana subia 0,11%, cotada a R$ 5,1927. Na mínima até o momento, recuou a R$ 5,1198. Veja mais cotações. Na máxima, foi a R$ 5,1957.
Já o Ibovespa opera em alta.
Em 2020, o dólar acumulou alta de 29,36% e encerrou o último pregão do ano passado a R$ 5,1872.
O Banco Central anunciou que dará início a partir desta segunda-feira à rolagem de 236.430 contratos de swap cambial com vencimento em 1º de fevereiro de 2021, no montante de 11,8 bilhões de dólares. O BC ofertará 16 mil contratos para rolagem desse vencimento neste pregão.
Cenário global e local
Na cena externa, permanecem as esperanças de que vacinas possam conter o coronavírus e levar a uma forte recuperação econômica neste ano.
O Reino Unido começou a vacinar nesta segunda-feira pessoas de grupos de risco com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. O país, o primeiro do mundo a aprovar a vacina, também é o primeiro a começar a aplicá-la.
Os preços do petróleo avançavam para máximas em meses nesta segunda-feira, em meio a expectativas de que a Opep e aliados possam limitar a produção aos níveis atuais em fevereiro. O barril do tipo Brent subia 1,47%, a US$ 52,56 pela manhã.
O ambiente de ampla liquidez nos mercados globais continua a conferir valorização dos ativos de risco ao redor do globo, o que tem favorecido o real desde o fim de 2020.
Na cena doméstica, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2020 de 4,39% para 4,38%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Já a projeção para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 passou de 4,40% para 4,36%.
A expectativa dos economistas é de que a taxa suba para 3% ao ano até o fim de 2021. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 foi mantida em R$ 5 por dólar.
Já a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,4 ponto em dezembro, para 95,2 pontos, na terceira queda consecutiva.
Os investidores seguem ainda de olho na saúde das contas públicas. O diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, escreveu que a preocupação fiscal, assim como a demora para início da vacinação da população no Brasil, pode ser um fator de impulso para o dólar nesta semana, apesar do clima otimista no exterior.
G1, 04/jan