No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,10%, vendida a R$ 4,9813.
O dólar inverteu o sinal e passou a cair nesta sexta-feira (18), depois de ter encostado nos R$ 5 durante a manhã. Investidores continuam repercutindo as últimas informações sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos e olhando com cautela para a economia chinesa.
Às 12h20, a moeda norte-americana caía 0,46%, cotada a R$ 4,9585. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,0015. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar encerrou o pregão com leve baixa de 0,10%, vendido a R$ 4,9813. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
- Altas de 1,59% na semana e de 5,34% no mês;
- Recuo de 5,62% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
No Brasil, não há grandes destaques na agenda econômica. Já no cenário político, a expectativa continua pela definição de quando o novo arcabouço fiscal, que traz regras para os gastos do governo, será votado na Câmara dos Deputados.
No exterior, o rendimento dos títulos públicos americanos recua neste pregão, depois de um dia de forte avanço na véspera, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) dizer que pode continuar subindo os juros na ata de sua última reunião.
Cauê Ribeiro Valim, analista de Alocação e Inteligência da Avenue, destaca que as taxas do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em 10 anos chegaram ao seu maior ponto desde outubro de 2022, justamente porque o Fed "mostrou que continua preocupado com a inflação".
Os investidores também estão na expectativa pela edição de 2023 do Simpósio de Jackson Hole, que começa na próxima semana. Esse é um dos eventos de economia mais importantes do mundo, que acontece todo ano nos Estados Unidos e reúne diversas autoridades e figuras importantes para discutir sobre os rumos da maior economia do mundo.
Além disso, o que pesa sobre os mercados hoje ainda é a preocupação com a China, que vem dando sinais de maior fraqueza na atividade econômica, com uma sequência de indicadores abaixo do esperado pelos especialistas.
Em meio a essa perspectiva de desaceleração da segunda maior economia do mundo, diversas empresas têm sofrido no país, com destaque para o setor imobiliário.
g1, 18/ago