sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Dólar e Ibovespa operam em queda, com veto a desonerações e Petrobras em foco

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,11%, cotada a R$ 4,9068. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,43%, aos 126.576 pontos.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, abriu em queda no pregão desta sexta-feira (24), enquanto investidores digeriam o novo plano de investimentos anunciado pela Petrobras e o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prorrogação da desoneração da folha de 17 setores da economia, que ainda pode ser derrubado pelo Congresso.

O dólar também cai, em dia de agenda vazia no exterior com a ponte do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Às 10h15, o dólar caía 0,36%, cotado a R$ 4,8891. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,11%, cotada a R$ 4,9068. Com o resultado, passou a acumular:

- Alta de 0,01% na semana;

- Quedas de 2,65% no mês e de 7,03% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 0,61%, aos 125.808 pontos.

Na véspera, o índice fechou em alta de 0,43%, aos 126.576 pontos, renovando o maior patamar em mais de dois anos. Com o resultado, passou a acumular ganhos de:

- 1,44% na semana;

- 11,87% no mês;

- 15,35% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Nos mercados globais, a sexta-feira é mais um dia de baixa liquidez por conta do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Em Wall Street, o mercado acionário voltava a operar, mas em pregão reduzido.

Por aqui, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou nesta quinta-feira (23) o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia brasileira. A decisão foi publicada em edição extra no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto, aprovado pelo Congresso Nacional, permite que empresas desses setores substituam a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e serviço prestado.

Essa regra, pela proposta aprovada e enviada à sanção de Lula, valeria até 31 de dezembro de 2027.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou a aliados que não esperava o veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto que prorrogaria a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

A proposta foi aprovada por ampla maioria na Câmara e no Senado, e o veto mobilizou os líderes partidários nas últimas horas. Lira afirmou a interlocutores, segundo relatos, que "não acreditava que o governo pudesse ir contra o Congresso e o empresariado dos 17 setores, que empregam milhões de pessoas".

O senador Efraim Filho (União-PB), autor da proposta, afirmou nesta sexta-feira (24) em entrevista à GloboNews que buscará o apoio de parlamentares para derrubar o veto do presidente.

Ainda no radar dos investidores estão as negociações entre o Ministério da Fazenda e o Legislativo para o avanço da medida provisória (MP) da subvenção do ICMS, projeto prioritário do governo no momento para melhorar o resultado primário de 2024.

No cenário corporativo, repercute o novo plano estratégico da Petrobras, que prevê investimentos de US$ 102 bilhões entre 2024 e 2028. Em anúncio nesta quinta-feira (23), a estatal também informou que projeta um aumento de mais de 13% na produção de petróleo em cinco anos.

No plano anterior (2023-2027), quando a empresa ainda estava focada em desinvestimentos, o total projetado para investimentos foi de US$ 78 bilhões.

g1, 24/nov