Ontem, o principal índice da bolsa de valores caiu 0,50%, aos 115.592 pontos, no menor patamar desde junho.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, inverteu o sinal positivo visto pela manhã e operava em queda nesta quinta-feira (17). Investidores seguem repercutindo a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na véspera, além de monitorarem o noticiário econômico doméstico.
Às 12h41, o índice recuava 0,16%, aos 115.409 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 0,50%, aos 115.592 pontos, na 12ª queda consecutiva. Com o resultado, passou a acumular:
- Quedas de 2,10% na semana e de 5,21% no mês;
- Ganhos de 5,34% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
A falta de indicadores econômicos mais relevantes na agenda brasileira fazia com que os investidores continuassem a repercutir a ata do Fed, divulgada na véspera.
Segundo o documento "a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, o que pode exigir mais aperto da política monetária", sinalizando que os preços ainda estão em níveis elevados e que, para interromper o ciclo de altas, o comitê precisa enxergar sinais mais claros de desaceleração na inflação.
A ata também mostrou que as autoridades do Fed ficaram divididas em relação ao aumento estabelecido na última reunião, ocorrida em julho, que levou as taxas a um patamar entre 5,25% e 5,50%.
O documento ainda destacou que alguns membros da instituição começam a se preocupar com os impactos das altas dos juros na atividade econômica dos Estados Unidos e temem que isso cause danos aos empregos no país.
Essa divulgação fez os mercados globais encerrarem o dia no negativo ontem, por conta de uma maior aversão ao risco, além da migração para os títulos públicos americanos, que são considerados os mais seguros do mundo e, com juros mais altos, entregam rentabilidades maiores.
Ainda no exterior, os investidores seguem na expectativa por novas medidas do governo chinês para estimular a segunda maior economia do mundo.
g1, 17/ago