segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Teto de gastos restringe investimentos na área, diz CBIC


A retomada da infraestrutura passa necessariamente pela revisão do teto de gastos públicos, regra que impede a ampliação dos investimentos além da variação da inflação de um ano para o outro, disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. "O Estado perdeu a capacidade de investimento. Enquanto tiver a PEC do teto de gastos, você terá um problema sério", disse ontem no fórum de infraestrutura "E agora, Brasil?", promovido pelo Valor e pelo jornal "O Globo" na M&T Expo, feira de máquinas e equipamentos que ocorreu em São Paulo. O limitador dos investimentos é especialmente ruim diante das necessidades superlativas do Brasil para fechar o fosso que separa o país do século XXI. Segundo Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria, o Estado precisa investir 4% do PIB por 20 anos para modernizar a infraestrutura básica. Segundo ele, não está incluída nesse cálculo a infraestrutura de fronteira, "que custaria muito mais, de 8% a 9% do PIB por 15 a 20 anos". Neste ano o Brasil deve encerrar com um percentual bem menor do PIB investido: 1,7%. A previsão para 2019 é de 1,6%.



Valor Econômico, Fernanda Pires e Estevâo Taiar, 28/nov