Expectativa em relação a um novo pacote de estímulos fiscais nos EUA e balanços corporativos deram fôlego aos negócios nos últimos dias.
As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta sexta-feira (5), mas terminaram a semana com ganhos consistentes diante da expectativa dos investidores em relação a um novo pacote de estímulos fiscais nos EUA e balanços corporativos mais positivos do que negativos em aspectos gerais.
O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou estável nesta sexta-feira (5), aos 40,9,54 pontos, e encerrou a semana com ganhos de 3,45%, auxiliado ações italianas, que ganharam impulso nos últimos dias diante da possibilidade de o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi formar uma coalização e se tornar o primeiro-ministro do país.
A Bolsa de Milão é a que teve o melhor desempenho semanal entre suas pares.
O FTSE MIB, índice de referência da bolsa italiana, terminou o dia em alta de 0,80%, a 23.083,42 pontos, e anotou ganhos de 7% desde segunda-feira.
O DAX, da Bolsa de Frankfurt, caiu 0,03% hoje, a 14.056,72 pontos, mas acumulou ganhos de 4,64% numa semana em que o governo alemão decidiu prorrogar alívios financeiros oferecidos à famílias e empresas.
O FTSE 100, da Bolsa de Londres, encerrou a jornada desta sexta com perdas de 0,22%, a 6.489,33 pontos, mas subiu 1,285 na semana.
O CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 0,90% hoje, aos 5.659,26 pontos, terminando a semana com ganhos de 4,82%.
A temporada de ganhos corporativos continuou a impulsionar o movimento do preço de ações individuais, com BNP Paribas, Sanofi, Intesa Sanpaolo e Thyssenkrupp reportando os lucros do quarto trimestre de 2020 na jornada de hoje.
O BNP Paribas registrou lucro líquido de 1,59 bilhão de euros (US$ 1,90 bilhão) no quarto trimestre, superando as expectativas dos analistas de 1,2 bilhão de euros, de acordo com a Refinitiv. As ações do banco francês subiram 2,5% no pregão, ajudando o setor bancário do Stoxx Europe 600 a avançar 1%.
No pano de fundo da sessão europeia, o escritório de estatísticas da Alemanha divulgou que as encomendas à indústria caíram 1,9% em dezembro, num movimento pior do que a expectativa de queda de 0,8% de economistas ouvidos pelo “Wall Street Journal”.
Por outro lado, nos EUA, o Departamento do Trabalho americano divulgou que foram criadas 49 mil vagas de emprego no país em janeiro, em contraste com a perda de 227 mil postos de trabalho em dezembro. Além disso, a taxa de desemprego americana caiu para 6,3%, de 6,7% em dezembro.
Valor Online, 05/fev