segunda-feira, 31 de julho de 2023
Fed pode ter pouco tempo restante para promover 'pouso suave' da economia dos EUA
Exemplos passados mostram como é difícil deter uma queda da economia assim que ela começa.
Durante todo o esforço do Federal Reserve (Fed) para conter a inflação, as autoridades se concentraram em elevar a taxa básica de juros o suficiente para alcançar seu objetivo, levando-a a um nível alto em um ritmo rápido o suficiente para evitar que o público perca a esperança na redução dos preços.
Mas na busca por um "pouso suave" — em que a inflação cai sem recessão econômica ou grandes perdas de empregos —, a discussão sobre quando cortar os juros e aliviar a pressão sobre famílias e empresas é tão importante e talvez ainda mais difícil de se acertar.
Nas três recessões anteriores à pandemia da Covid-19 — de 1990 a 1991, 2001, e 2007 a 2009 — o banco central atingiu o pico do patamar de sua taxa e começou a reduzir os custos de empréstimos de três a 13 meses antes do que provou ser o início de uma recessão.
Isso mostra como é difícil deter uma queda assim que ela começa e igualar os efeitos lentos da política monetária com o que a economia pode precisar meses no futuro.
Permitir que a inflação alta se incorpore à economia é o pecado capital de um banco central, e as autoridades do Fed ainda preferem cometer o erro de ir longe demais para garantir que a inflação seja controlada do que parar e arriscar sua recuperação, disse Antulio Bomfim, chefe de macro global para a equipe de renda fixa da Northern Trust Asset Management.
Isso pode apontar para pelo menos mais um aumento de juros, mesmo quando os investidores apostam que o Fed chegou ao fim de seu ciclo de aperto, com os mercados de futuros de juros refletindo não mais do que 25% de chance de outra alta. Na semana passada, o Fed elevou sua taxa para a faixa de 5,25% a 5,50%, o 11º aumento nas últimas 12 reuniões.
Dados recentes sobre salários, crescimento e preços têm mostrado o dilema enfrentado pelas autoridades ao considerar se devem aumentar ainda mais os custos dos empréstimos e por quanto tempo deixá-los elevados, uma discussão que pode determinar a direção geral da economia em 2024, ano de eleições presidenciais.
Após dezesseis meses de rápido aperto monetário, a economia ainda cresceu a uma taxa anualizada de 2,4% acima do esperado no segundo trimestre e do que é considerado sua tendência não inflacionária, com esse ímpeto continuando no trimestre atual.
Embora a inflação nominal tenha caído de forma acentuada em relação às máximas de 2022, as medidas das pressões de preços subjacentes têm se movido mais lentamente. O núcleo do índice PCE desacelerou notavelmente em junho para 4,1% na comparação anual, após ficar por meses próximo a 4,6%, mas ainda é mais que o dobro da meta de 2%.
O chair do Fed, Jerome Powell, disse na semana passada que as peças do "quebra-cabeça" da inflação baixa podem estar se alinhando, mas ele ainda não confia nisso.
"Precisamos ver se a inflação caiu de forma duradoura... o núcleo da inflação ainda está bastante elevado", disse Powell em coletiva de imprensa após o fim da reunião de política monetária de dois dias do Fed.
Powell reconheceu a delicada calibragem necessária para vencer a inflação sem restringir a atividade mais do que o necessário e ficar à frente de qualquer desaceleração com juros mais baixos à medida que a inflação cai e a atividade diminui.
Mas ele não deu sinalizações diretas sobre como o Fed avaliará quando será a hora de afrouxar a política monetária, dizendo que "estaremos confortáveis em cortar os juros quando estivermos confortáveis em cortá-los".
Com a inflação abaixo de seu pico sem grandes interrupções no emprego, alguns economistas se perguntam se Powell — ao se concentrar na necessidade de "folga" econômica para terminar a tarefa — não está cometendo o mesmo erro de seus antecessores e preparando o terreno para uma recessão desnecessária.
Reuters, 31/jul
sexta-feira, 28 de julho de 2023
Vale vende 13% em negócio de metais básicos por U$ 3,4 bilhões
Movimento ocorre enquanto mineradora busca aprimorar gestão desses ativos, de olho na demanda por níquel e por cobre para produção de baterias.
A mineradora Vale fechou acordos com a Manara Minerals e a Engine No. 1 para vender uma fatia de 13% de sua unidade de metais básicos pelo valor de US$ 3,4 bilhões, informou a companhia em comunicado nesta quinta-feira (27).
O montante total será pago à vista para a Vale Base Metals Limited (VBM), empresa controladora do negócio de Metais para Transição Energética da Vale, na conclusão da transação, sujeita aos ajustes usuais.
A Manara Minerals — uma joint venture entre a Ma'aden e o Public Investment Fund (PIF) — deterá 10% da unidade de metais básicos da Vale, enquanto a Engine No. 1 ficará com uma participação de 3%, informou a mineradora.
O movimento ocorre enquanto a Vale tem se dedicado em aprimorar a gestão desses ativos para gerar mais valor, tendo em vista a demanda esperada por níquel e cobre para a produção de baterias, em meio aos avanços globais para a transição energética, com eletrificação.
Na transação, as companhias consideraram um enterprise value (valor da empresa) implícito de US$ 26 bilhões para a VBM, que a Vale destacou ser uma das maiores detentoras de reservas e recursos em jurisdições-chave de minerais críticos como Brasil, Canadá e Indonésia.
A expectativa da empresa é que a VBM invista de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões ao longo da próxima década em projetos minerais estratégicos.
Com os aportes, a previsão é elevar a produção de cobre de cerca de 350 mil toneladas/ano para 900 mil toneladas/ano e de níquel de cerca de 175 mil toneladas/ano para mais de 300 mil toneladas/ano.
"Com nosso portfólio de alta qualidade, estamos posicionados de maneira única para atender à crescente demanda por metais verdes essenciais à transição energética global, ao passo que continuamos comprometidos com práticas socioambientais robustas e com a mineração sustentável."
Também em nota, o diretor executivo da Manara Minerals e CEO da Ma’aden, Robert Wilt, disse que o investimento da companhia marca o primeiro grande aporte no setor global de mineração.
O fechamento da transação está previsto para o primeiro trimestre de 2024, sujeita às condições precedentes cabíveis, incluindo a aprovação das autoridades regulatórias relevantes, ponderou a mineradora.
Reuters, 28/jul
quinta-feira, 27 de julho de 2023
Os 3 desafios da economia mundial, segundo o FMI — e um dado positivo para o seu bolso
Relatório da organização internacional fala sobre crescimento mundial, queda da inflação e estabilidade dos sistemas financeiros.
A economia global segue enfrentando desafios importantes passada a pandemia de Covid-19, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A organização apresentou esta semana uma atualização da economia em seu mais recente relatório "World Economic Outlook" e observou que os países continuam se recuperando gradualmente da crise de saúde causada pela Covid-19 e do impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Segundo o FMI, há três aspectos nos quais os países devem se concentrar.
1. Queda no crescimento econômico
Por um lado, o relatório indica que a economia global crescerá menos em 2023 e 2024 do que em 2022: passando de 3,5% no ano passado para 3% em ambos os anos.
Apesar de elevar a previsão de crescimento para este ano em 0,2 ponto percentual em relação à previsão feita em abril, a agência destacou que a economia "continua fraca" frente à média deste século, de 3,8%.
Esse menor crescimento é explicado principalmente pelo desempenho das economias desenvolvidas, onde o crescimento cairá de 2,7% em 2022 para 1,5% em 2023.
Em contraste, os países emergentes vão acelerar sua taxa de crescimento de 3,1% no ano passado para 4,1% neste ano e no próximo.
Isso se deve à força das economias asiáticas, especialmente China e Índia.
A América Latina e o Caribe, no entanto, terão uma queda mais forte do que a média mundial, segundo as previsões do FMI, de 3,9% em 2022 para 1,9% em 2023 e 2,2% em 2024.
O Brasil também terá queda na atividade econômica: 2,1% em 2023 e 1,2% em 2024 — contra 2,9% do ano passado. Ainda assim, o FMI revisou para cima sua previsão de crescimento da economia brasileira para este ano, de 1,2% para 2,1%.
2. O problema da inflação
O segundo desafio mundial é reduzir ainda mais a inflação.
Embora a alta dos preços ao consumidor tenha ficado abaixo da máxima registrada no ano passado — 8,7% na média mundial — e neste ano a agência espera que seja de 6,8%, o núcleo da inflação (que não leva em conta produtos voláteis como alimentos e energia ) irá "diminuir mais gradualmente".
O FMI disse que deveria ter revisado para cima sua previsão de inflação para 2024.
No Brasil, o IPCA vem caindo há um ano. A taxa anualizada de inflação caiu de 11,89% em junho de 2022 para 3,16% no mês passado.
3. Garantir a estabilidade financeira
O terceiro desafio lançado aos países pela organização internacional é garantir a estabilidade financeira, depois de ter superado com sucesso as turbulências em algumas instituições bancárias nos Estados Unidos e na Suíça nos primeiros meses do ano.
O relatório afirma ainda que "devem ser construídos buffers fiscais, com a composição do ajuste fiscal garantindo apoio específico aos mais vulneráveis".
Recuperação do poder de compra
Além dos alerta do FMI, Gourinchas destacou um indicador relevante para a população em geral que deve melhorar.
Nos últimos anos, o crescimento dos salários não acompanhou a inflação — pela média mundial — e, embora os mercados de trabalho tenham permanecido aquecidos, com altas taxas de emprego e baixo desemprego, isso provocou uma redução dos salários.
O economista-chefe disse que isso significa que o crescimento dos salários nominais permanecerá forte por um tempo. "De fato, a diferença entre os dois começou a diminuir", acrescentou.
BBC, 27/jul
quarta-feira, 26 de julho de 2023
Haddad vê melhora na economia, cita harmonia entre poderes e defende 'grau de investimento' para o Brasil
Para o ministro, 'não faz sentido' Brasil não ser visto pelo mundo como um bom destino de investimentos. Nesta quarta, a agência Fitch elevou a nota de crédito do Brasil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu nesta quarta-feira (26) à harmonia entre os poderes o que considera resultados positivos na economia do país.
Nesta quarta, a agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável.
Em declaração à imprensa no Ministério da Fazenda, Haddad afirmou "não ter sentido" o Brasil não receber "grau de investimento" pelas agências de classificação de risco. O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes.
"A Fitch é a primeira das grandes agências que muda a nota. Eu sempre disse, e continuo acreditando, que a harmonia entre os poderes é a saída para que nós voltemos a ter o grau de investimento. Um país do tamanho do brasil não tem sentido não ter grau de investimento [...]. Não tem cabimento o país viver o que viveu nos últimos dez anos. Fico feliz de, em seis meses de trabalho, a gente já ter conseguido sinalizar ao mundo que o Brasil é o país das oportunidades", afirmou.
Haddad frisou ainda que o governo vem recebendo "um grande apoio do Congresso Nacional" e citou os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele também mencionou o avanço da reforma tributária no Congresso. O texto já foi aprovado pela Câmara e está, agora, no Senado.
Em uma rede social, Arthur Lira afirmou que a elevação da nota do Brasil pela Fitch é uma "importante conquista para a economia do país".
Ele também atribuiu a melhora no desempenho à política econômica do governo Lula, que, segundo o parlamentar, "tem recebido todo o apoio institucional da Câmara dos Deputados".
O que diz a Fitch
Em comunicado, a agência de classificação de risco afirmou que a atualização da nota do Brasil "reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos".
A nova classificação ainda indica um "grau especulativo" — o que, segundo as agências, aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.
A agência indica que o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais desde seu último rebaixamento.
São citadas, em específico, a reforma da Previdência e a autonomia do Banco Central, aprovadas pelo governo de Jair Bolsonaro, além do avanço do arcabouço fiscal e da reforma tributária, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Alexandro Martello, g1, 26/jul
terça-feira, 25 de julho de 2023
Hotel, shopping e apartamentos em um só lugar: conheça a nova tendência do mercado de imóveis de luxo
Unidades residenciais podem custar até R$ 4 milhões e oferecem comodidade e serviços diferenciados.
A moda não é nova, mas pegou: juntar residência, hotel, restaurantes e shoppings centers em um único lugar tem atraído os olhos de clientes de alta renda no país, pelo diferencial em conforto e comodidade.
O movimento, segundo especialistas e empresários do setor, tem feito ganhar espaço os chamados “empreendimentos multiuso”, revivendo a tendência para o mercado de imóveis de luxo e alto padrão.
“Nas duas décadas que estamos no espaço residencial de marcas de luxo, observamos uma mudança nas preferências dos compradores, que buscam cada vez mais casas de luxo de alta qualidade, altamente equipadas e com serviços”, afirma Sarah Khalifa, vice-presidente de desenvolvimento da Marriott International.
Um empreendimento com esse perfil é o W Residences São Paulo, que deve ser lançado pela Helbor em agosto desse ano na Vila Olímpia, bairro nobre da capital paulista. O projeto residencial de luxo será um complexo que também une hotel e um “mall”, com restaurantes que ainda devem ser definidos.
Os apartamentos não são imensos, mas terão preço de gente grande: as unidades terão entre 53m² a 102m² e deverão custar até R$ 4 milhões. Isso representa preços que variam de R$ 37 mil a R$ 40 mil o metro quadrado, um dos maiores de São Paulo.
De acordo com a diretora de marketing da Helbor, Fabiana Lex, grande parte do diferencial do complexo está nos serviços oferecidos. Com a gestão hoteleira a cargo do W Hotel, os moradores do W Residences SP poderão utilizar todos os serviços oferecidos pela marca.
“Serão serviços ‘pay per use’ [pague pelo uso, na tradução literal] oferecidos pelo hotel ao morador. O residente poderá pedir serviços de quarto, por exemplo, como manutenção, arrumadeira e refeição enviada pelo restaurante do hotel, além de poder usufruir de todas as áreas comuns”, afirma Lex.
Vem mais
Diante do aumento da demanda no setor, a expectativa é que os empreendimentos “multiuso” ganhem força, com uma série de projetos já tendo saído recentemente ou que devem ser lançados em breve no país.
“Vemos o cliente que busca conforto, com boa localização e praticidade, mas também temos o cara que procura um espaço maior porque já tem família formada e quer ter mais filhos. Essa adaptação vem porque o setor precisa atingir a todos os públicos”, diz o diretor comercial da Helbor, Marcelo Bonanata.
Ainda de acordo com empresários do setor, mais do que designs feitos por arquitetos renomados e construções com base sustentável, os clientes de alta renda também têm buscado praticidade e serviços de padrão diferenciado dentro dos centros urbanos.
“Para os compradores de imóveis, o desejo de viver, trabalhar e se divertir em casa é uma tendência que estamos observando em todos os mercados. Nossos proprietários estão trabalhando em suas casas e, portanto, querem ter acesso a conveniências que se encaixem perfeitamente em seu estilo de vida”, acrescenta Sarah Khalifa, da Marriott.
Além disso, os executivos ainda destacam o maior número de contratos de trabalho remotos e híbridos, que já aumentaram a popularidade dos produtos residenciais com marcas de luxo ao redor do planeta e devem continuar a expandir o segmento.
“As residências de marca são uma tendência global que veio para ficar”, completa Khalifa.
Isabela Bolzani, g1, 25/jul
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Como influenciadores e tiktokers estão turbinando mercado de imóveis de luxo
Segundo especialistas, clientes que têm buscado o segmento de alto padrão têm um perfil mais jovem e empreendedor; destaque para busca por apartamentos compactos de luxo, de 20m² a 40m² e que custam, em média, R$ 1,5 milhão.
Um público mais jovem — e que já se acostumou a ganhar muito dinheiro na internet — tem sido responsável por movimentar o mercado de imóveis de luxo no Brasil. Empresários de startups, influenciadores do mercado financeiro e até mesmo tiktokers são a última novidade entre quem procura apartamentos e casas de alto padrão.
Dados recentes da Brain Inteligência Estratégica apontam que o lançamento de empreendimentos no segmento registrou um avanço de 39,2% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado – e, segundo especialistas, é justamente o surgimento de um novo perfil de clientes que tem ajudado a movimentar o setor.
A demanda por imóveis do segmento era tradicionalmente caracterizada por homens na casa dos 45 anos ou mais, com família formada, emprego fixo e de alto nível em grandes empresas. Agora, no entanto, esse quadro já começa a ganhar novos formatos.
Segundo a diretora da Revenda Imóvel, Mariana Andrade, o público que passou a buscar esses empreendimentos de luxo com cada vez mais frequência são pessoas de 30 a 40 anos, a maioria solteira e atuante no mercado digital.
“A pandemia fez os jovens ganharem mais notoriedade no mercado de trabalho, e a internet trouxe alcance e condições melhores para que esse público conseguisse ter uma renda maior. Vimos aumentar bastante nos últimos anos a demanda por parte desse pessoal mais jovem, que procura status e lugares feitos por arquitetos renomados”, afirma a executiva.
Franciny Ehlke, por exemplo, é um dos nomes famosos da internet que compraram imóveis próprios nos últimos anos. A influenciadora digital tem mais de 15 milhões de seguidores no Instagram e também sua própria coleção de maquiagens.
O trabalho na internet a fez alcançar uma cobertura de 300m² em Curitiba, que possui um valor de mercado estimado em R$ 5 milhões. A influenciadora reformou todo o apartamento antes de se mudar, uma obra que demorou dois anos para ficar pronta.
Pequenos apartamentos em alta
Nem todos, porém, seguem o exemplo de Franciny. Segundo Mariana Andrade, da Revenda Imóvel, a principal demanda dos clientes mais jovens tem sido pelos chamados “compactos de luxo”: apartamentos menores, de 20m² a 40m², projetados para trazer mais facilidade e conforto.
Apesar de o tamanho ser bem menor do que os apartamentos de luxo e alto padrão convencionais, esses imóveis também têm boa localização e possuem condomínios equipados com diversas instalações. A média de preço de empreendimentos como esse, segundo a executiva, é de R$ 1,5 milhão – algo entre R$ 37,5 mil e R$ 75 mil o metro quadrado, a depender da metragem.
“Além do desejo de ficar mais próximo do trabalho para evitar o trânsito, esse público também busca por fácil acesso ao lazer, demandando lugares próximos de shoppings e baladas, por exemplo”, diz Andrade, acrescentando que em São Paulo, por exemplo, os bairros mais procurados são Vila Madalena, Vila Olímpia, Chácara Santo Antônio e Vila Nova Conceição.
Nesse sentido, a demanda do público mais jovem também tem se refletido nas ofertas de novos lançamentos. De acordo com a corretora especialista em imóveis de luxo da Inmy Liz Oste, o segmento tem se esforçado em se adaptar, trazendo mais novidades e diferenciais.
“Já temos lançamentos que vêm com carregamento de carro elétrico, placas solares e isolamento acústico e térmico nas fachadas, por exemplo”, afirma Oste, destacando que também há uma tendência cada vez maior em automação residencial.
“Daqui para a frente, acredito que veremos uma demanda crescente nesse segmento. Vivemos um momento em que, para além do avanço do setor e da tecnologia, também vemos mais pessoas com rendas maiores e buscando moradias melhores. Com certeza é uma tendência”, completou a especialista.
Isabela Bolzani, g1, 24/jul
sexta-feira, 21 de julho de 2023
2,5 mil investidores com R$ 756,8 bilhões de patrimônio: entenda o que são os fundos exclusivos que o governo quer tributar
Governo deve enviar alterações no imposto sobre fundos exclusivos no Orçamento de 2024, que deve ser avaliado pelo Congresso Nacional em agosto.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na quarta-feira (19) que deve enviar ao Congresso um projeto para taxar fundos exclusivos, também conhecidos como “fundos dos super-ricos”.
Conforme revelou a colunista Julia Duailibi em abril, a regra faz parte de uma série de medidas para elevar a arrecadação pública e viabilizar o arcabouço fiscal. A estimativa do governo é a de arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com a tributação — 8,54% do aumento previsto com essas medidas, de R$ 117 bilhões.
Os fundos exclusivos são investimentos feitos de forma personalizada. E para ter esse modelo de investimento é preciso desembolsar no mínimo R$ 10 milhões. Isso porque o cotista — que pode ser pessoa física ou jurídica — é o único responsável por custear a criação e a manutenção dele.
O gestor desses fundos pode alocar o dinheiro em produtos como ações, multimercado ou renda fixa.
Segundo o levantamento realizado pelo TradeMap, 2.568 fundos exclusivos com um único cotista estavam registrados até a última terça-feira (18), totalizando aproximadamente R$ 756,8 bilhões investidos — valor que representa 12,3% do patrimônio total de toda a indústria de fundos e uma média de R$ 294,7 milhões por investidor.
Além da participação significativa no total da indústria, o montante alocado nesse tipo de carteira também é mais de seis vezes maior do que o total de recursos investidos em títulos públicos.
Os últimos dados disponíveis indicam que, em maio, 2,2 milhões de investidores alocavam recursos no Tesouro Direto, totalizando R$ 116,1 bilhões — nesse caso, uma média de R$ 52,7 mil por investidor.
Na poupança, o saldo em maio era de R$ 961,5 bilhões. Segundo o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), haviam 240,3 milhões de clientes, incluindo pessoas físicas e jurídicas.
Os fundos exclusivos são tributados?
Apesar de os fundos exclusivos pagarem imposto de renda sobre os rendimentos, essa cobrança acontece apenas no momento do resgate.
A incidência do IR no fundo, por sua vez, acontece pela tabela regressiva — o que significa que quanto maior o tempo em que os recursos ficam alocados na carteira, menor é a alíquota paga pelos investidores, até chegar a um piso.
Segundo sinalizado pelo governo, a ideia é que esses fundos exclusivos sejam tributados no mesmo modelo que a maioria das carteiras abertas existentes no mercado, por meio de uma cobrança periódica semestral — também conhecida como “come-cotas”.
Normalmente, essa cobrança acontece sempre no último dia útil de maio e de novembro e o valor incide em 15% para os fundos de longo prazo e 20% para os de curto prazo. Nesse caso, o investidor só paga no resgate a diferença do valor do imposto devido e ainda não cobrado.
A proposta de mudar a tributação dos fundos dos “super-ricos” não é nova: a discussão vem desde 2017, ainda no governo de Michel Temer, e foi incluída pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, no projeto de reforma tributária enviado ao Congresso em 2021. O tema, no entanto, não avançou.
Quem são esses investidores?
Apesar de os dados sobre quem exatamente são esses investidores serem restritos, especialistas indicam que há um perfil que predomina entre aqueles que alocam recursos nessas carteiras.
“[As carteiras] podem ter mais ou menos risco, mas certamente esse fundo tem características exclusivas de prazo, liquidez e rentabilidade, que são estruturadas com um objetivo específico e feitas justamente para aqueles investidores que têm uma capacidade financeira maior”, afirma o professor da FIA Business School Carlos Honorato.
O especialista destaca, ainda, que o principal motivo pelo qual esses investidores optam por fundos exclusivos está relacionado à proteção de ativos e rentabilidade.
“A alocação desses recursos visa basicamente a formação de uma carteira de preservação do valor [investido] e até de ganhos acima da inflação”, diz o professor.
“Em uma certa medida, esses fundos são feitos não só para [o investidor] repassar uma herança necessariamente, mas também criam uma forma de aquela riqueza, herança ou valor atribuído ao fundo em geral ter uma rentabilidade maior do que a média”, completa Honorato.
Quando a mudança deve acontecer?
Com o anúncio do Ministério da Fazenda de aumentar a arrecadação para viabilizar o arcabouço fiscal, a pasta projetou diversas medidas para aumentar a receita. Uma delas — que ficará para o segundo semestre — é a tributação de fundos exclusivos.
Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira que a pasta irá submeter alterações na tributação de fundos exclusivos no Orçamento de 2024 para apreciação do Congresso Nacional em agosto.
Em entrevista a jornalistas na sede do Ministério, Haddad disse que as alterações devem ser enviadas ao Congresso por meio de um projeto de lei.
Artur Nicoceli e Isabela Bolzani, g1, 21/jul
Ibovespa abre em alta nesta sexta, e caminha para semana positiva
Na véspera, o principal índice da bolsa de valores avançou 0,45%, aos 118.083 pontos.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta sexta-feira (21).
Às 10h05, o índice subia 0,20%, aos 118.322 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,45%, aos 118.083 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:
- Alta de 0,32% na semana;
- Estabilidade no mês;
- Alta de 7,61% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Com recesso no Congresso e sem indicadores relevantes, o país tem mais um dia de agenda vazia e cotações flutuantes. O mercado permanece de olho nas perspectivas da agenda econômica brasileira, que deve ter todas as atenções no Senado Federal. Por lá, passa a reforma tributária a partir de agosto.
Os agentes estão atentos, por enquanto, aos sinais de próximos passos do Ministério da Fazenda. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na quarta-feira (19) que deve enviar ao Congresso um projeto para taxar fundos exclusivos, também conhecidos como “fundos dos super-ricos”.
Reportagem do g1 mostra que existem 2.568 fundos exclusivos com um único cotista no Brasil, totalizando aproximadamente R$ 756,8 bilhões investidos — valor que representa 12,3% do patrimônio total de toda a indústria de fundos e uma média de R$ 294,7 milhões por investidor.
A estimativa do governo é a de arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com a tributação — 8,54% do aumento previsto com essas medidas, de R$ 117 bilhões.
No noticiário corporativo brasileiro, destaque para Localiza, que aprovou a criação de um programa de recompra de até 70 milhões de suas ações, o equivalente a 8,3% do total em circulação. O programa terá a duração de 12 meses, até o dia 22 de julho de 2024.
A empresa diz que as ações adquiridas serão mantidas em tesouraria para alienação e/ou cancelamento e manutenção dos planos de incentivo de longo prazo.
O mercado segue repercutindo a retomada vacilante da China. A Moody's e a S&P Global enviaram alertas severos sobre a maior empresa imobiliária comercial da China, Dalian Wanda Group, na quinta-feira, aumentando a preocupação de que o país possa estar prestes a sofrer sua maior inadimplência desde o caso da Evergrande.
g1, 21/jul
quarta-feira, 19 de julho de 2023
Petrobras reduz preço do gás natural vendido a distribuidoras
Segundo a companhia, com mais essa redução, o gás natural acumulará redução de aproximadamente 25% no ano.
O preço do gás natural vendido pela Petrobras a distribuidoras ficará mais barato a partir do dia 1º de agosto, informou a empresa nesta quarta-feira (19).
O ajuste representa uma redução média de 7,1% dos preços, e faz parte de uma atualização trimestral prevista em contrato. Segundo a companhia, com mais essa redução, o gás natural acumulará redução de aproximadamente 25% no ano.
De acordo com a Petrobras, as variações no preço do gás natural estão vinculadas às oscilações do barril do petróleo Brent, da taxa de câmbio, pelo suprimento de distribuidoras, margens de lucro e pelos tributos federais e estaduais.
Veja a nota divulgada pela Petrobras na íntegra:
A Petrobras informa que, a partir de 01/08/23, conforme os contratos acordados pela companhia com as distribuidoras, os preços atualizados de venda de gás natural terão redução média de 7,1% em R$/m³, com relação ao trimestre maio-junho-julho, considerando a variação do preço da molécula e do seu transporte por dutos.
Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. Para o trimestre em referência, o petróleo teve queda de 3,8% e o câmbio teve apreciação de 4,8%.
Com essa atualização, o preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras acumulará redução de aproximadamente 25% no ano.
A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A companhia ressalta que a atualização anunciada para 01/08/23 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.
g1, 19/jul
terça-feira, 18 de julho de 2023
Dólar fecha em leve alta, de olho em dados econômicos e balanços corporativos nos EUA
A moeda norte-americana subiu 0,05%, vendida a R$ 4,8088.
O dólar fechou a sessão desta terça-feira (18) em leve alta, após passar a primeira parte do pregão em território negativo. Investidores continuaram a repercutir dados sobre a atividade econômica brasileira, em meio às expectativas pelo início dos cortes de juros. No exterior, as atenções seguiram voltadas para os balanços corporativos dos Estados Unidos.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,05%, cotada a R$ 4,8088.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,24%, vendido a R$ 4,8064. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
- Altas de 0,29% na semana e de 0,42% no mês;
- Queda de 8,89% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes novidades no noticiário doméstico, investidores continuaram a repercutir os dados do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) na véspera.
Esse indicador é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) oficial do país e mostrou que, em maio, a atividade econômica brasileira recuou 2% em relação a abril.
Com esse resultado, especialistas do BTG Pactual destacam que o mercado passou a precificar com mais força uma sequência de quedas na Selic, taxa básica de juros. Isso porque os juros altos encarecem os custos de tomada de crédito e financiamento e geram uma desaceleração econômica.
No exterior, investidores seguiram de olho na temporada de balanços corporativos das empresas norte-americanas, que trazem uma sinalização de como anda a maior economia do mundo para as empresas.
Nesses primeiros dias da temporada de resultados, o Bank of America reportou um lucro de US$ 7,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 19% em relação ao trimestre imediatamente anterior e acima das projeções. Analistas explicam que essa alta foi impulsionada, principalmente, pelos juros americanos, que estão entre 5,00% e 5,25% ao ano.
O Morgan Stanley, por sua vez, registrou uma queda de 18% no lucro do segundo trimestre, pressionado por uma queda nos negócios em Wall Street, que atingiu a divisão de investimentos do banco.
Na agenda de indicadores norte-americana, os dados de vendas no varejo de maio vieram abaixo das expectativas do mercado, com uma alta de 0,2% ante o 0,5% projetado.
g1, 18/jul
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Economia recuou 2% em maio, indica 'prévia' do PIB do Banco Central
Queda no indicador vem após alta em abril. Na parcial do ano, IBC-Br indica avanço de 3,61%, e no acumulado de 12 meses até maio, alta de 3,43%.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou recuo de 2% em maio na comparação com abril, informou o BC nesta segunda-feira (17).
O resultado foi calculado após ajuste sazonal – um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes.
Essa é a maior queda do IBC-Br desde março de 2021, quando foi registrada uma queda de 3,6%. O BC divulga apenas o dado, sem indicar motivações ou analisar o índice.
Em abril, a prévia do PIB tinha indicado um crescimento de 0,56% na economia.
- Na comparação com maio do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 2,15%.
- No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,61% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,43%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.
PIB x IBC-Br
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
O indicador incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Em junho, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio, para tentar conter a alta de preços.
g1, 17/jul
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Por que alta de juros nos EUA é esperada apesar de queda da inflação
Alguns preços caíram na economia, mas autoridades monetárias sinalizam que seguirão com taxas em alta.
A taxa de inflação nos Estados Unidos caiu para seu ritmo mais lento em mais de dois anos no mês passado, por influência da queda no preço de carros usados.
A inflação anualizada até junho subiu 3% — contra 4% em maio.
Essa taxa caiu drasticamente de um pico de mais de 9% em junho de 2022. E o dado mais recente marca o ritmo mais lento desde março de 2021.
Os números sugerem que uma sucessão de aumentos nas taxas de juros segurou a disparada dos preços. No entanto, analistas ainda esperam que o Federal Reserve dos EUA, o banco central americano, aumente a taxa de juros novamente neste mês.
Brian Coulton, economista-chefe da Fitch Ratings, disse que a desaceleração da inflação nos EUA em junho foi "realmente apenas um pequeno passo na direção certa".
O aumento da inflação nos EUA em junho foi impulsionado pelo aumento dos custos de moradia, segundo o governo.
Em contraste, os preços de carros e caminhões usados caíram — e também os de alimentos como carne de porco, leite e ovos.
Muitas famílias estão gastando mais no supermercado depois que a guerra na Ucrânia afetou o abastecimento global de alimentos.
Os números ressaltam o progresso relativamente rápido que os EUA fizeram na contenção dos aumentos de preços, especialmente em comparação com o Reino Unido, onde a inflação atingiu 8,7% no ano até maio, apesar de vários aumentos nas taxas de juros.
Danny Blanchflower, ex-membro do comitê de definição de taxas do Banco da Inglaterra e agora professor de economia em Dartmouth, disse que a economia dos EUA é mais ágil do que a do Reino Unido.
Ele disse que a economia britânica foi atingida pelo Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), o que tornou mais difícil para as empresas mudar as cadeias de suprimentos para alternativas de custo mais baixo.
Juros ainda altos
Nos EUA, o Federal Reserve elevou as taxas de juros de quase zero para 5% desde março de 2022, em uma tentativa de esfriar a economia e aliviar as pressões nos preços.
Os formuladores de políticas do Federal Reserve sinalizaram que provavelmente aumentarão as taxas novamente este mês e muitos esperam novos aumentos no final do ano.
As autoridades apontaram preocupações sobre o chamado núcleo da inflação. Essa medida elimina custos de alimentação e energia, que podem ter maiores variações mês a mês.
O núcleo da inflação tem mostrado sinais de estagnação em um ritmo que manteria a inflação acima da meta de 2%.
Mas os últimos dados oficiais dos EUA mostraram que o núcleo da inflação foi menor do que o esperado. Ele subiu apenas 0,2% entre maio e junho, o menor aumento desde agosto de 2021.
O núcleo da inflação desacelerou para 4,8% no ano até junho, ante 5,3% em 12 meses até maio.
As ações abriram em alta e o dólar caiu após o relatório, com os investidores apostando que isso sinalizava que o Fed seria capaz de parar de aumentar as taxas em breve.
Mas o empresário Paul Shmotolokha disse que sua empresa, a New Use Energy Solutions, com sede no Arizona, ainda está tendo dificuldades contra o efeito de aumentos de custos anteriores.
Paul disse que esses aumentos pressionaram sua empresa — que projeta e fabrica sistemas solares e de baterias — a aumentar os preços. Isso ocorre no momento em que o aumento do custo de vida significa que os clientes em potencial estão controlando seus gastos com mais cuidado.
BBC, 14/jul
Assinar:
Postagens (Atom)