A construtora capixaba Lorenge entrará no mercado do Rio de Janeiro neste ano com dois empreendimentos - em Macaé e em Campos dos Goytacazes - que demandarão cerca de R$ 385 milhões.
A empresa atua hoje em sete cidades do Espírito Santo. "O Estado é pequeno. Até temos como continuar crescendo nele, mas em um ritmo menor do que desejamos", diz o presidente da companhia, José Élcio Lorenzon.
"Decidimos trabalhar outro mercado justamente porque precisamos expandir o negócio, e o Rio tem uma cultura mais próxima da nossa."
A Bacia de Campos e os negócios petrolíferos da região também atraíram a empresa.
A construtora passará a destinar a maior parte de seus projetos para as classes A e B. Nos últimos anos, ela focou no segmento econômico.
"As classes altas são menos influenciadas pelos movimentos econômicos", diz.
"Quando você assina um contrato com um consumidor de renda mais baixa, é comum que, depois de 30 meses, ele não consiga concluir o financiamento." Em 2013, 15% dos clientes da empresa desistiram de negócios que já haviam sido fechados.
O projeto que será lançado em Campos será um condomínio residencial de alto padrão, no qual serão investidos cerca de R$ 70 milhões.
Em Macaé, serão R$ 315 milhões em um empreendimento com dois hotéis, dois prédios comerciais, quatro torres residenciais e um shopping com 60 lojas.