Os fundos de investimentos imobiliários são como um condomínio fechado, no qual o investidor aplica recursos em cotas de um patrimônio que pode incluir diferentes tipos de imóveis -comerciais, residenciais, urbanos ou rurais, construídos ou em construção- para alienação, locação ou arrendamento.
Nesta modalidade, quem tem interesse em aplicar no mercado imobiliário pode fazer investimentos com valores menores do que o necessário para a compra de um imóvel, por exemplo.
O ganho da aplicação se dá pela valorização das cotas, que são negociadas na Bolsa, ou do rendimento distribuído aos cotistas, que provêm das receitas geradas pelos imóveis geridos pelo fundo, como por exemplo o lucro obtido com aluguel.
Uma vantagem da aplicação é isenção parcial do Imposto de Renda. A remuneração é isenta de IR quando o fundo tem ao menos 50 cotistas 10% de suas cotas pertencentes a pessoas físicas.
A tributação ocorre em caso de venda das cotas, com alíquota de 20% sobre o valor obtido na operação. Também ocorre quando rendimentos e ganhos de capital auferidos pelos fundos forem distribuídos a qualquer beneficiário, que nesse caso são tributados em 20% por Imposto de Renda na fonte.
No entanto a rentabilidade dependerá da gestão da carteira pela operadora. Por isso, um cuidado fundamental é analisar quais os negócios imobiliários são feitos pelo fundo.
Dados como os tipos de imóveis que compõe o patrimônio e a demanda da região onde estão localizados fazem toda a diferença na rentabilidade do fundo.
Por isso o investidor deste fundo precisa estar atento e informado sobre o mercado imobiliário. Uma ferramenta é o Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários BM&FBovespa), que lista fundos e mede o desempenho de suas carteiras.
Especialistas indicam, como em outros ativos de renda variável, que o investidor aplique a longo prazo, pelo menos três anos, para que ocorra a valorização do mercado e o investimento compense.
Além disso, quem quiser se desfazer da aplicação precisa vendê-la a outro investidor -a cota não é recomprada pelo fundo. Isso pode reduzir a rapidez do resgate dos recursos.
Para investir é necessário ser cliente de uma corretora que ofereça o produto. O investimento inicial depende do fundo e respectivo valor da cota.
Pela administração, há taxas de corretagem e custódia da corretora, além de emolumentos, que são uma taxa paga à Bolsa pelo serviço prestado.