Termelétricas foram contratadas em outubro de 2021, a preços altos. Processo de conciliação entre empresas e governo passou a ser mediado pelo TCU.
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (30) a renegociação dos contratos de três usinas termelétricas contratadas pelo governo na crise hídrica de 2021.
Segundo a Corte de Contas, a economia será de R$ 224 milhões para os consumidores de energia no período de vigência dos contratos.
As térmicas são do grupo BTG Pactual: Linhas Linhares, Povoação e Viana. Foram contratadas no Procedimento de Contratação Simplificada (PCS), em outubro de 2021.
O leilão foi realizado às pressas, quando as chuvas escassas reduziram o nível de geração hidrelétrica e colocaram em risco o suprimento de energia elétrica. O governo queria evitar racionamento no ano seguinte.
O certame determinava que as usinas entrassem em operação até 1º de maio de 2022, mas nenhuma das 14 termelétricas a gás natural conseguiu cumprir o prazo. Como resultado, acumularam multas milionárias.
Em dezembro do ano passado, o governo publicou diretrizes para a rescisão amigável desses contratos. No entanto, as empresas não demonstraram interesse em encerrar os acordos.
O processo passou então a ser mediado pela Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso) do TCU.
O acordo desta quarta-feira (30) é o segundo mediado pela Corte, depois da resolução de outro impasse do PCS: as térmicas flutuantes da empresa turca KPS.
Lais Carregosa, g1, 30/ago