sexta-feira, 28 de abril de 2017
Reforma trabalhista poderá tirar verba do FGTS para a casa própria, avalia Caixa
A Caixa Econômica Federal ainda não fez as contas, mas está consciente de que, se a reforma trabalhista for aprovada pelo Congresso Nacional do jeito que está, pode, no futuro, implicar redução das disponibilidades do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento da casa própria. Mas o risco só existe se não houver a retomada da economia e, consequentemente, geração de emprego formal.
Valor Econômico, Edna Simão, 28/abr
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Crédito dá primeiros sinais de recuperação e juro começa a cair
O mercado de crédito começa a sair do fundo do poço, com um leve crescimento do volume de operações em março e uma primeira queda nos juros e nos spreads bancários. A incipiente reação é reflexo da distensão monetária promovida pelo Banco Central (BC) desde fins de 2016, da reavaliação dos riscos pelas instituições financeiras num cenário de estabilização da atividade econômica e da desalavancagem e fortalecimento dos índices de confiança de famílias.
Valor Econômico, Alex Ribeiro e Eduardo Campos, 27/abr
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Contas externas têm superávit de US$ 1,4 bilhão, o maior desde 2005
Com o preço das 'commodities' como soja (foto) em alta, país teve melhor resultado para março desde 2005 -BRASÍLIA- Graças a uma alta dos preços internacionais das matérias-primas, o Brasil conseguiu fazer um ajuste ainda mais rápido nas suas contas externas. Com a ajuda do superávit da balança comercial, os números fecharam março no azul, pela primeira vez em quase um ano. As chamadas transações correntes - resultado de todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o resto do mundo - tiveram superávit de US$ 1,4 bilhão, o melhor desempenho para meses de março desde 2005.
Os dados trimestrais são os melhores desde 2007. De acordo com o Banco Central, nos três primeiros meses do ano, as contas externas tiveram um déficit de US$ 4,6 bilhões, um rombo 39% menor que o do mesmo período do ano passado.
Tudo isso é reflexo dos preços das commodities e da safra recorde no país este ano. A expectativa do mercado financeiro é que esses dois fatores devem impulsionar o comércio exterior do país. Em março, a balança comercial teve superávit de US$ 6,9 bilhões, bem acima dos US$ 4,2 bi registrados em março de 2016.
Para o economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, a balança comercial deve bater um novo recorde em 2017 com um saldo de aproximadamente US$ 60 bilhões. No ano passado, o superávit foi de US$ 47,7 bilhões.
Ramos lembrou que esse novo ciclo de alta de commodities pode compensar os gastos maiores com serviços, que devem aumentar por causa da retomada do crescimento. Quando uma economia está mais aquecida, as empresas têm despesas maiores com aluguel de equipamentos e frete, por exemplo.
Ramos ressaltou também que o dólar tem impactos nesse processo. Por estar mais barato, a moeda americana favorece mais as importações do que exportações.
Nos últimos 12 meses, as transações correntes ainda têm um resultado negativo de US$ 20,6 bilhões. Isso representa 1,10% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).
A balança comercial mais forte, graças à alta das commodities, suprimiu os efeitos de alta de despesas como, por exemplo, as viagens internacionais. Os gastos de turistas brasileiros no exterior subiram 19%. Somente no mês passado, eles deixaram US$ 1,5 bilhão no exterior.
Outra conta que ficou no vermelho foi a de aluguel de equipamentos. O déficit foi de US$ 1,6 bilhão em março: redução de 8,5% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.
Os investimentos estrangeiros no Brasil, por sua vez, aumentaram 28% em março. Entraram no país US$ 7,1 bilhões. O destaque foi o ingresso de US$ 4,2 bilhões na modalidade participação no capital. Ou seja, os estrangeiros estão comprando ações de empresas brasileiras, que estão baratas. Nos últimos 12 meses, entraram no Brasil US$ 85,9 bilhões. Isso equivale a 4,62% do PIB. Dados preliminares divulgados pelo Banco Central mostram que os investimentos diretos estrangeiros em abril somaram US$ 3,4 bilhões até o último dia 20.
- Isso reflete o atual momento do país, com recuperação da atividade, estabilidade política, inflação baixa e juros em queda - ressaltou o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.
O Globo, Gabriela Valente, 26/abr
terça-feira, 25 de abril de 2017
Preço de imóveis fica estável
O Índice de Imóveis Residenciais (IGMI-R) registrou em março um crescimento de 0,03%, o que ressalta, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a tendência de estagnação nas quedas dos preços de imóveis - no mês anterior a alta foi de 0,02%. Na variação acumulada de 12 meses, a queda passou de 2,2% em fevereiro para 1,86 em março.
Entre as noves capitais acompanhadas, Fortaleza obteve a maior variação positiva em março (0,40%) e foi a única que registrou crescimento em 12 meses, com 0,43%. Por outro lado, a capital com a maior variação negativa foi Goiânia, com -0,12%, que também teve, na análise de 12 meses, uma retração maior em março (-1,44%) do que em fevereiro (-0,51).
Os resultados do IGMI-R para as demais capitais foram: Salvador (0,18%), São Paulo (0,04%), Recife (0,03%), Belo Horizonte (0,02%), Curitiba (0,00%), Porto Alegre (-0,07%) e Rio de Janeiro (-0,07%). Já em relação ao período de 12 meses, ambas atingiram variação negativa, sendo -2,64%, -1,85%, 0,93%, -2,24, 0,33%, 0,70% e -4,05%, respectivamente.
Para a Abecip, a estimativa para os próximos meses é de arrefecimento nas retrações dos preços nominais dos imóveis residenciais no Brasil, conforme a queda nas taxas de inflação e aquecimento da atividade econômica do País.
Construção & Mercado, 25/abr
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Dúvidas na hora de financiar seu imóvel?
No início do ano, o programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" (MCMV) passou por mudanças para facilitar o acesso dos brasileiros ao sonho da casa própria. Como as dúvidas dos futuros proprietários aumentaram, o EXTRA ouviu especialistas do setor imobiliário e esclarece a seguir alguns questionamentos frequentes sobre o processo de financiamento.
Uma das dúvidas que tiram o sono dos consumidores é o não pagamento das parcelas do financiamento. Se houver atraso nas prestações do MCMV, os valores das parcelas terão um acréscimo de 2% ao mês. Segundo o especialista em direito imobiliário Arnon Velmovitsky, caso o consumidor atrase duas ou mais parcelas, ele poderá perder o imóvel mediante notificação prévia:
- Também irá impossibilitar que outro financiamento seja feito. Por isso, recomenda-se a quem está nessa situação que regularize a fatura o quanto antes. A sugestão é procurar a agência da Caixa mais próxima.
Mas não é só no atraso do pagamento das parcelas que o consumidor tem dúvidas. Se já tenho imóvel financiado pelo governo federal, posso participar do MCMV? Quem já recebeu algum tipo de incentivo do governo, como parte do pagamento do imóvel ou redução da taxa de juros, não pode ser beneficiado pelo programa.
Posso financiar um imóvel do MCMV em outra cidade?
Especialista em direito imobiliário, Alan Melo explica que há possibilidades, desde que sejam cumpridos alguns requisitos. Se residir no Rio de Janeiro e trabalhar em Duque de Caxias, por exemplo, a pessoa poderá financiar um imóvel onde atua profissionalmente.
Segundo a Caixa, o consumidor não pode ser detentor de financiamento ativo nas condições do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), em qualquer parte do país, independentemente do percentual de propriedade. Outro requisito é não ser proprietário, cessionário ou promitente comprador de outro imóvel residencial urbano, concluído ou em construção em um desses locais: no município de domicílio, incluindo os que estão ao lado e integrantes da mesma região metropolitana, e na cidade de exercício de ocupação principal, incluindo as regiões próximas e integrantes da mesma região metropolitana.
Dica do Advogado
O especialista Arnon Velmovitsky lembra que os consumidores com renda familiar de até R$ 1.800 (faixa 1) estão sujeitos às condições de cadastro da cidade em que pretendem morar. E para outras faixas de renda, basta escolher a cidade no aplicativo do programa: www.simulaminhacasaminhavida.gov.br/.
Especialista orienta sobre composição de renda
Posso dividir o financiamento com alguém?
É possível mais de uma pessoa dividir o financiamento de um mesmo imóvel. A aderência de outra pessoa no financiamento a coloca, também, como proprietária do imóvel. Por isso, não poderá solicitar outro financiamento com recursos do governo. Na composição de renda, devem ser somados os salários de todas as pessoas que vão morar no imóvel, independentemente de elas participarem do financiamento.
Não tenho carteira assinada, o que fazer?
A análise da renda é feita no momento da entrevista, junto ao agente concessor do crédito. Portanto, é possível comprovar renda sem ter carteira assinada. Os documentos utilizados para comprovação são relacionados ao tipo de atividade econômica do cliente. Para profissionais liberais, é preciso apresentar a declaração de imposto de renda com o respectivo protocolo de entrega à Receita Federal, do contrato de prestação de serviços acompanhado dos comprovantes de recebimentos dos últimos seis meses e do comprovante de contribuição ao INSS dentro do Regime Geral de Previdência Social.
Arnon Velmovitsky é especialista em direito imobiliário
Extra, Minha Casa, Minhas Dúvidas, 22/abr
quinta-feira, 20 de abril de 2017
Ferramenta online compara gratuitamente condições de financiamento imobiliário
A plataforma Melhortaxa acaba de se juntar ao conjunto de ferramentas online que propõem ao consumidor agilizar a pesquisa dos prazos e taxas oferecidos por bancos nos financiamentos imobiliários.
Atualmente, a empresa conta com mais de 15 instituições financeiras, entre elas Banco do Brasil, Itaú, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Pan e Barigui. A startup assessora gratuitamente o cliente em todos os passos da obtenção de crédito, disponibilizando um especialista a fim de sanar quaisquer dúvidas quanto ao processo e contrato.
Gratuita, ela exige um cadastro prévio do interessado em seu site, em que informações como nome completo, endereço de e-mail e número de celular são obrigatórias. Além disso, o usuário também precisa informar o valor que deseja financiar e por quanto tempo.
Após essa primeira etapa, o usuário visualiza diversas opções de crédito para sua solicitação e pode filtrá-las por taxas, prazos, custo efetivo total do empréstimo, menor parcela, entre outras opções. Também são informadas condições adicionais, como abertura de conta no banco ou migração do recebimento do salário para a instituição.
A quantidade de propostas que o usuário recebe é determinada pelo seu perfil financeiro. Após a escolha da operação, a plataforma solicita o envio de documentos pessoais digitalizados. Um analista financeiro entra em contato com o cliente em até 48 horas.
Por ser uma dívida que terá de ser carregada durante muitos anos, um empréstimo imobiliário exige uma série de cuidados antes de ser tomado. Não ter pressa na aquisição e planejá-la de acordo com as necessidades da família são dois pontos fundamentais para não comprometer a renda além da conta.
"Hoje em dia, as pessoas não conseguem dar uma pausa em suas vidas para pesquisar todos os pontos acerca da aquisição de um imóvel. É um investimento altíssimo, que chega a comprometer 30% da renda pessoal/familiar por um longo período, então é algo que requer muito mais atenção do que geralmente é dada ao assunto", explica Julien Desvergnes, um dos fundadores da startup.
Além da Melhortaxa, o futuro comprador também pode pesquisar condições de financiamento nos sites Canal do Crédito, ComparaBem, além dos sites dos próprios bancos.
O Estado de S. Paulo online, 20/abr
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Planetário da Gávea é tombado pela Prefeitura
Decreto do prefeito Marcelo Crivella tomba o Planetário da Gávea. O leilão do terreno, para pagamento de dívidas trabalhistas da Companhia Estadual de Habitação, foi suspenso ontem, por liminar judicial. Alerj e Câmara também tentam preservar imóvel. A liminar que garantiu ontem de manhã a suspensão do leilão do terreno onde funciona o Planetário da Gávea não foi a única medida para proteger o futuro do imóvel. À noite, o prefeito Marcelo Crivella decretou o tombamento provisório do prédio, acatando um pedido do secretário de Urbanismo, Habitação e Infraestrutura, Indio da Costa. Em vídeo publicado numa rede social do secretário, o prefeito comentou sua decisão:
- Foi uma proposta do nosso secretário que eu acatei. Tombando esse imóvel, com certeza ele vai continuar patrimônio da nossa cidade.
O texto do decreto, que entrará em vigor após sua publicação, garante que "quaisquer intervenções físicas a serem realizadas no bem tombado deverão ser previamente aprovadas pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio".
A venda do terreno seria feita ontem para pagar dívidas trabalhistas de R$ 940 mil reclamadas por um ex-funcionário da Cehab. A ação corre no Tribunal Regional do Trabalho. No próximo dia 2 de maio, um novo leilão do imóvel está marcado para pagar indenização de R$ 83.682,14 a outro funcionário.
Na justificativa para decretar o tombamento provisório do Planetário da Gávea, o prefeito Marcelo Crivella destacou a importância arquitetônica do imóvel, um projeto dos irmãos Renato e Ricardo Batalha Menescal. Mas também lembrou no texto a relevância do espaço para divulgar a ciência e a astronomia a cariocas e a visitantes da cidade.
Antes da decisão do prefeito de preservar o Planetário provisoriamente - primeiro passo para o tombamento definitivo -, deputados e vereadores já tinham se articulado para tentar proteger o bem, que está no meio de uma disputa judicial sobre dívidas trabalhistas.
Na Câmara, os vereadores Alexandre Arraes (PSDB) e Carlo Caiado (DEM) tinham apresentado projetos de lei propondo a preservação do imóvel. Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Carlos Roberto Osorio (PSDB) também defendeu um projeto de lei com o mesmo intuito. A movimentação política se intensificou depois de ter sido noticiado que ontem seria realizado um leilão do imóvel.
- A Fundação Planetário é um bem do município, que exerce um papel indispensável para a população, mas está num terreno estadual. A ideia é afastar outros interesses e ganhar tempo para criar uma solução que não seja o leilão da área - disse Arraes.
BENS IMPENHORÁVEIS
O juiz titular da 11ª Vara do Trabalho do Rio, Otávio Amaral Calvet, que suspendeu o leilão do terreno onde funciona o Planetário ontem após recursos da Procuradoria Geral do Município, marcou uma audiência de conciliação para o dia 4 de maio. Com a decisão judicial de adiar a venda, a Procuradoria ganha tempo para entrar com recurso pedindo a suspensão do outro leilão, que já foi marcado para o dia 2 de maio.
Coordenador jurídico da Cehab e procurador do Estado, Augusto Werneck falou ontem sobre o imbróglio e ressaltou que a área envolvida é "impenhorável" por ter utilidade pública. O mesmo, de acordo com ele, vale para o terreno ao lado, onde está sendo construída a estação do metrô da Gávea, que também pertence à Cehab.
- Esses bens são impenhoráveis. Vamos ver o que vamos fazer, se vamos pagar, se vamos substituir o imóvel. Mas, com toda a certeza, a possibilidade de penhora do planetário e do terreno onde está o planetário não existe - afirmou o procurador.
O Globo, Giselle Ouchana, 19/abr
terça-feira, 18 de abril de 2017
Em expansão
O VillageMall, na Barra, vai ganhar uma expansão. A nova área terá 1.500m² e o projeto inclui, além de novos restaurantes, uma livraria - a única do shopping, que chegou a ter uma filial da Saraiva. Ela fechou as portas para dar lugar a uma loja da Dolce & Gabbana.
O Globo, Gente Boa, 18/abr
segunda-feira, 17 de abril de 2017
São Conrado
A venda de imóveis de luxo em São Conrado voltou a crescer um pouco. Nos últimos dois meses, foram negociados uns apartamentos na faixa de R$ 5 milhões.
O Globo, Ancelmo Gois, 17/abr
quinta-feira, 13 de abril de 2017
Ampliar saneamento exige investimento de R$ 317 bilhões
Universalizar o acesso aos serviços de saneamento básico no país exige investimentos de R$ 317 bilhões até 2035, segundo estudo do Instituto Trata Brasil. Até 2015 (último dado disponível), 83,3% da população tinham acesso à água e 50,3% contavam com a coleta de esgoto - ou seja, o serviço ainda não está disponível para cem milhões de brasileiros. De acordo com os cálculos do instituto, que consideram um período de 20 anos a partir de 2015, isso significaria uma média anual de investimento de R$ 16 bilhões, ou 72,8% a mais em relação ao montante aplicado entre 2005 e 2015.
O estudo calcula que, já descontados os gastos, a expansão dos serviços a toda a população resultaria em benefícios econômicos e sociais de R$ 537 bilhões ao longo de duas décadas. O retorno viria de diversas frentes, como aumento da produtividade do trabalhador, redução de gastos públicos com saúde, valorização imobiliária, aumento da receita do turismo e geração de emprego. Na ponta do lápis, segundo cálculos do Trata Brasil, cada mil reais aplicados na ampliação da infraestrutura de saneamento trariam R$ 1.700 em benefício econômico-social de longo prazo.
Além disso, o aporte no setor resultaria na geração de 150 mil postos de trabalho diretos e indiretos por ano. Sem contar os postos de trabalho que surgiriam para operar a nova infraestrutura.
- O Brasil ainda não investiu o necessário em saneamento para controlar o problema de saúde pública e ambiental. Temos cem milhões de habitantes cujos esgotos domésticos não recebem tratamento algum. Isso afeta negativamente a saúde humana, o meio ambiente e a economia - afirma Fernando Garcia, consultor da Trata Brasil e um dos responsáveis pelo estudo. - É inegável que concessionárias estatais e os estados propriamente enfrentam dificuldades financeiras. Isso bloqueia investimentos. O setor de saneamento precisa passar por transformações para ganhar a agilidade necessária para cumprir esse cronograma.
Para Garcia, o plano de concessões em saneamento do governo federal, capitaneado pelo BNDES, deve ajudar nessa caminhada. Ele pondera que, para abrir passagem para a atuação das empresas do setor, sejam elas públicas ou privadas, é preciso focar também em regulação.
IMPACTO NA SAÚDE
Renato Sucupira, da consultoria BV Capital, que atua no setor de saneamento e infraestrutura, também avalia que universalizar o saneamento em 20 anos é factível, desde que os obstáculos sejam superados:
- Capacidades técnica e financeira para isso, o Brasil já tem, pelo número de empresas que existem e pelas que querem entrar no setor. E as concessões vão ajudar a trazer mais agilidade. O maior problema, atualmente, é a burocracia, além do gargalo das agências reguladoras, a questão do licenciamento ambiental. Para atrair o investidor, daqui ou do exterior, é preciso ter regras claras, transparência, segurança jurídica.
O investimento no setor traria também ganhos em saúde. Em 2013, o país registrou quase 15 milhões de casos de afastamento do trabalho em razão de quadros de diarreia ou vômito, 26% menos que em 2003. Para cada afastamento, o trabalhador fica, em média, 3,32 dias em casa. Também ocorreram 391 mil internações por doenças gastrointestinais infecciosas. O gasto do Sistema Único de Saúde (SUS), que responde por 95% dessas hospitalizações no Brasil, segundo Garcia, chegou a R$ 125,5 milhões no período.
Com água e esgoto, a estimativa do Trata Brasil é que o número de trabalhadores afastados de suas funções caia de 6,4 milhões, em 2015, para 5,3 milhões, em 2035. Ao todo, em 20 anos, a economia com saúde no Brasil chegaria a R$ 7,23 bilhões.
A exposição a doenças e o afastamento das atividades afetam o desempenho de adultos e crianças. Em 2013, segundo o IBGE, os trabalhadores que viviam em áreas sem acesso à água tratada recebiam salários, em média, 12% menores que aqueles que moravam em áreas com o serviço. A universalização de água e esgoto resultaria em aumento de 1,1% no rendimento médio do trabalho, ou R$ 20,7 bilhões a mais na renda do país.
O Globo, Glauce Cavalcanti, 13/abr
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Um sonho mais pé no chão
Uma pesquisa da consultoria Neoway Criactive mostra outros efeitos da crise do mercado imobiliário. Um deles é a redução dos lançamentos de imóveis mais caros (e o valor nem é tão alto: inclui casas e apartamentos que custara a partir de 400 000 reais). Em 2011, eles representavam um terço do total lançado no país; no ano passado, a fatia caiu para 25%. No mesmo período. aumentou a participação dos imóveis que custam de 100 mil a 400 mil reais (dependendo do caso, incluídos no programa Minha Casa, Minha Vida, que conta com juros menores). O tamanho dos imóveis novos também diminuiu nos últimos cinco anos, segundo a Neoway.
Exame, 12/abr
terça-feira, 11 de abril de 2017
IGP-M: prévia deste mês recua 0,74%
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) recuou 0,74%na primeira prévia de abril, após aumento de 0,25% na primeira prévia de março. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o indicador ontem, com o resultado, o índice acumula ligeira queda de 0,01% no ano e elevação de 3,74% em 12 meses.
Em março, o IGP-M fechado ficou em 0,01% totalizando 4,86% em 12 meses. O índice é usado para reajuste de contratos de aluguel de imóveis. A FGV informou os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de abril. O IPA-M, que representa os preços no atacado, caiu 1,21%, ante uma alta de 0,23% na primeira prévia de março. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou elevação de 0,30%, depois da alta de 0,17% registrada na mesma prévia do índice do mês anterior.
O Dia, Economia, 11/abr
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