Além de pesquisar preço, localidade e formas de pagamento, há outros cuidados a serem tomados para que o processo seja livre de complicações.
A compra de um imóvel, para a grande maioria das pessoas, é talvez a maior de sua vida. É pensada, sonhada, planejada. Mas da decisão até o recebimento das chaves, o processo pode ser longo e cheio de desafios. Para evitar tropeços no meio do caminho, o melhor é já dar o primeiro passo bem informado.
Primeiro de tudo: você precisa ter uma noção de preços de mercado para a região que deseja comprar o bem. Ao ver preços muito abaixo da média, o comprador deve acender o sinal de alerta. Desconfiar e averiguar os detalhes do imóvel.
Muitos golpistas fazem anúncios falsos em sites imobiliários, com fotos de outros imóveis, sem um endereço bem definido e preços muito aquém do mercado.
“É válido averiguar como está o valor do metro quadrado na cidade escolhida. No QuintoAndar, por exemplo, o vendedor pode utilizar uma calculadora disponível na plataforma para calcular o preço do seu imóvel, assim como o comprador pode verificar se está fazendo um bom negócio ao conferir na calculadora se o preço está compatível com imóveis similares”, diz Weydson Oliveira, Gerente de Operações Jurídicas do QuintoAndar.
Segundo: fique atento aos intermediários. Dificilmente as transações ocorrem entre proprietário e comprador. Em geral, há um profissional ou imobiliária envolvidos. No caso de corretores, é importante verificar se a pessoa tem credenciamento para atuar no setor. Um profissional bem informado ou experiente pode economizar tempo e até dinheiro.
Ele já trará dados sobre a propriedade, as formas de pagamento e se ela está ou não dentro do padrão. Seja incisivo e pergunte todos os detalhes, como débitos do imóvel, impostos devidos, necessidade de reforma na parte elétrica e hidráulica (não só estética).
Para tornar o processo mais ágil, há empresas que fazem até parcerias para tentar aprovar o crédito mais rápido em casos de financiamento. Eles dão orientações tanto para o vendedor como comprador sobre a documentação necessária para tornar o processo mais fluido.
Terceiro: documentos do imóvel e do vendedor em ordem. Não são só os documentos do imóvel que importam. A situação financeira do proprietário também precisa passar por averiguação, porque o imóvel pode ser usado como garantia de dívidas ainda em aberto. Weydson explica que a chamada diligência imobiliária é uma etapa essencial para a segurança da transação, pois garante que não há nenhum impedimento legal para a venda do imóvel.
Quarto: reúna os documentos necessários. No caso de financiamento, o pedido de crédito deve estar acompanhado de documento de identidade de todos os compradores, certidão de casamento ou nascimento atualizada, comprovante de residência, extrato bancário, holerite dos últimos 90 dias, carteira profissional e extrato do FGTS, caso ele vá compor o pagamento.
“A etapa do financiamento é composta pela simulação, aprovação de crédito, vistoria do imóvel, análise dos documentos e assinatura do contrato de financiamento com força de escritura pública. Por ser um processo mais moroso, é importante que as partes cumpram com as exigências em tempo hábil”, diz o especialista.
Ele lembra que, caso o pagamento seja à vista, os valores serão pagos pelo comprador diretamente ao vendedor, sem o intermédio de um terceiro (banco). "Por isso, é fundamental que a parte pagadora se atente aos dados bancários e confirme o titular da conta, além de salvar o comprovante da transação", completa.
Valor Investe, 08/ago