Foram criados 559 mil postos de trabalho no mês passado, abaixo do esperado; taxa de desemprego caiu para 5,8% - em abril, ficou em 6,1%.
Os empregadores dos Estados Unidos aumentaram as contratações em maio, à medida que o arrefecimento da pandemia, amparado pelas vacinações, trouxe mais pessoas de volta à força de trabalho, garantindo que a recuperação econômica da recessão causada pela Covid-19 continuasse nos trilhos.
Os postos de trabalho fora do setor agrícola aumentaram em 559 mil no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório nesta sexta-feira (4). Economistas consultados pela Reuters previam abertura líquida de 650 mil vagas de emprego em maio.
Os dados de abril foram revisados ligeiramente para cima e mostram aumento de 278 mil novos postos de trabalho, em vez dos 266 mil divulgados anteriormente.
A taxa de desemprego caiu para 5,8% - em abril, ficou em 6,1%. A taxa de desocupação tem estado subestimada devido a pessoas que se classificam erroneamente como "empregadas, mas ausentes do trabalho".
A contagem inicial de empregos em abril, que gerou cerca de um quarto dos novos empregos previstos pelos especialistas, levou alguns economistas e investidores a argumentar que o crescimento estava estagnado em um momento em que a inflação estava subindo.
A melhoria da situação da saúde pública e o estímulo fiscal maciço estão apoiando a economia. Pelo menos metade da população americana foi totalmente vacinada contra a Covid-19, de acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Isso permitiu que as autoridades de todo o país suspendessem as restrições às empresas relacionadas ao vírus, o que quase paralisou a economia no início da pandemia. Mas a reabertura da economia está sobrecarregando a cadeia produtiva.
Restrição nas contratações
Uma escassez de trabalhadores é atribuída a problemas no atendimento infantil (incapacidade de creches receberem crianças), a cheques generosos a desempregados e a temores persistentes sobre restrições severas na contratação durante a pandemia.
O número de vagas de trabalho em aberto nos EUA está em um recorde de 8,1 milhões.
Milhões de trabalhadores, principalmente mulheres, permanecem em casa, já que a maioria dos distritos escolares não mudou para o ensino presencial em tempo integral.
Apesar de as vacinas serem amplamente acessíveis, alguns segmentos da população relutam em serem vacinados, e isso, segundo especialistas do mercado de trabalho, está desencorajando algumas pessoas a retornarem ao trabalho.
Benefícios financiados pelo governo, incluindo o subsídio de desemprego de US$ 300 por semana, também estão restringindo as contratações. Os governadores republicanos em 25 estados estão encerrando o benefício e outros programas de desemprego financiados pelo governo federal para residentes a partir do próximo sábado.
Esses estados respondem por mais de 40% da força de trabalho. Os benefícios expandidos terminarão no início de setembro em todo o país. Isso, junto com mais pessoas vacinadas e as escolas reabrindo totalmente no outono, deve diminuir a escassez de trabalhadores até setembro.
G1, 04/jun