sexta-feira, 28 de junho de 2024
Parceria vai fomentar pesquisas sobre o mercado imobiliário
Pesquisadores terão acesso a dados sobre condomínios e contratos de aluguel.
O Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e a Loft firmaram parceria para a troca de dados e a realização de estudos sobre o mercado imobiliário. Os pesquisadores vinculados ao instituto terão acesso a informações fornecidas pela startup sobre condomínios e sobre cada imóvel por bairro e cidade, além de dados de contratos assinados. O objetivo é ajudar as imobiliárias a crescerem e ser um facilitador para compradores, vendedores ou interessados em aluguel.
Residencial no Jardim Oceânico
A Itten Incorporadora está lançando o seu oitavo residencial no Jardim Oceânico (Barra da Tijuca). O Haus tem 16 unidades, entre apartamentos de três quartos ou duas suítes, além de coberturas lineares de três suítes. O Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 30 milhões.
O Dia, 28/jun
quinta-feira, 27 de junho de 2024
Estratégia de vendas é fundamental para mercado imobiliário
Marcelo Groppo, especialista em vendas e marketing para construtoras, cita características essenciais aos corretores de imóveis.
De acordo com os dados coletados pela Pesquisa Secovi-SP 2023, ao longo do mês de outubro, apenas o estado de São Paulo registrou a comercialização de 6.973 unidades residenciais, destacando um número expressivo no volume de vendas.
Indo de encontro a este cenário, um material publicado pelo Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas reforça que o mercado imobiliário se tornou uma alternativa para o investimento popular, tendo potencial para retornos positivos aos seus investidores.
Marcelo Groppo, especialista em criação e execução de estratégias de vendas e marketing imobiliário para construtoras e sócio-proprietário da Ative-se Soluções Estratégicas explica que todas essas condicionantes são bastante conhecidas do estrategista imobiliário. “As condições em que o negócio acontece são relevantes, mas elas são apenas parte de uma complexa engrenagem que resulta no aperto de mão que ajuda a fechar o acordo”, orienta o gestor. “Isso passa pelo poder de convencimento do vendedor? Sim, mas há mais questões envolvidas”, complementa.
O especialista em criação enfatiza que a primeira característica de um bom corretor de imóveis é a motivação e que além disso, ele precisa ser resiliente e, cada vez mais, tornar-se um estrategista de mercado. “Usar como combustível o otimismo e a convicção de que as barreiras que levam ao sucesso podem ser quebradas. Já conheci pessoas que tinham uma oratória excelente, que sabiam como poucos a arte de negociar , mas que não tinham motivação suficiente para superar as adversidades. A motivação é a essência de um grande vendedor”, descreve.
Entretanto, adverte Marcelo Groppo, não basta ter motivação sem técnica. “Uma pessoa motivada, porém sem os conhecimentos necessários, está condenada a agir de forma errada todos os dias. A motivação tem de ser aliada ao domínio das técnicas, que passa por entender as necessidades do cliente e a usar estratégias de persuasão para convencê-lo”, pontua o estrategista imobiliário.
Unindo motivação e conhecimento é que torna possível elaborar estratégias que levem a resultados satisfatórios. “Não se pode perder o resultado do foco. Isso é fundamental, tão importante quanto os outros pontos, porque é o termômetro da eficácia de tudo o que foi elaborado para se chegar àquilo. Estratégias ruins geram resultados ruins. E se o resultado foi ruim, algo feito anteriormente não foi feito corretamente”, aponta.
O estrategista imobiliário ainda alerta que há mais elementos envolvidos nessa engrenagem até o sucesso, mas garante que é possível capacitar pessoas para alcançar todas as condições necessárias para vencer. “Uma pessoa que tenha domínio técnico e habilidades específicas precisa apenas de motivação para alcançar os resultados com que sonha", sinaliza Groppo.
Em seu currículo, o proprietário da Ative-se alcançou mais de R$5 bilhões em valor geral de vendas nos últimos 8 anos através de suas estratégias para construtoras. Ele já palestrou para mais de 50 mil profissionais em 109 cidades, contribuindo para transformar o próprio mercado imobiliário.
O Globo, 27/jun
quarta-feira, 26 de junho de 2024
Os condomínios feitos sob medida para a fatia da população que mais cresce
Transformação demográfica do país impulsionou incorporadoras a criar condomínios com facilidades e serviços especiais.
O Brasil vem passando por uma transformação demográfica acelerada. Indicadores de envelhecimento da população aceleraram para níveis recordes, e pessoas de 65 anos ou mais já representam 10,9% do total de habitantes no país —dos 203,1 milhões de brasileiros, 22,2 milhões estão nesta faixa etária.Em breve, seremos uma nação de cabelos brancos. Segundo projeções do IBGE, o país terá mais idosos do que jovens em 2060.
Essa realidade faz com que muitas empresas comecem a se voltar para o potencial e as preferências desse público. Afinal, parte considerável dessas pessoas ultrapassa a faixa de 50 anos em boas condições físicas e financeiras — e querem aproveitar a vida, seja viajando, passeando ou consumindo. O mercado imobiliário faz parte dessa onda. Exemplo disso são as incorporadoras que vêm desenvolvendo empreendimentos voltados para a terceira idade, num movimento chamado de “senior living”.
“Senior living” está longe de ser uma residência para idosos, como os asilos de antigamente. É uma espécie de combinação de mercado imobiliário e hospitalidade com cuidados especiais pensados para atender pessoas que precisam de atenção mais diferenciada. Os imóveis voltados para as pessoas acima dos 65 anos têm plantas amplas, com banheiros grandes e voltados principalmente para acessibilidade. A tecnologia também é um diferencial. As unidades de “senior living” contam com botões de segurança para acionamento em caso de emergência, por exemplo, e automação de diversos eletrodomésticos para facilitar o dia a dia do condômino. Outra particularidade é que dificilmente um apartamento desse tipo tem apenas um dormitório, pois a ideia é que possa haver um cômodo também para acomodar algum auxiliar ou parente que acompanhe o idoso
A localização de um empreendimento voltado para a terceira idade precisa também ser planejada. O ideal é que seja perto de clínicas e em um bairro mais tranquilo. Porém, não é porque a pessoa passou dos 65 anos que precisa que a vida seja um marasmo e apenas com foco nos cuidados médicos. Além de uma equipe de saúde disponível 24 horas, os edifícios oferecem também uma vasta programação planejada para seus moradores. A programação inclui passeios culturais, encontros semanais e áreas sociais que permitem exercícios com total segurança.
Aqui no Brasil essa modalidade de moradia ainda está muito recente. A Cora, um dos “senior livings” do país conta com cinco unidades situadas em São Paulo. Elas possuem suítes individuais, duplas ou triplas, refeitórios, áreas de convivência e espaços dedicados à saúde. Quem está morando lá possui toda a liberdade de sair para suas próprias atividades sociais e também pode receber visitas da família 24h por dia.
Como ainda o desenvolvimento desses projetos no mercado nacional está tímido, os empreendimentos estão sendo adaptados para atender não apenas os idosos como também pessoas portadoras de necessidades especiais, ainda que de forma provisória, como é o caso de quem passa por cirurgias e precisa morar em um ambiente mais adaptado e acessível até a sua recuperação.
Está claro que no Brasil existe espaço no mercado para empreendedores que busquem auxiliar uma vida dependente ou independente dos idosos. Para que esse investimento fique mais interessante, o ideal é operar em escala. Trazer operadores responsáveis por cada área é uma forma possível de trazer eficiência e padronização nos serviços.
Veja Mercado, 26/jun
terça-feira, 25 de junho de 2024
Uso do FGTS para a compra da casa própria turbina a construção civil no Brasil
O financiamento de imóveis chegou ao montante de R$ 250,7 bilhões no país em 2023, crescimento de 4% sobre 2022.
Cada vez mais brasileiros estão buscando financiamento para a compra da casa própria, principalmente com a ajuda do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O financiamento de imóveis chegou ao montante de R$ 250,7 bilhões no Brasil em 2023, crescimento de 4% sobre 2022, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O desempenho foi impulsionado pelos financiamentos com o uso do FGTS, que dispararam 59% em 2023.
O valor total de empréstimos para a compra de imóveis no ano passado perde apenas para o número de 2021, quando a quantia foi de R$ 255 bilhões. Para 2024, a estimativa da Abecip é de um novo recorde, com cerca de R$ 259 bilhões, o que representaria um aumento de 3% em relação ao ano passado. Um dos motivos para esse otimismo é a retomada do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, que oferece juros mais baixos para a população de baixa renda comprar apartamentos econômicos.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, o mercado imobiliário está aquecido desde o início da pandemia. E esta situação deve continuar neste ano.
“O ano de 2020, o primeiro da pandemia, foi um ano-chave para o setor imobiliário porque as pessoas ficaram mais tempo em casa e ressignificaram o valor do imóvel. A casa própria sempre foi muito importante para a família brasileira, mas eu diria que a partir da pandemia as famílias deram ainda mais atenção para o seu lar. Se a gente for lembrar bem, era o único lugar onde a gente se sentia seguro para tirar a nossa máscara. Então o mercado explodiu e 2020, 2021, 2022 e 2023 foram os quatro melhores anos da história do setor. A gente tem lançado e vendido um número recorde de unidades nesse período”, destaca Michel.
Vagas de emprego na construção civil
O aquecimento do mercado da construção civil também se reflete no número de vagas de trabalho no setor. “Durante a crise sanitária, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a construção civil saiu de um patamar de 1,95 milhão de trabalhadores com carteira assinada no país e para 2,75 milhões. Ou seja, nós agregamos somente no período da pandemia 800 mil novos trabalhadores no setor”, afirma o presidente do Sinduscon-MG.
Atualmente, a construção civil é o segmento da economia com mais postos de trabalho à disposição no Sistema Nacional de Empregos (Sine) em Minas Gerais. São 1.031 vagas de emprego para servente de pedreiro. E o mercado de trabalho não exige experiência para muitas delas, pois está difícil encontrar profissionais e as empresas do setor oferecem capacitação para os interessados.
“Faltam profissionais não só para serventes, mas para todas as funções da obra, como pedreiro, carpinteiro, armador, eletricista, encanador. Todas as empresas estão com muita dificuldade na contratação de profissionais. A gente sabe que essa dificuldade acontece também em outros setores, mas eu acho que na construção civil é mais grave ainda pelo pelo nível de atividade do setor nos últimos anos, foi um segmento que cresceu muito e ajudou demais o Brasil na retomada econômica”, diz Michel.
Na avaliação do presidente do Sinduscon-MG, o setor enfrenta duas grandes dificuldades para a contratação da mão-de-obra. Em primeiro lugar, a concorrência dos aplicativos de transporte executivo, como Uber e 99, e dos apps de entrega de comida, como o iFood. Além disso, ele cita também o Bolsa-Família, que paga um valor mínimo de R$ 600 por mês para cada brasileiro de baixa renda e leva muita gente a preferir receber esta quantia e fazer “bicos” do que trabalhar com carteira assinada. Mas Renato Michel garante que a construção civil tem ótimos benefícios para seus empregados.
“A construção civil hoje é um setor que paga um salário inicial acima da média e tem vários benefícios. Aqui em Belo Horizonte, por exemplo, a gente oferece cesta básica, seguros e uma série de vantagens para melhorar a vida do nosso trabalhador”, explica.
O Tempo, 25/jun
segunda-feira, 24 de junho de 2024
Maior "imobiliária" do Brasil, SPU programa liberar milhares de terrenos para obras e mercado imobiliário
Decisão do governo de se desfazer de imóveis pode render boas oportunidades de "reuso" desses imóveis. Especialmente se abrir a possibilidade de o setor privado ajudar.
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) está botando placa de vende-se em mais de 700 imóveis sob guarda da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) que se fosse uma empresa de mercado poderia ser considerada a maior imobiliária do Brasil pela quantidade de propriedades que foi recebendo ao longo dos anos que hoje estão sem uso de em grande parte até invadidos por ocupações irregulares.
Quando as pessoas falam em imóveis da União, as pessoas normalmente relacionam as propriedades que o governo recebeu de quem contraiu dívidas com a União e que pagou com essas propriedades. Em grande parte fruto de decisão judicial de desapropriação mesmo. O INSS é naturalmente o dono do maior número de imóveis para quem não quer dizer que esteja sentado em cima de uma botija de ouro. A maioria é tranqueira que vai dar um trabalho danado para poder voltar a ser usado. Mas tem coisa boa.
Liberar imóveis
O fato novo é que o governo agora se dispõe a organizar a papelada, editar decretos administrativos e botar esses imóveis no mercado público e privado. Sabendo que a entrega de imóvel público no Brasil normalmente é feito via cessão ou direito de uso, o que mantém a propriedade com a União. Agora através de um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) dos imóveis não operacionais do INSS, que vai aprimorar a gestão desse patrimônio.
O Governo está dizendo que a Secretaria do Patrimônio da União agora vai deixar de ser uma autarquia que acumula documentos de propriedade para virar uma instituição que busca encontrar usos para esses imóveis. O Imóvel da Gente pretende atuar como catalisador para significativas mudanças na gestão do patrimônio imobiliário federal. Tomara.
Desfazer problemas
Não vai ser simples, mas pode render boas oportunidades de “reuso” desses imóveis. Especialmente se abrir a possibilidade de o setor privado ajudar. Uma coisa é o valor de avaliação. Outra é o valor real de vendas. Aceitar receber menos por um imóvel se avaliado por uma consultoria séria significa mudar paradigmas e sair do hábito de achar que o setor privado se aproveita do estado.
Se o comitê interministerial avançar numa metodologia de negociação com o setor imobiliário privado podemos ter boas surpresas. Se ficar preso à velha bruxaria, o máximo que vai conseguir é liberar imóvel para o próprio setor público. É bom, mas não avança muito da atitude de se levar do o setor público não usa mais.
JC Negócios, 24/jun
sexta-feira, 21 de junho de 2024
Construtoras preparam-se para retomar oferta de ações
Estimativas conservadoras apontam que poderão ser movimentados cerca de R$ 4,5 bilhões, mas ofertas são esperadas só para o segundo semestre.
Incorporadoras que haviam anunciado em 2020 e 2021 o interesse em fazer uma oferta pública de ações (IPO) aguardam a “reabertura” do mercado para retomar os planos, com o objetivo de financiar um movimento de expansão. A expectativa é que uma dezena de empresas possa lançar ações ou realizar ofertas subsequentes (“follow-on”). Estimativas conservadoras apontam que poderão ser movimentados cerca de R$ 4,5 bilhões.
Essas ofertas, no entanto, só são esperadas para o segundo semestre. “Ainda precisamos ver mais cortes na taxa de juros, no Brasil e nos Estados Unidos, principalmente”, diz Pedro Costa, responsável pela área de mercado de capitais do Santander.
Valor Econômico, 21/jun
quinta-feira, 20 de junho de 2024
IA aponta estados brasileiros com maior crescimento na construção civil
Grandes expectativas cercam o crescimento da construção civil em nosso país este ano, principalmente, graças ao avanço de tecnologias importantes para o melhor desempenho contínuo do setor – como a Inteligência Artificial. Provando essa afirmação, um estudo conduzido pela Prospecta Obras, empresa de análise de dados especializada em mapeamento de obras, identificou as regiões brasileiras com maior crescimento do segmento em 2024 através de seu algoritmo pautado na IA, que analisa os canteiros em andamento no território fornecendo, assim, dados analíticos e precisos sobre o setor.
Fundada em 2008, a startup desenvolveu a tecnologia para identificar as obras em fase de início, andamento e finalizadas em qualquer região do Brasil, de forma que consigam entender aspectos mercadológicos essenciais ao envolvidos nos projetos, além de promover informações extremamente relevantes para quem atua no segmento.
"Hoje, somos capazes de identificar padrões de construções em todo o país, áreas em desenvolvimento, valores investidos, profissionais e empresas atuantes, crescimento ou decrescimento do mercado, tendência e projeções que contribuem para o melhor desempenho dos canteiros", explica seu fundador, Wanderson Leite.
Analisando todo o território brasileiro, os dados colhidos na pesquisa conduzida pela Prospecta Obras, através de seu algoritmo, identificaram que o Centro-Oeste é a região que apresentará o maior crescimento no setor este ano – na estimativa de 7,8%. Sua liderança na lista será impulsionada, principalmente, nas cidades do interior, segundo Leite, onde a abertura de novos condomínios de alto padrão e bairros estão alavancando um número acentuado de novas obras. Mato Grosso, como exemplo, é responsável por cerca de 17% do VBP agropecuário brasileiro, o que torna a região um celeiro de novas oportunidades, empregos e geração de renda, aumentando consideravelmente o número de novas moradias locais.
Todavia, se por um lado, o centro-oeste é a região que, percentualmente, apresentou o maior crescimento, o Sudeste, de longe, apresenta o maior volume em construções do Brasil – ocupando o segundo lugar na lista das que mais tenderão a crescer este ano, em torno de 7%. "Todo a região terá muitas obras em andamento em 2024, principalmente, as de 150 e 250 metros quadrados nos municípios interioranos, onde o custo de vida é 50% menor do que nas grandes cidades do local. Essa movimentação será fortemente benéfica para a geração de empregos, aumento na venda de materiais e para o crescimento regional em si", complementa.
Outro destaque no Sudeste vai para as obras verticais, empreendimentos que, em 2023, foram implementados em 424 novos condomínios na capital paulista, de acordo com o estudo. Em 2024, a expectativa é que essa quantia seja dobrada – favorecida, dentre tantos aspectos, pela projeção de aumento no volume de crédito de 8,1%, segundo a Febraban, contribuindo para um aquecimento ainda maior deste mercado.
Já o Sul do país, por sua vez, é uma verdadeira potência quando se fala em agro e indústrias. Em 2023, a região registrou mais de 300 mil projetos de construção, com meta de que continue crescendo este ano, na faixa dos 4,5%. Como exemplo, os projetos de reforma aumentaram 38% no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina devido às fortes chuvas e alagamentos que afetaram estes estados em 2023.
Além disso, Florianópolis é a terceira capital brasileira com maior elevação no preço dos imóveis, o que torna essa região bastante atrativa no mercado. "A dica para quem quer investir lá, é olhar para cidades satélites, que estão bem próximas às capitais, as quais apresentaram crescimento de 34% em novas obras nos três estados", ressalta Leite.
Em contramão a todos estes tamanhos resultados, o Norte e Nordeste foram os que apresentaram desaceleração no crescimento do setor, tendo ficado abaixo do esperado mesmo com um crescimento do número de novas obras locais. Apesar disso, as projeções para este ano também são positivas – com destaque para o programa Minha Casa Minha Vida, que deve elevar o número de novas obras nas regiões. De todos, os estados do Maranhão, Tocantins e Ceará estão à frente, liderando no que se refere ao crescimento do setor.
O mercado de construção civil é um dos maiores do Brasil, levando em consideração vários nichos na hora de apontar o crescimento total do PIB do segmento. Mesmo que, muitas vezes, o acúmulo de estoque de imóveis verticais indique um crescimento abaixo do esperado do mercado, o número de novos projetos horizontais em andamento vão na direção oposta – o que ressalta a importância de fazer uma avaliação bem mais completa e complexa desse mercado.
Por isso, a tecnologia de mostra como uma aliada indispensável destes profissionais, para que tenham a maior assertividade possível nas obras e consigam, através de dados robustos, utilizá-los favoravelmente ao crescimento do setor. "Essa é a nossa proposta na Prospecta Obras. Temos a certeza de que a IA é uma das ferramentas mais poderosas para transformar a construção civil, e focaremos em aperfeiçoá-la constantemente para levar informações seguras aos envolvidos, solidificando cada vez mais o relacionamento entre quem constrói e quem vende material para construção", finaliza.
TI Inside, 20/jun
quarta-feira, 19 de junho de 2024
Veja alternativas na renda fixa após mudança em LCI e LCA
Segundo especialistas, porém, as letras seguem atrativas e não devem ser abandonadas por completo.
No início de fevereiro, o governo federal alterou as regras para novas emissões de LCAs e LCIs (letras de crédito do agronegócio e imobiliário), de modo a aumentar o prazo mínimo de resgate e a reduzir as opções de lastro desses instrumentos.
O objetivo é aumentar a arrecadação da União, reduzindo as possibilidades de utilização, tanto por emissores como investidores, desses instrumentos que são isentos de Imposto de Renda. Mudanças semelhantes também foram aplicadas a CRAs e CRIs (certificado de recebíveis imobiliários e do agronegócio).
Agora, os instrumentos de captação terão que ser diretamente vinculados aos setores a que se destinam, sem que empresas que não são do setor emitam os papéis, como aconteceu no passado com o CRA da operadora do Burger King no Brasil, emitido para financiar a compra de hambúrguer da JBS pela rede de fast food.
Segundo especialistas, o resultado deve ser uma menor oferta desses produtos pela redução no escopo de possíveis emissores. Além disso, o aumento no prazo de vencimento pode gerar uma remuneração maior dos papéis.
"Mas não deve haver uma mudança drástica nas taxas, pelo produto já ter vantagens em relação ao restante do mercado", afirma Eduardo Dotta, professor de direito do mercado financeiro de capitais do Insper.
Além da isenção de IR, LCIs e LCAs têm proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) em caso de calote do emissor.
Os produtos que foram emitidos até 31 de janeiro de 2024, com a regra antiga, devem se valorizar no mercado secundário, diz Dotta, o que pode tornar a venda para terceiros, antes do prazo de resgate, atrativa.
Mudanças nas LCIs e LCAs
No caso de LCIs, o prazo mínimo de carência passou de 90 dias para 12 meses. As letras imobiliárias corrigidas mensalmente por algum índice de preço, como o IPCA, continuam com vencimento mínimo de 36 meses.
Para as LCAs, o mínimo de três meses passou para 12 meses, quando a letra for atualizada por índice de preços, e para nove meses nos demais casos.
Os maiores prazos de resgate inibem a utilização desses instrumentos por empresas que precisam proteger seus caixas da inflação por um curto período, sem pagar impostos. O mesmo vale para investidores que utilizavam os instrumentos como reserva de emergência.
Nesse caso, as alternativas de grau de risco semelhante são CDBs de bancos grandes, que remuneram cerca de 100% de CDI (que acompanha a Selic), fundos de renda fixa e Tesouro Selic, todos com liquidez diária e cobrança de IR.
Para quem não precisa utilizar o dinheiro aplicado no curtíssimo prazo, LCIs e LCAs continuam muito vantajosas aos investidores, dizem analistas.
"Será que o investidor precisa mesmo mudar e substituir [as letras por outros produtos]? A mudança no prazo não é drástica", diz Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças.
Segundo levantamento de Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank, tais letras são uma das opções mais rentáveis na renda fixa atualmente. Com a média praticada pelo mercado, de 96% do CDI, ele calcula que os três produtos teriam uma rentabilidade líquida real, ou seja, descontando IR e a inflação estimada, de 5,55% nos próximos 12 meses.
A projeção já inclui a queda da Selic precificada pelo mercado. Hoje, a taxa básica de juros está em 11,25% e a previsão é que termine 2024 a 9%. Na média, o juro para os próximos 12 meses ficaria em 10,09%, calcula Haddad.
Os 5,55% oferecidos, em média, pelas letras superam a rentabilidade líquida real de 3,84% da poupança e de 4,22% do Tesouro Selic com vencimento em 2027, ambos de liquidez diária.
Para se aproximar da taxa ofertada pelas letras, é preciso buscar instrumentos sem resgate a qualquer momento, como é o caso de CDBs prefixados com juros anuais de 11,20%.
Ou, então, ir para produtos mais arriscados, como CDBs de bancos médios e pequenos, que pagam 112% do CDI ao ano, e debêntures incentivadas (com isenção de IR), cuja rentabilidade é semelhante à das letras, mas os prazos e os riscos de calote são maiores.
"Agora, a liquidez tornou-se um balizador importante. O investidor vai ter que ter mais sabedoria para diversificar", diz Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças.
Ele recomenda adicionar à carteira ETFs (fundos de índice) de treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos), que são negociados na Bolsa de Valores da mesma forma que ações. "Além da valorização do título, você pode ganhar na alta da moeda americana", diz.
Outro instrumento indicado pelo especialista são os fundos multimercado, que combinam diversos tipos de ativos de renda fixa e variável.
Mas não há no mercado instrumentos exatamente equivalentes às LCIs e LCAs. "Todo produto isento de IR com a nossa taxa de juros é maravilhoso. É difícil achar um produto como esse fora do Brasil", diz Glaciano.
Folha de São Paulo, 19/jun
terça-feira, 18 de junho de 2024
O charmoso Humaitá é redescoberto pelo mercado imobiliário
Cercado por Botafogo, Jardim Botânico e Lagoa, o bairro voltou ao foco do setor e vai ganhar três novos projetos.
O sucesso dos lançamentos imobiliários em Botafogo jogou luzes sobre um vizinho discreto que também começa a ser disputado pelas incorporadoras: o Humaitá. O charmoso bairro — que tem casarões antigos e ruazinhas arborizadas, um polo gastronômico e a Cobal, com bares, restaurantes, hortifrúti e supermercado —ganhará três residenciais nos próximos meses. E mais: dois deles darão vida nova a construções antigas cujo destino parecia incerto.
Um deles é o Hum, que a Tao Empreendimentos vai erguer no terreno onde funcionou o Colégio Padre Antônio Vieira, e outro é o retrofit do prédio de 18 andares que durante anos abrigou a RioUrbe e a MultiRio, dois órgãos da prefeitura, que está sob o comando da Fator Realty. O terceiro faz a estreia da Soter Engenharia, fundada em Niterói há mais de meio século, em terras cariocas: o Visi será um condomínio de luxo de apenas 20 unidades.
Com cerca de 13 mil habitantes, segundo o IBGE, o Humaitá é uma pequena joia cercada por Botafogo, Jardim Botânico e Lagoa, que, pelas montanhas, faz fronteira com o Alto da Boa Vista, Copacabana e Santa Teresa. Seu nome homenageia os seis homens que conseguiram ultrapassar a Fortaleza do Humaitá, uma instalação militar paraguaia até então tida como inexpugnável, durante a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Por muitos anos, o bairro também pareceu impenetrável ao assédio das incorporadoras. Mas, como sugerem os novos lançamentos imobiliários, esse tempo ficou no passado, e o Humaitá começa agora a ser desbravado.
— O Humaitá sempre me encantou por ser um bairro que mantém viva a História da cidade, além de ter comércio farto, boas escolas e hospitais. A localização privilegiada pode ser considerada a interseção da Zona Sul. Ali se está perto de tudo — comenta a presidente da Tao, Tanit Galdeano.
O Hum, que combina estilo contemporâneo e traços clássicos, terá 92 unidades de dois e três quartos, dois terraços com áreas de lazer e vista para o Cristo Redentor. A casa tombada, onde funcionou o colégio, será restaurada e vai abrigar um espaço de uso comum.
O Visi também aposta na demanda dos consumidores de alto padrão por esse bairro tão especial da Zona Sul e oferecerá apenas 20 unidades de três ou quatro quartos. O lazer ficará no rooftop para que os futuros moradores desfrutem a vista panorâmica do Cristo , de um lado, e do Pão de Açúcar, de outro.
— O terreno no Humaitá foi uma grande oportunidade em um de nossos melhores momentos. Graças à localização, o projeto tem atraído novos moradores e investidores de outros estados e países —diz o vice-presidente da Soter, Julio Kezem.
Sem garagem
A Fator Realty — que tinha forte atuação na cidade até os anos 1980 e depois optou por investir em Salvador (BA) e Recife (PE) — teve a oportunidade de voltar a incorporar no Rio de Janeiro e chega ao Humaitá com o First, um residencial de 157 unidades divididas em quatro tipos de plantas diferentes: de estúdios a dois quartos com áreas de 32 e 79 metros quadrados. O condomínio terá dois espaços de lazer, no meio do prédio e na cobertura, somando 1,2 mil metros quadrados.
— Um estudo de viabilidade que fizemos nos levou a optar por um projeto sem garagem. Pode parecer ousado, mas já vendemos mais da metade das unidades — diz o diretor executivo da Fator, Tiago Miranda.
O First evidencia os encantos do bairro, que merecem ser descobertos, como pontua o arquiteto Fernando Costa, da Cité Arquitetura, responsável, ao lado do sócio Celso Rayol, pelos projetos do Visi e do Hum.
— Em uma cidade de recantos como o Rio, encravada entre o mar e a montanha, o Humaitá é uma espécie de lugar secreto. Fora do vai e vem da Rua do Humaitá, sua principal via de acesso, há trilhas, vielas e casarões históricos. O bairro esconde verdadeiros tesouros, como o Parque do Martelo, um reduto verde aos pés do Redentor. Essa é a essência do Humaitá, um refúgio em meio ao burburinho urbano, marcado pelo verde e pelo silêncio de ruas bucólicas.
ADEMI News, 18/jun
segunda-feira, 17 de junho de 2024
10 cidades com imóveis mais caros do Brasil
A infraestrutura e a localização são fatores determinantes no valor do metro quadrado.
A busca pelo imóvel ideal é influenciada por vários fatores. Quanto mais infraestrutura e melhor localização um imóvel oferece, maior tende a ser o preço por metro quadrado. Regiões-chave do país, que combinam apelo turístico com centros financeiros, tornam a busca por moradia ainda mais desafiadora.
No Brasil, bairros nobres, principalmente na cidade do Rio de Janeiro e São Paulo e no estado de Santa Catarina, estão se valorizando. “Temos Ipanema e Leblon com preços cada vez maiores. Ainda, o centro e a Barra Sul de Balneário Camboriú, acompanhado por Itapema, mostram uma tendência do Sul do país em aumentar o preço dos imóveis. São Paulo também tem preços altos, até bairros como Itaim Bibi têm mostrado preços cada vez mais onerosos”, afirma o corretor de imóveis Rafael Scodelario.
Fatores que interferem nos preços
De acordo com Rafael, a dinâmica de oferta e procura também contribui para o incremento nos preços. “Locais como no litoral catarinense foram impulsionados por cidades turísticas, que estão passando por um boom imobiliário. Até mesmo cidades próximas dos polos de turismo estão crescendo devido à falta de terrenos e imóveis, impulsionadas pela limitação do espaço físico”, acrescenta.
Conforme os dados do Índice Fipe ZAP liberados em fevereiro de 2024, o valor médio do metro quadrado no Brasil é de R$ 8.750. O relatório ainda indica um aumento imobiliário de 5,19% nos últimos 12 meses.
Cidades com imóveis mais caros
Veja, a seguir, as cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil.
1. Balneário Camboriú (SC) – R$ 12.822 por m²
Segundo o corretor, em Santa Catarina os imóveis estão cada vez mais em alta. Balneário acumula uma valorização imobiliária de 9,46% nos últimos 12 meses. Desde 2018, a valorização foi de 82%. É uma cidade turística, com empreendimentos mais novos que o de outras grandes cidades e tem leis que autorizam a construção de arranha-céus à beira-mar. Cidades litorâneas têm um espaço limitado e existem mais pessoas querendo morar nelas do que a quantidade de imóveis disponíveis, o que faz com que o preço aumente.
2. Itapema (SC) – R$ 12.660 por m²
Itapema é uma das cidades mais buscadas para investir no estado de Santa Catarina. Ela conta com quase 76 mil habitantes, porém alcança 1 milhão de turistas durante a temporada de verão. Os imóveis à venda na cidade valorizaram 19,42% no último ano. Uma das razões do crescimento tem a ver com o crescimento de Balneário Camboriú.
“Enquanto os preços da cidade aumentaram, os investidores passaram a buscar outras opções próximas, como Itapema e Porto Belo. Com oito praias ao longo de uma orla de 14 quilômetros, a cidade já tinha um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0.796 em 2010. A baixa violência e a qualidade de vida atraem novos moradores”, explica Rafael.
3. Vitória (ES) – R$ 11.013 por m²
O mercado imobiliário de Vitória é ainda muito restrito. A demanda supera a oferta e isso faz com que o valor aumente. Há poucos terrenos e imóveis disponíveis para venda, e tudo isso impacta no valor. Entre as capitais do Brasil, ela é uma das menores, com pouco espaço físico para crescer. Imóveis em bairros nobres chegam a custar o mesmo que nos endereços mais valorizados e procurados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
4. Florianópolis (SC) – R$ 10.833 por m²
Com belezas naturais, segurança e qualidade de vida elevada, a Ilha da Magia possui um mercado imobiliário altamente valorizado. Desde áreas mais afastadas, como a Lagoa da Conceição e praias de difícil acesso, até praias movimentadas pelo turismo, a região abriga variados tipos de serviços e comércios.
O valor médio do metro quadrado na capital acumulou nos últimos 12 meses a valorização de 11,77%. Dados do Programa das Nações Unidas mostram que a cidade é a capital brasileira com o melhor IDH do país, com diversas oportunidades de empregos, já que é conhecida como um polo tecnológico do Brasil.
“É uma das menores capitais do país, com poucas opções de locais para construção. Por ser uma ilha com 42 praias, a maior parte da cidade é área de Preservação Ambiental, com o percentual destinado a construções quase completo. A escassez de espaço e a alta demanda tornam o metro quadrado da capital como um dos mais caros do país”, destaca Rafael.
5. São Paulo (SP) – R$ 10.703 por m²
São Paulo tem cerca de 11,4 milhões de habitantes e está no ranking das cidades mais populosas do mundo. É considerada o centro financeiro e urbano do Brasil. Por isso, comprar um imóvel lá não é tão barato assim. O acumulado em 12 meses para a capital paulista foi de 4,68%.
“Além disso, a cidade está passando por múltiplas transformações urbanas que influenciam o mercado. A revitalização de algumas áreas, a construção de novas vias expressas e a implantação de linhas de metrô e trens ainda impactam no valor. A capital cresce cada vez mais e atrai mão de obra de todas as cidades do país, aumentando a concorrência pelos imóveis residenciais”, acrescenta o especialista.
6. Itajaí (SC) – R$ 10.624 por m²
Alguns fatores favorecem a valorização dos imóveis em Itajaí. O desenvolvimento econômico da região, com destaque para os setores portuário, pesqueiro, industrial e turístico, gera empregos e atrai investimentos, aumentando a demanda por moradia. Além disso, a qualidade de vida oferecida, com boa infraestrutura urbana, serviços de saúde e educação, torna a cidade atrativa para famílias e investidores em busca de um ambiente propício.
7. Rio de Janeiro (RJ) – R$ 9.986 por m²
A cidade maravilhosa também apresenta uma valorização imobiliária constante. Os preços elevados dos imóveis no Rio de Janeiro podem ser atribuídos a diversos fatores. Conhecida internacionalmente por suas praias deslumbrantes, montanhas e clima tropical, possui uma localização privilegiada e beleza natural incomparáveis. Isso faz com que áreas próximas à praia, como Copacabana, Ipanema e Leblon, sejam altamente valorizadas.
Além disso, é uma das cidades mais populosas do Brasil e um importante centro econômico, o que atrai uma grande demanda por moradia. Isso resulta em uma competição acirrada por imóveis, elevando os preços. “A oferta limitada de terrenos devido à topografia acidentada da cidade e às restrições ambientais também contribui para a escassez de imóveis disponíveis, o que aumenta ainda mais os valores no mercado imobiliário carioca. Nos últimos 12 meses, a cidade apresentou uma valorização imobiliária de 1,41%. Por menor que pareça, os preços de imóveis já eram altos no local”, esclarece o corretor.
8. Barueri (SP) – R$ 9.912 por m²
Os imóveis em Barueri são valorizados por uma série de razões. Primeiramente, sua localização estratégica na região metropolitana de São Paulo, oferecendo proximidade com a capital e acesso facilitado a importantes centros comerciais e empresariais, contribui para a alta demanda por moradias na região.
Além disso, a cidade possui uma infraestrutura bem desenvolvida, com boa oferta de transporte público e uma gama de serviços. Está entre as 100 melhores metrópoles do país para morar. Considerada a cidade inteligente do Brasil, o município foi o único representante brasileiro dentre os 36 reconhecidos pelo prêmio internacional “Cidades e Assentamentos Humanos Sustentáveis” em 2018.
9. Curitiba (PR) – R$ 9.122 por m²
Curitiba, a capital do Paraná, conhecida pela beleza e arborização, também é lembrada pelos altos preços. A localização privilegiada da cidade desempenha um papel fundamental. É um município bem-planejado, com boa infraestrutura e acesso facilitado a serviços essenciais, o que valoriza os imóveis nessas regiões.
Além disso, o desenvolvimento econômico da cidade contribui para a alta demanda por moradia. Com uma economia diversificada, incluindo setores como serviços, comércio, tecnologia e indústria em crescimento, Curitiba atrai investidores e profissionais em busca de oportunidades, aumentando ainda mais a pressão sobre os preços dos imóveis.
“A cidade oferece uma alta qualidade de vida, com boas opções de lazer, cultura, educação e saúde, o que torna a cidade altamente atrativa para moradores em busca de conforto e bem-estar. Ela tem o título de capital ecológica por conta da grande quantidade de áreas verdes distribuídas pelas ruas. Com os imóveis cada vez mais procurados no município, a valorização imobiliária foi de 6,97% nos últimos 12 meses”, acrescenta o profissional.
10. Brasília (DF) – R$ 9.010 por m²
Os preços elevados dos imóveis no Distrito Federal podem ser atribuídos a diversos fatores. Como sede do Governo Federal e capital do país, Brasília é uma cidade estratégica e importante centro político, administrativo e econômico. Isso resulta em uma demanda contínua por moradia, tanto por parte de funcionários públicos quanto de profissionais de diversos setores que buscam oportunidades na região.
Além disso, o Distrito Federal possui uma economia diversificada, com destaque para os setores de serviços e tecnologia, o que contribui para a atratividade da cidade e aumenta a demanda por imóveis. A oferta limitada de terrenos e o planejamento urbano rigoroso também influenciam os preços, já que a expansão urbana é controlada e há uma concentração de áreas de alta valorização.
ADEMI News, 17/jun
sexta-feira, 14 de junho de 2024
Apartamentos compactos se consolidam no mercado imobiliário
Espaço planejado e facilidades em local estratégico tem atraído cada vez mais clientes.
De acordo com uma pesquisa da Secovi, o modelo de apartamentos compactos alcançou o maior número de lançamentos dos últimos anos, chegando a 16,3 mil lançamentos em 2022 somente na cidade de São Paulo, um aumento de 3.427% em relação a 2016.
Além da busca pela oferta de serviços, o menor custo e principalmente um local que ofereça logística com fácil acesso ao local de trabalho e estudo, os microapartamentos se tornaram populares por entregar comodidades no próprio condomínio como espaços de coworking, lavanderia e espaço pet.
"Os microapartamentos são os preferidos entre os que optam por morar sozinhos, que priorizam praticidade, menor custo de manutenção e escolhem morar em localização estratégica, em relação à oferta de serviços", disse Fernando Silva, gerente da 17 Imóveis.
Mas, de acordo com Fernando Silva, a escolha de apartamentos compactos vai muito além da busca por um local prático. "Microapartamentos também são ótimos quando se trata de investir no mercado imobiliário. Eles têm um custo final muito mais em conta do que um imóvel de maior metragem, entregando alta rentabilidade e liquidez para quem pretende diversificar o patrimônio", disse o gerente da 17 Imóveis, uma plataforma online que tem o objetivo de ser uma alternativa para quem busca simplificar o processo de intermediação de compra, venda e aluguel, aliando tecnologia com experiência personalizada.
Tendência consolidada
Para Fernando Silva, a tendência de moradia dos microapartamentos surgiu como resultado de mudanças sociais e comportamentais, e "começou a ganhar espaço na preferência dos consumidores sendo impulsionada pelo crescimento populacional das grandes cidades e a diminuição do tamanho das famílias".
Com o aumento da procura, os lançamentos se multiplicaram e muitas imobiliárias abriram espaço em seu portfólio para os apartamentos compactos e passaram a destacar essa opção de imóvel, ofertando unidades com menor custo de manutenção, localização estratégica e mais eficientes no uso do espaço.
Terra, 14/jun
quinta-feira, 13 de junho de 2024
Imóveis e queda dos juros: vale a pena investir no setor neste ano?
Especialista aposta suas fichas nesse mercado diante da perspectiva de novas quedas dos juros nos próximos meses.
A perspectiva de manutenção do atual ciclo de corte da taxa básica de juros – alguns bancos veem espaço para a volta da Selic para um dígito até dezembro – deve incrementar ainda mais o setor imobiliário, abrindo oportunidades tanto para quem procura um imóvel para morar quanto para o investidor que busca diversificar o seu portfólio.
A avaliação é de Ariel Frankel, CEO da Vitacon, empresa especializada no desenvolvimento e construção de empreendimentos residenciais. Em conversa com a coluna, Frankes afirma que a “tendência é o setor imobiliário se manter aquecido”. No caso da Vitacon, o plano só para este ano é superar o patamar R$ 1,5 bilhão em Valor Geral de Venda, uma das principais métricas do setor. Veja o que ele diz:
O que é pior para o setor de imóveis: juros altos ou inflação?
Os dois são prejudiciais ao setor imobiliário. A inflação aumenta os custos da obra e do financiamento e, consequentemente, o valor do imóvel. Ao mesmo tempo, o investidor ou consumidor final fica reticente em adquirir o imóvel. Já com a Selic em patamar elevado, os investimentos em renda fixa acabam se tornando ativos mais competitivos e atraentes para os investidores. Além disso, os juros em índices elevados aumentam o custo do crédito imobiliário e o preço final do imóvel.
Quais as perspectivas para este ano?
As perspectivas para o ano são muito positivas e a tendência é o setor imobiliário se manter aquecido. A queda da Selic, somada a outros indicadores macroeconômicos, torna o mercado imobiliário uma opção muito atrativa para o consumidor e para quem tem recursos para investir, seja o pequeno investidor ou aqueles com carteira mais robusta. Já estamos olhando mais para frente, pensando no mercado em 2025, 2026 e anos seguintes. Temos um pipeline robusto para lançamentos em eixos estratégicos de São Paulo, como a região da avenida Paulista, Jardins e Itaim. A nossa meta para este ano é superar R$ 1,5 bilhão em Valor Geral de Venda (VGV).
Fundos imobiliários ainda são bons investimentos?
Sim, acredito que os fundos imobiliários são um bom investimento. Com os juros em curva descendente, os investimentos de renda fixa perdem rentabilidade e favorecem a aplicação tanto em imóveis quanto em fundos imobiliários. No entanto, o volume de rendimentos depende da política de investimento do fundo, como renda do aluguel dos imóveis pertencentes à carteira, incorporação, juros de títulos e valores mobiliários. É importante ressaltar que os investimentos em fundos imobiliários exigem maior conhecimento e entendimento da dinâmica do mercado.
Ainda vale a pena entrar em financiamento da casa própria?
Sem dúvida, principalmente neste momento em que a Selic está em curva descendente. A queda da Selic impacta o mercado de juros como um todo. Isso porque, quando a taxa básica de juros tem queda, caem também as taxas praticadas por bancos. No financiamento imobiliário, que tem prazo longo, toda redução na taxa de juros representa uma economia relevante e atrativa para o investidor ou para a pessoa que busca um imóvel para morar.
Os consórcios valem a pena para adquirir a casa própria?
O consórcio é uma alternativa interessante para a aquisição do imóvel, seja para morar ou mesmo como investimento. A diferença é que a compra do imóvel ocorre depois que sai a carta de crédito. Por isso, pode demorar mais tempo para a aquisição.
Veja Abril, 13/jun
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