sexta-feira, 18 de setembro de 2020

COVID-19: os cuidados precisam ser redobrados e a orientação é ferramenta fundamental


Após seis meses de isolamento social e com a recente flexibilização de muitas das atividades, as medidas protetivas contra o coronavírus devem continuar na ordem do dia de todos, seja em casa, na rua ou no trabalho. Essa foi a afirmação que norteou o webinar realizado, ontem (17), pelo Seconci-Rio, com a participação da gerente médica de saúde da entidade, Gilda Maria, e do gerente de engenharia da RJZ Cyrela, Guilherme Tonelli.

“Estamos vivendo um momento em que muitas pessoas estão voltando às atividades diárias, mas não podemos esquecer de todas as medidas protetivas que estamos adotando, desde o início da pandemia. Ainda precisamos nos proteger, pois o vírus continua circulando”, alertou Gilda, reiterando a importância da utilização de máscara, da higiene das mãos e do distanciamento social como barreiras contra a disseminação da doença. “Os números mostram queda da taxa de infecção e de mortes, mas ainda temos que nos cuidar”, frisou ela. 

De acordo com a médica, as empresas precisam manter a atenção aos trabalhadores, principalmente àqueles que fazem parte do grupo de risco. “Caso a atividade não comporte home office ou se já foi dado o período de férias cabível, o retorno ao trabalho precisa ser cercado de proteção, evitando o contato direto com o público e em local bem ventilado e asseado”, ressaltou. 

No Seconci-Rio, os atendimentos médico, odontológico e ambulatoriais já retornaram, assim como os exames ocupacionais, os quais estavam suspensos por força da MP927. “Estamos atendendo de maneira responsável e consciente, tomando todas as medidas de proteção para não colocar em risco a saúde dos profissionais e dos trabalhadores”, afirmou Gilda.

O case RJZ Cyrela

Nesta linha de ações protetivas, Tonelli trouxe a experiência da RJZ Cyrela nesta pandemia, destacando que o trabalho de orientação feito com os trabalhadores foi bastante importante e efetivo, com todos seguindo os protocolos de higiene, o que se estendeu também às famílias. “O resultado foi um número de casos significativamente menor ao do mercado, sem nenhum registro de internação ou óbito”, ressaltou o executivo.

Desde o início da pandemia, a Cyrela adotou protocolos rígidos de higiene nos canteiros, além do home office para quem não era do chão de fábrica. “Hoje, estamos vivendo este novo normal de maneira mais tranquila, mas sem relaxar com os protocolos de higienização que foram adotados, como controle de temperatura, afastamento de trabalhadores com doenças preexistente, escala de almoço e de uso do vestiário, assim como entrada e saída também escalonada”, explicou ele. 

No escritório, apenas 30% do espaço tem sido utilizado, com os funcionários trabalhando em regime “part-time”. “Não liberamos acesso a todas as baias, fazemos a medição de temperatura na entrada e afastamos quem apresenta algum sintoma da doença. Estamos cuidando dos nossos colaboradores, inclusive adaptando quanto a questões que ainda são obstáculos, como o não retorno às aulas de seus filhos, o que, felizmente, não tem afetado a produtividade. Todos estão engajados”, disse ele.

Fechando sua participação, Tonelli salientou que a união do setor foi fundamental nestes últimos meses. “Empresas e entidades deram as mãos, trocaram informações e protocolos, em prol de um bem maior que é a saúde dos trabalhadores”, concluiu.


SECONCI, 09/set