Preço do bitcoin caiu para US$ 32.309 nesta segunda-feira, depois de ter batido um recorde próximo de US$ 65.000 em abril passado.
O bitcoin despencou mais de 10% nesta segunda-feira (21), depois que a China ampliou a repressão da mineração de criptomoedas, ao proibir esta atividade em uma província do sudoeste do país.
O preço do bitcoin caiu para US$ 32.309, depois de ter batido um recorde próximo de US$ 65.000 em abril passado, com os investidores citando pouca liquidez e a expansão da repressão da China.
A criptomoeda é obtida pelo processo chamado de "mineração" que envolve muitos cálculos feitos em computadores, para verificar as transações, e também muito consumo de energia.
A mineração na China alimenta quase 80% do comércio mundial de criptomoedas, apesar da proibição desde 2017 de fazer comércio com elas no país e do encerramento desta atividade em várias províncias.
Na semana passada, autoridades da província de Sichuan ordenaram o fechamento de 26 minas, conforme aviso divulgado nas redes sociais e confirmado por um ex-minerador de bitcoin.
O aviso determina que as companhias elétricas deixem de fornecer energia para todas as minas de criptomoeda até domingo. A província de Sichuan é uma das maiores bases de mineração do país.
"Fecharam tudo" nos últimos dias, disse um ex-minerador de criptomoedas à AFP.
"Grupos de trabalho vieram para comprovar (...) e ter certeza de que encerramos as operações e retiramos as máquinas", completou.
Segundo o jornal estatal "Global Times", o fechamento das minas da província pôs fim a mais de 90% da capacidade de mineração de bitcoins do país.
O banco central da China disse nesta segunda-feira que recentemente convocou alguns bancos e instituições de pagamento, pedindo-lhes que reprimam mais duramente o comércio de criptomoedas, segundo a agência Reuters.
"O comércio especulativo em moedas virtuais turva a ordem econômica e financeira, gera os riscos de atividades criminosas, como transferências ilegais de ativos e lavagem de dinheiro, e põe em perigo a riqueza das pessoas", disse o banco central chinês em comunicado.
France Presse, 22/jun