De acordo com a pesquisa, 76,1% das famílias relataram estar endividadas neste começo de ano – em dezembro, eram 76,3%, patamar recorde.
O número de famílias endividadas registrou em janeiro sua primeira queda após 13 meses de alta, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A queda, no entanto, veio na esteira da alta dos juros, que encareceu o crédito e fez os consumidores evitarem tomar empréstimos.
De acordo com a pesquisa, 76,1% das famílias relataram estar endividadas neste começo de ano – em dezembro, eram 76,3%, patamar recorde do levantamento da CNC. O percentual segue bem acima do registrado um ano antes, de 66,5%.
Com a alta dos juros, aumentou também o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso: de 26,2% para 26,4% na passagem de dezembro para janeiro – o maior nível desde agosto de 2020 e a maior proporção para meses de janeiro observada na série histórica da pesqusia.
Houve também alta entre os que dizem que não terão condições de pagar as dívidas: de 10% para 10,1% no primeiro mês de 2022.
Endividamento cai entre mais pobres, e sobe entre mais ricos
Na avaliação por faixas de renda, a CNC apontou que o endividamento caiu entre as famílias com renda mais baixa, enquanto se moveu na direção contrária entre os que ganham mais.
Entre as famílias com ganhos até dez salários mínimos, o percentual de endividados recuou de 77,7% em dezembro para 77,4%. Já entre os que ganham acima desse patamar, a taxa passou de 70,9% para 71,2%.
G1, 07/jan