terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Construtoras buscam terrenos, agora, também pelas redes sociais


A busca por terrenos sempre foi um assunto tratado com discrição no mercado imobiliário. Afinal, saber que uma preciosidade está à venda antes dos concorrentes é uma vantagem e tanto. Mas, assim como o comportamento social muda e ganha cada vez mais força no campo digital, a forma de interagir com o público alvo também é remodelada. Além dos canais tradicionais, como contato pessoal e buscas em imobiliárias, as construtoras estão indo à caça de terrenos também via redes sociais.

- O Facebook e Twitter são ferramentas de massa. Tem também o YouTube, Instagram, Linkedin. Através deles encontramos uma maneira do marketing de nos comunicar com as pessoas - conta Carolina Lindner, explicando que com o relacionamento virtual surgiram muitos contratos:

- Geralmente, recebemos cerca de oito propostas por semana de terrenos na Zona Sul. Com o primeiro anúncio que fizemos no Facebook, foram 25, incluindo também Barra e Jardim Botânico. É muita coisa, ainda mais se tratando de uma região difícil de achar novos lugares. Proprietários que nunca imaginávamos que teriam interesse em vender um terreno nestas áreas entraram em contato conosco - declara.

Na Facility, o canal digital é usado há mais tempo. Segundo Bianca Carvalho, diretora executiva da empresa, as redes sociais são usadas tanto para encontrar consultores imobiliários, estabelecer contato e fechar negócios, como para anunciar interesse por terrenos, principalmente em bairros mais afastados, no entorno do Rio.

- Hoje todo mundo tem Facebook, Twitter e Linkedin. Estão todos ligados. Estes canais têm nos dado muito retorno, especialmente porque muitos proprietários estão em outros estados e veem pela internet.

Mas e o tal do sigilo?

Elas explicam que apesar do anúncio ser feito em páginas públicas, os interessados geralmente não colocam detalhes, apenas o nome e número ou e-mail para contato.

- Nós sabíamos que existia um risco em postar que queríamos um terreno na Zona Sul, mas todos nos responderam inbox (por mensagem direta). Agora, além de anunciar a venda e os lançamentos, queremos continuar postando anúncio da procura de novos terrenos - finaliza Carolina.

Já o diretor da construtora Mega 18, Alexandre Reznik, pondera a exposição que as redes sociais trazem. Para ele, é melhor o contato direto e pessoal com quem quer comprar ou vender. 

- Temos uma equipe de corretores, os quais têm uma rede de contatos no mercado. Preferimos assim, uma conversa mais privada e personalizada a um anúncio que é pulverizando - afirma.



O Globo online, Morar Bem, 24/fev