Na sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,06%, cotada a R$ 5,2004.
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (6), com os planos de crescimento da China, que pretende crescer 5% neste ano, no radar dos investidores. No Brasil, as atenções estão nos detalhes da nova regra fiscal que substitui o teto de gastos.
Às 11h43, a moeda norte-americana subia 0,08%, cotada a R$ 5,2038.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,06%, cotada a R$ 5,2004. Com o resultado, a moeda acumula alta de 0,02% na semana. No mês e no ano, no entanto, ainda acumula quedas de 0,48% e 1,48%, respectivamente.
O que está mexendo com os mercados?
O Governo da China anunciou neste domingo (5) um plano de retomada na economia com meta de crescimento de 5%, depois de uma desaceleração durante os anos de pandemia. O crescimento no ano passado foi de 3%, um dos ritmos mais fracos desde a década de 1970.
O primeiro-ministro Li Keqiang, principal autoridade econômica, estabeleceu a meta após o fim das políticas de "Covid zero" que mantiveram milhões de pessoas em casa e desencadearam protestos.
“Devemos dar prioridade à recuperação e expansão do consumo”, disse Li em um discurso sobre os planos do governo perante o Congresso Nacional do Povo cerimonial no Grande Salão do Povo no centro de Pequim.
As bolsas de valores da China caíram nesta segunda-feira, já que o anúncio acabou minando expectativas de grandes estímulos econômicos.
No Brasil, o foco dos agentes econômicos está nos detalhes do novo arcabouço fiscal do país, que substituirá o teto de gastos. O Ministério da Fazenda dá sinais de que pretende entregar a proposta antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em busca de mostrar ao órgão a disposição em resolver as contas do país.
Nos próximos dias 21 e 22 de março, o Copom decide o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A equipe econômica espera uma sinalização mais positiva por parte do Banco Central, para que possa esperar uma diminuição dos juros do país e ajuda no crescimento.
O governo deve usar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita como referência para despesa na nova regra fiscal, conforme publicou o jornal “O Globo” durante o fim de semana. Conforme o jornal, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer que o novo arcabouço indique que a relação dívida/PIB deve ficar estável, e não, necessariamente, que cairá no curto ou médio prazo.
Entre os indicadores, o boletim Focus desta segunda-feira mostra que os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 de 0,84% para 0,85%. Foi a terceira alta seguida na estimativa.
Já a estimativa de inflação do mercado financeiro para este ano ficou inalterada em 5,90% na última semana.
g1, 06/mar