Em sua última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve ontem a taxa de juros em 6,5% ao ano, mínimo histórico. A decisão, unânime, era amplamente esperada por economistas do mercado financeiro. A taxa está nesse patamar desde março.
A principal novidade do comunicado do Copom foi a avaliação de que o risco de frustração no processo de reformas diminuiu. O BC entende que não aprovar medidas de ajuste fiscal aumenta o grau de incerteza em relação à economia. Na prática, isso pressiona a inflação, pois investidores ficam receosos em relação à capacidade de o país honrar a dívida pública. Para o Copom, houve um "arrefecimento" desse risco.
DÓLAR CEDE 1,73%
Nos mercados, o dia foi de tranquilidade, graças ao anúncio da libertação, na noite de terça-feira, da herdeira da gigante chinesa de tecnologia Huawei, Meng Wangzhou. Analistas viram na decisão uma redução das tensões entre Estados Unidos e China. O dólar interrompeu uma sequência de seis altas consecutivas e encerrou com queda de 1,73%, a R$ 3,853. A Bolsa brasileira subiu 0,65%.