Redução da demanda e paralisação das atividades são os principais fatores que contribuem para que empresários sintam com força os efeitos negativos da crise do novo coronavírus nos seus negócios, aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).
Responsável pelas tradicionais sondagens mensais de confiança junto a consumidores e setores produtivos, o Ibre incluiu no seu levantamento de abril perguntas adicionais para medir os impactos da pandemia. Foram consultados 1.731 consumidores e 2.987 empresas até 17 de abril.
Grande parte das companhias disse perceber os reflexos negativos causados pela crise, mas o impacto negativo ou muito negativo registrou relato maior (94,3%) no setor de construção. Em seguida estão as empresas prestadoras de serviços (91,7%), principalmente aquelas ligadas a alojamento, serviços de transporte rodoviário e obras de acabamento.
No comércio, os segmentos mais impactados também são veículos, tecidos, vestuário, calçados, móveis e eletrodomésticos, com mais de 90% das empresas desses grupos afirmando que são afetadas negativamente. Entre as exceções, relatam reflexos positivos segmentos de alimentos, fabricação de produtos alimentícios, supermercados, fabricação de produtos farmacêuticos e de plástico e serviços da construção ligados a hidráulica, ventilação ou refrigeração.