Com mais da metade dos empreendimentos planejados para a Região Portuária em andamento, o bairro do Santo Cristo começa a se transformar. À medida que novos moradores já chegam aos mega residenciais já entregues, surge uma nova demanda por serviços essenciais. O Rio Wonder, o primeiro grande empreendimento habitacional da área, já recebeu seus primeiros moradores e marca o início de um novo ciclo para o bairro, que verá dois novos prédios sendo entregues já no início do ano — o Rio Energy e o Pateo Nazareth.
Com um dos maiores potenciais construtivos do Rio e, a região tem atraído investidores interessados em explorar as necessidades emergentes de serviços, como mercados, escolas, farmácias e padarias. O local já foi alçado a um dos mais procurados metros quadrados da cidade, segundo pesquisa do SECOVI Por anos, essa baixada do Santo Cristo, área mais próxima ao porto, foi subutilizada, abrigando galpões e empresas que, com o tempo, abandonaram a área e deixaram prédios vazios. Cenário que vem mudando.
Entre os novos investidores está a Rio Learning Studio, uma escola-creche bilíngue com sede no Jardim Botânico, que inicia em janeiro a construção de sua filial no bairro. Com previsão de início das atividades em 2026, a escola atenderá até 250 crianças, do berçário ao quinto ano, em um espaço próximo à Rua Santo Cristo.
Além disso, o presidente da CCPar, Gustavo Guerrante – que na próxima gestão de Eduardo Paes será Secretário de Planejamento Urbano, revelou que grandes redes de supermercados, drogarias e pizzarias de entrega já procuraram a região, atraídas pelo potencial do bairro. Sem contar as cerca de 80 lojas previstas para o térreo de alguns prédios residenciais — aproximadamente oito mil metros quadrados de área comercial planejada pela Cury, construtora que tem dominado os lançamentos na Região Portuária.
Para Marcos Queiroga, Diretor Regional da Sergio Castro Imóveis – que tem filial no Porto Maravilha na rua Sacadura Cabral – a busca de comerciantes pela região aumenta a cada dia. “Se entre 2008 e 2020 vendemos quase 170 sobrados históricos e lojas aqui na região, agora chegou a hora de aluga-los aos comerciantes que já querem atender o público daqui”. Queiroga cita um cliente que tem uma loja de rua na Avenida Venezuela 131, e está com propostas para aluga-la a uma de duas famosas lanchonetes por R$ 17.000 por mês.
Diário do Rio, 18/dez