quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Bancos não elevam juros imobiliários


Os grandes bancos estão reduzindo as taxas de juros em pelo menos uma área de atuação, no crédito para casa própria, mesmo às custas da margem da operação. A tendência mostra a força da competição no setor, prioridade das instituições financeiras. Em um período cm que a taxa básica de juros saiu de 7,25% em abril de 2013 para 10,5% em janeiro de 2014, Banco do Brasil, Bradesco e Santander reduziram a taxa média cobrada no crédito imobiliário.

A Caixa e o !taú Unibanco elevaram o custo para o tornador, mas em proporção menor que o aumento da Selic, segundo dados do Banco Central. Em 2013,0 crédito imobiliário cresceu mais que o dobro do que esperava a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, e muito acima das demais modalidades de empréstimo à pessoa física.

No ano passado, foram desembolsados RS 109;2 bilhões em financiamentos imobiliários com recursos da poupança, volume recorde desde o inicio do Plano Real. Na comparação icom 2012, cresceu 32%. Página Cl0 Crédito imobiliário ignora alta da Selic Felipe Marques De San Paulo Os grandes bancos estão poupando o tomador de um aumento de juros no crédito para casa própria, mesmo às custas da margem da operação.

Longe de ser um gesto de caridade, mostra a força da competição na linha, prioridade no portfólio das instituições financeiras. Em um período em que a taxa básica de juros saiu de 7,25% em abril de 2013 para 10,5% ao ano em janeiro de 2014, Banco do Brasil, Bradesco c Santander reduziram a taxa média cobrada no crédito imobiliário.

Já Caixa Econômica co Itati Unibanco a elevaram em proporção menor que o aumento da Selic. Os dados sat) do site do Banco Central. No Bradesco, a taxa em dezembro de 2012 era de 9,37% ao ano, e caiu para 8,52%. No Santander foi de 8,69% para 8,43%. E no BB, de 7,89% para 7%. 

No crédito imobiliário, pode até ser que os bancos tenham deixado de repassar ao tomador um eventual aumento do exist° d e captação", afirma Octavio de Lazari, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em evento realizado ontem.

"Mas o spread dessa operação sempre km muito baixo e seu resultado está muito mais ligado à capacidade de construir um relacionamento com cliente, para venda cruzada de nutios produtos", diz. lazari pondera que, embora a operação tenha baixa inadimplência, o empréstimo imobiliário tem um alto custo de originação da operação. Afirma também que vê pouco espaço para outros au men - tos nas taxas dessas operações ao longo de 2014. "A concorrência pelo produto segue muito acirrada", diz. A projeção da associação éque os desembolsos de crédito imobiliário com recursos da poupança cresçam 15% em 2014. Em 20131 o crédito imobiliário avançou mais que o dobro do que esperava a Abecip, bem acima das demais linhas de empréstimo para pessoa (bica. No ano passado, foram desembolsados RS 1092 bilhões em financiamentos imobiliários com recursos da poupança, volume recorde na modalidade desde o início do Mano Real. Na comparação com 2012, o volume cresceu 32%, longe da projeção inicial de 15%. 

Em 2012, a expansão havia sido de apenas 3,6%. As construtoras desaguaram em 2013 muito dos imóveis e projetos que foram represados em 2012, o que não deve se repetir neste ano", afirma Wait Para ele, com menos lançamentos sendo entregues em 2014, a pessoa fbica não deve crescer de forma tão acentuada neste ano.

Em 2013, foram desembolsados RS 76,9 bilhões em crédito para aquisição de imóveis, um avanço de 41% ante o ano anterior. Em 2012. 

O crescimento foi de 22%. já os recursos destinados à construção somaram RS 322 milhões, com avanço de 15%, depois de fechar 2012 em queda de 20%. "As incorporadoras voltaram a buscar crédito", diz o executivo.



Valor Econômico, 22/jan